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Psicóloga Amanda Rangel

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Ansiedade noturna: sintomas e o que fazer para aliviar

A ansiedade noturna é um transtorno caracterizado por pensamentos ruins e agitação antes de dormir, o que dificulta a qualidade do sono. A ansiedade em si é um transtorno muito comum no Brasil e no mundo, o que torna ainda mais importante falar sobre o assunto e entender suas variações. Até porque, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), há pelo menos 18,6 milhões de brasileiros que sofrem com a ansiedade, o que corresponde a 9,3% da população. Então, conversamos com a psicóloga Amanda Rangel para entender melhor sobre a ansiedade noturna. Separamos neste guia completo quais os sintomas dessa condição e como tratá-la. Por que é comum ter ansiedade na hora de dormir? A ansiedade noturna é caracterizada por preocupações excessivas, pensamentos negativos e medos constantes que surgem ou ficam mais intensos à noite. A psicóloga explica que isso acontece porque, “Durante a noite, o ambiente geralmente fica mais silencioso e escuro, o que pode aumentar a percepção dos próprios pensamentos e emoções”. Assim, sem as distrações do dia a dia, as preocupações e medos reprimidos podem se intensificar. Além disso, a redução natural de estímulos e a mudança no ritmo corporal podem acentuar a sensação de vulnerabilidade. Por exemplo, alguém pode não sentir tanta ansiedade enquanto está no trabalho por estar ocupado, mas ao deitar-se, as preocupações com prazos e compromissos futuros se tornam mais intensas. Ansiedade noturna: sintomas impedem o descanso Os sinais mais comuns de uma crise de ansiedade noturna incluem “Dificuldade em adormecer ou manter o sono, pensamentos acelerados, sensação de inquietação, tensão muscular, respiração ofegante, taquicardia, sudorese e sensação de pânico ou medo iminente”, relata Amanda. Ainda, a ansiedade, além de poder ser causada pela insônia, também pode ser uma consequência da privação do sono, conforme indicada uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo. Isso faria do problema um ciclo vicioso, onde a pessoa fica ansiosa por não conseguir dormir e, por não conseguir descansar, fica com o corpo em estado de alerta. Consequências da ansiedade noturna a longo prazo Apesar de a ansiedade ser uma sensação comum ao ser humano, ela se torna perigosa quando afeta a qualidade de vida de uma pessoa, impedindo-a de dormir, por exemplo. Com o tempo, se não for tratada, pode gerar riscos sérios, que vão da saúde mental à física. Isso porque, a psicóloga explica que a ansiedade à noite “Pode levar à insônia crônica, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade e até o desenvolvimento de transtornos de ansiedade mais graves, ou depressão”. Sem tratamento, a pessoa fica cada vez mais ansiosa em relação à hora de dormir, o que cria um ciclo de estresse e privação de sono. Por exemplo, “um indivíduo pode começar a evitar compromissos matinais por medo de não conseguir dormir adequadamente à noite”, Amanda detalha. Então, se a ansiedade noturna estiver interferindo consistentemente na capacidade de dormir, causando prejuízos no funcionamento diário, ou se estiver associada a outros sintomas de ansiedade ou depressão, é hora de procurar ajuda profissional. O que pode causar ansiedade na hora de dormir? As causas da ansiedade noturna podem ser variadas, incluindo “Fatores genéticos, estresse crônico, traumas, desequilíbrios hormonais, uso de estimulantes (como cafeína ou nicotina), e condições médicas subjacentes, como hipertireoidismo”, explica a psicóloga. Além disso, um estilo de vida desregulado, com a falta de uma rotina de sono ou o uso excessivo de dispositivos eletrônicos à noite, pode contribuir para o problema. Assim, é comum que uma pessoa que trabalha em turnos ou passa muitas horas nas redes sociais à noite possa estar mais propensa a sofrer de ansiedade noturna. Como tratar a ansiedade noturna? Não existe um protocolo exato para tratar a ansiedade noturna, mas algumas práticas ajudam. Até porque, para cuidar de qualquer tipo de ansiedade, é preciso atuar na raiz do problema. Portanto, o primeiro passo é identificar quais são os pensamentos ruins e desesperadores durante a noite e o que os causam. Para isso, o tratamento “Pode envolver Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), uma abordagem que ajuda a pessoa a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que contribuem para a ansiedade”. Em casos específicos, o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos também pode ser indicado, principalmente se os sintomas forem muito intensos ou a pessoa estiver passando por um momento muito desafiador. Nessa situação, o psiquiatra pode receitar a medicação adequada, enquanto o psicólogo ajuda a entender o motivo dos sintomas e a lidar com os sentimentos negativos. Ainda, Amanda indica que técnicas de relaxamento, como meditação, exercícios respiratórios e uma rotina de sono estruturada também são eficazes. Por exemplo, “É possível orientar o paciente a criar um “ritual” para desacelerar antes de dormir, como evitar telas, fazer exercícios leves de respiração e manter um ambiente relaxante no quarto”. Essa última dica, inclusive, é útil se você está buscando entender como evitar uma crise de ansiedade noturna. Criar um ambiente de dormir acolhedor, evitar estímulos, escrever os pensamentos e buscar fontes que tragam sensações de calma são grandes aliados

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