
Felipe França
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Conheça 3 sintomas do colesterol alto e o que fazer para tratar
O colesterol alto é um tema super importante para a saúde cardiovascular. Embora seja um problema de saúde um tanto silencioso, existem alguns sintomas do colesterol alto que podem ser notados em exames de rotina e check-ups de saúde anuais. Para descobrir se você está com os níveis de colesterol elevados, conversamos com o nutricionista Felipe França, especializado em bioquímica celular e sócio-fundador da Soloh Clínica de Nutrição, que trouxe vários insights sobre o assunto e estratégias de tratamento fundamentadas e eficazes para lidar com o desafio da hipercolesterolemia. Acompanhe! O que é colesterol alto? O colesterol alto, também conhecido como hipercolesterolemia, é uma condição na qual há um acúmulo excessivo de colesterol no organismo. O colesterol é uma substância gordurosa produzida naturalmente pelo corpo e também é encontrada em certos alimentos. “Em termos simples, o colesterol alto refere-se a um excesso de lipídios no sangue, particularmente o LDL, conhecido como ‘mau colesterol’. Este excesso pode levar à formação de placas nas paredes das artérias, um processo denominado aterosclerose. Imagine essas placas como depósitos que estreitam as vias por onde o sangue flui”, detalhou o nutricionista. Esse cenário aumenta a probabilidade de obstruções que podem desencadear sérios problemas cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. Quais são as causas de colesterol alto na dieta? O colesterol alto pode ter origem genética, mas também está diretamente ligada a escolhas de estilo de vida pouco saudáveis. Entre as causas relacionadas estão uma alimentação com alto teor de gordura saturada, excesso de peso, falta de atividade física, consumo excessivo de álcool e altos níveis de estresse. De acordo com Felipe, as principais fontes de colesterol na dieta são derivadas de alimentos de origem animal. “Carnes, especialmente aquelas provenientes de animais de abate, como carne vermelha e carne de porco, contém quantidades significativas de colesterol. Além disso, produtos lácteos, como leite integral, queijo e manteiga, também são fontes ricas dessa substância”, ressaltou o especialista. Em relação à gema do ovo, que costuma ser um alimento frequentemente considerado uma fonte rica de colesterol dietético, Felipe revela que alguns estudos mais recentes mostram o contrário: “Eles sugerem que, para a maioria das pessoas, consumir ovos não está necessariamente associado a um aumento significativo nos níveis de colesterol no sangue”, esclareceu. Outros alimentos como fígado e demais órgãos de animais, são extremamente ricos nessa substância e devem ser consumidos com moderação. Quais são os sintomas do colesterol alto? Os sintomas clínicos que indicam níveis de do colesterol alto (hipercolesterolemia) não são facilmente percebidos, e ocorrem em casos onde os níveis sanguíneos são muito altos, em geral por herança genética, conforme explica o nutricionista. “Geralmente podemos observar sinais sutis em pessoas que estão apresentando algum problema com a patologia”. Dentre eles: Xantomas: depósitos de gordura amarela visíveis sob a pele, geralmente ao redor dos olhos, cotovelos, joelhos e tendões. Esses depósitos podem ser um sinal de níveis elevados de colesterol no sangue; Arcos corneanos: um anel opaco azulado ou branco ao redor da íris dos olhos, conhecido como arco corneano arcus senilis, pode indicar a presença de níveis elevados de lipídios; Problemas na circulação: a ocorrência de quadros clínicos que sugerem problemas em algum território circulatório, como por exemplo, a redução do fluxo sanguíneo nas pernas pode causar sintomas como dor nas pernas durante a atividade física. Fatores de risco para o colesterol alto Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver o colesterol alto. O principal deles é uma alimentação desregulada. “A dieta desempenha um papel crucial. Consumir alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como fast food e alimentos processados, pode