
Dra. Keilla Freitas
Infectologia
161392/SP
Biografia
Dra. Keilla Freitas fez residência médica em Infectologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é sub-especializada em Infecção Hospitalar pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduada em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho. Tem experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar. Além disso, tem vivência no acompanhamento de pacientes imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor Instituto do Coração (InCor) atua no gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos. Entre as principais áreas de atuação estão HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, infecções crônicas, oportunistas, hospitalares e de repetição, infecções bacterianas multirresistentes, infecções nos ossos e doenças tropicais.
Artigos
Há relação entre herpes genital na gravidez e o bebê nascer com autismo?
Além das feridas e bolhas localizadas perto dos lábios, a infecção causada pelo vírus herpes simples também pode provocar sintomas na região genital. Essa condição recebe o nome de herpes genital e é considerada uma doença sexualmente transmissível, já que o vírus é transmitido por meio da relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Estudo americano diz que herpes genital aumenta chances de bebê com autismo Um estudo realizado na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, indicou que uma mulher grávida e portadora do vírus do herpes tem maiores chances de dar à luz uma criança que poderá mais tarde ser diagnosticada com autismo. O problema, em tese, é causado pela resposta do sistema imunológico da futura mãe à infecção, que atrapalha o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto. Entretanto, ainda há muita divergência na comunidade científica a respeito da descoberta. “Ainda não há relação plenamente estabelecida entre o herpes e o autismo. São necessários maiores estudos”, afirma o infectologista Fernando Maia. Herpes genital em grávidas pode causar paralisia cerebral nos bebês Mesmo que não seja possível ainda afirmar uma relação direta entre o herpes genital e o autismo, existem outras consequências para os bebês já comprovadas pelos médicos. “Em gestantes, o vírus pode atravessar a placenta e provocar uma infecção generalizada na criança, que costuma ter risco de vida, e na própria mãe, que pode ter herpes generalizado”, alerta o profissional. Outra complicação é o mau desenvolvimento neurológico do feto, que pode causar paralisia cerebral. Keilla explica que casos assim só ocorrem se for a primeira infecção do herpes da gestante. “O risco de transmissão fetal em casos de mães com infecções prévias mas sem lesões ativas no momento da gestação é muito baixo”, diz a especialista. No entanto, durante o parto, o contato direto do bebê com uma lesão ativa na vulva e na região perianal pode transmitir o vírus. Dra. Keilla Mara de Freitas é formada pela Escola Latino-Americana de Medicina, com residência médica em Infectologia pela UFMG e atua em São Paulo. CRM-SP 161392 – Site oficial Foto: Shutterstock
Quais são as possíveis complicações de uma infecção pelo herpes?
O herpes é uma infecção causada pelo vírus herpes simples e causa coceira e vermelhidão antes de provocar bolhas e feridas na área dos lábios ou na região genital. O vírus é transmitido pelo contato direto com as lesões, com a secreção oral e, menos frequentemente, com objetos infectados. A infecção causada pelo vírus, caso não seja tratada, pode levar a algumas complicações. “As complicações mais frequentes do vírus herpes simples são infecções de repetição que podem chegar a atrapalhar o cotidiano e infecções secundárias da lesão. Nesses casos, uma bactéria infecta por cima da úlcera viral, aumentando o tamanho e a dor”, explica a infectologista Keilla Freitas. Herpes oferece mais risco a pacientes imunodeprimidos Pacientes imunodeprimidos precisam redobrar a atenção com relação ao herpes. Segundo o infectologista Fernando Maia, o vírus pode infeccionar o cérebro, condição conhecida como encefalite, e pode causar ainda pneumonia, esofagite e colite. “O risco de complicações aumenta nas infecções repetidas, embora elas estejam relacionadas à imunodepressão. Na maioria das pessoas, essas complicações não aparecem”, afirma o especialista. Para Keilla, a principal forma de controlar a infecção é investigar o que está provocando problemas na imunidade a ponto de levar às infecções de repetição e tratar as causas. A profissional diz que cansaço, ansiedade, estresse, depressão e sono de má qualidade já são suficientes para o surgimento da infecção de recorrência, mas o diabetes e o vírus do HIV também devem ser investigados. Lisina pode ajudar no tratamento do herpes É importante realizar todas as medidas recomendadas pelo médico para o tratamento e, assim, impedir o surgimento das complicações e reduzir o número de crises. Medicamentos antivirais podem ser usados por via oral ou endovenosa. Outras medicações também podem ser indicadas para diminuir a coceira e tornar mais rápida a cicatrização das lesões. Recomenda-se ainda a suplementação ou o consumo de alimentos com lisina, como carnes, ovos e leite, já que esse aminoácido atua diretamente na replicação viral e pode reduzir e até mesmo suprimir manifestação do herpes. Foto: Shutterstock
O herpes pode ser transmitido em uma piscina pública?
