O zinco é um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento, tanto que sua deficiência na infância compromete diretamente este processo. Portanto, é fundamental que a oferta de zinco para as crianças seja feita o mais cedo possível, com uma alimentação rica no nutriente e até mesmo com suplementação, caso o nível ideal do mesmo não seja obtido somente por meio da dieta.
“O crescimento ocorre por meio da divisão celular e requer a participação de DNA, RNA e síntese proteica. O zinco participa de uma variedade de processos celulares como co-fator para inúmeras enzimas, tem funções catalíticas, estruturais e reguladoras, influenciando a expressão dos genes por meio de fatores de transcrição. E várias enzimas associadas à síntese de DNA e RNA são dependentes de zinco”, explica o pediatra Bruno Amaral.
Principais fontes alimentares do zinco
De acordo com o médico, o zinco é encontrado em altas concentrações na matriz óssea. Acredita-se que ele seja necessário para a atividade osteoblástica (das células que produzem a matriz óssea) adequada, ou seja, para a formação dos ossos e calcificação. “É essencial para o crescimento e na adolescência sua retenção pelo organismo aumenta muito durante o estirão puberal”.
Dr. Bruno destaca dentre as fontes alimentares de zinco as seguintes opções: carne bovina, peixe, aves, leite, queijos, frutos do mar, cereais de grão integrais, germe de trigo, feijões, nozes, amêndoa, castanha de caju e semente de abóbora. “Sua absorção, que acontece principalmente no intestino delgado, pode ser prejudicada pela presença de fitato, oxalato, tanino e polifenóis. Estes são encontrados nas dieta rica em cereais refinados e pão não-fermentado”.
Consequências da deficiência e do retardo da implementação do zinco na dieta
Os sintomas observados na deficiência de zinco incluem lesões de pele, queda de pelos, diarreia, anorexia, retardo do crescimento, hipogonadismo e alteração na função imune. “Os ossos em animais com deficiência de zinco são mais finos e fracos, com diminuição de todos os componentes celulares, resultando em diminuição da formação e aumento da reabsorção óssea”.
O retardo na introdução do nutriente na alimentação complementar também pode predispor à carência do mineral, já que seus níveis no leite materno caem progressivamente. “A carência de zinco no período gestacional está relacionada com aborto espontâneo, redução do crescimento intrauterino, nascimento pré-termo, pré-eclampsia, prejuízo na função dos linfócitos T, anormalidades congênitas, como atraso no desenvolvimento do sistema nervoso e prejuízo imunológico fetal”.
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