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Dra. Raphaella Bristot Silveira

Ginecologia e Obstetrícia

Biografia

Dra. Raphaella Bristot Silveira é formada em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2004, e fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia, na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis (SC), em 2007. Desde o início de sua carreira médica, se preocupa em proporcionar um atendimento humanizado, visando a melhoria da qualidade de vida da mulher em todas as fases da sua vida.

Artigos

Por que muitas mulheres demoram a descobrir que têm endometriose?

A endometriose é uma doença em que as células do endométrio, camada que reveste o útero internamente, se desenvolvem em outros órgãos do corpo feminino, como bexiga, trompas e intestino (neste último caso, a doença ganha o nome de endometriose intestinal). Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. No entanto, muitas delas demoram a descobrir que têm endometriose. Por que isso acontece? Descubra! Endometriose pode ser assintomática   “Muitos casos são de mulheres que têm endometriose assintomática e, por isso, elas acabam demorando para diagnosticar a doença. Muitas têm o diagnóstico apenas durante a investigação da infertilidade”, explica a ginecologista Raphaella Silveira. A endometriose, no entanto, também pode manifestar alguns sintomas, como cólica menstrual intensa, dor na relação sexual, alterações urinárias ou intestinais durante o período menstrual e infertilidade. Em geral, o diagnóstico leva em consideração o quadro clínico de dor e dificuldade para engravidar, mas Dra. Raphaella esclarece que a confirmação da doença depende de exames específicos. “As principais formas de confirmar a doença são: ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal, ressonância nuclear magnética da pelve e videolaparoscopia”, cita a médica. Como é feito o tratamento para endometriose?   A endometriose pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave. O tratamento varia de acordo com cada caso e costuma ser feito com medicações ou por intervenção cirúrgica. Os medicamentos são usados para frear a progressão da doença e controlar os sintomas. Já a cirurgia de endometriose pode ser indicada nos casos em que é necessário remover as áreas afetadas ou retirar os dois ovários.  Os principais fatores de risco associados ao surgimento da endometriose são menstruação precoce na infância, ciclo menstrual longo, com menstruação que dura sete dias ou mais, nunca ter tido filhos e anormalidades no útero. Apesar de não haver métodos de prevenção comprovados cientificamente, é recomendado manter uma dieta equilibrada, evitar situações de estresse e praticar exercícios físicos para ajudar a controlar dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente.   Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/126-endometriose-e-fiv

A endometriose pode ser assintomática?

A endometriose é uma doença caracterizada pelo surgimento das células do endométrio, que revestem as paredes uterinas, em outras partes do corpo. Isso resulta em uma reação inflamatória crônica que provoca sintomas, como cólicas, alterações na menstruação, dispareunia (dor durante as relações sexuais), sangramento e infertilidade. Mas, será que a endometriose também pode ser assintomática? Descubra! Alguns casos de endometriose não apresentam sintomas Segundo a ginecologista Raphaella Silveira, é comum que a endometriose demore a ser diagnosticada porque nem todas as mulheres apresentam os sintomas da doença. Nesses casos, a descoberta pode levar anos para acontecer, aumentando os riscos de complicações, como o surgimento de endometrioma, cistos que surgem nos ovários e que podem causar dificuldade para engravidar.  De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres com endometriose têm 40% mais chance de serem inférteis. O primeiro passo para evitar esse problema é se consultar com um ginecologista com frequência, o que aumenta as chances de diagnosticar a doença ainda no início. A descoberta da endometriose é feita por meio do exame ginecológico clínico, mas também com exames laboratoriais e de imagem, como laparoscopia, ultrassom e ressonância magnética. Em alguns casos, também são realizadas biópsias. Como é o tratamento para endometriose? Dra. Raphaella explica que o tratamento deve ser individualizado, ou seja, orientado a partir do quadro apresentado por cada paciente. “O tratamento depende da localização da doença e dos sintomas, mas, de maneira geral, pode ser clínico, com o uso do DIU ou da pílula contínua para a suspensão da menstruação, ou cirúrgico, com a remoção do maior número de focos da endometriose”, cita a especialista. A cirurgia, no entanto, não é indicada para todas as mulheres. Geralmente, esse tipo de tratamento é feito nos casos de infertilidade ou naqueles em que o tratamento clínico não obteve sucesso. Em algumas mulheres, partes dos órgãos afetados pela doença também deverão ser removidos na cirurgia. Dados do Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/250_endometriose.html

A endometriose pode causar alguma alteração no fluxo menstrual?

A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio, o tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 10% das mulheres em idade reprodutiva sofrem com a doença e seus sintomas, que não incluem mudanças no fluxo menstrual. Endometriose não costuma influenciar no fluxo da menstruação “É muito improvável que uma alteração de fluxo menstrual tenha como causa a endometriose, pois nessa doença, o sangramento anormal ocorre dentro da cavidade pélvica e não na via vaginal”, afirma a ginecologista e obstetra Raphaella Bristot Silveira. O sintoma mais comum da endometriose, doença que pode afetar a bexiga, o intestino, os ovários e outros órgãos, é a cólica menstrual. As mulheres podem ainda apresentar dor na relação sexual, desconforto ao urinar, fezes e urina com sangue e infertilidade. No entanto, de acordo com a médica, cerca de 20% das pacientes não sentem nada. Alteração no fluxo menstrual pode ser causada por hipotireoidismo Mesmo não sendo um dos sintomas da endometriose, uma mudança importante no fluxo menstrual, seja em relação ao volume de sangramento ou à sua frequência, deve levantar suspeitas. É importante que a mulher se consulte com um ginecologista para verificar se essa alteração é resultado do desenvolvimento de outro problema grave de saúde. “Existem várias causas possíveis para alteração do fluxo menstrual e as hormonais são as mais comuns: síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, perimenopausa e até o estresse pode alterar a menstruação”, cita Raphaella. Após a descoberta da causa e com o tratamento adequado, o fluxo pode voltar a se regularizar.   Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/126-endometriose-e-fiv?highlight=WyJlbmRvbWV0cmlvc2UiXQ== Foto: Shutterstock

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