Saúde Gastrointestinal
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Intoxicação alimentar: o que fazer?
A intoxicação alimentar é um problema comum que pode ocorrer após o consumo de alimentos ou bebidas contaminados por micro-organismos nocivos, como bactérias, vírus ou parasitas, ou pelas toxinas que produzem. Segundo o Dr. Alvaro Faria, gastrocirurgião, as causas incluem alimentos mal armazenados, manipulados inadequadamente ou com validade vencida. Com o calor do verão e as férias de início do ano, as ocorrências aumentam, pois o clima quente favorece a proliferação de bactérias e outros microrganismos em alimentos, acelerando o processo de decomposição. Além disso, a manipulação inadequada da comida, frequente em ambientes mais relaxados e durante viagens, também contribui para o risco de contaminação. Sintomas da intoxicação alimentar Os sintomas de intoxicação alimentar podem variar em intensidade, mas os mais comuns incluem: Dor abdominal Diarreia Vômitos Mal-estar Febre Esses sinais se manifestam algumas horas ou dias após o contato com o alimento contaminado e, frequentemente, afetam várias pessoas que ingeriram o mesmo alimento suspeito. Normalmente, os sintomas desaparecem sozinhos após alguns dias, não sendo necessário tratamento específico, apenas cuidados sintomáticos para aliviar o desconforto e garantir a hidratação. No entanto, grupos como crianças, idosos e pacientes com doenças crônicas merecem atenção redobrada, principalmente devido à maior sensibilidade à desidratação. Em casos graves, pode haver desidratação severa, febre alta e persistente, ou até mesmo sintomas neurológicos, como dificuldade de fala e movimentação, indicativos de botulismo. Nesses casos, buscar atendimento médico imediato é essencial. Alimentos de maior risco Certos alimentos apresentam maior probabilidade de causar intoxicação alimentar. Entre eles estão: Peixes e frutos-do-mar mal cozidos ou crus; Ovos crus ou mal cozidos e seus derivados, como maionese; Leites e derivados, especialmente em dias quentes; Carnes mal cozidas; Verduras e vegetais mal lavados. “Além disso, a água contaminada, que pode conter parasitas, também representa risco no preparo da comida”, alerta o médico. Tratamentos e remédios para intoxicação alimentar Na maioria dos casos, a intoxicação alimentar é autolimitada e não requer tratamento específico. Medidas simples podem ajudar a aliviar os sintomas: Hidratação constante para repor os líquidos perdidos; Medicamentos sintomáticos, sob orientação médica, para aliviar dores e desconfortos. Nos casos mais graves, especialmente os associados a infecções bacterianas, pode ser necessário o uso de antibióticos. Contudo, o Dr. Alvaro Faria alerta contra a automedicação, que pode piorar o quadro e comprometer o equilíbrio da flora intestinal. “Antibióticos não são indicados, por exemplo, em intoxicações causadas por toxinas ou vírus, e seu uso indiscriminado pode agravar a situação, matando as bactérias benéficas da flora intestinal. Isso pode piorar os sintomas e prejudicar o tratamento”, diz. Se os sintomas persistirem ou incluírem diarreia com sangue, dor abdominal intensa ou desidratação severa, procure um médico imediatamente. Apenas um profissional pode diagnosticar corretamente a causa e indicar o tratamento adequado. O que fazer imediatamente Hidratação Beba bastante líquido: água, sucos naturais diluídos, água de coco e chás claros são excelentes opções para repor os líquidos perdidos. Evite bebidas alcoólicas, cafeína e bebidas gaseificadas: essas bebidas podem irritar o estômago e piorar a diarreia e os vômitos. Descanso Repouse: o corpo precisa de energia para se recuperar. Evite atividades físicas intensas e descanse o máximo possível. Alimentação Evite comer imediatamente após os episódios de vômito ou diarreia: espere um tempo para que o estômago se acalme. Quando voltar a comer, opte por alimentos leves e fáceis de digerir: Arroz branco Torradas ou biscoitos simples Frutas sem casca e sem sementes (banana e maçã cozidas) Sopas leves e sem temperos fortes Aumente a ingestão gradualmente: comece com pequenas porções e aumente a quantidade conforme a tolerância do seu corpo. Evite alimentos gordurosos, fritos, condimentados, lácteos, leguminosas e alimentos ricos em fibras: esses alimentos podem piorar os sintomas. Atenção aos sinais de alerta Procure um médico imediatamente se apresentar: Febre alta persistente Diarreia com sangue ou muco Vômitos intensos e frequentes que impedem a hidratação Sinais de desidratação grave, como boca seca, tontura, urina escura ou ausência de urina, olhos fundos e pele seca. Como prevenir a intoxicação alimentar A prevenção é a melhor estratégia contra a intoxicação alimentar. Confira algumas dicas essenciais: Higiene pessoal e alimentar: lave bem as mãos antes de manipular alimentos e após usar o banheiro Armazenamento correto: mantenha os alimentos refrigerados e evite o consumo de produtos com validade vencida Cozimento adequado: cozinhe bem carnes, peixes, frutos-do-mar e ovos Cuidado com alimentos crus: frutas, verduras e legumes devem ser higienizados adequadamente Evite locais de higiene duvidosa: escolha restaurantes e estabelecimentos que sigam boas práticas de manipulação alimentar. No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor garante o direito de visitar a cozinha de restaurantes ou estabelecimentos comerciais para verificar as condições de higiene. Essas dicas são fundamentais para prevenir intoxicações alimentares: cuide do que come, de como os alimentos são preparados e armazenados. “Sua saúde começa no prato.”
