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Dra. Luciana Staut

Psiquiatria

Biografia

Dra. Luciana Staut é médica formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e possui residência médica em Psiquiatria pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestranda pelo Programa do Mestrado Profissional pelo Hospital Universitário Júlio Müller (UFMT). Atua especialmente com crianças com o Transtorno do Espectro Autista. Em 2017, recebeu a Moção de Aplausos pelo trabalho realizado com as crianças autistas em seu município.

Artigos

Esquizofrenia é hereditário? O que fazer caso exista casos na família?

Um dos principais sinais que indicam o desenvolvimento da esquizofrenia é o aparecimento de sintomas psicóticos, como alucinações auditivas e visuais. É comum ver pessoas ou animais que não existem, ouvir vozes e ruídos que ninguém mais consegue ouvir e até ter a sensação de estar sendo monitorado o tempo inteiro. Nestes quadros, o fator genético exerce forte influência. Hereditariedade é um fator de risco para esquizofrenia “Isso significa que o fato de ter algum familiar com esquizofrenia aumenta o risco para o desenvolvimento do quadro em outros familiares”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. No entanto, a médica acredita que é muito importante frisar que ter um parente com este transtorno não faz com que outro familiar, necessariamente, tenha a doença. Apesar de o fator genético ser um dos componentes envolvidos no surgimento da esquizofrenia, existem também outros fatores que devem ser considerados. Os principais são a exposição pré-natal a infecções ou injúrias, complicações durante o parto ou na gestação, alterações nutricionais, principalmente na infância, e até o uso de drogas, como a maconha. Há como detectar a esquizofrenia precocemente? Segundo a especialista, não existem exames capazes de detectar precocemente o risco de uma pessoa desenvolver a esquizofrenia quando outro membro da família já apresenta a doença. “Nesses casos, os parentes devem ficar muito atentos, principalmente, em casos de mudanças abruptas de comportamento. Isso inclui episódios de agressividade, isolamento social e desconfiança excessiva, inclusive com pessoas próximas”, alerta a profissional. Desleixo com a própria saúde, com a higiene e outros tipos de cuidados também podem indicar que algo está errado e devem chamar atenção dos familiares. Caso estes aspectos sejam notados, é importante procurar o atendimento médico com rapidez para avaliar as causas, fazer o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento de forma adequada, que poderá ser feito com terapias e medicações antipsicóticas. Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734 Foto: Shutterstock

É possível se prevenir da rinite alérgica?

A morte de um familiar ou de qualquer pessoa muito próxima leva ao luto, que é um processo doloroso composto pelas fases de negação, aceitação e reestruturação. A duração de cada uma dessas etapas é bastante individual. Há pessoas que vivem o luto brevemente e outras que apresentam maior dificuldade para vencê-lo. Neste último caso, a depressão é comum . Apesar do risco de desencadear depressão, luto é uma fase normal que deve ser vivida “Quando alguém encontra dificuldade em processar todas essas etapas do luto, geralmente se torna o que chamamos de ‘luto patológico’, o qual leva a prejuízos funcionais para quem está sofrendo. Nestes casos, pode ocorrer o aparecimento de patologias como a depressão, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade, dentre outros”, aponta a psiquiatra Luciana Staut. Segundo a médica, o luto é um processo que precisa ser vivenciado e sentido, por mais doloroso que seja. Ela destaca a importância das pessoas que estão ao redor de quem está sofrendo com a perda sempre darem o suporte necessário, tentando demonstrar a ela que o tempo será fundamental para que o sofrimento maior seja amenizado e fazendo o possível para que ela se sinta amparada. Importância do médico em casos de depressão por morte na família A intensidade do sofrimento e o tempo que a pessoa demora em se recuperar servem para sinalizar se ela conseguirá superar o luto de uma forma adequada ou não. Caso alguém passe pelo processo do luto, mas não consiga se recuperar mesmo com auxílio daqueles que ama, é fundamental que essas pessoas orientem o indivíduo que está sofrendo a procurar ajuda de um médico ou psicólogo, para que seja investigado se houve o desencadeamento de um quadro de depressão. O papel do médico é essencial nesse contexto, pois ao detectar que o luto atuou como fator desencadeante da depressão, ele poderá indicar um tratamento específico para o paciente. “O profissional poderá investigar os possíveis sinais de risco de suicídio, orientar familiares e encaminhar o paciente para psicoterapia para dar o suporte necessário a esta fase, além do ”. Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Sociedade Brasileira de Psiquiatria e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734 Foto: Pexels

Em quanto tempo os remédios antidepressivos começam a fazer efeito?

