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Avatar Dra. Naihma Salum Fontana

Dra. Naihma Salum Fontana

Ginecologia e Obstetrícia

Biografia

Dra. Naihma Salum Fontana é graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em 2009, fez residência médica em Infectologia pela PUC-SP, entre 2011 e 2014, e é especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, é médica infectologista no Hospital Unimed Sorocaba, médica assistente do serviço de controle de infecção hospitalar e Infectologia do Hospital São Camilo de Itu, pós-graduanda em Infectologia pela Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FFMUSP) desde 2015 e preceptora voluntária no curso de graduação de Medicina da PUC-SP.

Artigos

Existem complicações graves de saúde causadas pelo vírus do herpes? Quais?

O herpes é uma doença infectocontagiosa muito comum causada pelo vírus herpes simples. O vírus é dividido em dois tipos: o tipo 1, frequentemente associado a lesões do herpes no rosto, mais presentes na região da boca, e o tipo 2, responsável por 80% a 90% dos casos de lesões genitais. A transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com a pele, as mucosas e as feridas de pessoas infectadas. Herpes: Idosos, crianças e pacientes imunossuprimidos correm mais riscos O vírus do herpes requer cuidados para evitar que o quadro piore e permita o surgimento de complicações, chamadas pela infectologista Naihma Salum Fontana de “apresentações mais graves”. “Elas são raras e ocorrem principalmente em pacientes imunossuprimidos, como os que realizam quimioterapia, portadores de HIV, de imunodeficiências primárias e de patologias onco-hematológicas”, explica a médica. Outros pacientes mais propícios às complicações do vírus herpes simples são as crianças, idosos e bebês recém-nascidos. As apresentações mais graves da doença atingem principalmente o sistema nervoso central, sob a forma de queratoconjuntivite, meningoencefalite herpética, uma forma mais grave de meningite, e paralisia de Bell, que causa fraqueza muscular de um dos lados do rosto. Como é o tratamento pra herpes? A prevenção deve ser prioridade, especialmente nos pacientes com mais fatores de risco. “As complicações dependem de fatores intrinsecamente relacionados ao hospedeiro. O que se pode fazer é evitar o contato com pacientes com herpes simples ativos, com atenção maior aos grupos mais suscetíveis”, afirma Naihma. O tratamento do herpes simples deve utilizar medicamentos antivirais nos casos leves. “Nos casos mais graves, como na encefalite herpética, o tratamento é feito com medicações endovenosas, em regime de internação hospitalar”, destaca a profissional. O combate ao vírus deve ser sempre orientado por um médico e iniciado rapidamente para que a manifestação dos sintomas, como bolhas e feridas, sejam de menor duração e intensidade.

Tratamento ajuda pedagoga a reduzir a frequência das crises do herpes

Apesar de 67% da população mundial, ou aproximadamente 3,7 bilhões de pessoas, ser portadora do herpes simples tipo 1, segundo a Organização Mundial da Saúde, o preconceito sobre quem sofre com a doença ainda é grande. “Eu convivo com a doença desde a adolescência. Imagina: adolescente diagnosticada com herpes labial, foi bem chato. Sempre fui cercada pela família, por amigos e pessoas que entendiam, mas sempre encontramos pessoas preconceituosas”, conta a pedagoga Ana P. S. Roza. Lesões nos lábios estão entre os principais sintomas do herpes “A forma de transmissão mais comum do herpes simples é o beijo, na fase de vesículas. Se o herpes estiver ativo, nessa forma, a probabilidade de contaminação é alta”, explica a infectologista Naihma Salum Fontana. O vírus causa coceira, ardência, feridas e bolhas na região da boca, sintomas que somem depois da crise, mas podem reaparecer. Por isso, realizar o tratamento é tão importante. O diagnóstico de Ana foi feito ainda na adolescência. No entanto, somente há alguns meses a moradora de Vitória da Conquista, na Bahia, hoje com 35 anos, descobriu que poderia fazer tratamento para prevenir o reaparecimento das erupções do herpes. “Meu dermatologista é um profissional gabaritado, muito atualizado e preocupado. Fui para uma consulta corriqueira e perguntei se já havia algo mais eficaz para minha doença. Imediatamente, ele falou que sim e me receitou”, afirma a pedagoga. Depois do uso da medicação, sintomas do herpes não voltaram A mudança na autoestima e na qualidade de vida da baiana, que hoje é casada e tem duas filhas, foi considerável. “Antes de fazer uso da medicação, eu tinha uma frequência muito maior no aparecimento do herpes labial. Fiquei algumas vezes sem ir trabalhar e sem sair com amigos, porque em algumas vezes a doença se apresentava bastante agressiva, principalmente esteticamente, me deixando triste”, relembra. Depois de iniciar o tratamento, Ana diz que não se sente mais desconfortável: “Isso me deu uma qualidade de vida muito maior para realizar minhas atividades, no trabalho e com a minha família. Estou muito satisfeita, me sinto realmente feliz”. Hoje, a pedagoga deseja que amigos e familiares encontrem a mesma felicidade que teve ao conseguir reduzir as recidivas do herpes. Foto: Shutterstock

Quais são os estágios do herpes labial?

