
Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa
Geriatria
133363/SP
Biografia
Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa é graduada em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Realizou residência em Clínica Médica e em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Atuou como preceptora da residência médica de Geriatria no ano de 2014 e é médica assistente do serviço de dor e doenças osteoarticulares da disciplina de Geriatria e Gerontologia da Unifesp.
Artigos
Osteoporose: Como se proteger de possíveis fraturas no punho facilitadas pela doença?
As fraturas ósseas estão entre as principais complicações da osteoporose. Como a doença deixa o esqueleto frágil, especialmente nos idosos, qualquer movimento pode gerar uma fratura. Segundo o Ministério da Saúde, um a cada 20 idosos que sofrem uma queda acabam quebrando o osso e as fraturas no punho estão entre as mais frequentes. Tratamento da osteoporose ajuda a evitar fraturas Para evitar fraturas no punho facilitadas pela osteoporose, é preciso procurar auxílio médico. “O risco de fratura é reduzido com o tratamento da osteoporose, que é feito com exercício físico, alimentação rica em cálcio (ou quando necessário, a suplementação), reposição de vitamina D e medicações específicas para a doença”, afirma a geriatra Thaísa Segura. É fundamental também adotar medidas para prevenir as quedas, papel tanto do idoso quanto dos familiares e cuidadores. O paciente com osteoporose deve utilizar calçados adequados e se segurar nos corrimões ao subir e descer escadas. Já a família pode ajudar melhorando a iluminação de ambientes escuros, retirando tapetes e outros objetos do chão e protegendo as quinas dos móveis. Por que fraturas no punho são frequentes? De acordo com a especialista, existe uma razão bem simples para a grande frequência de fraturas no punho quando comparadas a fraturas em outras áreas do corpo: “O punho é uma articulação de maior risco porque o paciente costuma ter o reflexo de apoiar a mão no chão ao cair e isso leva a um maior impacto nessa região”. Existem ainda outras áreas que merecem atenção quando o assunto são as fraturas causadas pela osteoporose. Nos quadris, na coluna e nas costelas, as fraturas podem levar a quadros infecciosos, causar dor crônica e reduzir drasticamente a mobilidade do paciente, aumentando a necessidade de um cuidador e diminuindo sua qualidade de vida. Dados do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html Foto: Shutterstock
O idoso com doença de Alzheimer costuma falar muito sobre o passado?
A doença de Alzheimer tem como principal sintoma a perda de memória recente. Por isso que em muitas ocasiões os pacientes esquecem o conteúdo que acabaram de absorver. Por outro lado, as memórias antigas tendem a se manter preservadas por mais tempo. Isso acontece devido à forma como a doença afeta, em geral, o cérebro dos pacientes. Falta de tratamento pode comprometer até mesmo memórias do passado “O idoso costuma falar mais sobre o passado e menos sobre o presente porque a memória recente é a primeira a ser comprometida. Isso se deve ao fato da doença de Alzheimer afetar, inicialmente, algumas regiões do cérebro que são responsáveis justamente pela memória de curto prazo”, explica a geriatra Thaisa Segura. Apesar do paciente ter essa tendência a falar mais sobre o passado, pode chegar um momento que nem mesmo as lembranças antigas vão se salvar. Afinal, a doença é progressiva, o que significa que cada vez mais vai comprometendo a memória, inclusive as mais remotas. Quando o paciente não se trata devidamente, os riscos disso acontecer aumentam consideravelmente, já que a doença progride com maior velocidade. Tratamento da doença de Alzheimer A principal medida do tratamento do Alzheimer é o uso de medicamentos, pois apenas com essa abordagem farmacológica o paciente consegue retardar a progressão da doença. Além desses remédios, que atuam diretamente na parte neurológica, podem ser indicados medicações de outras espécies, tais como antipsicóticos, analgésicos e antidepressivos, visando outros sintomas. “Em relação à terapia não farmacológica, destacam-se as seguintes medidas: reabilitação cognitiva, controle adequado da pressão arterial e/ou diabetes, cessação do tabagismo e prática regular de exercícios físicos. Tais intervenções visam retardar a progressão da doença, visto que, atualmente, ainda não existe terapia curativa para a doença de Alzheimer”, afirma Dra. Thaísa. Foto: Shutterstock
O que é a síndrome do pôr do sol? Saiba mais sobre essa condição ligada ao Alzheimer
