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Saúde Gastrointestinal

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O que é esofagite e quanto tempo leva para curar essa inflamação?

A esofagite é uma inflamação do revestimento do esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago. Se não for tratada, pode gerar sérias consequências e desencadear outros problemas. Para entendermos quanto tempo leva para curar a esofagite, suas causas, tipos e outros detalhes, conversamos com o gastrocirurgião e endoscopista Dr. Eduardo Grecco. Reunimos todas as informações para você neste guia. Acompanhe. O que causa esofagite? A esofagite é conhecida principalmente por causar dor, dificuldade para engolir e uma sensação de ardência no peito. O gastrocirurgião define que a esofagite “é o processo inflamatório do esôfago, que pode ser edematosa (que apresenta inchaço causado pelo acúmulo de líquidos nos tecidos do corpo) ou erosiva (que corrói partes do órgão)”. A principal causa da esofagite é o refluxo gástroesofágico, caracterizado pelo retorno do suco gástrico do estômago para o esôfago. Ele, por sua vez, acontece devido ao aumento da acidez gástrica, que está muito relacionada com hábitos alimentares e comportamentos errados. Esses hábitos “provocam alterações anatômicas da válvula existente no esôfago, o que faz com que o ácido suba”, explica o Dr. Eduardo. Em consequência, alerta o profissional, aparecem problemas como azia ou queimação, dor epigástrica (dor na boca do estômago), dor torácica, tosse noturna, engasgos, regurgitação, vômitos, dor de garganta, sinusite e faringite. Sintomas da esofagite a longo prazo O desconforto que a inflamação no esôfago causa afeta a qualidade de vida do paciente, o que dificulta a alimentação e leva, muitas vezes, à perda de peso e à desnutrição. Isso porque, a dor no peito e o desconforto ao engolir podem tornar atividades diárias mais difíceis e até prejudicar o sono, já que os sintomas pioram ao deitar. Desta forma, o médico alerta que, a longo prazo, a esofagite “Pode causar cansaço, irritabilidade e até estresse emocional, dado que a dor constante e a preocupação com os sintomas podem gerar ansiedade”. Em casos mais graves, a esofagite pode comprometer significativamente o bem-estar do paciente, o que afeta sua saúde física e mental. Sendo assim, o tratamento é fundamental para controlar os sintomas. Para tratar inflamação no estômago, é preciso evitar certos alimentos O tratamento da esofagite depende da causa da inflamação, mas, geralmente, envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas. Entre as mudanças no estilo de vida para diminuir a inflamação no esôfago, o gastrociurgião cita que “Uma alimentação adequada é fundamental, além de evitar alimentos que irritam o órgão, como os gordurosos, picantes, ácidos e a cafeína”. Comer porções menores e mais frequentes também pode ser útil. Além disso, deve-se evitar deitar logo após as refeições, esperando pelo menos de duas a três horas. Ainda, é útil elevar a cabeceira da cama durante o sono, para impedir as chances de azia. Chocolate é outro alimento a ser evitado, pois contém cafeína e teobromina, que podem facilitar o refluxo. Bebidas com cafeína, como café, chá-preto e refrigerantes, são outros que agravam os sintomas. O álcool também, já que “pode irritar a mucosa esofágica e relaxar a válvula que separa o esôfago do estômago, além de aumentar a produção de ácido gástrico”, complementa o Dr. Eduardo. Laticínios integrais e alimentos ricos em gordura, como queijos gordurosos e carnes processadas, são opções que não fazem bem para quem tem esofagite. Isso porque, eles podem retardar a digestão e aumentar o risco de refluxo. Por fim, cebola e alho, apesar de seus benefícios nutricionais, podem ser irritantes para o esôfago. O mesmo é verdade para alimentos processados e embutidos, que são difíceis de digerir e podem aumentar a produção de ácido no estômago. O tempo para curar esofagite depende do tipo de inflamação O tempo necessário para a cura da esofagite pode variar dependendo de vários fatores, “como a gravidade da inflamação, a causa subjacente, a resposta ao tratamento e as mudanças no estilo de vida adotadas pelo paciente”, pontua o Dr. Eduardo No que diz respeito aos medicamentos, os antiácidos, como os de venda livre, podem aliviar os sintomas de queimação ao neutralizar o ácido estomacal. Já os inibidores, “como o omeprazol, são usados para reduzir a produção de ácido no estômago e ajudar a curar a inflamação do esôfago”, explica o médico. Em média, para a esofagite relacionada ao refluxo gastroesofágico – como a esofagite de refluxo -, o tratamento pode levar de duas a oito semanas para apresentar melhora nos sintomas. Nesses casos, são usados medicamentos, como inibidores da bomba de prótons (IBPs), e mudanças no estilo de vida. Já para a esofagite infecciosa, como a causada por fungos ou vírus, o tempo de tratamento pode ser mais longo. “Varia de 4 a 12 semanas, dependendo do tipo de infecção e da eficácia do tratamento com antifúngicos, antivirais ou antibióticos”, acrescenta o gastrocirurgião. No caso da esofagite eosinofílica, que é uma condição inflamatória crônica relacionada a uma reação alérgica, “O tratamento pode envolver o uso de esteróides ou medicamentos imunossupressores”, ele diz. Portanto, o tempo de tratamento costuma variar, com alguns episódios recorrentes ao longo do tempo, e o controle dos sintomas pode exigir monitoramento contínuo. Por fim, de acordo com um estudo publicado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, em pacientes com esofagite erosiva, os tratamentos com pantoprazol 40 mg ou omeprazol 20 mg são equivalentes, com índices de resolução de 74% e 78% em quatro semanas, respectivamente, e de 90% e 94%, em oito semanas.