O herpes labial é uma infecção causada pelo vírus chamado de herpes simples. Transmitido pelo contato direto com as lesões causadas pelo problema ou pelo contato com a mucosa de uma pessoa infectada, o vírus provoca vermelhidão, coceira, feridas na pele e outros sintomas que se diferenciam de acordo com o estágio da infecção. Herpes em crianças provoca inflamação da gengiva O primeiro contato com o vírus é conhecido como primoinfecção e costuma durar entre duas e seis semanas. Segundo a infectologista Naihma Salum Fontana, acomete geralmente crianças e provoca um quadro de gengivoestomatite, com inflamação e feridas, podendo levar ao comprometimento de todo o corpo. Ao longo da vida, os sintomas podem voltar, o que é mais comum em adultos. Naihma explica a evolução da doença: “Na primeira fase, o pródromo, o paciente sente sensação de ardência e de dor. Depois, ocorre o agrupamento de vesículas que logo evoluem para pústulas.” Em seguida, formam-se úlceras e, por último, surgem as crostas, que configuram a fase de cicatrização das feridas e o fim da crise. O tratamento contra o herpes é feito com antivirais O tratamento do herpes é feito com o uso de medicamentos antivirais por via oral ou endovenosa. “Esse tipo de terapia encurta o curso da infecção e pode prevenir a disseminação e a transmissão”, explica a profissional. É possível recorrer a outras medidas para acelerar o processo de cicatrização, impedir infecções secundárias e evitar a coceira causada pelo vírus, como a suplementação de lisina, um aminoácido presente em alimentos como carne de aves e peixe, que contribui para a supressão do vírus no organismo. Pessoas imunossuprimidas devem iniciar o tratamento o quanto antes, já que o herpes pode se disseminar por outras áreas além dos lábios. Em outros pacientes, entretanto, a médica explica que raramente o vírus provocará uma lesão mais séria. Ela afirma ainda que a maioria das infecções tende a reaparecer no mesmo local ou em região próxima e podem ser causadas por estímulos, como traumas, radiação solar e estresse.

Herpes: Como se prevenir? Como é o tratamento? Saiba tudo sobre a doença

Herpes simples é uma infecção causada por dois tipos de vírus: o HSV-1 e o HSV-2. É importante conhecer as principais formas de tratamento, de transmissão e de prevenção, já que o problema é bastante comum. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 3 bilhões de pessoas já entraram em contato com o HSV-1 e mais de 400 milhões com o HSV-2. Contato direto com as lesões transmite o vírus do herpes O vírus é transmitido pelo contato direto ou indireto com lesões ativas, como durante um beijo, por via sexual mesmo sem lesões ativas e também de mãe para filho durante a gestação. Apesar de ser menos frequente, o herpes também pode ser transmitido pelo contato indireto por meio do compartilhamento de objetos de uso comum, como garrafas e outros utensílios de cozinhas não lavados, já que o vírus consegue sobreviver por algumas horas fora do corpo. O vírus HSV-1 é adquirido mais frequentemente e de forma mais precoce que o HSV-2. O tipo 2 é adquirido por meio de relações sexuais desprotegidas, principalmente durante a puberdade, quando a vida sexual se inicia. É o principal responsável pelo aparecimento de sintomas nos órgãos sexuais, casos conhecidos como herpes genital. Bolhas e feridas são os principais sintomas do herpes O primeiro contato com o vírus é chamado de infecção primária. Nela, os sintomas podem ser mais intensos e o paciente pode apresentar quadro febril. A partir do momento em que o contágio acontece, os sintomas costumam demorar até duas semanas para aparecer. Em um primeiro momento, é possível sentir coceiras, ardência e dores nos lábios e na região genital. Posteriormente, surgem bolhas e feridas. Ao notar os sintomas, o paciente deve procurar auxílio médico para tratar a infecção do herpes. Em boa parte dos casos, o profissional prescreve o uso de medicações antivirais para atacar diretamente o vírus do herpes, além de outros medicamentos que visam amenizar os sintomas e cicatrizar as feridas com mais velocidade. Estresse pode provocar uma nova crise de herpes Mesmo depois de tratar a infecção, os sintomas do herpes podem retornar. “Essas recidivas podem ser induzidas por vários estímulos, tais como trauma, radiação ultravioleta, extremos de temperatura, estresse ou imunossupressão”, explica a infectologista Naihma Salum Fontana. É importante, portanto, seguir algumas recomendações médicas para impedir novas crises. A infectologista Keilla Mara de Freitas cita medidas que podem ajudam a evitar a volta dos sintomas ou até mesmo algumas complicações: “Controlar as doenças e fatores que diminuem a imunidade, como diabetes, depressão, insônia e estresse, e em último caso, utilizar os mesmos remédios do tratamento em doses menores, por um período mais prolongado, de seis meses a um ano”. Lisina pode diminuir o número de crises de herpes É difícil evitar o contato com o vírus do herpes, mas uma das formas de prevenção é não compartilhar alguns tipos de objetos. “Talheres e copos devem ser adequadamente higienizados e separados durante episódios de atividade das lesões e objetos de uso pessoal não devem ser compartilhados. Além disso, as mãos devem ser higienizadas com frequência”, afirma o infectologista Taylor Olivo. Diversos estudos mostram que a lisina pode ser utilizada para dificultar novas crises. Esse aminoácido é encontrado em ovos, peixes, carnes, leites e derivados, mas também pode ser suplementado, seja como parte do tratamento ou como uma medida profilática, indicada para quem tem mais de três manifestações da doença por ano. Já o chocolate, o coco, o trigo, o milho e castanhas podem piorar o quadro e devem ser evitados, pois contém uma substância chamada arginina, que auxilia a replicação viral.   Foto: Shutterstock

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