
Dra. Isabela Torga Mazzei
Gastroenterologia,Oftalmologia
Biografia
Especialista em: Gastroenterologia e Oftalmologia
Artigos
Mitos e verdades sobre o glaucoma
O glaucoma é uma doença crônica que atinge o nervo óptico, estrutura responsável por conectar o que o olho enxerga com o cérebro para formar a visão. A pressão intraocular suficientemente elevada machuca o nervo óptico progressivamente e, infelizmente, não é possível recuperar as partes do nervo que foram lesadas. Assim, o glaucoma não tratado corretamente pode levar a perda da visão permanente. De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde – O Glaucoma atinge um milhão de brasileiros e é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Muito se fala sobre glaucoma, mas nem tudo que circula na internet sobre a doença é verdade. Confira aqui alguns mitos e verdades que circulam nas redes: O glaucoma tem cura? O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado. Por isso a importância do rígido cumprimento do tratamento. Atualmente, os tratamentos para controlar o glaucoma consistem principalmente em intervenção cirúrgica e terapia medicamentosa tópica, sendo que a intervenção cirúrgica é necessária quando a independência visual de um paciente está em risco. O café pode ser prejudicial para quem tem Glaucoma? A pressão ocular é, em média, de 15 a 20% mais alta em pessoas que tomam café́ do que naquelas que não tomam. E quando analisados pacientes que tomam café diariamente, a pressão dos olhos se mostra mais alta naqueles que consomem mais café (>200mg de cafeína/dia) quando comparados aos que consomem menos (<200mg de cafeína/dia). Alguns estudos comprovam que a cafeína sendo consumida moderadamente, embora aumente a pressão intraocular (média 2 mm Hg) não ocasiona danos, no entanto o uso indiscriminado e constante pode levar ao aumento do risco de desenvolvimento de glaucoma. Quem tem glaucoma pode usar lente de contato? As lentes de contato podem ser usadas em portadores de glaucoma sem prejuízo ocular, mas durante a instilação dos colírios, as lentes devem ser retiradas para que os conservantes dos colírios não diminuam sua vida média, ou se depositem nas lentes. Consulte o seu médico oftalmologista, pois os portadores de glaucoma necessitam de cuidados especiais. O hábito de fumar pode agravar o quadro de Glaucoma? Fumar pode causar doenças graves que acometem não só os pulmões. O tabagismo também é uma ameaça aos olhos, que podem ser afetados por problemas mais simples, como alterações da superfície ocular, alergias e Síndrome do Olho Seco, e problemas graves, como a Doença Macular Relacionada à Idade (DMRI), glaucoma e catarata. Tanto para fumantes ativos, quanto passivos, essas doenças ocorrem porque a fumaça do cigarro, que tem muitos componentes tóxicos como monóxido de carbono, nicotina, amônia, cetonas, entre outros, fica diretamente em contato com os olhos. Quem tem Glaucoma não pode fazer atividade Física? A relação entre a pressão intraocular (PIO) e o exercício agudo foi estudada nos últimos anos, descobrindo que o exercício agudo tem um efeito positivo na PIO, no entanto, o exercício aeróbico e o exercício de resistência (musculação e exercícios de alto impacto) têm resultados diferentes. No que diz respeito ao exercício aeróbico agudo, pode mencionar-se que tem um efeito positivo na PIO, uma vez que esta diminui. Enquanto o exercício de resistência tem resultados variados. Importante ressaltar que indivíduos com pressão intraocular (PIO) elevada precisam ter cuidado com certas posições de ioga. Obtenha a aprovação do seu médico antes de praticar posturas invertidas ou qualquer postura que coloque a cabeça abaixo do coração. Consumo excessivo de bebida alcoólica pode agravar o glaucoma? O consumo frequente e em quantidade significativa de álcool pode elevar a pressão ocular, resultando em danos ao nervo óptico, que podem causar o glaucoma. As bebidas alcoólicas, especialmente se consumidas sem moderação e por um longo período de tempo, podem causar problemas graves à saúde dos olhos. Idosos têm maior probabilidade de desenvolver glaucoma? O glaucoma primário tende a surgir durante o processo de envelhecimento do corpo humano, especialmente a partir dos 40 anos de idade. Há estudos que apontam uma prevalência de 10% na população com mais de 80 anos. O glaucoma é transmissível de um olho para o outro? O glaucoma ocorre de forma pouco diferenciada de um olho para o outro, sem que haja interferência entre eles. Glaucoma não é uma doença contagiosa. A pessoa com glaucoma deve utilizar colírios para sempre? Os colírios são normalmente prescritos como primeira linha de tratamento para a maioria dos tipos de glaucoma. É essencial entender que o glaucoma não tem cura, por isso os colírios devem ser usados regularmente, todos os dias, para o resto da vida. Falhas repetidas em usá-los corretamente resultam em um controle pobre da doença e em perda de visão.
