
Dra. Patrícia Rodrigues Lucchetti
Pediatria
Biografia
Dra. Patrícia Rodrigues Lucchetti é médica pediatra formada em Medicina pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques/RJ. Realizou programa de residência médica em pediatria no Hospital Central da Polícia Militar do RJ e no Hospital Federal dos Servidores do Estado/RJ. É pediatra na Unimed-Rio.
Artigos
Memória metabólica: entenda o processo que tem grande influência no ganho e perda de peso
Poucas pessoas sabem o significado da expressão memória metabólica, mas muitas conhecem um amigo que come bastante e não engorda ou têm um familiar que emagreceu, mas logo voltou a ganhar peso. Casos assim têm uma explicação lógica: vários mecanismos no corpo, assim como certos hábitos, fazem com que ele se acostume com determinada forma física. O que é a memória metabólica? A memória metabólica condiciona o corpo a permanecer do jeito que está, mesmo que o organismo passe por mudanças. Se alguém foi obeso por mais de 10 anos e iniciou uma dieta, o corpo continuará a se comportar como se fosse obeso por um bom tempo. O mesmo acontece com uma pessoa magra que passou a comer mais, mas não consegue engordar ou engorda e perde peso com facilidade. No caso de pessoas obesas, a memória metabólica atua em conjunto com o hormônio leptina, responsável por regular a sensação de saciedade e fabricada em grandes quantidades por organismos obesos, como explica a nutricionista Patricia Rodrigues: “Quando produzida em excesso, o nosso corpo cria uma resistência e não deixa a leptina atuar corretamente, fazendo com que o indivíduo perca o controle sob a fome.” Será necessário, portanto, um grande esforço para que haja perda de peso. Como mudar a forma física? Parte desse esforço deve estar voltado para a busca do equilíbrio entre uma alimentação adequada e a prática de atividade física. “Os exercícios são responsáveis pela liberação de substâncias que aumentam o prazer, regulam a fome, diminuem hormônios que geram estresse e ansiedade, além de aumentar o gasto energético”, conta Patricia. Ela afirma que os primeiros dias são de difícil adaptação, mas que o corpo deverá se acostumar ao fim do primeiro mês de mudanças. Quem passou por uma transformação corporal precisa ter cuidados especiais para não retomar o processo de obesidade ou perder os quilos que ganhou recentemente. É importante procurar um profissional para avaliações do metabolismo, buscar uma vida com baixos níveis de estresse e ansiedade, beber bastante água e manter uma alimentação diversificada. Dra. Patricia Rodrigues é nutricionista, graduada em Gastronomia e Culinária e Nutrição, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e atua no Rio de Janeiro. CRN-RJ: 11101136
Saúde infantil: conheça os principais benefícios das vitaminas do complexo B
Aliadas do bom funcionamento do corpo, as vitaminas, em sua maioria, não são sintetizadas pelo organismo, ou seja, é preciso que elas sejam ingeridas na alimentação diária desde cedo ou até mesmo suplementadas (nos casos em que a alimentação é deficiente) para que os indivíduos aproveitem os seus benefícios. As vitaminas do complexo B não fogem a essa regra. Benefícios das vitaminas do complexo B e riscos em não consumi-las “A vitamina B, que na verdade é um complexo de vitaminas (complexo B), age de maneira importante no metabolismo das células do organismo. Participam da formação das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), dos neurotransmissores (sistema nervoso), da síntese de DNA, dentre outros”, informa a pediatra Patrícia Rodrigues. Elas também contribuem na formação dos tecidos do organismo. A oferta dessas vitaminas é recomendada desde que o bebê ainda está na barriga da mãe. Quando isso não é feito, há o risco de ocorrer malformações na criança. Se a dieta da criança é deficiente dessas vitaminas, podem aparecer alguns sintomas, os quais vão depender de qual vitamina do complexo está em carência. “Dentre os sintomas, destacam-se alterações cutâneas, fraqueza, dormências e anemia”. Vitaminas do complexo B na alimentação Logo que a criança nasce, não é preciso se preocupar com as vitaminas do complexo B pois o leite materno as contém em quantidades satisfatórias, assim como diversos outros nutrientes. Quando o período de amamentação acaba, se torna necessário buscar fontes alimentares dessas vitaminas e/ou suplementos adequados. Não é nada difícil encontrar as vitaminas do complexo B na alimentação, pois elas compõem substâncias presentes nos mais variados tipos de refeições. “As vitaminas do complexo B são encontradas em diversos alimentos, tais como carnes, leite e derivados, frutas, ovos, vegetais e legumes”. Também aparecem em cereais integrais, como arroz e trigo integrais. Nesse caso, as vitaminas ficam na capa que envolve os grãos. Foto: Shutterstock
Qual a importância da vitamina C na saúde das crianças?