A doença de Alzheimer (também conhecida como Doença de Alzheimer) é uma das mais conhecidas formas de demência e possui algumas características próprias que permitem identificá-la. Uma das manifestações que surgem junto ao Alzheimer, por exemplo, é a síndrome do pôr do sol, que afeta muitos dos portadores da doença. Para entender melhor o que é esse problema e tentar ajudar a lidar com ele, a equipe do Cuidados Pela Vida entrevistou a geriatra Thaisa Motta. Dê uma olhada! Síndrome do pôr do sol: o que é? De acordo com a geriatra, a síndrome do pôr do sol no Alzheimer caracteriza-se por uma confusão mental ou uma mudança de comportamento que se manifesta ao anoitecer, quando o sol se põe. “Desta forma, o paciente pode ficar agitado, irritado, não reconhecer a sua casa e pedir para ir embora, andar sem rumo pelos cômodos, não saber mais quem são os seus familiares e apresentar-se muito confuso”, afirma Dra. Thaisa. A especialista revela que as causas para o problema ainda não foram completamente esclarecidas: “Considera-se que, possivelmente, as alterações cerebrais relacionadas à demência possam desregular o ‘relógio biológico’ do indivíduo, levando a ciclos confusos de sono-vigília. Vale também lembrar de outras possíveis causas, como alteração da rotina, fome, dor, tédio, infecções e cansaço excessivo”. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) acredita que a depressão também pode ser um fator causador da síndrome do pôr do sol. Como familiares e cuidadores podem ajudar o paciente com a síndrome? Para família, amigos e cuidadores que lidam com a doença de Alzheimer, a síndrome do pôr do sol e outras características da doença demandam muita dedicação, podendo levar até mesmo à exaustão. Dra. Thaisa dá algumas dicas para quem convive diretamente com o paciente com demência: “É importante manter a calma e tentar identificar a possível causa para os sintomas (como os descritos acima) e corrigi-los. Caso não haja nenhum fator precipitante, pode-se aumentar a luminosidade da casa, procurar manter o ambiente calmo, sem excesso de ruídos e movimentações”. Outros artifícios podem funcionar bem para lidar com a síndrome do pôr do sol. Desviar a atenção do paciente, como explica a geriatra, é uma boa alternativa. “Outra estratégia, quando próximo ao horário do entardecer, é distrair o paciente, realizando atividades que ele goste e colocar uma música suave. Em casos selecionados, pode-se lançar mão de algumas medicações, porém sempre com acompanhamento médico”. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG): https://www.sbgg-sp.com.br/estrategias-para-lidar-com-a-sindrome-do-por-do-sol/
Sabe por que idosos tendem a ficar mais baixos? Uma geriatra explica a relação da osteoporose na coluna com a estatura
A diminuição da massa dos ossos, conhecida como osteoporose, é uma condição metabólica que atinge principalmente as mulheres idosas. Os problemas na reconstituição da estrutura óssea são causados pela falta de minérios, como o cálcio, que os deixam mais sensíveis e expostos a lesões. Um dos problemas mais comuns enfrentados por quem tem osteoporose é o risco elevado de fraturas, seja pela dificuldade de se locomover, ou por outros fatores, como a obesidade. Fraturas nas costelas, no fêmur e nas pernas são frequentes depois de tombos. Idosos mais baixos As lesões geram consequências nas vértebras, no mínimo, curiosas. Alguns acidentes podem gerar compressões nas vértebras fragilizadas pela doença, que causam problemas na coluna e diminuem a estatura. “A fratura por osteoporose da coluna vertebral é caracterizada por perda da altura vertebral, pelo menos em 20%”, alerta a geriatra Thaísa Segura da Motta Rosa. A ocorrência constante de quedas e fraturas devem ser observada com cuidado já que pode causar dor e dificultar a movimentação do corpo, como afirma Thaísa: “As múltiplas fraturas vertebrais, a redução na estatura e as deformidades na coluna do paciente podem levar à perda progressiva de funcionalidade e da qualidade de vida, por comprometimento da mobilidade e também por dor crônica.” Vários tipos de tratamentos Entre as possíveis consequências estão o isolamento social, baixa autoestima e dependência na realização de atividades básicas do dia a dia, como tomar banho e se vestir. Para tratar o problema e evitar o avanço da doença, é importante ingerir uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D. Para pacientes com fraturas vertebrais, existem medicamentos específicos que ajudam a amenizar a dor crônica. Por outro lado, há ainda tratamentos não farmacológicos, como fisioterapia e exercícios, que devem ser feitos com a orientação de um profissional da área. “Em alguns casos, quando não é obtido o controle da dor com tratamento clínico otimizado, quando há instabilidade local ou acometimento neurológico, pode-se lançar mão do tratamento cirúrgico”, conclui Thaísa. Thaísa Segura da Motta Rosa é geriatra, formada pela Universidade Federal de São Paulo e atua em Sorocaba. CRM-SP: 133363
Não reconhecer pessoas é um sinal avançado da doença de Alzheimer. Saiba como lidar!
