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Sangue com catarro pode ser covid?
Produzir sangue com catarro é uma situação que costuma gerar ansiedade e apreensão, seja pela natureza incomum do sintoma ou pelo receio de que isso indique algum problema de saúde mais grave. Afinal, por que isso acontece? Pode ser COVID? Sabendo da importância de esclarecer essa dúvida, conversamos com o médico pneumologista João Carlos de Jesus, que detalhou as possíveis causas de sangue no catarro. Continue a leitura e entenda as principais informações sobre o assunto. Sangue no catarro pode ser COVID-19, mas essa não é a causa mais comum do problema Apesar de a COVID não ser a doença mais relacionada a esse sintoma, pode, sim, haver catarro com sangue durante essa infecção viral. De acordo com o pneumologista João Carlos de Jesus, isso é possível porque a COVID-19 tem o potencial de danificar as estruturas pulmonares, levando à formação de catarro e sangue (processo chamado de hemoptise). Além disso, segundo o especialista, “o acúmulo de secreção também favorece quadros de sinusite e infecções bacterianas. E uma sinusite, por exemplo, pode trazer sangramento com o catarro”. No entanto, ele aponta que, nesses casos, a coloração do sangue não tem aquela característica viva: ela é mais acastanhada, não é exatamente vermelha. Geralmente, a cor do catarro durante a infecção por COVID-19 é clara, semelhante à da saliva. Levando isso em consideração, podemos afirmar que os quadros clínicos que costumam ter secreção com sangue na COVID-19 são aqueles que afetam os tecidos pulmonares. Doenças pulmonares são geralmente as que causam catarro com sangue Entre as doenças que afetam o pulmão, e que, portanto, estão mais propícias a gerar sangue no catarro, está a tuberculose. Para o médico pneumologista, essa é a doença provável de ocasionar o sintoma: “o padrão dessa infecção pulmonar faz com que os brônquios e os alvéolos sejam afetados, produzindo o sangramento. Um paciente que tem tosse por aproximadamente 20 dias, febre à noite, perda de peso e tosse com sangue deve ser avaliado para a possibilidade de tuberculose, até que se prove o contrário”, argumenta. Outras possíveis causas citadas pelo Dr. são trombose pulmonar e câncer de pulmão, embora sejam ainda menos comuns. Quando o sangue com catarro é perigoso? Basicamente, se o catarro vier com um coágulo, ou seja, com uma massa sólida de sangue, é um sinal de alerta. Afinal, isso indica um processo inflamatório mais severo e requer não só uma investigação minuciosa para descobrir a causa do problema, como também um monitoramento integral da saúde do paciente, que pode estar em risco. De acordo com a análise do Dr. João Carlos, existe uma diferença significativa entre uma secreção com resquícios de sangue e um catarro com coágulo: “Quando o paciente está tossindo muito, isso pode causar ferimentos na garganta, resultando em pequenas quantidades de sangue. Isso é aceitável como parte do processo da tosse. No entanto, se o catarro vem predominantemente vermelho, isso é um sinal de emergência”. Nesse contexto, o paciente deve procurar atendimento médico imediato para que sejam feitos exames para identificar a origem do sangramento. Conforme as observações do pneumologista, geralmente, a tomografia de tórax fornece clareza sobre a situação. No entanto, pode ser preciso realizar uma angiotomografia de tórax, que usa contraste para avaliar o funcionamento das veias e artérias pulmonares. Em síntese, é essencial dar a devida importância ao aparecimento de sangue no catarro, pois, embora possa ser um sintoma de COVID-19, é frequentemente relacionado a outras doenças pulmonares, como tuberculose, trombose pulmonar e câncer de pulmão. Da mesma forma, diferenciar pequenas quantidades de sangue e a presença de coágulos no catarro é crucial para determinar a gravidade da situação e a necessidade de atendimento médico imediato.
