
Dra. Paula Alves
Psiquiatria
Biografia
Dra. Paula Alves é graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde também fez residência médica em Psiquiatria e em Transtornos Alimentares. Atualmente, atua no Rio de Janeiro.
Artigos
Por que a ansiedade pode atrapalhar a capacidade de concentração?
O aumento dos níveis de ansiedade é um problema de saúde que deve ser tratado com a ajuda de um psiquiatra. Existem, na verdade, diversos transtornos psiquiátricos, chamados de distúrbios de ansiedade, que se caracterizam por esse exagero da ansiedade, que pode gerar também, entre outros sintomas, uma piora na capacidade de concentração. Diminuição da concentração é um dos sintomas dos transtornos de ansiedade “A falta de concentração é um dos critérios diagnósticos do transtorno de ansiedade generalizada, assim como preocupação excessiva, irritabilidade, alteração de sono e inquietação”, informa a psiquiatra Paula Alves. O indivíduo se preocupa demais com seus problemas e, muitas vezes, apresenta sintomas físicos, como tremedeiras e tensão muscular. Com tanta informação circulando na mente, é difícil para o paciente ansioso deixar as preocupações de lado e se concentrar em apenas uma atividade. Eventos de grande impacto, como perda de emprego, morte na família e divórcio, associados à ansiedade, também podem atrapalhar a capacidade de concentração e devem ser analisados por um médico. Falta de concentração atrapalha no rendimento no trabalho A dificuldade de concentração pode ser percebida por amigos, familiares e colegas de estudo e trabalho, já que o organismo dá alguns sinais. “O indivíduo pode apresentar queda no rendimento no trabalho ou na escola, dificuldade de concluir tarefas e sensações de ‘branco na mente'”, alerta a especialista. A melhor forma de tratar a dificuldade de se concentrar é procurar o auxílio de um psiquiatra. “Com o tratamento correto e controle dos sintomas, espera-se uma consequente melhora da concentração”, afirma Paula. O tratamento da ansiedade é feito com psicoterapia e uso de medicações, mas hábitos saudáveis, como prática de yoga e exercícios físicos, também são importantes. Dra. Paula Alves é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-98519-8 Foto: Shutterstock
Principais sinais que você está ansioso demais no seu dia a dia
A ansiedade é uma sensação importante para o corpo humano e sentida por todas as pessoas no dia a dia. Ela ajuda a manter o organismo em alerta, pronto para fugir ou combater qualquer perigo que ameace a saúde. No entanto, algumas pessoas podem experimentar níveis extremamente altos, o que não é saudável e também provoca alguns sinais e sintomas físicos. Ansiedade leve ou moderada provoca tremores e falta de ar “Os principais sintomas de que alguém está ansioso demais no dia a dia são sensação de angústia, palpitação, sintomas gastrointestinais, tremores e dificuldade para respirar”, informa a psiquiatra Paula Alves. O médico, durante a consulta, deverá excluir causas clínicas antes de afirmar que o paciente está com ansiedade. No caso do transtorno de ansiedade generalizada, um tipo específico do problema, o paciente também pode apresentar dificuldade para dormir. A pessoa ansiosa não consegue desligar sua mente e, como consequência, não é capaz de dormir por muitas horas e demora a cair no sono. Quando a ansiedade deixa de ser algo normal é preciso procurar tratamento A ansiedade faz parte do dia a dia, mas existem limites. “É comum nos sentirmos ansiosos frente a um novo acontecimento, como o primeiro dia no emprego ou antes de uma prova. Porém, quando a ela passa a limitar o indivíduo, é necessário fazer tratamento com um profissional especializado”, destaca a médica. O tratamento da ansiedade leve ou moderada pode ser feito com terapias, como a terapia cognitivo-comportamental, e com medicações antidepressivas. Além disso, mudar alguns hábitos de vida, como começar a praticar atividades físicas regularmente e reservar um tempo para o lazer, podem ajudar a amenizar os sintomas presentes nesse transtorno. Dra. Paula Alves é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-98519-8 Foto: Shutterstock
Meditação: por que esse hábito pode ajudar no controle da ansiedade?
