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Dra. Stephanie Toscano Kasabkojian

Psiquiatria

Biografia

Dra. Stephanie Toscano Kasabkojian é graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e fez residência médica em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP.

Artigos

Depressão: como fazer para o término de um relacionamento não te abalar?

O término de um relacionamento, seja ele namoro ou até mesmo um casamento, normalmente gera sentimentos de tristeza e frustração nas pessoas envolvidas, podendo, em alguns casos, desenvolver até mesmo uma depressão. Quando este caso mais sério ocorre, diz-se que o término funciona como um “gatilho” para “despertar” os sintomas depressivos no indivíduo. Para evitar que isso aconteça, é importante buscar manter o psicológico bem estruturado. Sentimento de perda e luto é normal em todo término de relacionamento “O término de um relacionamento não deverá necessariamente causar um abalo psicológico. Graus razoáveis de satisfação e maturidade das pessoas envolvidas, boa qualidade da relação e percepção de que a mesma finalizou permitem um bom término. Mas existem situações em que o relacionamento é pautado em abusos, dependência, fragilidade emocional e outros fatores que podem fazer com que um término cause sérios abalos psicológicos”, afirma o psiquiatra Miguel Angelo Boarati. O sentimento de perda e luto normalmente se fará presente mesmo em situações de maturidade, pois são reações normais, saudáveis e autolimitadas. Passam com o tempo. “Quando se busca viver relacionamentos saudáveis, em que ambos os integrantes estão satisfeitos, não abrem mão de sua individualidade e têm maturidade para lidar com o término, este processo de separação não resulta em um quadro depressivo, apenas no luto inicial considerado normal”. Depressão após término deve ser tratada com ajuda de especialistas A depressão tende a ocorrer mais em pessoas que desenvolvem relacionamentos tóxicos ou de muito dependência, exigindo a busca por ajuda especializada (psicológica ou psiquiátrica). “Quando não há essa busca, existe a possibilidade da pessoa não se recuperar ou se envolver em um novo relacionamento com o mesmo padrão de funcionamento”. O especialista deverá ajudar o paciente a se conhecer e a trabalhar seus sentimentos de dependência em relação ao outro. Ele é indicado em casos de término seguido de depressão ou não. “Nos casos mais graves, em que surge a depressão, pode ser necessário o tratamento com antidepressivos para a remissão dos sintomas e recuperação clínica. Mas a psicoterapia também é essencial nesse processo”. Quando pensar em depressão? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: – Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; – Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; – Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; – Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); – Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; – Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; – Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; – Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; – Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica! Este material tem caráter meramente informativo e não tem a intenção de substituir avaliação ou conduta médica. Siga sempre as orientações de seu médico assistente.   Foto: Shutterstock

Como funciona a telemedicina? Os médicos podem atender à distância?