O que é distensão abdominal e quais são os sintomas?

Quem sofre com distensão abdominal costuma ter dúvidas frequentes sobre o assunto. Afinal, o que causa esse problema? E como aliviar o inchaço no abdômen, tão associado à essa condição? Para responder essas e outras perguntas, entrevistamos a gastroenterologista Dra. Anelisa Sena. Leia a seguir. A distensão abdominal tem efeitos persistentes, diferentemente do inchaço após grandes refeições De acordo com a gastroenterologista, o principal sintoma de distensão abdominal é o “aumento efetivo no volume do abdômen, que pode inclusive ser mensurável, seja por aumento da circunferência do abdômen, pela dificuldade de vestir alguma roupa, ou por fotos”. Esse aumento no tamanho do abdômen pode acontecer em questão de pouco tempo, dentro de poucas horas. Em geral, ele também está associado a algum gatilho alimentar, e seus sintomas podem ser mais duradouros e persistentes. Por outro lado, o inchaço pode acontecer principalmente após uma refeição volumosa, rica em fibras ou alimentos fermentativos. Nesses casos, a sensação é de que há pressão no abdômen, ou de que o estômago continua fazendo a digestão mesmo depois de muito tempo após a alimentação. Além disso, é comum sentir gases presos que eventualmente podem gerar flatulência. Por fim, outra diferença marcante é que, no caso do inchaço abdominal “Esses sintomas normalmente são transitórios e de curta duração”, adiciona a médica. Sintomas de distensão abdominal comuns Alguns sinais típicos da distensão abdominal, independentemente da gravidade, explica Anelisa, são o estufamento, dor abdominal, eructações (arrotos) e flatulência frequentes. Isso porque, como a distensão abdominal é persistente e duradoura, ela afeta bastante a qualidade de vida de quem sofre com o problema. Por isso, é preciso atenção a esses sinais, principalmente “Quando o paciente não está mais conseguindo fechar o botão da calça após o almoço, não se sente confortável para ir para uma reunião do trabalho pelo excesso de gases, ou, inclusive, para realizar alguma atividade física pela sensação de estufamento e dor”. As causas da distensão abdominal variam de intolerâncias alimentares a doenças mais graves As principais causas de distensão abdominal são as intolerâncias alimentares, como intolerância à lactose, frutose, e quadros funcionais com a Síndrome do intestino irritável. Além disso, Dra. Anelisa ressalta que existem problemas relacionados à “Constipação funcional e SIBO (supercrescimento bacteriano do intestino delgado), além de quadros de má absorção, como na doença celíaca e nas insuficiências pancreáticas”. Ainda, em caso de suspeita de distensão abdominal, é preciso avaliar outros motivos, como doenças inflamatórias e parasitoses intestinais, além do uso de alguns medicamentos que alteram o funcionamento do intestino. Da mesma forma, existem diversos fatores que podem contribuir para o aparecimento desses sintomas. Alguns exemplos que a gastroenterologista cita são o tempo de