Níveis de alerta: identifique sintomas de câncer colorretal
O câncer colorretal, também chamado de câncer do cólon ou do reto, se desenvolve nas últimas porções do intestino grosso e é um dos tipos mais comuns no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima 45.630 casos para cada ano no triênio 2023-2025. Como ocorre com muitas doenças, no início, o corpo pode não dar sinais, tornando o câncer completamente assintomático. Daí a importância de hábitos saudáveis e exames preventivos. Confira alguns possíveis sintomas dessa doença. Sintomas do câncer colorretal: níveis de alerta O câncer colorretal está na lista dos mais frequentes, mas também é um dos mais tratáveis quando detectado precocemente. O que pode ser observado? Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação) Presença de sangue nas fezes Dor abdominal persistente Fadiga Perda de peso inexplicável Segundo o gastrocirurgião Alvaro Faria, os sintomas do câncer colorretal são geralmente os mesmos para homens e mulheres, embora estudos demonstrem um acometimento discretamente maior em homens. Mundialmente, em 2020, o risco estimado foi cerca de 23,4 casos a cada 100 mil homens. Entre as mulheres, a taxa de incidência ficou em torno de 16,2 casos a cada 100 mil. “O dado pode estar associado à maior adesão masculina a hábitos como o tabagismo, consumo excessivo de álcool e dietas ricas em carne vermelha e processada”, explica. O médico enfatiza que os principais sinais de alerta são os sangramentos observados nas fezes, as alterações no hábito intestinal, incluindo as diarreias persistentes, os ressecamentos e as dores abdominais, principalmente se associadas à perda de peso ou anemia. Diagnóstico e tratamentos do câncer colorretal Vários exames podem ser usados no rastreio do câncer colorretal. O mais eficaz é a colonoscopia. Esse exame permite visualizar o interior do cólon e do reto através de um tubo fino com uma câmera em sua ponta. Durante o procedimento, o médico pode coletar pequenas amostras de tecido (biópsia) para análise em laboratório, o que dará um diagnóstico certeiro. O tratamento do câncer colorretal varia conforme o estágio da doença, as características do tumor e o estado geral de saúde do paciente. As principais opções de tratamento incluem: Cirurgia: é o principal tratamento para a maioria dos casos, especialmente nos estágios iniciais. A cirurgia consiste na remoção do tumor e dos linfonodos próximos. Quimioterapia: utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas. Radioterapia: utiliza radiação para matar as células cancerígenas. Terapias-alvo e imunoterapia: tratamentos mais recentes que visam atacar as células cancerígenas de forma específica e estimular o sistema imunológico. Como prevenir Como é silencioso nas fases iniciais, mesmo pacientes saudáveis devem se consultar com um médico para fazer a prevenção do câncer colorretal. Pessoas, de ambos os gêneros, acima dos 45 anos ou que possuem parentes de primeiro grau diagnosticados com este tipo de doença precisam realizar exames de prevenção regularmente, conforme recomendação médica. “Com o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam significativamente e o tratamento pode ser menos agressivo”.
O que é esofagite e quanto tempo leva para curar essa inflamação?
