
Dra. Juliana Jordão
Dermatologia
Biografia
Dra. Juliana Jordão é médica pós-graduada em Dermatologia, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e tem especialização em Laserterapia e Fotodermatologia na Skin and Laser Center of Boom, em Boom, na Bélgica.
Artigos
Verão: descubra por que a estação do sol é prejudicial para quem tem herpes
Com a chegada do verão, a frequência de atividades ao ar livre aumenta bastante. No entanto, o momento que muitos consideram de prazer e diversão pode trazer muito desconforto. O período mais quente do ano é marcado pelo aumento da incidência de doenças como o herpes. “A exposição solar reduz consideravelmente a eficiência da imunidade celular da pele. Dessa forma, o vírus se manifesta com as lesões”, conta a dermatologista Dra. Juliana Jordão. Nessa estação, os cuidados com a saúde precisam ser dobrados. Herpes labial é o tipo mais comum O herpes simples tipo 1 é a manifestação mais comum da doença e pode surgir em qualquer área da pele, sendo a região labial a mais afetada. É também o que causa mais vergonha, em especial nas mulheres, já que as feridas ao redor da boca ou nos lábios mexem com a autoestima. O herpes simples tipo 2, muito similar ao tipo 1, afeta a região genital. O herpes zoster, por outro lado, afeta qualquer área da pele. “A infecção é causada pelo vírus da Varicela-zoster, que causa a varicela, também conhecida como catapora, e pode levar ao quadro de herpes zoster no futuro”. Em todos os casos, o vírus depois de adquirido, permanece para sempre alojado nas terminações nervosas. “Os sintomas passam por ardência, coceira, vermelhidão, pequenas bolhas que evoluem para crostas e, no caso do herpes zoster, para dor local prolongada em alguns casos”. Infecção do herpes pode ocorrer ao contato com objetos compartilhados Juliana conta que o momento de maior contágio do herpes simples é através do contato com secreções de pessoas infectadas pelo vírus, especialmente na sua fase inicial, onde há a presença de bolhas e secreção serosa. “Basta o contato com os mesmos objetos como copos e talheres, ou diretamente com a lesão através do beijo ou contato sexual”. No entanto, as crises não são os únicos momentos de transmissão do vírus do herpes labial. “De tempos em tempos o vírus aparece na saliva, mantendo o paciente contagioso por alguns dias, mesmo quando não há lesão ativa”. Quem já desenvolveu alguma lesão deve ficar atento Muitas pessoas são portadoras do vírus, mas não chegam a desenvolver a lesão na pele. Porém, quem já teve a primeira manifestação do problema deve ficar mais atento no verão, pois, apesar das lesões aparecerem com frequência variada de uma pessoa para outra, uma vez contraído o vírus, sempre há a possibilidade das feridas voltarem. O consumo de remédios antivirais pode ajudar a regredir esse processo. Não existe cura, mas existem cuidados importantes No verão as pessoas saem de férias e acabam se descuidando na alimentação e, assim, deixam sua imunidade fragilizada. Apesar da doença não ter cura, existem meios de fortalecer o organismo e a pele nos dias quentes para não deixar o herpes tirar o prazer dessa estação. Quem tem o vírus deve estar atento para evitar fatores que podem contribuir para a sua manifestação. “Evite a exposição solar prolongada e sempre que for à praia ou à piscina use protetor solar. Mantenha uma boa hidratação e alimentação, além de um controle dos quadros de estresse”.
Inchaço nas pernas X verão: descubra os efeitos do calor na circulação sanguínea
O verão pode ser bom para quem está curtindo férias, mas o calor sobrecarrega o corpo de quem precisa enfrentar a rotina corrida. Com os dias agitados e mais compridos, é muito comum notar, à noite, que as pernas estão inchadas e, às vezes, doloridas. “Durante o calor há uma dilatação dos vasos de todo o corpo, por isso é comum o cansaço e o inchaço nos membros inferiores durante essa época do ano”, explica a dermatologista Juliana Jordão. “O problema pode ser ainda mais comum em pessoas com insuficiência venosa crônica”. Por que as pernas incham no verão? Com as altas temperaturas, os vasos sanguíneos se dilatam e mais sangue se dirige para a região. O inchaço, então, acontece por conta de um desequilíbrio entre a quantidade de sangue que desce para a perna em relação ao sangue que volta. “Como as veias estão dilatadas e tortuosas, há acumulo maior de sangue e, por consequência, inchaço nos membros inferiores”, explica a médica. O problema ataca ambos os sexos, sendo as varizes o fator de risco mais comum nos homens e, no caso das mulheres, o uso de anticoncepcionais também pode estimular o problema. “A alimentação rica em sal, conservantes e temperos também favorece esse inchaço”, alerta a profissional. O que pode evitar os inchaços? O inchaço pode vir acompanhado de desconforto e dor no local. Exercícios físicos e elevação das pernas são ótimas táticas não só para se prevenir do inchaço, como também para ajudar a desinchar. “Para quem possui o problema, tratar as varizes também reduz os sintomas. Eventualmente, também podem ser indicadas sessões de drenagem linfática, mas nem sempre é necessário”, explica a dermatologista. Juliana comenta que também é necessário melhorar a alimentação, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e recomenda o uso de meias elásticas. “Principalmente para gestantes ou pessoas que trabalham durante um longo período numa mesma posição”, enfatiza. É preciso ficar atento no modo que o problema se manifesta Juliana ressalta que o inchaço nem sempre é algo tão simples e pode ser sintoma de algum problema mais grave. “Se o inchaço aparecer em outras áreas do corpo, como na face e pálpebras, pode indicar doenças renais. Já o inchaço assimétrico, ou seja, aquele que acomete uma perna só, deve ser investigado, pois pode indicar uma trombose”, conclui. Por isso, o paciente não deve subestimar os sintomas e deve procurar se informar com seu médico.