trânsito do intestino e a qualidade da microbiota intestinal. Mas o caso pode ser mais sério se existir uma hipersensibilidade do intestino aos gases presentes na região. Ansiedade, depressão e estresse podem causar distensão abdominal Situações de estresse, ansiedade, depressão, traumas, podem sim estar relacionadas à distensão abdominal. Isso porque, esses eventos influenciam diretamente na qualidade da microbiota e alteram seu funcionamento, aumentando a produção de gases, o que gera uma hipersensibilidade na área. Isso acontece porque, além do próprio sistema nervoso entérico (que controla o sistema digestivo), Dra. Anelisa explica que “através do eixo cérebro-intestino, temos conexões neurais diretas interligando esses sistemas que transformam o trato gastrointestinal em um órgão extremamente influenciável por questões neurológicas e de saúde mental”. Por motivos como esse, é comum que pessoas com síndrome do intestino irritável relatem uma piora nos sintomas durante períodos de estresse elevado. Investigar a causa dos sintomas de abdômen distendido é importante para manter a qualidade de vida Devido ao fato da distensão e do inchaço serem facilmente confundidos, muitas vezes, o problema pode passar anos sem ser investigado, mesmo que prejudique a qualidade de vida da pessoa e que possa ser o sintoma de uma causa mais grave. Apesar de, na maioria das vezes, a distensão ser um sintoma de condições benignas, existem alguns sinais de alarme que devem ser observados. Eles são “Despertar noturno pelos sintomas de dor, perda de peso, presença de sangue ou gordura nas fezes, febre ou vômitos frequentes”, detalha a gastroenterologista. Entre as causas mais graves de distensão abdominal, existem as doenças hepáticas como a cirrose e ascite, neoplasia de cólon ou ovário, obstruções intestinais e endometriose. Prevenir a distensão abdominal envolve adotar hábitos saudáveis e ter controle emocional Segundo a médica, práticas que aliviam os sintomas de distensão abdominal são “Manter atividade física regular de pelo menos 150 minutos por semana, manter uma postura correta, comer devagar, longe das telas e mastigar bem os alimentos”. Além disso, técnicas de manejo do estresse, como meditação, respiração profunda e terapias psicológicas, podem ser eficazes na redução dos sintomas associados a fatores emocionais. Até porque, não existe uma única orientação sobre os alimentos que podem causar distensão abdominal, já que variam de pessoa para pessoa, conforme a causa do problema. Algumas recomendações comuns são evitar alimentos que têm propriedades mais fermentativas, como os derivados do leite, e alguns vegetais como brócolis, repolho, couve-flor, etc. Também é preciso avaliar com o auxílio de um nutricionista o consumo de frutas como maçãs, damascos, bananas, pêssegos, peras, ameixas secas, passas; alimentos com trigo, aveia, leguminosas como feijões e lentilha, além dos alimentos fritos, gordurosos, ricos em açúcar refinado, ultraprocessados e bebidas gaseificadas.