A depressão, quando não tratada e acompanhada da forma correta, pode se tornar uma doença muito incapacitante. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica ou recomendar que um amigo ou familiar busque um especialista para combater o transtorno. Geralmente, o tratamento une a psicoterapia ao uso de remédios antidepressivos e costuma obter bons resultados. Antidepressivos geram mudanças depois de 7 ou 14 dias, no mínimo As medicações antidepressivas atuam na regulação da serotonina, da dopamina e da noradrenalina, neurotransmissores que são encontrados em quantidades alteradas no cérebro nos casos de depressão e que estão ligados ao surgimento da doença. “Em geral, a resposta terapêutica desses medicamentos aparece após uma ou duas semanas de uso continuado da medicação, se em dose adequada”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. Vale destacar que esse prazo, entre sete e 14 dias, pode ser maior, dependendo do antidepressivo prescrito e do quadro do paciente. Segundo a médica, para que os remédios antidepressivos façam efeito, é necessário que haja uma preparação dos neurônios para que o aumento de neurotransmissores promovido pelo tratamento possa ser captado. É esse processo, cuja duração varia de paciente para paciente, que determinará em quanto tempo as mudanças no quadro começarão a ocorrer. Interromper tratamento da depressão oferece risco ao paciente Além de esperar o tempo necessário para que os medicamentos façam efeito, o paciente também precisa se atentar ao uso contínuo dos remédios. Não adianta, por exemplo, consumi-los apenas nos dias em que os sintomas estiverem mais fortes. “Os medicamentos necessitam da dosagem diária e de um período, recomendado pelo seu médico, para que tenhamos a resposta esperada. Caso o uso seja esporádico, não terá benefício”, lembra a psiquiatra. Ao fazer o tratamento por um tempo e depois parar sem a autorização médica, o paciente corre o risco de ver todos os seus sintomas voltarem e de precisar recomeçar todo o combate à depressão. Retomado o tratamento, será necessário esperar mais 7 ou até 14 dias para obter uma nova melhora no quadro. Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. CRM-MT: 6734 Foto: Shutterstock

Qual é o papel da terapia no tratamento de um quadro de esquizofrenia?

O tratamento da esquizofrenia depende da combinação de diferentes medidas terapêuticas, com o objetivo de estabilizar os sintomas e garantir ao paciente maior qualidade de vida. Por mais que a medida principal seja o uso de medicamentos, outras abordagens também são importantes.   Principais terapias contra a esquizofrenia e sua importância no tratamento   “As terapias têm o papel adjuvante no tratamento de um paciente com esquizofrenia. Isso significa que elas são essenciais para auxílio na melhora dos sintomas e na manutenção da estabilização clínica”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. Dentre as terapias, destacam-se a cognitiva, comportamental, familiar e de grupo. Porém, a única medida do tratamento que pode ser considerada imprescindível é mesmo o uso de medicamentos. Inclusive, o paciente pode encontrar melhora apenas com os remédios. “De fato é viável o tratamento apenas com medicação, mas quando estes são associados às terapias, os resultados tendem a ser mais promissores. As terapias auxiliam até mesmo para que o paciente possa utilizar doses menores de medicação”, afirma Luciana.     Medicamentos são imprescindíveis para tratamento contra esquizofrenia   Manter um tratamento contra esquizofrenia com todas as medidas, mas sem os remédios, por outro lado, é considerado muito arriscado. “O paciente não pode ficar sem medicação, por mais que o quadro seja leve, pois a cada crise ele poderá apresentar piora. Mas vale sempre ressaltar que cada caso deve ser tratado individualmente, em conjunto com médico, paciente e familiares”, alerta a psiquiatra.   É importante ressaltar ainda não há cura para a esquizofrenia, mas que a adesão adequada ao tratamento é capaz de amenizar os sintomas e controlar as crises, permitindo ao paciente desfrutar da vida com o máximo possível de qualidade. Para isso, é necessário que o uso do remédio, assim como as consultas terapêuticas, sejam contínuos. O tratamento inadequado e/ou abandonado compromete a saúde mental do paciente e pode, inclusive, agravar a doença.     Foto: Shutterstock

Tratamento para depressão ajuda aposentada a enfrentar problemas pessoais

Lidar com um quadro de depressão é não é nada fácil, já que muitas vezes o paciente não tem ânimo para se ajudar ou buscar ajuda. O tratamento, quando seguido corretamente, consegue melhorar a vida de grande parte dos pacientes, mas é preciso engajamento. Pior ainda é quando, além da depressão, o paciente precisa lidar também com outras doenças e problemas pessoais. Depressão, hipertireoidismo e insônia Este é o caso da aposentada Maria Vitória L., de 78 anos, que mora em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em um momento em que se viu muito estressada, resolveu ir ao médico e recebeu o diagnóstico de hipertireoidismo, doença que a fez perder 10 quilos. Depois de iniciar o tratamento, passou por um período de insônia e, logo depois, começaram os sintomas depressivos. “Não conseguia dormir nem de dia nem de noite. Para piorar, tive uma depressão em seguida. Só quem tem sabe o quanto é horrível”, lembra a mineira. A aposentada iniciou o tratamento medicamentoso para controlar a depressão e, com isso, precisou tomar dois remédios ao mesmo tempo – o antidepressivo e o que controla o hipertireoidismo. Porém, o uso simultâneo desses remédios começou a causar efeitos incômodos: “Passei a sentir muita dor de cabeça e por isso parei de tomar o remédio do hipertireoidismo”. Tratamento antidepressivo ajudou a suportar morte do marido O uso de medicamentos em casos de depressão é muito importante para normalizar o estado de substâncias importantes no funcionamento cerebral, cujo desequilíbrio leva à doença. “De modo geral, os medicamentos antidepressivos agem na modulação dos principais neurotransmissores: serotonina, dopamina e noradrenalina”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. O tratamento para depressão seguiu, as coisas começaram a melhorar, mas Maria Vitória sofreu uma perda significativa no meio do processo quando seu marido faleceu: “O baque foi grande, mas como eu já estava fazendo o tratamento isso acabou ajudando”. Tempos depois, Maria mudou de médico e novamente houve indicação para usar o remédio do hipertireoidismo. “Eu disse que estava me dando dor de cabeça, mas ela insistiu. Acabou que dessa vez deu certo. Hoje eu durmo muito bem e não sofro mais com os outros problemas”, afirma a aposentada.

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