Dermatofitose: o que é, sintomas e tratamento dessa doença de pele
A dermatofitose é uma doença de pele causada por fungos (do tipo dermatófitos) que pode afetar diversas regiões do corpo, incluindo pés, virilha, unhas e couro cabeludo. Além de ser uma infecção muito incômoda, pode ser confundida com outros problemas dermatológicos. A fim de entender, em detalhes, quais os sintomas da dermatofitose, entrevistamos a médica dermatologista Piera Coelho. Leia a seguir. Sintomas de dermatofitose incluem lesões circulares, coceira e descamação Assim como outras doenças de pele, como a psoríase e a dermatite de contato, a dermatofitose também causa coceira e descamação. A principal diferença, segundo a Dra. Piera, é o formato das lesões na pele. Ela explicou que os fungos dermatófitos formam erupções circulares, geralmente com o centro menos inflamado e com vermelhidão ao redor. Conforme a especialista, as lesões aparecem com frequência nas dobras dos pés e da virilha, unhas e couro cabeludo porque “os dermatófitos afetam tecidos com queratina, proteína presente na pele, e a umidade nesses locais influencia na concentração de fungos”. Inclusive, vale mencionar que dermatofitose é o nome genérico da doença e que dependendo do local onde as erupções se instalam, a patologia é conhecida como: Tinea corporal (ou Tinea corporis) Pé de atleta (ou Tinea pedis) Tinea do couro cabelo (ou Tinea capitis) Tinea na virilha (ou Tinea cruris) Tinea nas unhas (ou onicomicose) Dermatofitose no couro cabeludo tem mais sintomas específicos Quando os fungos do tipo dermatófitos se instalam no couro cabeludo, pode-se observar uma erupção escamosa e seca que pode coçar e causar perda de cabelo. Sobre esse tipo de doença de pele, a Dra. Piera comenta: “Nesses casos, fazemos o diagnóstico excluindo a alopecia areata. Na alopecia areata não há descamação e nem fios partidos, enquanto na Tinea Capitis, sim. Quando a dermatofitose no couro cabeludo está mais avançada, pode haver uma placa grande e inflamada que secreta pus chamada quérion, parecida com um abscesso. Isso acontece devido a uma resposta do sistema imunológico e também está associada à queda de cabelo. Tratamento para dermatofitose é feito com antifúngicos tópicos ou de ação geral Ainda que essa doença cause bastante desconforto, a dermatologista destaca que o tratamento é simples. Em resumo, ele pode ser feito de duas formas: com antifúngicos tópicos e antifúngicos de ação geral. Os tópicos (vendidos como pomadas e sprays), segundo a Dra. Piera, são mais eficazes para tratar dermatofitoses superficiais. Como os antifúngicos de uso tópico têm uma penetração limitada, infecções na unha, nos pelos e no couro cabeludo, geralmente requerem medicamentos por via oral. ˜Esse tipo de tratamento também pode ser necessário para lesões extensas, inflamatórias ou aquelas em que há espessamento excessivo da camada externa da pele˜, orienta a dermatologista. Como prevenir a transmissão da dermatofitose e a reinfecção Em primeiro lugar, é preciso destacar que a dermatofitose é contagiosa e que a principal forma de transmissão é por contato direto com animais ou humanos infectados. Por isso, se o paciente suspeitar que está com esse problema de pele, é importante não compartilhar escovas, pentes, roupas e objetos que tenham contato com a lesão. Além disso, é aconselhável evitar ambientes comuns de contágio, como piscinas públicas, que podem aumentar o risco de disseminação da infecção. Ao mesmo tempo, ‘o tratamento deve ser precoce para evitar a extensão do quadro e a contaminação de outras pessoas que convivem com o paciente’, orienta a especialista em doenças de pele. Piera também menciona que nos casos em que a pessoa já está com os sintomas, é importante manter as lesões arejadas para evitar a proliferação dos fungos. Ao seguir essas recomendações, é possível minimizar o impacto da dermatofitose e promover uma recuperação eficaz.
Candidíase: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento
A candidíase é uma infecção fúngica bastante comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora possa ser facilmente tratada, a candidíase pode causar desconforto significativo, afetando diversas áreas do corpo, como a pele, mucosas e órgãos internos, dependendo da sua gravidade. Conhecida por suas manifestações genitais e orais, a infecção também pode ser recorrente, especialmente em pessoas com fatores de risco, como imunidade comprometida ou alterações hormonais. Neste artigo, vamos explorar de maneira abrangente o que é a candidíase, seus sintomas, os diferentes tipos que podem ocorrer, além das causas, tratamentos e formas de prevenção. O que é a Candidíase A candidíase é uma infecção causada por fungos do gênero Candida, sendo o Candida albicans o mais comum. Esses fungos são naturalmente presentes no corpo humano, mas em determinadas condições, podem proliferar de maneira excessiva, causando infecção. A candidíase pode afetar diferentes partes do corpo, incluindo áreas genitais, boca, pele e até órgãos internos, em casos mais graves. A candidíase é frequentemente associada a um desequilíbrio na flora microbiana normal do corpo, que pode ser desencadeado por fatores como uso de antibióticos, alterações hormonais ou imunidade enfraquecida. Existem muitos tipos de candidíase, que variam de acordo com a área afetada. Tipos de Candidíase Candidíase vaginal A candidíase vaginal é uma das formas mais comuns da infecção, afetando principalmente mulheres em