Enjoo Constante: Compreendendo as Causas e Tratamentos

O enjoo constante, também conhecido como náusea, é uma sensação de desconforto no estômago que pode ser perturbadora e persistente. Esta condição pode surgir de diversas causas, variando de alterações hormonais a problemas gastrointestinais. É comum que o enjoo venha acompanhado de outros sintomas, como vômitos, tontura, produção excessiva de saliva e fraqueza. A compreensão das possíveis causas e abordagens para o tratamento é essencial para gerenciar e aliviar esse desconforto persistente. Refluxo Gastroesofágico O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, causando enjoo constante, queimação na garganta ou estômago e tosse seca. Essa condição pode ser decorrente de alterações na válvula esofágica, frequentemente associadas à hérnia de hiato ou ao uso de determinados medicamentos. O tratamento usualmente inclui: Uso de medicamentos antiácidos, como omeprazol e esomeprazol. Ajustes na dieta, evitando álcool e alimentos ricos em gordura e cafeína. Gravidez Durante a gravidez, alterações hormonais como o aumento de gonadotrofina coriônica (hCG), estrogênio e progesterona, são comuns, levando a sintomas como enjoo constante. Esses sintomas tendem a aparecer entre a 7ª e 10ª semana de gestação, mas em alguns casos, podem persistir até o final da gravidez. Para mitigar os sintomas de enjoo, recomenda-se: Fazer refeições leves a cada três horas. Evitar líquidos nas primeiras duas horas após acordar. Consumo de alimentos frios e picolés de limão. Enxaqueca A enxaqueca se manifesta como uma dor de cabeça intensa e pulsante, muitas vezes acompanhada de enjoo constante, vômitos e sensibilidade à luz. Essa condição é particularmente prevalente em mulheres e é associada a mudanças hormonais, estresse ou jejum prolongado. Tratamentos recomendados incluem: Uso de analgésicos para aliviar a dor. Medicamentos específicos para enxaqueca, como zolmitriptano. Ansiedade Ansiedade pode causar preocupações excessivas com eventos futuros, resultando em sintomas físicos como enjoo constante. Além do enjoo, esses sintomas incluem aumento dos batimentos cardíacos e cansaço. Para tratar ansiedade e enjoo, recomenda-se: Praticar atividades físicas regularmente. Engajar em técnicas de relaxamento, como meditação e yoga. Labirintite A labirintite, uma inflamação do labirinto (parte interna do ouvido), pode causar enjoo constante e tontura. Fatores emocionais ou infecções são causas comuns dessa condição. Possíveis tratamentos incluem: Antieméticos para aliviar enjoo, como Plasil. Manter uma dieta saudável, evitando alimentos inflamatórios. Uso de Medicamentos Certos medicamentos, como anticoncepcionais e antidepressivos, podem causar enjoo constante. Outros, como corticoides e quimioterápicos, podem aumentar a acidez estomacal, intensificando o enjoo. É essencial consultar o médico responsável pela prescrição para possíveis ajustes. Intolerância Alimentar Intolerâncias alimentares dificultam a digestão de certos alimentos, resultando em sintomas como enjoo, diarreia e desconforto abdominal. Para gestão deste problema, recomenda-se: Consulta com gastroenterologista para diagnóstico preciso. Possível uso de enzimas digestivas. Quando Procurar um Médico A presença de enjoo constante pode não indicar problemas graves, mas sintomas adicionais como vômitos excessivos, febre, dor intensa no abdômen, ou falta de ar, sugerem a necessidade de atendimento médico imediato. É de suma importância consultar um médico para uma avaliação precisa e tratamento adequado, assegurando bem-estar e saúde contínua.