A esofagite é uma inflamação do revestimento do esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago. Se não for tratada, pode gerar sérias consequências e desencadear outros problemas. Para entendermos quanto tempo leva para curar a esofagite, suas causas, tipos e outros detalhes, conversamos com o gastrocirurgião e endoscopista Dr. Eduardo Grecco. Reunimos todas as informações para você neste guia. Acompanhe. O que causa esofagite? A esofagite é conhecida principalmente por causar dor, dificuldade para engolir e uma sensação de ardência no peito. O gastrocirurgião define que a esofagite “é o processo inflamatório do esôfago, que pode ser edematosa (que apresenta inchaço causado pelo acúmulo de líquidos nos tecidos do corpo) ou erosiva (que corrói partes do órgão)”. A principal causa da esofagite é o refluxo gástroesofágico, caracterizado pelo retorno do suco gástrico do estômago para o esôfago. Ele, por sua vez, acontece devido ao aumento da acidez gástrica, que está muito relacionada com hábitos alimentares e comportamentos errados. Esses hábitos “provocam alterações anatômicas da válvula existente no esôfago, o que faz com que o ácido suba”, explica o Dr. Eduardo. Em consequência, alerta o profissional, aparecem problemas como azia ou queimação, dor epigástrica (dor na boca do estômago), dor torácica, tosse noturna, engasgos, regurgitação, vômitos, dor de garganta, sinusite e faringite. Sintomas da esofagite a longo prazo O desconforto que a inflamação no esôfago causa afeta a qualidade de vida do paciente, o que dificulta a alimentação e leva, muitas vezes, à perda de peso e à desnutrição. Isso porque, a dor no peito e o desconforto ao engolir podem tornar atividades diárias mais difíceis e até prejudicar o sono, já que os sintomas pioram ao deitar. Desta forma, o médico alerta que, a longo prazo, a esofagite “Pode causar cansaço, irritabilidade e até estresse emocional, dado que a dor constante e a preocupação com os sintomas podem gerar ansiedade”. Em casos mais graves, a esofagite pode comprometer significativamente o bem-estar do paciente, o que afeta sua saúde física e mental. Sendo assim, o tratamento é fundamental para controlar os sintomas. Para tratar inflamação no estômago, é preciso evitar certos alimentos O tratamento da esofagite depende da causa da inflamação, mas, geralmente, envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas. Entre as mudanças no estilo de vida para diminuir a inflamação no esôfago, o gastrociurgião cita que “Uma alimentação adequada é fundamental, além de evitar alimentos que irritam o órgão, como os gordurosos, picantes, ácidos e a cafeína”. Comer porções menores e mais frequentes também pode ser útil. Além disso, deve-se evitar deitar logo após as refeições, esperando pelo menos de duas a três horas. Ainda, é útil elevar a cabeceira da cama durante o sono, para impedir as chances de azia. Chocolate é outro alimento a ser evitado, pois contém cafeína e teobromina, que podem facilitar o refluxo. Bebidas com cafeína, como café, chá-preto e refrigerantes, são outros que agravam os sintomas. O álcool também, já que “pode irritar a mucosa esofágica e relaxar a válvula que separa o esôfago do estômago, além de aumentar a produção de ácido gástrico”, complementa o Dr. Eduardo. Laticínios integrais e alimentos ricos em gordura, como queijos gordurosos e carnes processadas, são opções que não fazem bem para quem tem esofagite. Isso porque, eles podem retardar a digestão e aumentar o risco de refluxo. Por fim, cebola e alho, apesar de seus benefícios nutricionais, podem ser irritantes para o esôfago. O mesmo é verdade para alimentos processados e embutidos, que são difíceis de digerir e podem aumentar a produção de ácido no estômago. O tempo para curar esofagite depende do tipo de inflamação O tempo necessário para a cura da esofagite pode variar dependendo de vários fatores, “como a gravidade da inflamação, a causa subjacente, a resposta ao tratamento e as mudanças no estilo de vida adotadas pelo paciente”, pontua o Dr. Eduardo No que diz respeito aos medicamentos, os antiácidos, como os de venda livre, podem aliviar os sintomas de queimação ao neutralizar o ácido estomacal. Já os inibidores, “como o omeprazol, são usados para reduzir a produção de ácido no estômago e ajudar a curar a inflamação do esôfago”, explica o médico. Em média, para a esofagite relacionada ao refluxo gastroesofágico – como a esofagite de refluxo -, o tratamento pode levar de duas a oito semanas para apresentar melhora nos sintomas. Nesses casos, são usados medicamentos, como inibidores da bomba de prótons (IBPs), e mudanças no estilo de vida. Já para a esofagite infecciosa, como a causada por fungos ou vírus, o tempo de tratamento pode ser mais longo. “Varia de 4 a 12 semanas, dependendo do tipo de infecção e da eficácia do tratamento com antifúngicos, antivirais ou antibióticos”, acrescenta o gastrocirurgião. No caso da esofagite eosinofílica, que é uma condição inflamatória crônica relacionada a uma reação alérgica, “O tratamento pode envolver o uso de esteróides ou medicamentos imunossupressores”, ele diz. Portanto, o tempo de tratamento costuma variar, com alguns episódios recorrentes ao longo do tempo, e o controle dos sintomas pode exigir monitoramento contínuo. Por fim, de acordo com um estudo publicado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, em pacientes com esofagite erosiva, os tratamentos com pantoprazol 40 mg ou omeprazol 20 mg são equivalentes, com índices de resolução de 74% e 78% em quatro semanas, respectivamente, e de 90% e 94%, em oito semanas.
