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Vitor Vizzaccaro

Farmácia

CRF-SP: 82.873.

Biografia

Vitor Vizzaccaro é farmacêutico, graduado pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e atua na Farmácia de Manipulação Silva Bueno, em São Paulo. CRF-SP: 82.873.

Artigos

Trombose: anticoncepcionais devem ser vendidos só com prescrição médica?

Diversos relatos invadem as redes sociais da internet sobre o desenvolvimento de trombose provocado por algumas pílulas anticoncepcionais. A polêmica começou com o relato de uma jovem que viveu o problema, fazendo logo surgir compartilhamentos de outras mulheres que passaram pela mesma situação. A pílula, apesar de ser um dos métodos mais seguros e eficazes contra gravidez e diminuição dos sintomas da TPM, tem sido um sério risco. Entenda a importância de fazer o uso do medicamento sob orientação médica. Entendendo a trombose A trombose é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) dentro de um vaso sanguíneo (veia ou artéria), impedindo ou interrompendo o fluxo de sangue. “Esses trombos podem obstruir a circulação no local ou atingir os pulmões, bloqueando a oxigenação do sangue, causando o que chamamos de embolia pulmonar”, explica o farmacêutico Vitor Vizzaccaro. Os riscos da trombose O profissional diz que as mulheres que usam pílulas têm mais riscos de desenvolver a trombose. “Não é que todo mundo que tome anticoncepcional terá trombose. Mas quem fuma, por exemplo, e usa pílula tem mais chance, pois a nicotina e o hormônio associados modificam o sangue, facilitando a formação de coágulo”, explica. Para além desses dois fatores, existem outros que também contribuem com o desenvolvimento da doença. “Indivíduos com idade superior a 40 anos, obesidade, varizes, história de trombose anterior (caráter recorrente), história em membros da família (caráter genético), entre outros”, exemplifica. Não tome anticoncepcional sem recomendação médica Para quem ainda irá iniciar o uso de anticoncepcionais, nada de pedir a indicação de uma pessoa  conhecida. Somente um profissional pode prescrever o melhor para cada caso. Vitor diz que antes de começar qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher,  como uma investigação familiar e um exame físico, incluindo determinação da pressão arterial. “Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos. Esses exames clínicos precisam ser repetidos pelo menos uma vez ao ano durante o uso de medicamentos contraceptivos”. Caminhadas regulares, atividade física orientada, controle de peso e não fumar são algumas recomendações que contribuem para eliminar os riscos do problema e ter uma vida mais saudável.

Como orientar diferenças entre medicamentos genéricos, similares e de marca?

Seu médico receitou um medicamento e você foi pesquisar em algumas farmácias para obter o melhor custo/benefício. Daí o profissional te receitou uma alternativa: os chamados medicamentos genéricos. Além de ser mais barato, será que esses remédios têm alguma diferença em relação aos medicamentos similares ou de marca? Com a ajuda do farmacêutico Vitor Vizzaccaro, esclarecemos as principais dúvidas sobre o assunto. Marca, similares e genéricos Os medicamentos de marca, também conhecidos como referência, são aqueles que, quando um farmacêutico descobre um  medicamento novo, tem de registrá-lo no órgão federal responsável pela vigilância sanitária do país. “É preciso comprovar cientificamente a eficácia, segurança e qualidade do produto na ocasião do registro. “Para isso, são necessários estudos, pesquisas e testes, o que gera custos altos que serão revertidos no preço do produto. Um medicamento de referência, normalmente, leva mais de um ano para ser aprovado pela vigilância”, explica Vitor. Já os medicamentos similares são uma cópia do medicamento de marca, com o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica, além de precisarem passar obrigatoriamente pelos mesmos testes. “Se o medicamento de marca começa a fazer efeito depois de três horas, os similares devem obter o mesmo padrão”, exemplifica. Segundo a Anvisa, eles só podem ser diferentes em características relativas ao tamanho, prazo de validade, embalagem e rotulagem. Na prática, o que muda mesmo é o nome comercial do medicamento. O terceiro grupo diz respeito aos medicamentos genéricos que são uma cópia idêntica dos medicamentos de marca, pois têm a mesma composição química. Portanto, é possível tomar o remédio genérico no lugar do de marca e vice-versa, com toda segurança. “Em virtude do custo, eles são mais baratos porque em seu preço não estão embutidos outros, como de pesquisa para o desenvolvimento do produto novo”, afirma o farmacêutico.  Os medicamentos genéricos permitem o acesso da população a tratamentos por um custo até 35% menor do que os chamados medicamentos de marca. Como o paciente é orientado sobre a prescrição? Vizzaccaro diz que a orientação ao paciente é dada de acordo com a apresentação da receita ao farmacêutico, e o mesmo irá orienta-lo de acordo com o devido medicamento prescrito, seja ele genérico, de marca, ou similar. “Se for similar, pela lei, não pode ser oferecido como medicamento de referência, terá que ser somente o medicamento similar que o médico prescreveu e, se for um medicamento genérico ou de referência, ambos podem ser substituídos um pelo outro”, orienta. O que diferencia um de outro é somente a ordem do prescritor, ele que irá definir qual classe de medicamento o paciente irá fazer o uso.  Cabe ao profissional farmacêutico a preocupação na dispensação do medicamento e sempre orientar o paciente como e quando administrá-lo para que não ocorra possíveis interações medicamentosas no paciente.

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