
Dra. Mônica Zilberman
Psiquiatria
Biografia
Dra. Mônica Zilberman é graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fez residência médica em Psiquiatria no Hospital das Clínicas da FMUSP, doutorado em Psiquiatria pela USP e pós-doutorado pela Universidade de Calgary, no Canadá. Atualmente, é pesquisadora do Laboratório de Psicofarmacologia LIM-23 do Instituto de Psiquiatria da USP, orientadora do programa de pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da FMUSP e parecerista de diversos periódicos científicos. Tem experiência na área de Psiquiatria, com ênfase na saúde mental feminina, atuando principalmente com dependência química em mulheres, personalidade, impulsividade e resposta emocional. Colaborou com o Cuidados Pela Vida em 2016 e 2017.
Artigos
A ansiedade é causada pelo estilo de vida ou algumas pessoas têm predisposição?
Sentir ansiedade em algumas situações do dia a dia é normal e saudável. Esse sentimento é uma reação do corpo a momentos que representam ameaças ou geram expectativas e deixam o organismo em alerta. O que causa problemas à saúde é o seu excesso, que desencadeia várias reações e pode levar ao desenvolvimento de diversos transtornos, como o distúrbio do pânico e a ansiedade generalizada. As causas da ansiedade em excesso Mas o que causa a ansiedade exagerada? É o estilo de vida ou algumas pessoas têm predisposição? Para a psiquiatra Monica Zilberman, os dois aspectos influenciam: “A causa da ansiedade é multifatorial, uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como predisposição, estresse na vida cotidiana, trabalho e relacionamentos.” Segundo a psiquiatra, uma evidência da importância dos fatores genéticos nos casos de ansiedade em níveis muito altos é o fato de que os transtornos de ansiedade costumam atingir vários membros de uma mesma família. No entanto, ela explica que algumas pessoas são mais sensíveis aos seus efeitos, assim como os do estresse, enquanto outras são menos. A importância da ajuda médica E como saber se a ansiedade que você sente é exagerada? Existem alguns sinais, como preocupação em excesso com o trabalho, com os estudos e com relacionamentos, de maneira que prejudique atividades do cotidiano, além de sintomas da depressão e pensamentos suicidas. Procure ajuda médica o quanto antes para evitar que o quadro piore. O controle da ansiedade é importante para impedir que os níveis extremos provoquem o surgimento de transtornos e diminuam a qualidade de vida do indivíduo. “Atividade física regular, alimentação saudável, vínculos sociais significativos, meditação e sono de qualidade contribuem para afastar o estresse e a ansiedade”, afirma Zilberman. Dra. Monica Zilberman é psiquiatra, formada pela Faculdade de Medicina da USP e atende em São Paulo. CRM-SP: 72538
Herpes: Por que não se deve compartilhar copos e talheres?
O herpes é um vírus extremamente comum, tanto que praticamente todas as pessoas já tiveram contato com ele. De acordo com a Sociedade brasileira de Dermatologia, 99% da população adulta já adquiriu imunidade ao herpes simplex na infância e na adolescência, tendo infecção assintomática ou um único episódio, o que lhes garante resistência ao vírus para toda a vida. Mesmo assim, isso não significa que não se deva ter cuidado com a transmissão do vírus, até porque há outros tipos do mesmo que podem provocar sintomas e, consequentemente, desconforto. Uma das formas mais simples de evitar contágio é não compartilhar itens de uso pessoal que possam conter saliva com o agente infeccioso em questão. Transmissão do vírus “A transmissão do herpes labial, causada pelo herpesvírus tipo 1, se dá através da saliva. Sendo assim, o ato de beijar e até mesmo compartilhar itens, como copos e talheres, pode resultar em contaminação”, afirma a dermatologista Cinthya Basaglia. Portanto, sempre use apenas os seus próprios itens, seja em casa ou fora, e não deixe que ninguém mais os use. Segundo a especialista, mesmo que uma pessoa com o vírus não apresente lesões – ou seja, que ainda não manifestou o principal sintoma do quadro – ela pode contaminar os objetos. “Por isso, é importante não compartilhar esses objetos mesmo se não tiver com lesões, para evitar a infecção”, orienta a médica. Tratamento medicamentoso contra o herpes simples Caso o vírus e os sintomas se façam presentes, é importante procurar um especialista o quanto antes para que ele possa indicar o tratamento mais adequado. Os medicamentos ricos em lisina são diferenciais, tendo em vista a importância deste aminoácido para reduzir as infecções de repetição causadas pelo vírus do herpes simples. Quer saber se o herpes tem cura? Confira nossa matéria sobre o assunto! Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/ Foto: Shutterstock
Por que é tão difícil manter a concentração durante um episódio de ansiedade?
Todo ser humano se sente ansioso em algum momento da vida, seja numa entrevista de emprego, num encontro amoroso ou antes de rever um familiar. A ansiedade é uma espécie de reação do organismo diante dessas situações capazes de causar felicidade, insegurança, nervosismo e medo. A reação do corpo diante da ansiedade Num episódio de ansiedade leve ou moderada é difícil manter a concentração e isso tem a ver com a grande descarga de adrenalina que percorre o corpo quando o indivíduo está ansioso. “Nosso alerta cerebral fica direcionado para os sintomas e sinais do quadro de ansiedade, reduzindo a atenção necessária para a realização de outras atividades”, explica a psiquiatra Monica Zilberman. Realizar uma tarefa mais complexa, que demanda foco e análises, como estudar, se torna mais difícil durante um episódio de ansiedade. Além da falta de concentração, a ansiedade provoca outros efeitos, como taquicardia, sudorese, dores de cabeça, dificuldade de respirar e aumento da pressão arterial. Como controlar os níveis de ansiedade Para manter o foco em determinada atividade, é fundamental manter a ansiedade sob controle. Isso pode ser feito protegendo o corpo contra o estresse constante. É importante evitar o consumo de álcool e tabaco, dormir bem, alimentar-se de forma saudável e praticar atividades físicas regularmente. Se essas atitudes não forem suficientes, Monica aconselha buscar o auxílio de um especialista para o tratamento adequado. “Em casos mais intensos, recomenda-se uma combinação de psicoterapia com o aprendizado de estratégias de controle com a associação de medicações”, afirma a psiquiatra. Dra. Monica Zilberman é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da USP e atende em São Paulo. CRM-SP: 72538