A carne é um dos alimentos mais perecíveis que existem e por isso se torna um risco para infecções como as parasitoses intestinais. Esse risco é maior ao comer a carne mal passada ou crua. Por outro lado, quando bem passada, a tendência é que os agentes infectantes sejam destruídos, o que diminui o perigo.
Cozimento da carne diminui risco de infecções
“A carne bovina, quando mal passada, pode apresentar larvas, ovos e/ou cistos de alguns parasitas que, ao serem ingeridos, irão para o trato gastrintestinal. No intestino, geralmente, começam a se reproduzir e provocar sintomas a depender do parasita e da localização (intestino delgado e/ou grosso)”, informa o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos.
O especialista explica ainda que a carne bem passada minimiza a chance de contrair parasitoses, pois o processo de cozimento ajuda a destruir as formas infectantes. Os micro-organismos presentes na carne e demais alimentos só são totalmente eliminados ao se atingir uma temperatura de 70ºC, o que ajuda a explicar o percentual de risco existente nos casos de carne crua ou muito mal passada.
Prevenção, tratamento e sintomas das parasitoses intestinais
Além das carnes, outros alimentos também podem ser fatores de risco para a infecção de parasitoses intestinais. Muitas vezes isso ocorre por serem higienizados indevidamente. Folhas, frutas, legumes e grãos precisam ser bem lavados antes do consumo sempre. A higienização pode ser feita colocando os alimentos de molho em solução com cloro, por cerca de 15 minutos.
Esses cuidados são importantes para evitar as infecções. Quando há suspeita ou confirmação de uma parasitose intestinal, é possível que o médico indique o tratamento com medicamentos antiparasitários. É importante lembrar que o quadro clínico pode ser muito variável e as parasitoses podem não ter qualquer sintoma ou mesmo cursar com diarreia, cólica, febre, vômito, falta de apetite, dentre outros sintomas e sinais.
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