O termo telemedicina indica a prática de atendimento médico remoto, por meio de ligações de vídeo feitas entre médico e paciente. Em tempos de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus e da COVID-19, este método se tornou muito importante e necessário. Por isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a prática no Brasil, em caráter excepcional, enquanto durar a atual situação de emergência sanitária. Outras medidas temporárias também foram adotadas e são descritas neste texto. Princípios e objetivos da telemedicina As consultas realizadas à distância servem, neste momento, não apenas para atender indivíduos com suspeita de coronavírus, mas para outros quadros que necessitem de atenção em saúde. No atual momento, as interações presenciais entre médico e paciente têm caído no mundo todo, inclusive no Brasil. Segundo uma pesquisa conduzida pela MedeField, cerca de 70% dos médicos brasileiros entrevistados afirmaram que o engajamento com os pacientes diminuiu a partir do início de março. Algumas pessoas podem ficar receosas a respeito da eficácia das consultas feitas à distância. No entanto, segundo a IQVIA, multinacional do ramo da tecnologia da informação em saúde e pesquisa clínica, estudos mostram que, por exemplo, para a especialidade de neurologia, diagnósticos por vídeo para certas condições neurológicas são provavelmente tão precisos quanto em consultas presenciais. A ideia do reconhecimento da telemedicina, portanto, é oferecer assistência médica sem abrir mão da quarentena, que é a medida atualmente adotada para tentar conter a propagação do vírus e, assim, diminuir os índices de contaminação e de infecção. Nesse contexto, é imprescindível salientar a importante função da telemedicina na proteção à saúde tanto dos médicos quanto dos pacientes. O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a possibilidade de uso da telemedicina nos seguintes âmbitos: – Teleorientação: o médico pode realizar à distância orientação e encaminhamento de pacientes em isolamento; – Telemonitoramento: monitoramento à distância de parâmetros de saúde e/ou doença; – Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico. A prática da telemedicina também foi abordada pelo Ministério da Saúde: segundo publicação no Diário Oficial da União, “as ações de telemedicina de interação à distância podem contemplar o atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação, no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada”. A telemedicina permite que os pacientes possam falar com médicos sobre seus sintomas e esclarecer possíveis dúvidas sobre medicações e terapias; dentre outras aplicações, a telemedicina também pode, no contexto atual de isolamento social, facilitar a manutenção do adequado tratamento de indivíduos que possuem condições clínicas que necessitam de tratamento medicamentoso contínuo. Em suma, a telemedicina oferece alternativa para manter o tratamento evitando saídas de casa. Como saber quais profissionais e unidades de saúde oferecem a opção de telemedicina? Para encontrar médicos que atendem por meio da telemedicina, a orientação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é procurar sua operadora de plano de saúde para verificar as opções disponíveis. Caso você tenha preferência por algum centro de saúde em específico, mas este não ofereça consultas remotas, o plano deverá indicar outras unidades médicas ou profissionais credenciados para realizar esse tipo de atendimento. De acordo com a ANS, hospitais e clínicas não são obrigados a oferecer a opção de telemedicina, mas as operadoras de planos de saúde devem ter em seu catálogo opções desta modalidade de atendimento para seus clientes. No entanto, encontrar profissionais que atendam à distância não deve ser uma dificuldade. De acordo com dados coletados pela Memed, a rede Amil registrou um aumento de 6000% no número de atendimentos online, enquanto o portal Doctoralia, que reúne perfis e contatos de médicos, identificou o cadastro de 3 mil médicos em apenas 48 horas. A telemedicina também está presente no Sistema Único de Saúde (SUS). Quem precisar de atendimento, segundo o Ministério da Saúde, deve entrar em contato diretamente com o posto de saúde de referência. Como obter receitas médicas sem sair de casa? Outro ponto importante sobre as consultas à distância é a possibilidade de obter receitas e prescrições médicas de remédios controlados sem sair de casa. Para que o paciente não precise se expor indo até a clínica pegar sua receita, o médico pode gerar o documento de forma digital e autenticada, e enviá-lo ao paciente, que pode receber a receita no seu celular. Em decorrência da pandemia da COVID-19, o Ministério da Saúde autorizou os médicos a emitirem atestados e receitas médicas eletronicamente. Todavia, as receitas digitais exigem que o médico tenha uma assinatura eletrônica com certificados e chaves emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A possibilidade de assinatura digital com certificação ICP-Brasil não se aplica a todos os tipos de receitas: vale para receitas de controle especial e de antimicrobianos. Além disso, é necessário que a farmácia em que será realizada a compra do medicamento disponha dos recursos necessários para verificar e determinar a autenticidade da receita. Além disso, temporariamente, também foi permitida a entrega de remédios de uso especial na casa do consumidor, desde que a prescrição seja apresentada e esteja regular. Outra mudança importante promovida pelo governo federal é o aumento das quantidades máximas de medicamentos que podem ser prescritas em receituários controlados: a quantidade máxima por prescrição passa a ser a suficiente para até seis meses de uso (ou 18 unidades, no caso de medicamentos em ampolas).   Fontes: Agência Brasil: https://a.cpv.digital/agenciabrasil Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais: https://a.cpv.digital/crfmg Anvisa: https://a.cpv.digital/anvisalink2 https://a.cpv.digital/anvisalink3 Ofício do Conselho Federal de Medicina (CFM): https://a.cpv.digital/cfmlink Documento do Diário Oficial da União: https://a.cpv.digital/ingovbr

O que é depressão psicótica? Saiba mais sobre sintomas e tratamento!

