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Antialérgicos: como esses remédios agem no organismo?

Asma e Bronquite
Sintomas

Por Dra. Cláudia Lobo César

19 de outubro de 2023

Os anti-histamínicos são uma categoria de medicamentos antialérgicos utilizados para tratar casos de reações alérgicas. O objetivo dessas substâncias é reduzir ou até mesmo eliminar os efeitos da histamina, um mediador químico produzido pelo organismo especialmente durante uma alergia. Existem dois tipos principais, o anti-H1 e o anti-H2, que atuam de maneiras diferentes.
“Os anti-H1 têm como alvo os receptores H1, espalhados pelo corpo todo, e buscam combater os fenômenos alérgicos. Eles são indicados no tratamento sintomático de quadros alérgicos como rinite alérgica, urticária e conjuntivite alérgica”, afirma a alergista e imunologista Cláudia Lobo César. Os anti-H1 atrapalham, portanto, a ligação entre o receptor e a histamina, impedindo o surgimento dos sintomas de uma reação alérgica.

Sono é consequência do uso de alguns antialérgicos


Ainda na classe dos antialérgicos anti-H1, existem os chamados anti-histamínicos de primeira geração, que têm efeito sedativo. “Por atuarem no sistema nervoso central, podem causar sonolência e, portanto, não são a primeira escolha para adultos que precisam dirigir ou trabalhar. São geralmente utilizados quando queremos
amenizar uma coceira muito forte, como em alguns casos de dermatite atópica em crianças”, diz a médica.
Já os anti-histamínicos anti-H1 de segunda geração são mais específicos na regulação do processo imunológico. Como sua atividade têm pouca influência no funcionamento do sistema nervoso central, essas medicações costumam ser mais utilizadas em situações em que o excesso de sono não pode interferir nas atividades cotidianas.

Anti-histamínicos também são usados para tratar refluxo gastroesofágico


A atuação dos anti-H2 é um pouco diferente: eles agem sobre os receptores H2, especialmente os que estão situados na mucosa gástrica, no estômago. “São utilizados nos casos em que a diminuição da acidez gástrica é importante para o controle dos sintomas, como no caso da gastrite, úlcera péptica e nos casos de refluxo gastroesofágico”, explica Cláudia. São substâncias com efeitos limitados no tratamento das
reações alérgicas, mas que podem ser utilizados como coadjuvantes em alguns casos de urticária crônica.
É importante lembrar que os anti-histamínicos são apenas um tratamento sintomático e não atuam, portanto, na causa da alergia, que deverá ser analisada por um médico. O uso dessas medicações não substitui uma consulta com um profissional, que poderá verificar qual antialérgico será ideal para cada paciente e para seus sintomas.
Dra. Cláudia Lobo César é alergista, imunologista e pediatra, formada pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) e atende em Itatiba (SP). CRM-SP: 53881
Foto: Shutterstock

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