Câncer Inguinal: Entendendo a Doença

O câncer inguinal é uma condição grave que afeta a região da virilha. Embora o termo “câncer inguinal” seja frequentemente utilizado, ele geralmente não se refere a um tipo específico de câncer que se origina nessa área, mas sim a tumores de outros locais do corpo que se espalham (metástase) para os linfonodos inguinais. Essa área é rica em linfonodos, que são parte do sistema imunológico e uma rota comum de espalhamento para diversos tipos de câncer. Essa complexidade torna essencial entender os sintomas, causas e tratamentos associados a esta condição para um diagnóstico precoce e abordagem terapêutica adequada. O que é Câncer Inguinal? O câncer inguinal não é uma doença isolada, mas refere-se a tumores que afetam os linfonodos na região da virilha. Comumente, este câncer é resultado da metástase de outros tumores, como os de próstata, bexiga, pênis, testículos, útero, vagina, ou melanoma. A região inguinal é rica em linfonodos, onde os tumores frequentemente metastatizam. Isso implica que o câncer inguinal muitas vezes é mais indicativo de uma doença em estágio avançado do que de um câncer primário. Sintomas Os sintomas do câncer inguinal podem variar dependendo do tipo de tumor que causou a metástase. Contudo, alguns sintomas comuns incluem: Aumento perceptível de nódulos na virilha Dor ou desconforto local Perda de peso inexplicada Febre Perda de apetite Sintomas adicionais podem surgir dependendo do local primário do tumor. Por exemplo, dificuldades urinárias podem indicar câncer de próstata, enquanto corrimentos podem sugerir câncer de pênis ou de vagina. Sudorese noturna e fadiga extrema podem sinalizar linfomas. Diagnóstico O diagnóstico de câncer inguinal começa geralmente com uma avaliação clínica abrangente incluindo histórico médico e exame físico. Se há suspeita de câncer, são comuns exames de imagem como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética para avaliar a extensão da doença. O diagnóstico definitivo, no entanto, é feito mediante biópsia do nódulo suspeito. Este procedimento fornece uma amostra de tecido que será analisada em laboratório para detectar células cancerígenas. Causas As causas principais do câncer inguinal são metástases de outros tipos de câncer que se propagam para os linfonodos da região da virilha. Tumores comuns que podem se espalhar para essa área incluem: Câncer de próstata ou pênis Câncer de bexiga Câncer de vulva ou útero Câncer colorretal Melanoma Além disso, o câncer inguinal pode ter origem nos próprios linfonodos da virilha, como no caso de linfomas, que são tipos de câncer do sistema linfático. Tratamento O tratamento do câncer inguinal depende do tipo e estágio do tumor. As opções de tratamento mais comuns incluem: Cirurgia para remover o tecido afetado Quimioterapia Radioterapia Imunoterapia Transplante de medula óssea (no caso de linfoma) Terapia biológica A abordagem combinada de tratamentos é frequentemente adotada, dependendo da agressividade do tumor e da saúde geral do paciente. A decisão do método de tratamento apropriado deve ser feita por um oncologista com base em uma avaliação detalhada do caso.

