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Bebê ou criança com excesso de gases? Saiba o que fazer

Saúde Gastrointestinal
Sintomas

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4 de novembro de 2023

A percepção da presença de gases em crianças está muito ligada a sintomas como distensão, dor abdominal, flatulência e ruídos abdominais, principalmente nos bebês, de acordo com o pediatra Bruno Amaral. Em crianças menores de seis meses, o problema pode surgir devido à imaturidade do trato gastrointestinal, mas em outros a causa é a própria alimentação da criança e do bebê.

Gases em Bebês

A formação de gases em bebês é um processo que ocorre ao longo de todo o dia, sendo bastante influenciado por diversos fatores. Ao longo do texto descrevemos esses fatores bem como algumas soluções para auxiliar o bebê a expelir os gases. Convém lembrar que um médico deverá ser consultado caso os sintomas persistam.
Bebê com gases de madrugada
Os gases no período da madrugada no bebê podem estar relacionados tanto à gases no estômago, devido à ingestão de ar pela boca seja enquanto está chorando ou enquanto mama ou quanto à gases no instestino, possivelmente devido à um excesso de alimentação ou até mesmo uma constipação do bebê.
A aerofagia em bebês é o processo de engolir ar ou corrente de ar. Nos bebês a aerofagia pode ocorrer ao se alimentar, ao chorar, ou quando chupam dedos ou chupeta. Geralmente esse processo ocasionará gases no estômago do bebe os quais são em sua maioria eliminados através do arroto. Por esse motivo, pode ser interessante, colocar o bebê em pé, para ajudá-lo a arrotar.
Já se os gases forem no intestino do bebê, é possível que esteja relacionado com os seguintes fatores:

  • Ingestão de leite em grande quantidade;
  • Constipação;
  • Alimentação da mãe;
  • Alimentos ingeridos pelo bebê

O que fazer com recém nascido com gases?

Deite o bebê de barriga para baixo:

Ao deitar o bebê de barriga para baixo, friccione as suas costas suavemente, isso pode auxiliá-lo a expelir gases, seja pela boca em forma de arroto ou pelo ânus em formato de pum.

Deite o bebê de barriga para cima:

Ao deitar o bebê de barriga para cima, faça massagens suaves, com movimentos circulares com as palmãos da mão na zona abdominal.


Cuide da alimentação do bebê:

Grande parte dos nutrientes do bebê vem através da amamentação, a qual é muito influenciada em relação à alimentação da Mãe. À rigor, alimentos ou bebidas como o café, chá, chocolate, álcool, podem influenciar no sistema digestivo do bebê.

Verifique a posição do bebê enquanto mama:

A posição que o bebê se encontra ao amamentar é muito importante, pois caso esteja desconfortável ou em uma posição não favorável, o bebê acabará por ingerir muito ar, agravando a situação dele.

Quais são os sintomas de gases em crianças?

“O aumento de gas pode acontecer por causa da digestão de alguns alimentos.  O consumo em excesso de proteínas e gorduras, mas principalmente, de carboidratos aumenta essa produção de gás pela fermentação bacteriana no trato gastrointestinal”, explica o médico. Ele cita como exemplos o feijão, o milho, o brócolis e os derivados do leite como alimentos que produzem mais fermentação e mais gases no trato gastrointestinal de crianças, mas também de adultos.

 

 

Para tratar a flatulência em excesso, a distensão abdominal e outros sintomas causados pelos gases, assim como preveni-los, em primeiro lugar, é preciso observar se a criança realmente elimina mais gases quando come algum alimento. A partir daí, será necessário evitar esses alimentos. Na dúvida, consulte um pediatra ou um nutricionista, profissionais que poderão auxiliar na elaboração de uma dieta adequada.

Doenças podem provocar excesso de gases em crianças

Há ainda outras causas para o surgimento dos sintomas em crianças. “Algumas doenças alteram o metabolismo intestinal ou causam obstrução do trato gastrointestinal, interferindo na distribuição dos gases no trato. Tudo isso pode levar a um aumento na produção de gás”, afirma Amaral. No entanto, normalmente a quantidade se mantém estável, já que as crianças acabam eliminando mais gases.
Entre as doenças e condições que geram gases em crianças estão:

  • síndrome do cólon irritável;
  • doença celíaca
  • má absorção de carboidratos;
  • e intolerância à lactose;
  • aerofagia.

Convém lembrar que essas doenças devem ser tratadas, por esse motivo, é importante consultar um pediatra para orientá-lo sobre o tratamento da criança. Há também o tratamento paliativo, como aponta o pediatra: “Os remédios disponíveis pertencem à família da simeticona e dimeticona, que desfazem as bolhas que a gente tem no intestino e diminuem os sintomas, mas não alteram a produção”.
Foto: Shutterstock

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