A ansiedade é uma sensação que está presente no dia a dia e surge diante de uma situação nova, inesperada ou capaz de provocar certo incômodo. Segundo os especialistas, se sentir ansioso é normal, desde que não atrapalhe as atividades cotidianas nem prejudique o bem-estar. Quando isto acontece, a ansiedade deve ser tratada e a meditação é um dos hábitos que podem ajudar. Meditação pode reduzir sintomas de transtornos de ansiedade De acordo com a psiquiatra Paula Alves, a meditação pode facilitar o controle dos diversos transtornos de ansiedade. “Com as técnicas adequadas, a meditação pode promover um estado de relaxamento e possibilitar um melhor controle da respiração, melhorando, assim, os sintomas de ansiedade”, afirma a profissional. O hábito de meditar é uma forma de evitar pensamentos, medos e preocupações que favorecem uma piora da ansiedade. O que a meditação faz é estimular a concentração, acalmar o corpo e afastar diversos aspectos negativos da rotina. Assim, quando um problema se aproximar, o praticante conseguirá enfrentá-lo, pensando racionalmente. Pesquisa aponta que meditar diminui estresse e falta de atenção Além disso, segundo uma pesquisa divulgada em 2014 na revista científica Journal of the American Medical Association (Jama), no longo prazo, a meditação é capaz de reduzir a produção de adrenalina e cortisol, ligados ao estresse, à falta de atenção e aos distúrbios de ansiedade, e de aumentar a quantidade de endorfina, associada à felicidade. Os efeitos foram vistos tanto durante a prática quanto depois e beneficiam pacientes com outros transtornos psiquiátricos. No entanto, para a psiquiatra, a meditação deve ser feita sempre com o auxílio de um profissional e deve estar associada a outras formas de tratamento. “A meditação é um método complementar. Os tratamentos de primeira escolha para ansiedade são medidas farmacológicas e psicoterapia. Mudanças no estilo de vida, exercícios físicos e higiene do sono podem amenizar os sintomas”, informa a profissional. Dra. Paula Alves é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-98519-8 Foto: Shutterstock
O que é esquizofrenia residual? Psiquiatra explica!
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico em que o doente ouve vozes e vê pessoas que não existem. Além disso, casos em que os pacientes acreditam estarem sendo perseguidos ou ameaçados são frequentes. Como é um quadro complexo e com várias particularidades, a doença foi dividida em alguns subtipos. Um deles é a esquizofrenia residual. Dificuldade para expressar emoções faz parte da esquizofrenia residual “Esquizofrenia residual é um quadro mais tardio, em que os sintomas chamados de ‘negativos’ passam a ser mais proeminentes”, afirma a psiquiatra Paula Alves. Nestes casos, os delírios e alucinações, que fazem parte dos sintomas positivos, apesar de ainda presentes, são menos evidentes que as mudanças de comportamento. Os sintomas negativos da esquizofrenia estão ligados ao embotamento afetivo e à falta de vontade. Podem ser citados a lentificação motora, hipoatividade, passividade e falta de iniciativa, falta de cuidados pessoais e pouca comunicação verbal e não-verbal, o que inclui redução nos gestos, contato ocular, expressões faciais e até mudanças no tom de voz. Continuação do tratamento é essencial para esquizofrenia residual Quem tem mais dificuldade para tratar estes sintomas precisa receber cuidados especiais. “Pacientes com esquizofrenia residual necessitam de acompanhamento constante, o que inclui não só medicações, mas também suporte psicossocial”, recomenda a profissional. A ajuda da família, de psicólogos e assistentes sociais colabora para melhorar o funcionamento social do paciente, facilitando sua reinserção na sociedade e reduzindo as crises. Continuar utilizando os medicamentos recomendados pelo médico é essencial para que os sintomas negativos também sejam controlados. Ao deixar os remédios de lado, há risco de piora do quadro, com a volta de delírio e alucinações e maiores chances de internação. As medicações geralmente utilizadas são os antipsicóticos, mas existem também outros tipos. Por isso, é importante conversar com o psiquiatra, que vai conduzir o tratamento da melhor forma para cada caso. Dra. Paula Alves é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-98519-8 Foto: Shutterstock