Queimação na garganta: o que pode ser e como aliviar

A queimação na garganta, sintoma comum de azia, é relativamente comum e muito associada à alimentação. Mas você sabia que, por exemplo, a ansiedade e o estresse também podem influenciar no aparecimento desse sintoma?  Não à toa, 25,2 milhões de brasileiros sofrem com refluxo, que é uma das causas frequentes da queimação na garganta, de acordo com um levantamento do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBC). Para saber mais sobre o assunto, conversamos com a Dra. Isabor Sant’Anna, gastroenterologista. Ela nos explicou o que pode ser responsável por esse sintoma, entre outras informações importantes.   O refluxo gástrico é a principal causa da queimação na garganta  Estamos falando de um sintoma pouco específico e não característico de apenas uma doença. Por isso, a queimação na garganta pode estar relacionada a inúmeras causas, como doença do refluxo, hérnia de hiato, ansiedade e infecção das vias aéreas.   Para identificar o que causa azia e queimação constante, a Dra. Isabor explica que é importante passar por uma avaliação com especialistas como gastroenterologista e otorrinolaringologista: “Assim, a partir de uma anamnese e exame físico, pode ser definida a real causa da queimação, e caso necessário, exames laboratoriais e de imagem poderão ser solicitados para obter o diagnóstico”.   “A queimação na garganta, também conhecida como pirose, ocorre devido ao refluxo do conteúdo ácido do estômago, que sobe para a faringe e até mesmo para a traqueia”, afirma a médica. Além disso, ela acrescenta que o sintoma geralmente se apresenta após a ingestão de alimentos ricos em gordura, condimentos e/ou ácidos, ou após a ingestão de uma refeição mais pesada e volumosa. Assim, associados a esse problema, é possível surgirem outros sinais como tosse seca, azia, náuseas, vômitos, distensão abdominal e dor na boca do estômago.   Durante a gravidez, mudanças hormonais podem causar azia e queimação constante  Além do refluxo gastroesofágico, alterações no organismo que ocorrem em algumas fases da vida podem explicar azia e queimação constante. Por exemplo, as alterações no corpo durante uma gestação, devido a diversos fatores.   Primeiro, porque os hormônios da gravidez relaxam os músculos do trato digestivo. Isso permite que o ácido gástrico volte para o esôfago, causando a sensação de queimação. Além disso, com o crescimento do bebê, os órgãos se deslocam de lugar, e são pressionados. Desta forma, aumentam as chances de refluxo, um dos grandes responsáveis pelo sintoma. Por fim, a gravidez, por aumentar o apetite da mulher, pode levar a escolhas alimentares menos saudáveis, o que também pode colaborar com episódios.  Qual a diferença entre azia e queimação na garganta?   Apesar de serem frequentemente associados, a azia costuma ser o que causa a sensação de queimação na garganta. Em termos gerais, eles costumam ser usados como sinônimos, até por representarem sensações semelhantes. Para diferenciá-los, a chave está na observação do incômodo. A queimação na garganta costuma causar uma sensação de ardência no peito e garganta. Por sua vez, a azia provoca uma queimação que começa no estômago e sobe para o esôfago.  As causas da queimação no esôfago envolvem hábitos de vida pouco saudáveis e podem sinalizar doenças   De acordo com a gastroenterologista com quem conversamos, “alguns fatores de risco para o desenvolvimento de queimação na garganta são: tabagismo, obesidade, ingestão de bebida alcoólica, consumo de condimentos, cafeína e alimentos gordurosos, além do uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica”.   Além disso, a queimação na garganta também pode acontecer pela presença da Covid-19. Isso porque o vírus causa uma inflamação nas vias aéreas, o que inclui a garganta, e pode levar à sensação de queimação. Além disso, as tosses intensas, em alguns casos, podem piorar casos de refluxo e, assim, o incômodo local.  Como aliviar a queimação na garganta?  Perguntada sobre como aliviar a queimação na garganta, a Dra. Isabor explica que primeiro é necessário focar nas causas do problema. Ao identificá-las, o médico pode receitar a melhor linha de tratamento. No entanto, a mudança de alguns hábitos de vida são importantes nesse processo. Entre eles, a gastro menciona:  Cessar o tabagismo;  Fazer atividade física regular;  Se alimentar a cada três horas;  Mastigar bem os alimentos;  Evitar deitar imediatamente após as refeições;   Restringir o uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica;  Fazer reeducação alimentar;  Reduzir o consumo de cafeína;  Se receitado, usar inibidores de bomba de prótons.  Sobre o último tópico, os inibidores de bomba de prótons podem ser uma solução eficaz para pessoas com o sistema gástrico mais sensível. Isso porque, eles reduzem a produção de ácido no estômago e diminuem a irritação do esôfago e da garganta, causada pelo refluxo ácido. Tudo isso ajuda a aliviar o incômodo. Outra dica é priorizar o consumo de frutas não ácidas, como pera e banana, além de grãos integrais, vegetais cozidos, carnes magras e leguminosas.   Não é normal que os sintomas de azia persistam após o tratamento  No caso da queimação na garganta provocada pela ingestão de alimentos inadequados, o comum é que ela passe após algumas horas. Se ela passar a ser um recorrente e não estiver associada aos hábitos alimentares, é preciso consultar um especialista.  “Nos casos em que o sintoma de queimação persistir, e houver outros sinais como dificuldade de engolir, perda de peso significativa e não intencional, necessidade de uso regular de antiácidos, é indicado atendimento com gastroenterologista imediatamente. Isso porque, esses são considerados sinais de alarme e demandam investigação com exames complementares”, orienta a gastroenterologista.   