A vitamina C promove uma série de benefícios ao organismo das pessoas em todas as faixas etárias e o seu consumo é recomendado desde que o período da amamentação termina, por volta dos seis meses de idade. Um dos efeitos positivos desse nutriente é o fortalecimento da imunidade, que nos primeiros anos de vida ainda não está plenamente desenvolvida. Portanto, pode-se dizer que a vitamina C é vital para as crianças. Benefícios do consumo de vitamina C desde a infância “A vitamina C, também chamada de ácido ascórbico, possui propriedades antioxidantes, fortalece o sistema imunológico e é essencial para a síntese do colágeno no organismo”, afirma a pediatra Patrícia Rodrigues. Por conta disso, ajuda no combate ao envelhecimento precoce, na defesa contra infecções e na formação de ossos, vasos sanguíneos e dentes. De acordo com a médica, a deficiência dessa vitamina pode causar diversos sintomas, como fadiga, irritabilidade, diminuição de força nos membros e perda de apetite. “Em casos mais graves, pode levar a uma doença relativamente rara, chamada de escorbuto. Para evitar esses males, deve-se buscar as principais fontes do nutriente, que são as frutas e as hortaliças”. Fontes ricas de vitamina C na alimentação As frutas cítricas, como a laranja, e as vermelhas, como o morango, são fontes importantes de vitamina C. Estima-se que com pedaços pequenos dessas frutas é possível atingir as demandas diárias de vitamina C em crianças de diferentes idades. Um bebê de 6 a 12 meses, por exemplo, necessita de cerca de 50 mg/dia, enquanto uma criança de 4 a 8 anos precisa de mais ou menos 25 mg a cada dia. Contudo, se a alimentação não for o suficiente, deve-se recorrer aos suplementos. Além das frutas, há outros alimentos que contêm vitamina C e que devem ser introduzidos na dieta dos pequenos. Couves e brócolis são alguns exemplos. É fundamental que todas essas fontes sejam introduzidas desde cedo nas refeições para que as crianças se acostumem logo com elas e aprendam a saboreá-las. Quanto mais tarde for o contato, maior será a resistência a esses alimentos. Foto: Shutterstock
Sobremesa saudável: quais alimentos podem dar aquele gostinho doce depois das refeições e ainda ajudar na digestão?
A digestão é um processo essencial do corpo e que já se inicia durante a refeição quando estamos mastigando. Isso acontece a partir de enzimas presentes na saliva que ajudam no processo de quebra dos carboidratos. Por isso é fundamental mastigar várias vezes o alimento antes de engolir. “Este movimento envia sinais para o cérebro aumentar a produção de ácidos no estômago que são responsáveis pela digestão de alimentos que ainda estão intactos”, explica a nutricionista Patricia Rodrigues. Além disso, o alimento ingerido, incluindo as sobremesas, também tem papel decisivo para uma boa digestão. Quais são esses alimentos? Sobremesas que contribuem para a digestão Após a refeição, quem não sente a vontade de um docinho? É quase inevitável. Entretanto, é preciso conciliar um alimento de baixo teor calórico e que atuaria também na digestão. A profissional dá a dica: “O ideal é consumir abacaxi com canela. O abacaxi é rico em bromelina, uma enzima capaz de quebrar proteínas e gorduras, facilitando sua digestão. Já a canela tem um poder interessante de ser termogênico (aumentar o metabolismo) e diminuir a carga glicêmica da fruta”, explica. Outro alimento que pode entrar como sobremesa favorecendo o processo de digestão é uma fatia de mamão. “Nele encontramos boas quantidades de papaína, uma enzima que também atua na quebra de proteínas. Para indivíduos que estão em controle de peso ou diabéticos minha dica é acrescentar semente de chia por cima para diminuir a absorção dos carboidratos”. É preciso ter cuidado com as sobremesas Não é só porque são frutas e mais saudáveis comparados a outros alimentos que podem ser consumidos à vontade. “As frutas, doces e sobremesas devem ser consumidos com