idade fértil. Ela ocorre quando o fungo Candida, que normalmente vive em pequenas quantidades na região genital, proliferam excessivamente devido a um desequilíbrio no ambiente vaginal. Fatores como mudanças hormonais (gravidez, uso de anticoncepcionais hormonais), uso de antibióticos, diabetes mal controlado, roupas íntimas apertadas e materiais sintéticos podem criar um ambiente propício para o crescimento do fungo. Candidíase no pênis Embora a candidíase seja mais comum em mulheres, homens também podem ser afetados, principalmente os que não são circuncidados, pois o excesso de pele facilita a retenção de umidade, favorecendo o crescimento do fungo. A candidíase no pênis pode ocorrer após o contato sexual com uma parceira infectada, mas também pode estar relacionada a outros fatores, como má higiene, uso prolongado de antibióticos e doenças crônicas como diabetes. Candidíase oral Conhecida também como “sapinho“, a candidíase oral afeta principalmente bebês que estão sendo amamentados (lactentes), pessoas com sistema imunológico comprometido e idosos que usam próteses dentárias. Manifesta-se através de placas esbranquiçadas na língua, bochechas internas e garganta, que podem ser dolorosas ou causar dificuldade para engolir. Em casos graves, a infecção pode se espalhar para o esôfago. Candidíase de repetição Quando a candidíase ocorre quatro ou mais vezes em um período de um ano, ela é classificada como candidíase de repetição. Esse tipo é mais comum em mulheres e pode ser causado por fatores hormonais, condições crônicas como diabetes, ou uso prolongado de medicamentos que alteram a flora microbiana, como antibióticos e corticosteróides. Quais são os sintomas da candidíase Sintomas gerais da candidíase Os sintomas gerais da candidíase podem variar de acordo com a área afetada, mas, no geral, incluem coceira, vermelhidão, inchaço, dor e a presença de secreções anormais. A candidíase também pode provocar desconforto durante a micção ou relações sexuais, dependendo da região afetada. Em infecções mais severas, como a candidíase disseminada, os sintomas podem incluir febre e complicações em órgãos internos. Sintomas específicos por tipo de candidíase Candidíase genital Os sintomas mais comuns da candidíase genital incluem: Coceira intensa Sensação de ardência Vermelhidão Inchaço na região afetada Corrimento vaginal espesso e esbranquiçado (em mulheres) Secreção semelhante e desconforto ao urinar (em homens) Candidíase oral Os sintomas da candidíase oral incluem: Lesões esbranquiçadas na língua, bochechas, gengivas e garganta Dor nas áreas afetadas Sangramento ao raspar as lesões Dificuldade ao engolir Causas da Candidíase Fatores de risco Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da candidíase incluem o uso de antibióticos de amplo espectro, que alteram o equilíbrio da flora normal do corpo, e mudanças hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez ou uso de contraceptivos hormonais. Outras condições, como diabetes mal controlado, obesidade e uso prolongado de roupas úmidas ou apertadas, também aumentam o risco de candidíase. Alterações hormonais e imunológicas A candidíase é particularmente prevalente em situações em que há alterações hormonais significativas, como durante a gravidez, menopausa ou uso de hormônios. Além disso, pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como portadores de HIV/AIDS ou pacientes submetidos a quimioterapia, são mais suscetíveis a infecções por Candida, muitas vezes em formas mais severas e disseminadas. Como obter o diagnóstico da Candidíase Exames clínicos para detecção de Candidíase O diagnóstico da candidíase geralmente é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico da área afetada. Nos casos genitais e orais, o exame pode incluir a coleta de amostras para cultura ou microscopia, visando confirmar a presença do fungo. Em casos de candidíase disseminada ou sistêmica, exames laboratoriais e de imagem podem ser necessários para avaliar a extensão da infecção. Diagnóstico diferencial É importante diferenciar a candidíase de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como infecções bacterianas, herpes genital, dermatite e outras doenças inflamatórias. O diagnóstico diferencial é realizado com base nos sintomas, exame físico e resultados laboratoriais. Como fazer o tratamento da candidíase Tratamentos medicamentosos O tratamento da candidíase geralmente envolve o uso de antifúngicos, que podem ser administrados de forma tópica (cremes, pomadas) ou oral, dependendo da gravidade e da localização da infecção.Em casos mais severos ou de candidíase de repetição, pode ser necessário prolongar o tratamento ou utilizar medicamentos mais potentes. Como se prevenir da candidíase Higiene pessoal A prevenção da candidíase começa com uma boa higiene pessoal, especialmente nas áreas mais propensas à infecção, como a região genital. Manter a área limpa e seca, evitar o uso prolongado de roupas apertadas ou úmidas e trocar regularmente as roupas íntimas são medidas simples, mas eficazes na prevenção. Cuidados alimentares Uma dieta rica em açúcares e carboidratos refinados pode contribuir para o crescimento excessivo de Candida. Por isso, adotar uma alimentação balanceada, rica em fibras, proteínas magras e alimentos que promovem a saúde da flora intestinal, como probióticos, pode ser uma estratégia eficaz na prevenção da candidíase. Evitar o consumo excessivo de álcool e alimentos processados também é recomendado.
