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Peixe x frango: Qual das duas carnes é melhor para quem tem colesterol alto?
Quem deseja regular o colesterol precisa adotar alguns hábitos, tais como a alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Quanto às refeições, recomenda-se a preferência por peixe e frango como opções de proteínas, já que, em comparação com as outras carnes, são consideradas mais leves. Mas será que algum deles é melhor para controlar o colesterol elevado? Principais peixes e preparo do frango “As carnes brancas e, principalmente, os peixes têm menos gordura saturada e colesterol do que as demais carnes, por isso são consideradas mais saudáveis”, afirma a nutricionista Adriana Ávila. Portanto, os peixes são a opção mais indicada para quem está com colesterol acima do normal. “Se destacam aqueles com gordura ômega 3, como sardinha, namorado, truta, pescada amarela, linguado e salmão”. Com relação ao frango, a especialista sugere que ele deve ser preparado sem a pele, rica em gorduras, para que, de fato, seja uma opção saudável. “O peito do frango tem a carne mais branca do que a coxa ou sobrecoxa, mas todas essas partes podem ser usadas. Não se deve utilizar a asa, a coxa da asa ou a carcaça. O peru é semelhante ao frango e também deve ser preparado sem a pele”. Alimentos permitidos e proibidos na dieta de quem tem colesterol alto Apesar das aves e peixes serem os mais indicados, nada impede que alguém com colesterol elevado coma outros tipos de carne. O importante é controlar a quantidade e a frequência com que são consumidas, além de eliminar toda a gordura visível antes do preparo. “Os cortes da carne bovina mais indicados são: patinho, lagarto, coxão mole ou duro e músculo. Os mais gordos, como costela, contra filé e cupim devem ser evitados”. A nutricionista também desaconselha outros alimentos, em geral, para quem está com o colesterol elevado: leite e derivados integrais, como queijos gordos e iogurtes integrais; bacon, toucinho e torresmo; linguiças e salsichas; frios em geral; gordura vegetal hidrogenada presente nas “massas podres” (empadinhas, empadão, quiches); pães de massa folhada; sorvetes de massa; creme de leite normal; miúdos e vísceras (fígado, coração, miolo, moela, língua, rim). Foto: Shutterstock
Infarto: Saiba como a massagem cardíaca pode salvar vidas
As instruções básicas sobre como praticar uma massagem cardíaca deveriam ser de domínio da população. O procedimento também é chamado de reanimação cardiopulmonar (RCP), quando é feito da maneira adequada e no momento certo, é capaz de salvar vidas mesmo se for realizado por um leigo.. A massagem cardíaca deve sempre ser feita durante uma parada cardiorrespiratória. e há várias causas que podem levar à parada cardiorrespiratória, entre elas, o infarto agudo do miocárdio., Parada cardiorrespiratória pode ser sintoma de infarto “Ao ver uma pessoa desacordada, as orientações para reconhecer uma parada cardiorrespiratória, atualmente, são verificar se a vítima não responde, não respira ou se tem uma respiração agônica.”, explica a cardiologista Caroline Nagano. Para facilitar e acelerar o atendimento, não é mais necessário avaliar o pulso, já que a cada minuto que o coração fica sem bater, as chances de sobrevivência diminuem consideravelmente. Depois de verificar a ocorrência da parada cardiorrespiratória, é preciso avaliar se a pessoa desacordada está em um local que ofereça segurança (ex: afastada do fogo e da eletricidade, fora do meio da estrada), ligar para um serviço médico de emergência e checar se há um desfibrilador externo automático por perto. De acordo com Caroline, quando disponível, o aparelho precisa ser ligado e as orientações serão dadas por meio de uma gravação que se iniciará automaticamente. Como fazer uma massagem cardíaca Caso o desfibrilador não esteja disponível, o próximo passo é começar a massagem cardíaca, como explica a cardiologista: “Deve-se iniciar as compressões no tórax da pessoa ajoelhando ao seu lado. Comprima o centro do tórax com força a rapidez até a chegada do serviço médico”. As mãos devem ser posicionadas uma sobre a outra com os dedos entrelaçados. A profundidade de compressão, em adultos, é de 5 cm e a frequência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto. Você deve realizar 30 compressões intercalando com as ventilações. O procedimento deve ser mantido até a chegada de uma equipe avançada de socorro Foto: Shutterstock
O diabetes pode favorecer um quadro de hipertensão?
