
Dra. Keyla Schneider
Ginecologia e Obstetrícia
Biografia
Dra. Keylachneider é graduada pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (UNIFESO) e especializada em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atua como ginecologista do Grupo Iron Telemedicina.
Artigos
Por que a vitamina D é importante para a saúde da mulher?
A vitamina D está entre os nutrientes mais conhecidos quando o assunto é imunidade e qualidade de vida. Ela é produzida pelo nosso organismo e tem funções neuromusculares, imunológicas, na cascata inflamatória e na saúde óssea. Porém, para as mulheres, a vitamina D pode ser uma aliada ainda mais importante! As ginecologistas Thais Zeque e Keyla Schneider contaram tudo sobre os benefícios desse nutriente para a saúde e o bem-estar feminino. Confira! Vitamina D é boa para grávidas e previne aborto espontâneo As mulheres grávidas são as principais beneficiadas pela vitamina D. Segundo Dra. Thais, a suplementação do nutriente é recomendada durante todo o pré-natal, inclusive pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). “A suplementação ajuda a reduzir o risco de aborto espontâneo e deve ser iniciada na preconcepção, pois a a deficiência de vitamina D pode diminuir as chances de engravidar”, explica a médica. De acordo com a especialista, a concentração ideal de vitamina D no sangue de gestantes, deve ficar entre 30 ng/mLl e 60 ng/mL durante toda a gestação, níveis que podem ser identificados por meio de exames de sangue. Por outro lado, a deficiência de vitamina D pode causar sérios problemas à saúde da mulher. “A falta da vitamina D pode comprometer o sistema imunológico e o humor, além da composição óssea”, lembra Dra. Keyla. Thais também aponta outros malefícios da falta de colecalciferol no organismo: “Em crianças, pode ocasionar raquitismo. Nas mulheres adultas, pode causar deficiência do sistema imunológico, dificuldade de emagrecimento e osteoporose”. Leia nossa matéria sobre sintomas da falta de vitamina D para saber mais sobre o assunto! Sol e alimentação balanceada são as principais fontes de vitamina D Por sua importância, é necessário que as mulheres avaliem a melhor forma de manter o nutriente em dia. Uma dieta saudável e balanceada é muito importante, de acordo com Dra. Thais: “Fontes ricas em vitamina D são carne de peixe gordo, frutos do mar, ovo, leite e fígado”. Dra. Keyla, porém, lembra que não é só o cardápio que pode ajudar. “É fundamental a exposição à luz solar e a prática de atividade física para que haja um aproveitamento da vitamina D pelo nosso organismo”. A suplementação pode ser uma aliada na manutenção dos níveis adequados do nutriente. Quanto à dosagem, é de vital importância procurar o seu médico: somente ele poderá indicar o melhor tratamento e suplementação de vitamina D. “Porém, é importante frisar que o excesso também é prejudicial. A hipervitaminose D causa hipercalcemia e depósitos do cálcio em alguns órgãos, como rins, coração e fígado. Causa aumento da micção, sede, insônia, nervosismo, anorexia, prurido e dia”, finaliza Dra. Thais. Foto: Shutterstock
Suplementação de vitamina D para gestantes é importante? Ajuda na saúde dos bebês?