Leucemia tem cura: Conheça as perspectivas e tratamento
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue e da medula óssea, sendo caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais. Receber o diagnóstico de leucemia pode ser assustador, mas é importante destacar que, hoje em dia, a cura da doença é uma realidade para muitos pacientes, especialmente quando detectada precocemente e tratada de forma adequada. Diagnóstico e tratamento precoces: Chaves para a cura O sucesso no tratamento da leucemia está diretamente relacionado ao diagnóstico precoce. Por isso, é fundamental que as pessoas estejam atentas aos sinais e sintomas característicos da doença, como fadiga intensa, palidez, sangramentos frequentes, infecções recorrentes e dor óssea. Caso perceba algum desses sintomas, é imprescindível buscar assistência médica o mais rápido possível. Com os avanços tecnológicos e médicos nas últimas décadas, o diagnóstico da leucemia tornou-se mais preciso e rápido. Os testes laboratoriais e de imagem possibilitam uma identificação mais eficiente da doença, permitindo que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Tipos de tratamento: Personalização é a chave O tratamento da leucemia varia de acordo com o tipo específico da doença, estágio em que se encontra, idade e estado geral de saúde do paciente. Os principais métodos terapêuticos incluem: Quimioterapia: É o tratamento mais comum para a leucemia e consiste na administração de medicamentos para combater as células cancerígenas. Esses medicamentos podem ser administrados por via oral ou intravenosa, agindo de forma a destruir as células malignas e permitir a recuperação das células saudáveis. Radioterapia: Esse tratamento utiliza a radiação ionizante para eliminar ou reduzir as células cancerígenas em áreas específicas do corpo. Pode ser utilizada em conjunto com a quimioterapia para aumentar a eficácia do tratamento. Transplante de medula óssea: Nesse procedimento, células saudáveis de um doador compatível são transplantadas para substituir as células defeituosas do paciente, restabelecendo a produção de células sanguíneas normais. Terapias-alvo e imunoterapia: Essas terapias visam atacar diretamente as células cancerígenas, poupando as células saudáveis. As terapias-alvo utilizam medicamentos específicos para bloquear certos sinais que as células cancerígenas necessitam para crescer e se multiplicar. Já a imunoterapia estimula o sistema imunológico a reconhecer e combater as células malignas. Perspectivas positivas: A importância da pesquisa médica O avanço contínuo da pesquisa médica tem sido um dos principais impulsionadores para o aumento das taxas de cura da leucemia. Novas terapias, medicamentos e abordagens estão sendo desenvolvidos constantemente, permitindo tratamentos mais eficazes e menos invasivos. Além disso, a detecção de fatores genéticos e moleculares tem contribuído para um tratamento mais personalizado, permitindo que os pacientes recebam terapias mais direcionadas e eficientes. Leucemia tem cura? Embora a leucemia seja uma doença grave, é importante ressaltar que muitos pacientes conseguem alcançar a cura, e outros podem viver com a doença controlada por longos períodos. A prevenção, a detecção precoce e o acesso a tratamentos atualizados são pilares fundamentais no enfrentamento dessa condição. O acompanhamento médico regular, aliado a um estilo de vida saudável, contribui para a redução do risco de desenvolver leucemia e também para a melhoria do prognóstico após o diagnóstico.