Lupus: sintomas, tratamento e como lidar com essa doença autoimune
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (ou apenas Lúpus) é uma doença reumatológica autoimune, ou seja, é caracterizada pelo sistema imunológico atacar células e tecidos saudáveis. Entender os sintomas do Lúpus, o tratamento e as formas de gerenciar períodos de crise é essencial não só para quem sofre com a doença, como também para quem tem um caso na família, por exemplo. Afinal, esse cenário não é tão incomum: segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 65 mil brasileiros sofrem com essa enfermidade, sendo a maioria mulheres entre 20 e 45 anos. A seguir, você confere a entrevista que fizemos com a médica reumatologista Marcella Andrade sobre as formas de controlar a doença e preservar a qualidade de vida. Sintomas do lúpus incluem lesões na pele e dores no corpo Em primeiro lugar, é importante destacar que as manifestações do Lúpus podem ser cutâneas e sistêmicas, o que significa que podem ser limitadas a reações na pele, mas também podem atingir outras partes do corpo. Além disso, os sintomas variam de acordo com o grau da doença, como explicou a especialista em reumatologia Marcella Andrade. Em relação aos sinais na pele, a médica citou alguns dos mais frequentes: “pode haver erupções na pele de diferentes tipos, incluindo o aumento do fluxo sanguíneo na região das bochechas que lembra uma asa de borboleta (chamado de rash malar) e outras lesões que geralmente ocorrem em áreas expostas ao sol, como face, membros, e colo.” Do mesmo modo, pacientes que têm Lúpus podem sofrer com dores nas articulações (que podem ser dores crônicas), fadiga, dor no peito, falta de ar, espuma na urina, aumento da pressão arterial, inchaço nos membros inferiores, entre outros. Inclusive, a piora dos sintomas após a exposição à luz solar é um dos desafios de quem tem essa doença autoimune, já que isso ativa diretamente as células de defesa, de acordo com a Dra. Marcella, que é, também, integrante da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Os primeiros sinais do Lúpus e a evolução da doença Ainda que as reações na pele associadas às dores articulares sejam muito específicas do lúpus, os sintomas iniciais são comuns a várias outras doenças reumatológicas e autoimunes, o que pode inclusive dificultar o diagnóstico. Entre eles, podemos citar febre baixa, perda de peso, fadiga, prostração, queda de cabelo e alopecia. Em relação à evolução dos sintomas, conforme a doença avança, isso vai depender muito da gravidade do Lúpus, caso a caso. De acordo com a reumatologista, “existem formas leves onde o paciente passa a vida toda apenas com sintomas cutâneos e articulares. Por outro lado, em casos mais graves, pode haver, por exemplo, prejuízos renais e cardiológicos, por exemplo, o que pode gerar alta morbidade, necessidade de internações frequentes e tratamentos mais agressivos”. O tratamento do Lúpus e as formas de lidar com a inflamação autoimune Lúpus não tem cura, mas o tratamento adequado é capaz de controlar os sintomas e preservar a qualidade de vida de quem tem o diagnóstico. “Para isso, é necessário haver não só um olhar médico aguçado e experiente, como também um alto grau de comprometimento do paciente com o tratamento”, afirma a Dra. Marcella. Em relação aos medicamentos eficazes para controlar a inflamação, a especialista explica que isso depende da gravidade do Lúpus e dos órgãos atingidos, mas que, geralmente, o protocolo inclui o uso de corticoides e/ou imunossupressores. Esses medicamentos reduzem a resposta inflamatória do sistema imunológico e, consequentemente, aliviam os sintomas. Mas, é importante ressaltar que o uso e a dose devem ser feitos com direcionamento médico, dado os possíveis efeitos colaterais e o risco de perda da função de algum órgão nobre. Do mesmo modo, outras condutas que não envolvem o uso de medicamentos devem fazer parte do tratamento. Para evitar períodos de crise, recomenda-se a redução da exposição solar, a prática de atividades físicas e o acompanhamento psicológico. Isso porque enquanto a luz do sol pode favorecer o aparecimento das erupções na pele, o estresse emocional é um gatilho para a piora da doença e os exercícios melhoram as dores no corpo, a longo prazo. Em resumo, reconhecer os sintomas do Lúpus e procurar acompanhamento especializado o quanto antes é essencial para o paciente ter o direcionamento correto quanto ao tratamento e, dessa forma, ter o mínimo impacto possível no seu bem-estar.
