search
Avatar Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas

Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas

Oftalmologia

Biografia

Dra. Maria Cristina Nishiwaki-Dantas é graduada em Medicina pela Faculdade De Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, fez residência médica em Oftalmologia no Departamento de Oftalmologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Doutorado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), especialização em Córnea e Doenças Externas no California Pacific Medical Center, na Califórnia (EUA) e foi diretora do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo de 2005 a 2011.

Artigos

Mulheres na menopausa têm maior risco de ter olho seco? Por quê?

A menopausa é um período difícil para muitas mulheres devido às mudanças hormonais bruscas e aos impactos da ausência da fertilidade, na autoestima e em outros aspectos da saúde, como a pele e o cabelo. Mas, você sabia que os olhos também são uma região afetada por essa fase da vida feminina? No Mês da Mulher, consultamos a oftalmologista Maria Cristina Nishiwaki-Dantas para entender a relação entre olho seco e menopausa. Confira!  Olho seco afeta mais mulheres do que homens e idade é um fator de risco De acordo com a oftalmologista, o olho seco (também chamado de síndrome da disfunção lacrimal) caracteriza-se pela inflamação das glândulas que produzem as lágrimas, diminuindo sua produção ou secando-as mais rapidamente. “A inflamação das glândulas localizadas na margem das pálpebras (chamada disfunção das glândulas meibomianas, ou DGM), diminui a gordura da lágrima e, consequentemente, aumenta a evaporação”, diz Dra. Maria Cristina.  A menopausa em si não é um fator motivador para o surgimento do olho seco, mas segundo a especialista, os hormônios e a idade fazem com que as mulheres estejam no grupo de risco da doença: “A doença do olho seco tende a ser mais frequente nas mulheres devido ao uso de anticoncepcionais e alterações hormonais, mas sua maior incidência evidencia-se nas mulheres com mais de 50 anos, devido à maior incidência de doenças reumáticas, reposição hormonal (mais do que a menopausa) e uso de medicamentos (antidepressivos e ansiolíticos)”. De acordo com a médica, a reposição hormonal feita na menopausa pode piorar a doença. Quais são os principais sintomas do olho seco? A oftalmologista destaca que, muitas vezes, trabalhamos e convivemos em ambiente hostil para a saúde dos olhos, facilitando o surgimento do olho seco: “Ar-condicionado, ventilador, tempo seco e baixa umidade (inverno) aumentam a evaporação da lágrima. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos (computador, celular, tablet) e leitura prolongada fazem com que pisquemos menos (até 4 vezes menos) porque exigem que fiquemos com os olhos mais atentos, o que também causa maior evaporação da lágrima”. A especialista diz que os sintomas do olho seco são muito perceptíveis, mas exigem o olhar apurado do oftalmologista. “Os sintomas mais comuns são desconforto, olhos vermelhos, ardor, coceira, visão embaçada, ‘piscar muito’ e até lacrimejamento excessivo. São sintomas que podem ser vagos, mas que juntos podem confirmar o diagnóstico de olho seco”, explica a médica.  Existe tratamento para a síndrome do olho seco? O tratamento do olho seco é feito com a reposição de lágrimas lubrificantes (o famoso colírio de lágrimas artificiais). Dra. Maria Cristina lembra que nem todos os produtos são iguais e que o oftalmologista deve ser consultado para que a paciente possa fazer o melhor tratamento. “Nos pacientes com DGM, deve-se priorizar usar lubrificantes oculares que contenham gordura na sua composição, além de fazer higienização adequada das pálpebras com soluções detergentes apropriadas”, diz a médica.  “Outras orientações importantes são melhorar as condições e hábitos no ambiente de trabalho, como umidificação do ar, lembrar de piscar mais vezes, acertar a altura da tela do computador (um pouco abaixo da linha dos olhos diminui a abertura dos olhos e a lágrima evapora mais lentamente)”, informa a oftalmologista, que finaliza lembrando que, apesar de polêmica, a suplementação com ômega-3 pode ser benéfica nos casos de olho seco.

Converse com um dos nossos atendentes