A doença de Alzheimer tem como principal sintoma a perda progressiva da memória, especialmente a memória recente. No entanto, quando o idoso chega ao estágio mais avançado da doença, a memória começa a afetar até mesmo a capacidade de reconhecer pessoas próximas, como amigos e familiares. Essas situações requerem uma atenção maior dos cuidadores. Paciente com doença de Alzheimer não tem controle sobre a perda de memória A dificuldade de ser reconhecido pelo paciente com a doença de Alzheimer pode ser muito frustrante e irritante para algumas pessoas, especialmente quando não entendem como é a evolução do transtorno. É preciso lembrar que o idoso não tem controle sobre a perda da memória e os outros sintomas da doença e, por isso, não deve ser culpado. Segundo a geriatra Thaísa Segura da Motta Rosa, é preciso tratar o paciente com delicadeza. “Devemos ter em mente que o paciente, apesar de não se recordar fisicamente dos seus entes queridos, permanece com seus sentimentos. Nesse momento, todo amor e carinho dedicados são benéficos ao idoso e fortalecem ainda mais o vínculo entre eles”, diz a médica. Família e cuidadores devem ter paciência com idosos que têm a doença de Alzheimer Ao se deparar com esse tipo de situação, os cuidadores e as pessoas que estiverem por perto devem agir com paciência. “Deve-se evitar cobrança ou pressionar o idoso com doença de Alzheimer para que se recorde. É importante sempre tentar contornar a situação, falar com tranquilidade e transmitir segurança ao paciente”, aconselha a profissional. Além de problemas graves de memória, o idoso na fase avançada da doença de Alzheimer também pode apresentar dificuldade para se comunicar, o que envolve tanto a capacidade de falar com outras pessoas quanto de entender o que acontece ao seu redor. Ainda assim, amigos e familiares devem continuar próximos e manter a comunicação. Dra. Thaísa Segura da Motta Rosa é geriatra, formada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. CRM-SP: 133363 Foto: Shutterstock
Alzheimer – Mitos e verdades sobre um problema que não acomete apenas a terceira idade
A doença de Alzheimer (ou como era conhecida no passado, Doença de Alzheimer) é um problema de saúde muito comum na terceira idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, dos 29 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, estima-se que 2 milhões tenham algum tipo de demência e que, dentro desse número, de 40% a 60% dos casos sejam de Alzheimer. Por isso, é muito importante se informar sobre os sintomas e entender os mitos e verdades sobre o Alzheimer. A geriatra Thaísa Motta esclareceu os principais mitos para o Cuidados Pela Vida. Confira! Mitos e verdades sobre Alzheimer Conheça os principais mitos e verdades sobre a doença de Alzheimer Toda demência é Alzheimer? Mito! A Dra. Thaísa explica que a demência é um termo que engloba várias doenças e que, na verdade, ela é apenas o começo da investigação clínica. “Demência é um diagnóstico sindrômico, sempre é necessário avaliar qual o tipo de demência. A demência de Alzheimer é o tipo mais comum, porém existem diversas outras, como demência Vascular, demência de Lewy”, afirma a médica. A depressão é uma característica do Alzheimer? Verdade. A geriatra explica que a depressão é um dos sintomas de Alzheimer, podendo preceder ou até mesmo estar associada à demência. “Em alguns casos, a depressão pode anteceder a doença de Alzheimer. Desta forma, é fundamental o acompanhamento cognitivo do idoso durante o tratamento da depressão”, explica a especialista. Só os idosos têm Alzheimer? Mito. O Alzheimer precoce existe, embora não seja tão comentado. “Apesar de ser mais comum nas faixas etárias mais longevas, existe a doença de Alzheimer pré-senil, que ocorre antes dos 65 anos, na qual existe um componente genético importante”, diz Dra. Thaísa. Além de remédios, a alimentação e atividade física ajudam no tratamento do Alzheimer? Verdade. “Existe o tratamento farmacológico e não farmacológico, sendo que este último consiste em atividade física regular, alimentação balanceada, cessar tabagismo, controle de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia (colesterol alto), além de acompanhamento multiprofissional, com terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia sempre que necessário”, comenta a geriatra. Quem tem Alzheimer também tem agitação? Mito. Nem sempre quem é portador do Alzheimer vai manifestar esse sintoma que, aliás, pode não ter nada a ver com a doença. “A agitação, principalmente em quadros agudos, deve sempre ser investigada, pois pode ser secundária a quadros infecciosos, desidratação, constipação intestinal, dor, entre outros”, finaliza a Dra. Thaísa.