Tudo que você precisa saber sobre Gastroenterite

A gastroenterite é uma condição que afeta uma grande parcela da população e pode surgir de forma inesperada. Trata-se de uma inflamação na mucosa do estômago e do intestino, cuja origem pode variar desde infecções virais a intoxicações alimentares. Apesar de ser geralmente autolimitada, essa enfermidade requer cuidados adequados para evitar complicações, especialmente em certos grupos de risco, como crianças e idosos. Neste artigo, vamos explorar em profundidade as causas, sintomas, tratamento e formas de prevenção da gastroenterite. O que é a gastroenterite? Gastroenterite refere-se à inflamação do trato gastrointestinal, especificamente do estômago e do intestino delgado. Essa condição interrompe o funcionamento normal do sistema digestivo, levando a sintomas como diarreia, náuseas e vômitos. A etiologia da gastroenterite é diversificada, podendo ser viral, bacteriana, parasitária ou fúngica. Além disso, pode ser causada por intoxicação alimentar devido à ingestão de alimentos ou água contaminados. O que causa gastroenterite? Gastroenterite viral Os vírus são os causadores mais comuns de gastroenterite, com o rotavírus, adenovírus e norovírus sendo os mais frequentemente implicados. Esses vírus são altamente contagiosos e se espalham facilmente em ambientes comunitários, como creches e asilos. Gastroenterite bacteriana A gastroenterite bacteriana ocorre quando bactérias como Salmonella, Escherichia coli, ou Campylobacter colonizam o trato gastrointestinal. Essas podem ser contraídas através de água ou alimentos contaminados, incluindo produtos mal cozidos ou crus. Gastroenterite parasitária Parasitas, como Giardia lamblia ou Cryptosporidium, estão entre os responsáveis menos comuns, geralmente adquiridos através de água contaminada, entornos insalubres ou contato próximo com indivíduos infectados. Gastroenterite fúngica A infecção fúngica que leva à gastroenterite é rara, mas pode ocorrer após o consumo de alimentos ou água contaminados com determinados fungos. Quais são os sintomas de gastroenterite? Os sintomas mais comuns de gastroenterite incluem: Diarreia aquosa Náuseas e vômitos Dor abdominal e cólicas Febre leve Fadiga Desidratação, especialmente perigosa em crianças e idosos A intensidade dos sintomas pode variar com base no agente causador. As infecções bacterianas muitas vezes resultam em sintomas mais severos do que infecções virais. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico de gastroenterite geralmente se baseia na avaliação dos sintomas clínicos. Em casos mais graves ou persistentes, podem ser necessários exames laboratoriais, como coprocultura, para identificar o agente infeccioso e orientar o tratamento adequado. Exames de sangue também podem ser realizados para avaliar o grau de desidratação. Gastroenterite é perigosa? Quais são os riscos? Embora a maioria dos casos de gastroenterite sejam autolimitados e se resolvam espontaneamente em poucos dias, há situações em que a condição pode se tornar perigosa. Desidratação severa é o risco mais significativo, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido, que podem necessitar de hospitalização para reidratação intravenosa. Tratamento para gastroenterite O tratamento para gastroenterite é principalmente de suporte. Manter a hidratação é crucial, utilizando soluções de reidratação oral para repor eletrólitos. Medicamentos podem ser prescritos para aliviar sintomas como febre, náuseas e vontade de vomitar. O uso de probióticos tem se mostrado benéfico para regularizar a flora intestinal. Em casos de infecção bacteriana confirmada, antibióticos podem ser necessários, mas devem ser usados com cautela para evitar resistência a antibióticos. Gastroenterite: o que comer? Durante a recuperação, é recomendável uma dieta leve e fácil de digerir, que inclua: Arroz branco Frango grelhado sem pele Peixe Frutas descascadas, como maçã e banana Vegetais cozidos, como batata e cenoura Alimentos ricos em fibras, laticínios e alimentos gordurosos devem ser evitados, pois podem agravar os sintomas. Prevenção A higiene é fundamental para a prevenção da gastroenterite. Algumas medidas preventivas incluem: Lavar as mãos regularmente, especialmente após usar o banheiro ou antes de preparar alimentos Garantir que a água potável seja segura Desinfectar superfícies de cozinha e utensílios Evitar o compartilhamento de utensílios e toalhas com pessoas infectadas Em viagens, preferir água engarrafada e evitar gelo em bebidas Qual médico procurar? Para diagnóstico e tratamento de gastroenterite, um clínico geral pode ser consultado. Em casos mais complexos ou persistentes, um gastroenterologista pode ser necessário. A escolha do especialista dependerá da gravidade dos sintomas e da resposta ao tratamento inicial. “`

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