elevar os níveis de colesterol LDL, o mau colesterol. A falta de atividade física é outro fator de risco, pois a inatividade está associada a níveis mais baixos de colesterol HDL, o bom colesterol”, alertou Felipe. A genética também desempenha um papel importante. Existe um tipo de colesterol alto chamado de hipercolesterolemia familiar em que, se houver casos da doença na família, o risco de desenvolvimento do paciente pode ser maior. Além disso, fatores de risco comportamentais, como tabagismo e consumo excessivo de álcool, contribuem negativamente para os níveis de colesterol. Além disso, condições médicas como diabetes, obesidade e algumas doenças crônicas podem influenciar o perfil lipídico. Formas de tratamento para o colesterol alto Se você apresenta níveis de colesterol alto, saiba que existem várias formas de reverter essa situação. As opções incluem tratamento com medicamentos e e a terapia multidisciplinar: “Dentro dos padrões dietéticos, devemos utilizar estratégia de incorporar alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, legumes, frutas e vegetais, pois a fibra contribui para a diminuição dos níveis de colesterol”. Além do tratamento convencional na nutrição, destaca-se a incorporação de flavonoides, que possuem papel positivo na saúde cardiovascular. Felipe conta que eles são encontrados em diversos alimentos e têm sido associados à redução do colesterol LDL e à promoção da saúde do coração. “Alimentos ricos em flavonoides, como mirtilos, amoras, maçãs e chá verde, podem ser introduzidos na dieta para potencializar os benefícios na gestão dos níveis de colesterol”. Exercícios e dieta para colesterol alto Adotar um estilo de vida saudável com dieta equilibrada e prática regular de exercícios é crucial para a melhora da saúde cardiovascular e na gestão dos níveis de colesterol. Esses hábitos desempenham um papel vital na prevenção de doenças cardíacas e na promoção do bem-estar do coração. O especialista revela que os benefícios dessa prática se estendem por diversos aspectos do sistema cardiovascular: “Primeiramente, na circulação sanguínea, otimizando o fluxo de sangue e fortalecendo o sistema circulatório, a atividade física contribui e muito para isso, especialmente em conjunto com nutrientes específicos para alinhar a melhora das paredes vasculares. Isso não apenas reduz a resistência vascular, mas também aprimora a capacidade do coração de bombear sangue eficientemente”, garantiu. Praticar exercícios também ajuda no controle do peso corporal, reduzindo o risco de condições que afetam o coração, como diabetes e dislipidemia. Se você está com suspeita de colesterol alto, não deixe de procurar um médico para o diagnóstico correto e o tratamento de acordo com seu caso clínico.
Diarreia constante e dor de gases são sintoma de intoxicação alimentar! Veja como tratar a doença
Você costuma ter diarreia? Desconfortos intestinais muitas vezes são tratados de forma corriqueira, mas suas causas podem ser perigosas e precisam ser investigadas. Uma delas é a intoxicação alimentar, um distúrbio que pode causar vários problemas para o sistema digestivo. Para entender melhor sobre esse assunto, nossa equipe bateu um papo com o nutricionista e especialista em bioquímica celular Felipe França. Saiba mais abaixo! Intoxicação alimentar: o que é? Por que acontece? Muita gente já passou pela situação de comer algo que “não caiu bem”. Mas você sabe o que é exatamente uma intoxicação alimentar? Felipe explica: “A intoxicação alimentar é uma condição desagradável causada pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas nocivas”. O problema também pode ser causado pela ingestão de água contaminada. Sintomas de intoxicação alimentar: conheça os primeiros sinais O nutricionista destaca sintomas bem característicos do quadro. “Náuseas e vômito; diarreia; dor abdominal; alguns casos desencadeiam febre devido à resposta do sistema imunológico; fraqueza e fadiga devido à desidratação e perda de eletrólitos”. Com a desidratação, também é possível surgirem sintomas como calafrios e palidez. Carnes e produtos