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais conhecidas e faladas atualmente. É marcada principalmente pelo desânimo, pessimismo e pela sensação de tristeza profunda. No entanto, existe um tipo da doença em que os pacientes não apresentam apenas sintomas depressivos. É a chamada depressão psicótica. Depressão psicótica provoca delírios e alucinações “A depressão psicótica é uma forma grave de depressão e aparece nos transtornos depressivos, tanto no unipolar quanto no bipolar”, afirma a psiquiatra Ana Paula Bechara. O tipo unipolar é o mais clássico e frequente, enquanto a depressão bipolar é uma forma que se desenvolve junto ao transtorno bipolar. “Ela é manifestada por meio dos sintomas depressivos, que são acompanhados dos sintomas psicóticos, como delírios e alucinações“, diz a médica. Quem é diagnosticado com a depressão psicótica pode ouvir vozes e ver pessoas que não existem. Muitos pacientes acreditam estarem sendo ameaçados e perseguidos e é difícil convencê-los do contrário. Medicações e terapia fazem parte do tratamento da depressão psicótica O tratamento da depressão psicótica vai depender do diagnóstico. “Se é uma depressão psicótica ligada ao transtorno afetivo bipolar, geralmente, além do uso de antidepressivo e antipsicótico, é necessário também o estabilizador de humor. Se for ligada à depressão maior, que é a depressão unipolar, trata-se com antidepressivo e antipsicótico”, diz a profissional. Os psiquiatras costumam indicar ainda terapias para o tratamento da depressão psicótica, já que é muito importante tratar a parte psicológica também: “Eu sempre associo terapia para os meus pacientes, exceto nos casos muito graves, em que a gente precisa tirar o depressivo da fase aguda para depois começar a terapia”, relata Ana Paula.   QUANDO PENSAR EM DEPRESSÃO? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: -Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; -Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; -Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; -Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); -Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; -Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; -Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; -Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; -Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica!   Dra. Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla é psiquiatra com residência médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). CRM-SP: 165290 Foto: Shutterstock

Por que a depressão causa alterações no apetite dos pacientes?

A depressão é uma doença psiquiátrica que atinge mais de 264 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Além dos sintomas psíquicos, a doença também pode causar mudanças no ritmo biológico, com alterações no sono e até mesmo no apetite. Mudanças no apetite e variações de peso podem ser sintomas da depressão “O aumento ou a diminuição do apetite durante a maior parte dos dias é um dos critérios diagnósticos da depressão, sendo entendido como parte do quadro, assim como humor deprimido, perda de prazer nas atividades e falta de energia, que também são alguns dos critérios”, afirma a psiquiatra Érika Mendonça de Morais. No entanto, segundo a especialista, o motivo da alteração do apetite nos quadros depressivos ainda não foi totalmente esclarecido. Mas, se esta mudança permanece por mais de 14 dias, cresce a suspeita de depressão em um paciente que ainda está sendo avaliado por um profissional da área da saúde. Auxílio de nutricionista pode minimizar ganho ou perda de peso Caso a perda ou o ganho de peso sejam muito acentuados, o acompanhamento de um nutricionista, além do psiquiatra, pode ser necessário. “Outra situação em que este profissional também é indicado é em casos de depressão infantil, nos quais a criança deixa de ganhar peso como deveria”, explica a médica. De acordo com Érika, as alterações de apetite dos quadros depressivos podem ser tratadas da mesma forma que os outros sintomas, ou seja, com o uso de medicamentos e psicoterapia. Os efeitos das medicações começam a ser sentidos em até 15 dias e são potencializados com a prática de atividades físicas, bons hábitos ligados ao sono e interrupção do consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e outras drogas. Quando pensar em depressão? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: – Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; – Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; – Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; – Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); – Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; – Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; – Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; – Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; – Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica! Este material tem caráter meramente informativo e não tem a intenção de substituir avaliação ou conduta médica. Siga sempre as orientações de seu médico assistente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/depression  Foto: Shutterstock

Desânimo constante: não ter vontade de sair pode ser sinal de depressão?