Endometriose Profunda e Infertilidade: Entenda a Relação e as Opções de Tratamento
A endometriose é uma condição médica complexa que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Neste artigo, vamos explorar a relação entre endometriose profunda e infertilidade, além de discutir as opções de tratamento disponíveis. O Que é Endometriose Profunda? A endometriose profunda é uma forma avançada de endometriose, na qual o tecido semelhante ao endométrio cresce além da cavidade uterina, infiltrando órgãos adjacentes. Os órgãos frequentemente afetados incluem as tubas uterinas, ovários, região retrocervical, septo retovaginal, vagina, reto, intestino, bexiga e ureteres. Sintomas da Endometriose Profunda: Dor pélvica incapacitante. Dismenorreia (cólica menstrual intensa). Dispareunia (dor durante o sexo). Disúria (dor ao urinar). Disquezia (dor durante a evacuação). Relação Entre Endometriose Profunda e Infertilidade: A endometriose profunda pode causar infertilidade de várias maneiras, incluindo: Interferência no desenvolvimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. Comprometimento da qualidade dos óvulos. Diminuição da reserva ovariana. Obstrução das tubas uterinas. Distúrbios no ciclo endometrial. Diagnóstico e Tratamento: O diagnóstico geralmente é realizado por ultrassonografia com preparo intestinal e, em alguns casos, ressonância magnética. O tratamento cirúrgico por videolaparoscopia é indicado para sintomas severos ou para mulheres que desejam engravidar. A fertilização in vitro (FIV) é uma opção quando o tratamento cirúrgico não resulta em gravidez. Em resumo, a endometriose profunda é uma condição que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na capacidade reprodutiva das mulheres. Com um diagnóstico precoce e um plano de tratamento abrangente, muitas mulheres podem encontrar alívio dos sintomas e realizar o sonho da maternidade. Para mais informações sobre endometriose e opções de tratamento, consulte nosso site e fique por dentro das últimas novidades e pesquisas na área da saúde feminina.
Endometriose é garantia de infertilidade? Saiba mais
A endometriose é uma doença que atinge a camada que reveste o interior do útero, chamada de endométrio, e provoca seu crescimento para fora do órgão, podendo chegar à bexiga, aos ovários e ao intestino. Uma das maiores e mais temidas complicações do problema é a infertilidade. No entanto, ser diagnosticada com endometriose não é garantia de que você será incapaz de engravidar. Diagnóstico precoce previne infertilidade causada por endometriose Segundo a ginecologista Cláudia Navarro, a doença é mais comum em mulheres inférteis, mas não é possível dizer que ter endometriose é sinônimo de se tornar infértil. “Há muitas mulheres que têm o problema e não apresentam dificuldades para engravidar. No entanto, há estágios diferentes da doença, o que diferencia a gravidade”, afirma. Por isso, é fundamental tirar todas as suas dúvidas na hora da consulta com seu médico de confiança. A infertilidade atinge cerca de 40% dos casos de endometriose, mas com o diagnóstico precoce e tratamento adequado,feito corretamente, é possível prevenir que o crescimento do endométrio afete a qualidade dos óvulos. Dor durante relação sexual é sinal de endometriose Se você ainda não recebeu o diagnóstico, fique de olho em alguns sinais e sintomas que devem chamar sua atenção. “A paciente deve procurar ajuda caso sinta cólicas menstruais muito fortes, principalmente depois dos 20 anos. Em alguns casos, a doença pode vir acompanhada de dores durante a relação sexual ou na hora de evacuar”, alerta Cláudia. Por outro lado, há casos assintomáticos que reforçam a necessidade de se consultar regularmente com um ginecologista. “A endometriose pode surgir com o tempo e como em toda situação de saúde, é sempre recomendável ter um estilo de vida saudável, com boa alimentação e prática de atividade física”, recomenda a profissional, que aconselha ainda o uso do anticoncepcional continuamente e não demorar para engravidar. Cada caso é diferente e seu médico pode indicar a melhor maneira de preservar sua fertilidade. Dra. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos é ginecologista e obstetra, com ênfase em Reprodução Humana, graduada e especializada pela Universidade Federal de Minas Gerais. CRM-MG: 21198 Foto: Shutterstock