O que é distensão abdominal e quais são os sintomas?
Quem sofre com distensão abdominal costuma ter dúvidas frequentes sobre o assunto. Afinal, o que causa esse problema? E como aliviar o inchaço no abdômen, tão associado à essa condição? Para responder essas e outras perguntas, entrevistamos a gastroenterologista Dra. Anelisa Sena. Leia a seguir. A distensão abdominal tem efeitos persistentes, diferentemente do inchaço após grandes refeições De acordo com a gastroenterologista, o principal sintoma de distensão abdominal é o “aumento efetivo no volume do abdômen, que pode inclusive ser mensurável, seja por aumento da circunferência do abdômen, pela dificuldade de vestir alguma roupa, ou por fotos”. Esse aumento no tamanho do abdômen pode acontecer em questão de pouco tempo, dentro de poucas horas. Em geral, ele também está associado a algum gatilho alimentar, e seus sintomas podem ser mais duradouros e persistentes. Por outro lado, o inchaço pode acontecer principalmente após uma refeição volumosa, rica em fibras ou alimentos fermentativos. Nesses casos, a sensação é de que há pressão no abdômen, ou de que o estômago continua fazendo a digestão mesmo depois de muito tempo após a alimentação. Além disso, é comum sentir gases presos que eventualmente podem gerar flatulência. Por fim, outra diferença marcante é que, no caso do inchaço abdominal “Esses sintomas normalmente são transitórios e de curta duração”, adiciona a médica. Sintomas de distensão abdominal comuns Alguns sinais típicos da distensão abdominal, independentemente da gravidade, explica Anelisa, são o estufamento, dor abdominal, eructações (arrotos) e flatulência frequentes. Isso porque, como a distensão abdominal é persistente e duradoura, ela afeta bastante a qualidade de vida de quem sofre com o problema. Por isso, é preciso atenção a esses sinais, principalmente “Quando o paciente não está mais conseguindo fechar o botão da calça após o almoço, não se sente confortável para ir para uma reunião do trabalho pelo excesso de gases, ou, inclusive, para realizar alguma atividade física pela sensação de estufamento e dor”. As causas da distensão abdominal variam de intolerâncias alimentares a doenças mais graves As principais causas de distensão abdominal são as intolerâncias alimentares, como intolerância à lactose, frutose, e quadros funcionais com a Síndrome do intestino irritável. Além disso, Dra. Anelisa ressalta que existem problemas relacionados à “Constipação funcional e SIBO (supercrescimento bacteriano do intestino delgado), além de quadros de má absorção, como na doença celíaca e nas insuficiências pancreáticas”. Ainda, em caso de suspeita de distensão abdominal, é preciso avaliar outros motivos, como doenças inflamatórias e parasitoses intestinais, além do uso de alguns medicamentos que alteram o funcionamento do intestino. Da mesma forma, existem diversos fatores que podem contribuir para o aparecimento desses sintomas. Alguns exemplos que a gastroenterologista cita são o tempo de trânsito do intestino e a qualidade da microbiota intestinal. Mas o caso pode ser mais sério se existir uma hipersensibilidade do intestino aos gases presentes na região. Ansiedade, depressão e estresse podem causar distensão abdominal Situações de estresse, ansiedade, depressão, traumas, podem sim estar relacionadas à distensão abdominal. Isso porque, esses eventos influenciam diretamente na qualidade da microbiota e alteram seu funcionamento, aumentando a produção de gases, o que gera uma hipersensibilidade na área. Isso acontece porque, além do próprio sistema nervoso entérico (que controla o sistema digestivo), Dra. Anelisa explica que “através do eixo cérebro-intestino, temos conexões neurais diretas interligando esses sistemas que transformam o trato gastrointestinal em um órgão extremamente influenciável por questões neurológicas e de saúde mental”. Por motivos como esse, é comum que pessoas com síndrome do intestino irritável relatem uma piora nos sintomas durante períodos de estresse elevado. Investigar a causa dos sintomas de abdômen distendido é importante para manter a qualidade de vida Devido ao fato da distensão e do inchaço serem facilmente confundidos, muitas vezes, o problema pode passar anos sem ser investigado, mesmo