moderação porque são fontes de frutose (um açúcar natural da fruta). No geral, podemos consumir uma porção de fruta como sobremesa diariamente”, indica. Patricia ainda reforça que o ideal são frutas de baixo índice glicêmico: “Frutas vermelhas (morangos orgânicos, amora, framboesa), kiwi, pedaços de coco seco. Se optar por outras frutas, lembre-se de adicionar fibras na porção.” Os riscos de uma má digestão Quando estamos estressados, comemos rápido demais ou ingerimos líquidos durante as refeições, estamos favorecendo um processo de má digestão que pode trazer sintomas nada agradáveis. “Queimação, azia, distensão abdominal (barriga fica inchada), diarreia ou constipação (intestino preso), sensação de empachamento após comer, mau hálito, restos de comida nas fezes e língua branca”, conta. Alguns alimentos podem agravar este quadro e devem ser evitados, como lista a profissional: “Principalmente o consumo abusivo de café, chás, chocolate, gorduras, bebidas alcoólicas, refrigerantes e água com gás, leite e derivados”, finaliza. Patricia Rodrigues é graduada em gastronomia & culinária e nutrição e pós-graduada em nutrição clínica. CRN4: 11101136
Alimentação saudável: É melhor investir em vegetais crus para turbinar a saúde dos filhos?
Garantir uma alimentação saudável às crianças é essencial para o bom crescimento e desenvolvimento dos pequenos. No entanto, nem todos os pais conseguem atingir essa meta, visto que a oferta de fast foods, biscoitos, embutidos e comidas prontas muitas vezes acaba desviando as famílias da dieta correta. De acordo com a pediatra Patrícia Lucchetti, uma boa alimentação deve incluir legumes, verduras, frutas, carnes, tubérculos e leguminosas. Vegetais crus contêm nutrientes importantes para a saúde das crianças Durante o cozimento, o calor modifica algumas propriedades dos vegetais, que podem perder alguns nutrientes. Por isso, a especialista destaca os vegetais crus como opções importantes nas refeições dos pequenos, já que eles não passam por esse processo. “Ao serem cozidos, os vegetais podem perder algumas de suas propriedades nutritivas, como vitaminas e minerais. Sendo assim, consumi-los crus ou cozidos por pouco tempo é benéfico. Alface, agrião, cenoura e beterraba são alguns exemplos”, afirma Patrícia. É recomendado apenas ter atenção com o tamanho dos alimentos no prato (o que vale tanto para os vegetais crus quanto para qualquer comida), pois eles devem estar adequados à capacidade da criança de mastigar e engolir. “Quanto menor a criança, maior a necessidade de cortá-los bem pequenos”, recomenda a pediatra. Além disso, é importante estar atento à higienização dos alimentos. No caso dos vegetais, esse cuidado deve ser redobrado, para minimizar riscos de contaminação com agrotóxicos e outras toxinas. Preparo dos vegetais deve ser feito com cuidado “Devemos ter muito cuidado na hora do preparo e do armazenamento dos alimentos, lavando bem as mãos, os alimentos e os utensílios utilizados. Também é importante lembrar de filtrar/ferver a água de consumo das crianças. Essas medidas evitam o risco de morbimortalidade, principalmente por doenças infecciosas, que costumam aumentar com o início da alimentação complementar”, afirma Patrícia. Por mais que os vegetais crus e outros alimentos saudáveis sejam benéficos ao organismo das crianças, não adianta forçá-las a comer e gostar deles. De acordo com a pediatra, para que os pequenos aceitem essas opções em seus cardápios, é necessário que os alimentos sejam oferecidos de forma gradativa. “Nesse processo, sempre que a criança começar a comer algo novo, é importante que os pais fiquem de olho em eventuais sinais e sintomas que possam indicar um quadro alérgico”, completa. Caso você não consiga, por qualquer razão, alcançar uma alimentação balanceada para seus filhos, é importante conversar com o pediatra de sua confiança, que pode indicar opções como a suplementação. Foto: Shutterstock