Quando a mulher está grávida, a prioridade é sempre a sua saúde e a do bebê. Para isso, é importante manter o organismo equilibrado, com os nutrientes em níveis adequados. Em alguns casos, é preciso até mesmo fazer a reposição de alguns minerais e vitaminas. Será que a suplementação de vitamina D para gestantes também é necessária? Para falar melhor sobre o assunto, conversamos com a ginecologista Keyla Schneider e a nutricionista Alexandra Marinho. Confira! Vitamina D: gestante deve fazer suplementação durante o pré-natal De acordo com Alexandra Marinho, a vitamina D é fundamental para as grávidas, sendo, inclusive, recomendada por órgãos oficiais. “A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) sugere a suplementação de vitamina D para gestantes durante todo o pré-natal”, enfatiza a nutricionista. Essa recomendação tem um motivo! Dra. Keyla Schneider explica: “A vitamina D é uma das responsáveis por reforçar o sistema imunológico contra doenças e auxiliar na saúde dos ossos e dos músculos, tanto na gestante como nos bebês. A falta de vitamina D em gestantes pode prejudicar a mulher e seu bebê. Risco aumentado de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, aborto espontâneo, depressão pós-parto e problemas na formação dos ossos do bebê podem estar associados a esta deficiência”. Vitamina D para gestantes: tomar sol é essencial na gravidez A principal fonte de vitamina D é o contato com a luz solar. “A exposição regular ao sol por 15 a 20 minutos ao dia, sem a utilização do filtro solar, combinada com uma dieta adequada, ajuda a manter níveis adequados de vitamina D no sangue. Alimentos como peixes, frutos do mar, fígado, cogumelos, ovos, queijos e leite também são ricos em vitamina D”, comenta Dra. Keyla. A ginecologista explica quais são os níveis ideais de vitamina D para o organismo da mulher grávida: “Os níveis de vitamina D no sangue devem ficar entre 30 ng/mL e 60 ng/mL durante toda a gestação”. Se houver deficiência, o ideal é tomar as principais medidas indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A OMS recomenda para gestantes que estão com falta dessa vitamina adequar a nutrição, regular a quantidade de horas em exposição sob a luz solar e suplementação vitamínica”, explica a médica. Ambas as especialistas afirmam que a gestante pode tomar vitamina D em forma de suplemento alimentar, mas Dra. Keyla faz um alerta: “Nenhuma suplementação deve ser tomada sem prescrição médica”.
Endometriose: entenda como a doença pode afetar a saúde mental das mulheres
A endometriose é uma doença marcada pelo crescimento do endométrio (tecido que recobre o útero internamente) em direção aos ovários e outras partes do corpo, causando muita dor nas pacientes. Para dar mais informação sobre a doença e sobre a importância do diagnóstico e do tratamento adequado, foi criado o Março Amarelo, mês de conscientização sobre a endometriose. Neste artigo, vamos falar sobre como o problema impacta a saúde mental das mulheres. Confira! Endometriose causa dores e prejudica vida sexual “A endometriose pode afetar a saúde mental das mulheres porque grande parte dos casos se relaciona com quadros de dores intensas, dificuldades no relacionamento sexual e infertilidade”, afirma a ginecologista Keyla Schneider. “A endometriose pode impactar na rotina de vida da mulher. É comum observarmos um sofrimento físico relacionado ao quadro de dores intensas e emocional, pelo medo e incertezas em relação ao sucesso do tratamento e as consequências que a doença pode acarretar”, continua a médica. Há casos de dores tão intensas que a mulher precisa interromper suas atividades diárias, prejudicando sua qualidade de vida, seu trabalho e sua rotina com amigos e familiares. Além disso, um dos principais sintomas da endometriose é a dispareunia, dor durante ou após uma relação sexual. Com medo de sentir dores, a mulher pode passar a evitar ter relações, o que a impede de aproveitar sua vida sexual de maneira plena. Como consequência, podem surgir problemas na autoestima e na relação com parceiros. Infertilidade é preocupação de mulheres com endometriose Outra questão importante quando o assunto é a relação entre endometriose e saúde mental é a infertilidade. A doença é a principal causa de infertilidade entre as mulheres, já que prejudica o funcionamento das tubas uterinas e reduz a qualidade dos óvulos. Algumas pacientes podem enfrentar muitas dificuldades para engravidar, num processo que pode culminar em sintomas de ansiedade, depressão e consequente diminuição da saúde mental. Para amenizar o sofrimento, é fundamental que a mulher seja acompanhada por um ginecologista que esclareça suas dúvidas e seus medos. O tratamento da endometriose pode ser feito com medicamentos anticoncepcionais e análogos de GnRH, mas há casos em que cirurgias são necessárias. “Nos casos de comprometimento de outros órgãos, os procedimentos cirúrgicos necessários podem ser realizados por equipe multidisciplinar, contando por vezes com a presença de cirurgião geral e urologista”, explica Dra. Keyla. A médica destaca também a importância do acolhimento familiar com entendimento sobre e doença, o que facilita o tratamento e reduz o impacto da endometriose na saúde mental da mulher. Em alguns casos, o acompanhamento psicológico também pode ser indicado.