que prejudique a qualidade de vida da pessoa e que possa ser o sintoma de uma causa mais grave. Apesar de, na maioria das vezes, a distensão ser um sintoma de condições benignas, existem alguns sinais de alarme que devem ser observados. Eles são “Despertar noturno pelos sintomas de dor, perda de peso, presença de sangue ou gordura nas fezes, febre ou vômitos frequentes”, detalha a gastroenterologista. Entre as causas mais graves de distensão abdominal, existem as doenças hepáticas como a cirrose e ascite, neoplasia de cólon ou ovário, obstruções intestinais e endometriose. Prevenir a distensão abdominal envolve adotar hábitos saudáveis e ter controle emocional Segundo a médica, práticas que aliviam os sintomas de distensão abdominal são “Manter atividade física regular de pelo menos 150 minutos por semana, manter uma postura correta, comer devagar, longe das telas e mastigar bem os alimentos”. Além disso, técnicas de manejo do estresse, como meditação, respiração profunda e terapias psicológicas, podem ser eficazes na redução dos sintomas associados a fatores emocionais. Até porque, não existe uma única orientação sobre os alimentos que podem causar distensão abdominal, já que variam de pessoa para pessoa, conforme a causa do problema. Algumas recomendações comuns são evitar alimentos que têm propriedades mais fermentativas, como os derivados do leite, e alguns vegetais como brócolis, repolho, couve-flor, etc. Também é preciso avaliar com o auxílio de um nutricionista o consumo de frutas como maçãs, damascos, bananas, pêssegos, peras, ameixas secas, passas; alimentos com trigo, aveia, leguminosas como feijões e lentilha, além dos alimentos fritos, gordurosos, ricos em açúcar refinado, ultraprocessados e bebidas gaseificadas.
Enjoo Constante: Compreendendo as Causas e Tratamentos
O enjoo constante, também conhecido como náusea, é uma sensação de desconforto no estômago que pode ser perturbadora e persistente. Esta condição pode surgir de diversas causas, variando de alterações hormonais a problemas gastrointestinais. É comum que o enjoo venha acompanhado de outros sintomas, como vômitos, tontura, produção excessiva de saliva e fraqueza. A compreensão das possíveis causas e abordagens para o tratamento é essencial para gerenciar e aliviar esse desconforto persistente. Refluxo Gastroesofágico O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, causando enjoo constante, queimação na garganta ou estômago e tosse seca. Essa condição pode ser decorrente de alterações na válvula esofágica, frequentemente associadas à hérnia de hiato ou ao uso de determinados medicamentos. O tratamento usualmente inclui: Uso de medicamentos antiácidos, como omeprazol e esomeprazol. Ajustes na dieta, evitando álcool e alimentos ricos em gordura e cafeína. Gravidez Durante a gravidez, alterações hormonais como o aumento de gonadotrofina coriônica (hCG), estrogênio e progesterona, são comuns, levando a sintomas como enjoo constante. Esses sintomas tendem a aparecer entre a 7ª e 10ª semana de gestação, mas em alguns casos, podem persistir até o final da gravidez. Para mitigar os sintomas de enjoo, recomenda-se: Fazer refeições leves a cada três horas. Evitar líquidos nas primeiras duas horas após acordar. Consumo de alimentos frios e picolés de limão. Enxaqueca A enxaqueca se manifesta como uma dor de cabeça intensa e pulsante, muitas vezes acompanhada de enjoo constante, vômitos e sensibilidade à luz. Essa condição é particularmente prevalente em mulheres e é associada a mudanças hormonais, estresse ou jejum prolongado. Tratamentos recomendados incluem: Uso de analgésicos para aliviar a dor. Medicamentos específicos para enxaqueca, como zolmitriptano. Ansiedade Ansiedade pode causar preocupações excessivas com eventos futuros, resultando em sintomas físicos como enjoo constante. Além do enjoo, esses sintomas incluem aumento dos batimentos cardíacos e cansaço. Para tratar ansiedade e enjoo, recomenda-se: Praticar atividades físicas regularmente. Engajar em técnicas de relaxamento, como meditação e yoga. Labirintite A labirintite, uma inflamação do labirinto (parte interna do ouvido), pode causar enjoo constante e tontura. Fatores emocionais ou infecções são causas comuns dessa condição. Possíveis