Quando alguém está com febre, a solução padrão para abaixar a temperatura do corpo e amenizar os sintomas relacionados ao quadro é o uso de antitérmicos. No entanto, a maioria das pessoas não sabe como eles agem no organismo. Como é esse processo?
“Os medicamentos responsáveis pela redução da febre atuam, basicamente, impedindo a ação de enzimas conhecidas como cicloxigenases (COX-1, COX-2), que estimulam a formação de prostaglandinas inflamatórias (PG2), que agem no hipotálamo, local no cérebro onde está localizado o centro de controle da temperatura do corpo”, explica o clínico geral Brenno Belazi.
Importância de usar antitérmicos durante um tratamento
O médico diz que outros mecanismos, ainda não bem esclarecidos pela medicina, parecem atuar diretamente no hipotálamo e por meio da modulação da inflamação nos tecidos periféricos. Apesar dos antitérmicos não atuarem na raiz da doença que gera a febre, Brenno destaca que seu uso é importante mesmo assim.
“A principal importância recai sobre o conforto, através do alívio de sintomas como dores de cabeça e dores articulares. A diminuição de complicações em pacientes com condições que podem ser agravadas pela elevação da temperatura é outro trunfo”, destaca. Dessa forma, o tratamento da doença inicial pode ser feito com mais tranquilidade.
Riscos de não usar antitérmicos
Não usar antitérmicos durante o processo de tratamento de uma doença pode acarretar em alguns riscos. “Há o risco de desencadear convulsões em crianças pequenas, principalmente entre 6 a 18 meses de vida, em pacientes com doenças pré-existentes que podem ser agravadas, tais como as cardiopulmonares, e em idosos”, conclui Belazi.
Foto: Shutterstock