lácteos estão entre os alimentos mais arriscados Alguns gêneros alimentícios são mais propensos ao risco de intoxicação alimentar do que outros. Isso porque alguns alimentos podem proliferar microrganismos específicos que alteram o funcionamento gastrointestinal. Carnes, por exemplo, são alimentos com grande potencial tóxico se não tratadas corretamente, como destaca o nutricionista. “Carnes mal cozidas, especialmente aves e carne moída, pois podem abrigar bactérias como Salmonella e E. coli. Assim, cozinhar esses alimentos de forma inadequada pode permitir que esses patógenos sobrevivam e causem intoxicação; frutos do mar crus ou insuficientemente cozidos, como peixes crus, ostras e outros frutos do mar, pois podem conter bactérias, parasitas e toxinas para o corpo do homem. Consumi-los crus ou mal cozidos aumenta o risco de intoxicação alimentar, como a infecção por Vibrio ou Norovírus; ovos crus ou mal cozidos, podem conter Salmonella, assim maionese caseira ou molhos podem representar um risco”, diz o especialista. Vegetais e laticínios também entram na lista de alimentos perigosos. “Há risco em produtos lácteos não pasteurizados, pois o leite não pasteurizado e produtos lácteos feitos com leite cru podem conter bactérias como E. coli e Listeria, tornando-os potenciais fontes de intoxicação alimentar; vegetais crus ou mal lavados, especialmente aqueles consumidos com casca, podem conter resíduos de solo ou contaminantes, por isso é importante os higienizar adequadamente”, explica Felipe. E ao comer em locais públicos, atenção! A intoxicação alimentar pode acontecer com frequência. “Alimentos de alto risco em buffets e restaurantes self-service, em locais onde os alimentos ficam expostos por longos períodos, podem ficar fora da faixa segura de temperatura e se tornar propensos a contaminação”. Por fim, alimentos enlatados danificados ou com vazamentos também podem permitir a entrada de bactérias ou toxinas, tornando-os um grande risco para a saúde. Quais são os tratamentos para intoxicação alimentar? Não há um remédio para intoxicação alimentar específico, mas sim uma série de medidas de tratamento para o problema. De acordo com Felipe França, o primeiro ponto a ser observado é a desidratação. “A desidratação é comum durante a intoxicação alimentar devido à perda de líquidos através da diarreia e vômitos. Sendo assim, consumir água, soluções de reidratação oral ou bebidas esportivas com eletrólitos é muito importante”, diz. O funcionamento intestinal deve ser regulado também. “É importante o uso de probióticos, alguns estudos sugerem que probióticos podem ajudar a restaurar o equilíbrio das bactérias intestinais após uma intoxicação alimentar. Pesquisas continuam a explorar cepas probióticas específicas para esse fim”, reforça o nutricionista. Comer bem também é essencial para a recuperação de uma intoxicação alimentar. O nutricionista explica que a preferência deve ser para alimentos mais leves. “Comer alimentos leves e de fácil digestão, como arroz, maçãs ou banana, pode ajudar a acalmar o estômago e fornecer nutrientes essenciais”, diz Felipe. Higienização de alimentos é uma boa forma de prevenção do problema Como a maioria dos germes não pode ser visto a olho nu, nem sempre é possível evitar a intoxicação alimentar. No entanto, é possível minimizar as chances de contaminação por meio de uma prevenção básica. “Evitar comer em lugares em que a higiene é visivelmente “ruim”; evitar o consumo de frutas e verduras sem higiene básica, além de ter cuidado com o consumo de alimentos na rua. Quando em casa, lembrar de fazer o processo de higienização de frutas e verduras corretamente quando chegamos das compras”, recomenda Felipe. O nutricionista lembra como deve ser feita essa higiene: “Alimentos devem ser higienizados com hipoclorito e não com vinagre. Algumas marcas de água sanitária tem o símbolo que indica que o produto pode ser utilizado em alimentos, utilize na proporção correta de 1 col. sopa cheia para 1 litro de água, lembrando que, logo após, devemos passar os alimentos e latas em água corrente”, finaliza Felipe.