tratamentos incluem: Antieméticos para aliviar enjoo, como Plasil. Manter uma dieta saudável, evitando alimentos inflamatórios. Uso de Medicamentos Certos medicamentos, como anticoncepcionais e antidepressivos, podem causar enjoo constante. Outros, como corticoides e quimioterápicos, podem aumentar a acidez estomacal, intensificando o enjoo. É essencial consultar o médico responsável pela prescrição para possíveis ajustes. Intolerância Alimentar Intolerâncias alimentares dificultam a digestão de certos alimentos, resultando em sintomas como enjoo, diarreia e desconforto abdominal. Para gestão deste problema, recomenda-se: Consulta com gastroenterologista para diagnóstico preciso. Possível uso de enzimas digestivas. Quando Procurar um Médico A presença de enjoo constante pode não indicar problemas graves, mas sintomas adicionais como vômitos excessivos, febre, dor intensa no abdômen, ou falta de ar, sugerem a necessidade de atendimento médico imediato. É de suma importância consultar um médico para uma avaliação precisa e tratamento adequado, assegurando bem-estar e saúde contínua.
Câncer Inguinal: Entendendo a Doença
O câncer inguinal é uma condição grave que afeta a região da virilha. Embora o termo “câncer inguinal” seja frequentemente utilizado, ele geralmente não se refere a um tipo específico de câncer que se origina nessa área, mas sim a tumores de outros locais do corpo que se espalham (metástase) para os linfonodos inguinais. Essa área é rica em linfonodos, que são parte do sistema imunológico e uma rota comum de espalhamento para diversos tipos de câncer. Essa complexidade torna essencial entender os sintomas, causas e tratamentos associados a esta condição para um diagnóstico precoce e abordagem terapêutica adequada. O que é Câncer Inguinal? O câncer inguinal não é uma doença isolada, mas refere-se a tumores que afetam os linfonodos na região da virilha. Comumente, este câncer é resultado da metástase de outros tumores, como os de próstata, bexiga, pênis, testículos, útero, vagina, ou melanoma. A região inguinal é rica em linfonodos, onde os tumores frequentemente metastatizam. Isso implica que o câncer inguinal muitas vezes é mais indicativo de uma doença em estágio avançado do que de um câncer primário. Sintomas Os sintomas do câncer inguinal podem variar dependendo do tipo de tumor que causou a metástase. Contudo, alguns sintomas comuns incluem: Aumento perceptível de nódulos na virilha Dor ou desconforto local Perda de peso inexplicada Febre Perda de apetite Sintomas adicionais podem surgir dependendo do local primário do tumor. Por exemplo, dificuldades urinárias podem indicar câncer de próstata, enquanto corrimentos podem sugerir câncer de pênis ou de vagina. Sudorese noturna e fadiga extrema podem sinalizar linfomas. Diagnóstico O diagnóstico de câncer inguinal começa geralmente com uma avaliação clínica abrangente incluindo histórico médico e exame físico. Se há suspeita de câncer, são comuns exames de imagem como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética para avaliar a extensão da doença. O diagnóstico definitivo, no entanto, é feito mediante biópsia do nódulo suspeito. Este procedimento fornece uma amostra de tecido que será analisada em laboratório para detectar células cancerígenas. Causas As causas principais do câncer inguinal são metástases de outros tipos de câncer que se propagam para os linfonodos da região da virilha. Tumores comuns que podem se espalhar para essa área incluem: Câncer de próstata ou pênis Câncer de bexiga Câncer de vulva ou útero Câncer colorretal Melanoma Além disso, o câncer inguinal pode ter origem nos próprios linfonodos da virilha, como no caso de linfomas, que são tipos de câncer do sistema linfático. Tratamento O tratamento do câncer inguinal depende do tipo e estágio do tumor. As opções de tratamento mais comuns incluem: Cirurgia para remover o tecido afetado Quimioterapia Radioterapia Imunoterapia Transplante de medula óssea (no caso de linfoma) Terapia biológica A abordagem combinada de tratamentos é frequentemente adotada, dependendo da agressividade do tumor e da saúde geral do paciente. A decisão do método de tratamento apropriado deve ser feita por um oncologista com base em uma avaliação detalhada do caso.