Tanto quem sofre de diabetes quanto quem sofre de pressão alta deve ficar atento ao seu estilo de vida e sua alimentação, sempre buscando uma vida mais saudável e equilibrada. Mas é possível ter as duas complicações ao mesmo tempo? “Hipertensão arterial e diabetes mellitus são condições clínicas que frequentemente se associam”, alerta a nutricionista Patricia Rodrigues. Entenda sobre essa relação e o que fazer para se cuidar. Diabetes: o que é e quais seus efeitos? O diabetes é uma alteração metabólica que tem preocupado os órgãos de saúde, pois as estatísticas demonstram um crescimento acelerado da doença. “O diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas”, explica Patricia. A hiperglicemia, ou seja, o aumento da glicose no sangue se manifesta por diferentes sintomas como excesso na frequência para urinar, sede excessiva, perda de peso, entre outros. Diabetes e hipertensão De acordo com a nutricionista, a hipertensão encontra-se presente em cerca de 20% dos pacientes com DM tipo I e em 30 a 50% dos pacientes com DM do tipo II. “Isso é decorrência da expansão do volume sanguíneo e aumento de sódio. Esta retenção de sódio vai descompensar os hormônios que regulam o equilíbrio da pressão arterial sistêmica”, explica. “As disfunções nos vasos sanguíneos são a principal causa deste desequilíbrio metabólico”. A nutricionista explica também que, quando a glicemia está controlada, o risco de hipertensão diminui. “Isso porque se evita picos de insulina que tem uma ação no sistema nervoso simpático e reabsorção de sódio, aumentando o risco da elevação nos níveis pressóricos”, complementa. Controlando os efeitos das doenças A dica para diabéticos hipertensos é criar simples mudanças no estilo de vida e ter hábitos alimentares mais saudáveis, visando benefícios nos níveis de glicose e controle da pressão. “Uma caminhada de 30 minutos diariamente, diminuição do consumo de bebidas açucaradas e corte dos alimentos empanados e fritos são algumas dicas”, indica Rodrigues. A especialista afirma que o controle do diabetes e a prevenção das complicações estão nas mãos do paciente. Dra. Patricia Rodrigues é graduada em gastronomia & culinária e nutrição e pós-graduada em nutrição clínica. CRN4: 11101136
Crise hipertensiva: o que fazer durante um episódio da doença?
As crises hipertensivas atingem pessoas que já possuem o diagnóstico de hipertensão ou aquelas que têm, mas não sabem e, portanto, não fazem uso de qualquer medicamento para controlar a pressão. As crises são classificadas em dois tipos: Urgência hipertensiva, que se caracteriza pela elevação pressórica sem dano agudo de órgãos-alvo, ou seja, sem risco imediato de vida e com a possibilidade de controle da pressão de forma gradual, em geral nas 24 horas iniciais; e a emergência hipertensiva, onde há sinais de lesão de órgãos-alvo (encefalopatia, infarto ou angina, AVC, etc) e há necessidade de controle imediato de pressão arterial. Entenda a crise hipertensiva Essas situações ocorrem devido ao descontrole da pressão arterial, que aumenta rapidamente por causa da elevação do número de substâncias que contraem os vasos sanguíneos. “O mecanismo gera lesão na camada da artéria com consequente perda no mecanismo de autorregulação da pressão do organismo e, assim, acometimento dos órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e olhos”, afirma a cardiologista Bruna Baptistini. A médica diz que a maior parte dos sintomas está ligada às consequências das crises hipertensivas em órgãos do corpo, devido à rápida instalação de uma pressão arterial muito elevada. Podem ser citados tontura, convulsões, falta de ar, escurecimento da vista e dor forte no peito, na nuca e na cabeça. Reação deve ser imediata e automedicação não é indicada Se você ou algum conhecido sentir alguns dos sintomas de uma crise hipertensiva, é preciso procurar imediatamente atendimento médico próximo. Se os sintomas forem muito fortes, deve-se ligar para a emergência a fim de que a pessoa seja encaminhada a um hospital ou pronto-socorro. Segundo a cardiologista, o uso indiscriminado de remédios não é recomendado nessas situações. “Pacientes que passaram por crises hipertensivas estão expostos a um maior risco futuro de eventos cardiovasculares se comparados com hipertensos que não as apresentam”, conta Bruna. Ela alerta para a necessidade de um rigoroso controle da pressão arterial com mudanças comportamentais, como a prática de atividades físicas e manutenção do peso adequado, e também com medicações prescritas por um profissional.
Por que um infarto pode deixar o músculo cardíaco com sequelas?