Um dos sintomas mais característicos da depressão é a falta de vontade de realizar qualquer tipo de atividade, mesmo aquelas que normalmente traziam prazer ao paciente. Portanto, não ter vontade de sair pode ser um sinal do transtorno. Contudo, é preciso que outros sintomas da doença também estejam ocorrendo para que o diagnóstico seja estabelecido. “Um dos sintomas principais da depressão é a anedonia, ou seja, a perda da capacidade da pessoa de sentir prazer em situações que antes eram prazerosas. Isso inclui sair com amigos ou companheiros, praticar esportes ou outras atividades lúdicas, dentre outras coisas”, aponta o psiquiatra Rafael Hackbart. “Outros sintomas frequentes na depressão são a tristeza e a falta de ânimo, que também podem levar o paciente a ficar mais recluso e com menos interesse em sair e interagir com outras pessoas”. Sintomas que apontam para o diagnóstico de depressão Segundo o médico, para que se possa efetuar um diagnóstico de depressão, deve haver outros sintomas associados além da tristeza e/ou da anedonia. Alterações de sono (insônia ou excesso de sonolência diurna), alterações de apetite e peso (para mais ou para menos), dificuldade de concentração, fadiga, inquietude ou alentecimento psicomotor, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada e, em casos mais graves, pensamentos de morte ou ideação suicida, são alguns exemplos. “Não é necessário que todos os sintomas estejam presentes, mas caso sejam observados alguns deles em uma pessoa, é aconselhável que ela passe por uma avaliação com um profissional qualificado para que o diagnóstico possa ser efetuado. A importância dessa avaliação está em ver o grau de disfuncionalidade e sofrimento causado por esses sintomas”. Doenças clínicas e outros transtornos também têm o desânimo constante como sintoma De acordo com o médico, a avaliação também é importante para fazer o diagnóstico diferencial desses sintomas com doenças clínicas e com outros transtornos mentais que possam se apresentar com sintomatologia semelhante. “Algumas doenças podem gerar quadros clínicos semelhantes à depressão. A anemia e o hipotireoidismo são exemplos de doenças que também têm, dentre os seus sintomas, o desânimo constante”. Quando pensar em depressão? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: – Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; – Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; – Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; – Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); – Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; – Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; – Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; – Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; – Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica! Este material tem caráter meramente informativo e não tem a intenção de substituir avaliação ou conduta médica. Siga sempre as orientações de seu médico assistente. Foto: Shutterstock

Quais são os primeiros sintomas do transtorno bipolar?

O transtorno bipolar não é uma simples mudança de humor, como algumas pessoas acreditam. É na verdade um problema psiquiátrico complexo em que se destacam oscilações entre estados depressivos e estados de ativação, que podem se manifestar como elevação do humor ou euforia, mas também com humor irritado agressivo. Alguns pacientes podem apresentar alterações do humor menos marcantes e oscilações mais evidentes nos níveis de energia, com períodos de prostração e outros de maior vitalidade e energia. O transtorno costuma se manifestar ao fim da adolescência A bipolaridade atinge igualmente os dois sexos e pode surgir até mesmo na infância. “A doença tem início precoce, com média de aparecimento dos sintomas, mesmo que depressão e agitação leves, em torno dos 18 anos de idade, mas podendo começar já na infância em alguns casos”, afirma o psiquiatra Diego Tavares. O sintoma mais característico é a mudança do humor para cima, as manias e hipomanias, para o humor para baixo, a depressão. “Na mania, a energia física aumenta, os pensamentos ficam acelerados e o humor se torna expansivo, mas geralmente irritável. Os sentimentos são positivos com sensação de bem-estar, liberdade e inteligência”, afirma o médico. No entanto, o indivíduo pode se tornar impulsivo e psicótico e ter alucinações e delírios. Já a hipomania, segundo Tavares, é um dos diagnósticos mais difíceis na Psiquiatria porque pode ser efêmera e ser confundida com períodos de bem-estar. Os sintomas são os mesmos da mania, mas são menos graves e não há presença de sintomas psicóticos. A depressão, por sua vez, é caracterizada por um estado de tristeza profunda e apatia, além da perda de vontade de realizar atividades e de se relacionar com outras pessoas. Tratamento para transtorno bipolar é feito com terapia e medicação A realização do tratamento do transtorno é muito importante não apenas na fase aguda, como também ao longo de toda a vida. “O transtorno bipolar é crônico. Depois do diagnóstico, o paciente necessitará do tratamento para a vida toda, já que a chance de um novo episódio de mudança de humor sem tratamento é de quase 100%”, alerta o psiquiatra. O combate ao transtorno bipolar se baseia no uso de estabilizadores de humor, como medicamentos anticonvulsivantes e antipsicóticos. Na abordagem terapêutica, é preciso levar em conta o impacto psicossocial da doença e a necessidade de psicoeducação para promover a adesão ao tratamento. QUANDO PENSAR EM DEPRESSÃO? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: -Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; -Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; -Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; -Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); -Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; -Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; -Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; -Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; -Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica! Foto: Shutterstock

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