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Dra. Surian Ribeiro

Reumatologia

Biografia

Dra. Surian Ribeiro é reumatologista pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e clínica geral pela Santa Casa de São Paulo. Tem o título de especialista em Reumatologia concedido pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Artigos

Como um anti-inflamatório de uso crônico age no organismo?

Diversas doenças são capazes de desencadear processos inflamatórios no corpo humano. É o caso, por exemplo, da osteoartrite e da artrite reumatoide, que afetam a saúde dos ossos, das articulações e de outras estruturas ao seu redor. Uma das formas de tratar essas condições é recorrer a um anti-inflamatório de uso crônico.  Existem diversos tipos de anti-inflamatórios “Vários medicamentos têm efeito anti-inflamatório. Os mais frequentemente utilizados são os glicocorticoides e os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE)”, afirma a reumatologista Surian Ribeiro. Segundo a médica, os anti-inflamatórios não esteroidais compõem um grupo de medicações que agem de forma semelhante: “Eles bloqueiam as enzimas chamadas de ciclo-oxigenases e diminuem a produção de prostaglandinas. As prostaglandinas são substâncias que geram dor e febre, além de vermelhidão e inchaço no local da inflamação”. Há também outro grupo de medicamentos que pode ser utilizado como adjuvante no tratamento da osteoartrite e da artrite reumatoide. São os curcuminoides, que ajudam a controlar o processo inflamatório também inibindo a atividade das substâncias que causam dor e inflamação, atuando como um anti-inflamatório de uso crônico.  Anti-inflamatório de uso crônico pode ajudar pacientes com osteoartrite Há casos em que essas medicações são necessárias apenas pontualmente, mas há pacientes que fazem uso mais prolongado para melhorar a dor gerada pelo quadro de osteoartrite. A forma de utilizar o anti-inflamatório depende da doença do paciente, da sua gravidade e da presença de comorbidades. “Cada pessoa pode apresentar uma resposta diferente com o uso de determinado anti-inflamatório, ocorrendo maior ou menor melhora dos sintomas. Além disso, cada indivíduo pode apresentar um risco diferente com relação aos efeitos colaterais. Por isso, o uso dos anti-inflamatórios deve sempre ser orientado pelo médico”, conclui Dra. Surian. 

De que forma o envelhecimento prejudica o colágeno presente nas articulações?

Estima-se que aproximadamente 33% de toda proteína do corpo humano seja colágeno. Trata-se de um agrupamento de aminoácidos fundamental para o bom funcionamento do corpo, agindo como uma proteção estrutural de tecidos menos resistentes e constituindo a maior parte do tecido conjuntivo. As cartilagens das articulações são compostas de colágeno e permitem que o corpo se movimente sem problemas, amortecendo impactos e protegendo os ossos de atritos. Durante o processo de envelhecimento, o organismo começa a perder esse tecido, principalmente aos 50 anos, em função de mudanças hormonais. “Com o envelhecimento, há um enrijecimento progressivo na rede de colágeno, tornando a cartilagem mais rígida e menos flexível, comprometendo o processo de adaptação fisiológica que ocorre durante o movimento articular”, explica a reumatologista Surian Ribeiro. A perda de colágeno pode agravar quadros de osteoartrite A diminuição do colágeno pode representar grandes riscos a saúde, casos de osteoartrite podem ser intensificados com o desequilíbrio dessa proteína no corpo. A osteoartrite é uma doença reumática, caracterizada pela degeneração da cartilagem articular, que causa dores localizadas e profundas, sensação de enrijecimento das juntas e dificuldade de locomoção. Ela é muito comum em idosos e, segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), cerca de 85% das pessoas com 75 anos apresentam evidência radiológica da doença. Alimentação rica em proteínas e em vitamina C pode ajudar Pacientes com osteoartrite podem tratar o avanço da doença a partir da suplementação de colágeno hidrolisado, que é absorvido facilmente pelo organismo. Uma alimentação balanceada e com um alto teor de proteínas também é importante para fornecer os aminoácidos necessários para a síntese de colágeno no corpo. Grãos como feijões, lentilha, soja, e sementes oleaginosas, como castanhas, nozes e amendoins, são alguns exemplos de alimentos proteicos que podem ser facilmente incorporados ao dia a dia. A vitamina C também é um nutriente indispensável para prevenir a osteoartrite. Ela atua na síntese de colágeno, garantindo também que as suas fibras tenham estabilidade e resistência. A vitamina pode ser encontrada em abundância nas frutas cítricas, como limão, laranja, acerola e morango.

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