O infarto pode deixar sequelas, especialmente se o atendimento for feito de forma inadequada e com atraso. A qualidade e a velocidade do atendimento são fatores cruciais para o futuro do paciente que sobrevive ao evento. Sem sequelas, o paciente tem muito mais facilidade para cuidar de sua saúde cardiovascular, fortalecendo-a e prevenindo possíveis novos episódios do tipo. Afinal, por que um infarto pode deixar sequelas no coração? Quais as sequelas deixadas por um infarto? “O infarto do miocárdio instala-se a partir da ruptura da placa aterosclerótica intracoronariana, promovendo trombose com formação de coágulos. Estes obstruem parcialmente ou totalmente a circulação do sangue para o músculo cardíaco, promovendo, assim, sua morte. Dependendo da extensão dos danos, poderá haver maior ou menor prejuízo ou sequela à função do coração”, informa o cardiologista Rubens Mattar Júnior. Segundo o especialista, pode ocorrer, por exemplo, desenvolvimento de choque cardiogênico, insuficiência cardíaca congestiva e aumento de potencial para ocorrência de arritmias cardíacas. “Quanto mais precoce o tratamento, melhores e menores as chances de prejuízo para a função do coração ou de sequelas”. Quais são os tipos de tratamento do infarto? O tratamento do infarto deve buscar a recanalização da artéria obstruída o mais rápido possível e os melhores resultados estão nas primeiras seis horas do atendimento. Para isso, são indicados dois tipos de tratamento: a reperfusão mecânica e a química. A reperfusão mecânica está ligada à colocação de peças metálicas (stents) no interior dos vasos coronarianos. “Este é o método principal na indicação atual do tratamento do infarto agudo: a angioplastia primária”, afirma Mattar Jr. Quando a angioplastia está dificultada no atendimento do infarto agudo, busca-se a desobstrução do vaso pela reperfusão química, que é a indicação de medicamentos com poder anticoagulante capazes de agir no trombo e promover a dissolução do coágulo. “Chamamos isto de trombólise química e as drogas usadas de trombolíticos. Quando esses dois procedimentos são precocemente indicados, as chances de perda de função miocárdica e demais sequelas são menores”, completa o cardiologista. Foto: Shutterstock
O que são coágulos sanguíneos? Por que eles são perigosos?
Os coágulos sanguíneos são estruturas que se formam naturalmente no corpo como uma forma de bloquear feridas. Eles fazem parte do sistema de cicatrização do organismo, para impedir a perda de sangue quando surgem traumas e ferimentos com sangramento. No entanto, a formação dos coágulos nem sempre é positiva. Há casos que são perigosos e que representam uma ameaça à saúde. Coágulos sanguíneos podem causar infarto e embolia pulmonar “Muitas vezes, os coágulos podem se formar de forma excessiva e descontrolada e em lugares inapropriados, como dentro de uma artéria ou de uma veia. Quando isso acontece, os coágulos podem interromper um fluxo fundamental do sangue e causar sofrimento a órgãos e tecidos”, alerta o cardiologista Marcus Gaz. Segundo a também cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto, uma série de fatores podem facilitar a formação de coágulos dentro dos vasos, como placas de gordura nas artérias, doenças genéticas, varizes e câncer. “Quando o coágulo se forma dentro de uma artéria, por exemplo, no cérebro, temos o risco de infarto ou derrame (AVC isquêmico). Quando se forma dentro de uma veia temos o risco de trombose venosa, que pode ter como complicação a embolia pulmonar“, diz a médica. Como funciona o tratamento dos coágulos? Os coágulos sanguíneos são formados pela chamada cascata de coagulação que ativa uma série de proteínas que estão no sangue. Segundo Ana Catarina, os coágulos são constituídos de plaquetas, um dos componentes do sangue, e fibrina, uma proteína. Quando é necessário tratá-los, os especialistas utilizam medicações orais ou injetáveis que bloqueiam a cascata, como os anticoagulantes. Já a prevenção dos coágulos é feita seguindo as principais medidas de prevenção das doenças responsáveis por seu surgimento. É importante adotar hábitos saudáveis capazes de ajudar na prevenção do câncer e da presença de placas de gordura nas artérias, como fazer atividade física, manter o peso ideal, não fumar e ter uma alimentação saudável, composta de mais fibras, verduras, legumes e frutas e menos carne vermelha e gordura. Medicamentos que impedem a agregação das plaquetas (ex: acido acetilsalicílico, clopidogrel), também são utilizados em muitos casos. Foto: Shutterstock