Herpes é uma infecção causada pelo vírus herpes simples, que provoca coceira e formigamento na boca, nos lábios e até na gengiva nos primeiros estágios e, posteriormente, bolhas e feridas. O primeiro episódio de herpes costuma ser mais grave e duradouro e pode até deixar o paciente em estado febril. A principal forma de contágio é o contato direto ou indireto com as feridas, ou seja, utensílios compartilhados são arriscados. Mas e lugares compartilhados, como uma piscina pública? Herpes não é transmitido em piscinas Pode enfrentar o calor com mais tranquilidade: o vírus não é transmitido em piscinas públicas. “O herpes não se transmite em piscina”, afirma a infectologista Keilla Mara de Freitas. “O vírus é transmitido apenas por contato direto ou indireto com lesões ativas ou por via sexual mesmo com lesões não ativas, ou ainda de mãe para filho na gestação“, afirma a infectologista Keilla Mara de Freitas. Apesar de a forma de transmissão mais importante ser o contato direto com as lesões causadas pelo herpes, as relações sexuais sem preservativo também podem provocar a infecção. De acordo com a especialista, o uso do preservativo evita a transmissão sexual quando não há lesões. Até mesmo o beijo pode transmitir o vírus se houver lesões ativas, mas a saliva sozinha não é um material infectante. O contato indireto com por meio do compartilhamento de objetos de uso comum, como talheres, copos e outros utensílios de cozinha sem lavar, também é uma forma de contágio, desde que o objeto tenha encostado nas lesões. Gestante pode transmitir vírus do herpes para o filho Existe ainda o risco de transmissão de mãe para filho durante a gestação. “A transmissão vertical geralmente ocorre apenas quando a gestante tem a primeira infecção durante a gravidez e não é preciso ter lesões visíveis”, explica Keilla. Outra possibilidade é o contágio durante o parto normal, no momento em que o bebê passa pelo canal do parto e entra em contato com lesões ativas. Dra. Keilla Mara de Freitas é formada pela Escola Latino-Americana de Medicina, com residência médica em Infectologia pela UFMG e atua em São Paulo. CRM-SP 161392 – Site oficial. Foto: Shutterstock
Vacina: não é importante só para crianças, adultos também devem ficar atentos
A vacinação tem como objetivo imunizar toda a população e erradicar doenças que colocam em risco a vida. É preciso que seja feita em massa para reduzir ao máximo as chances de os agentes infecciosos continuarem infectando e se multiplicando. Por mais que os primeiros anos de vida concentrem a maior parte das vacinas a serem tomadas, adultos também precisam se vacinar em momentos pontuais. Importância da vacina em todas as idades “A vacinação é uma forma segura, fácil, prática e eficaz de proteger a vida contra uma série de doenças. É um grande avanço da ciência. Hoje, graças às vacinas, conseguimos erradicar uma série de doenças que matavam muito até 40 ou 50 anos atrás, como varíola, poliomielite, sarampo, rubéola e difteria, por exemplo”, informa a infectologista Keilla Mara de Freitas. Segundo a especialista, é importante ressaltar que se as pessoas param de se vacinar, as chances dessas doenças voltarem aumentam muito. Isso justifica a importância de manter a caderneta de vacinação em dia. Isso vale não apenas para a vacina da Covid-19, mas para todas as outras, como a da gripe. Esta é muito importante, já que prepara o sistema imunológico para uma possível infecção. “Ao receber a vacina, o corpo passa a produzir anticorpos para combater o ‘invasor’. Dessa forma, mesmo que o indivíduo seja infectado, as chances da doença se desenvolver em formas graves são muito baixas. O mesmo conceito vale para as vacinas contra o novo coronavírus. Quanto mais pessoas forem imunizadas, menos mortes teremos”, afirma a médica. Vacinação propicia uma vida mais longa e saudável Em termos de longevidade, a vacinação permite que crianças e adultos tenham vidas mais saudáveis e duradouras, ou seja, com uma melhor qualidade de vida. “Pessoas imunizadas conseguem combater adequadamente as doenças e têm melhores condições de enfrentar adversidades associadas à ação de vírus e bactérias”, conclui a profissional. Foto: Shutterstock
Vacina: não é importante só para crianças, adultos também devem ficar atentos
A vacinação tem como objetivo imunizar toda a população e erradicar doenças que colocam em risco a vida. É preciso que seja feita em massa para reduzir ao máximo as chances de os agentes infecciosos continuarem infectando e se multiplicando. Por mais que os primeiros anos de vida concentrem a maior parte das vacinas a serem tomadas, adultos também precisam se vacinar em momentos pontuais. Importância da vacina em todas as idades “A vacinação é uma forma segura, fácil, prática e eficaz de proteger a vida contra uma série de doenças. É um grande avanço da ciência. Hoje, graças às vacinas, conseguimos erradicar uma série de doenças que matavam muito até 40 ou 50 anos atrás, como varíola, poliomielite, sarampo, rubéola e difteria, por exemplo”, informa a infectologista Keilla Mara de Freitas. Segundo a especialista, é importante ressaltar que se as pessoas param de se vacinar, as chances dessas doenças voltarem aumentam muito. Isso justifica a importância de manter a caderneta de vacinação em dia. Isso vale não apenas para a vacina da Covid-19, mas para todas as outras, como a da gripe. Esta é muito importante, já que prepara o sistema imunológico para uma possível infecção. “Ao receber a vacina, o corpo passa a produzir anticorpos para combater o ‘invasor’. Dessa forma, mesmo que o indivíduo seja infectado, as chances da doença se desenvolver em formas graves são muito baixas. O mesmo conceito vale para as vacinas contra o novo coronavírus. Quanto mais pessoas forem imunizadas, menos mortes teremos”, afirma a médica. Vacinação propicia uma vida mais longa e saudável Em termos de longevidade, a vacinação permite que crianças e adultos tenham vidas mais saudáveis e duradouras, ou seja, com uma melhor qualidade de vida. “Pessoas imunizadas conseguem combater adequadamente as doenças e têm melhores condições de enfrentar adversidades associadas à ação de vírus e bactérias”, conclui a profissional.