
Dra. Giselle Sanches
Dermatologia
Biografia
Dra. Giselle Sanches Bracco é graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-graduada em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Dermatologia pelo Hospital Heliópolis. É especialista em Clínica Médica pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) e em Dermatologia pela AMB e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Atua como médica no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e tem diversos artigos científicos publicados sobre Dermatologia, além da participação em congressos da área.
Artigos
Existe um protetor solar específico para cada tipo de pele?
Usar o protetor solar diariamente e reaplicá-lo ao longo do dia são medidas fundamentais para se prevenir de manchas, de queimaduras e do temido câncer de pele. Mas, antes de escolher qualquer produto na prateleira da farmácia ou do mercado, saiba que existem vários tipos de filtros solares, um para cada tipo de pele. Confira! Quais são os melhores filtros para pele seca e oleosa? Segundo a dermatologista Giselle Sanches, existem protetores solares específicos para peles secas, oleosas, mistas e normais. “Para a pele oleosa, devemos procurar produtos com toque seco e versão oil-free. Quem tem pele seca deve buscar protetor solar com ação hidratante e com ácido hialurônico. Já a pele mista deve receber filtro com FPS 30 e que tenha toque seco ou mate”, explica a médica. Quem tem pele sensível deve evitar o uso de protetor solar com parabenos e derivados fenólicos, além de se certificar de que o produto é apropriado para este tipo de pele. A especialista destaca ainda a importância de sempre adquirir filtros com proteção contra os raios UVB, UVA curto e UVA longo. Usar protetor solar específico evita problemas de pele Para a médica, existem vários benefícios ao usar o protetor solar específico para o seu tipo de pele: “Você tem a proteção solar correta e consegue controlar acne, descamação e excesso de oleosidade, por exemplo. Você faz a prevenção do câncer de pele e do envelhecimento e ainda vai tratar a pele contra as dermatites, favorecendo o controle do pH”. Por outro lado, quem tem pele oleosa e não respeita a indicação de usar filtros específicos pode acabar desenvolvendo acne. A pele seca, por sua vez, pode sofrer com irritações e descamações. Por isso, é fundamental seguir a recomendação do dermatologista, o que trará mais conforto e ainda ajudará a manter a pele saudável.
Pele sensível: usar produtos para outros tipos de pele pode ser prejudicial?
A pele sensível, como o próprio nome já diz, apresenta uma maior sensibilidade a fatores externos, podendo ficar irritada e vermelha em diversas ocasiões, como após o contato com um perfume ou um produto de limpeza, o que não aconteceria com outros tipos de pele. Com ela, é preciso ter muito cuidado e, por isso, é importante dar preferência a produtos criados levando em consideração suas particularidades. Produtos não específicos podem causar feridas na pele sensível Usar qualquer tipo de produto na pele sensível tem riscos. “Se a pessoa não seguir os produtos indicados pelo dermatologista, ela pode deixar a pele vermelha, sentindo ardência e coceira. Pode agravar a saúde da pele, machucando-a, provocando descamação, pequenas feridas e até doenças de pele mais graves”, afirma a dermatologista Giselle Sanches. Por outro lado, respeitar as orientações ajuda a fortalecer e a hidratar a pele sensível. “Quando o paciente opta por produtos adequados para a pele sensível, ele consegue mantê-la protegida de mudanças climáticas, raios ultravioleta e poluição, por exemplo, e deixá-la hidratada”, informa a médica. Água dermatológica preserva o pH da pele De acordo com a especialista, existem vários dermocosméticos seguros para a pele sensível: “Podem ser hidratantes sem parabenos, fragrâncias e conservantes, que geralmente vêm enriquecidos com prebióticos. Este tipo de hidratante tem ativo que não deixa enfraquecer a barreira boa da pele. Isso também vale para os sabonetes: suavidade é a palavra”. Além disso, é importante investir em uma solução suave e não muito adstringente para retirar a maquiagem ou os resíduos acumulados na pele, o que ajuda a mantê-la saudável. Outra opção é o uso da água dermatológica, com propriedades calmantes, hidratantes e refrescantes e que ajudam a manter o pH da pele estável. Foto: Getty Images
Além do uso de clareadores, que outros cuidados ajudam a controlar as manchas na pele?
As manchas que aparecem na pele são resultado de um processo conhecido como hiperpigmentação, em que ocorre grande produção de melanina. Uma das principais indicações para o tratamento das manchas no rosto ou no corpo é o uso de produtos clareadores, além de existirem ainda outros cuidados muito importantes para controlá-las. “As manchas podem surgir por diversos fatores: a genética, a exposição aos raios solares, os hormônios e até fatores como alimentação, meio ambiente e estresse. Mas, o que piora muito as manchas é a radiação solar sem a proteção diária. E isso serve inclusive para luzes artificiais da casa”, alerta a dermatologista Giselle Sanches. Filtro solar é o principal aliado contra manchas na pele O cuidado mais importante para evitar manchas é o uso diário do protetor solar e sua reaplicação de duas em duas horas. “O sol é o principal fator de causa e agravamento das manchas na pele, comprovado cientificamente. Não somente em dias de praia ou piscina, mas em dias de frio e chuva também”, afirma a médica. Além disso, quem tem tendência à acne precisa adotar medidas capazes de evitar o surgimento de espinhas, que podem gerar manchas. É necessário, por exemplo, evitar o consumo exagerado de açúcar e gordura, lavar o rosto com sabonetes específicos para controlar a oleosidade e, claro, não se deve estourar as espinhas. Fazer o tratamento corretamente aumenta chances de sucesso A especialista lembra ainda que, para controlar as manchas, o paciente deve seguir à risca o protocolo indicado pelo dermatologista até o fim do tratamento e fazer o acompanhamento. Como exemplo, Dra. Giselle cita o laser Nd-YAG, que ajuda a remover as manchas, mas precisa de várias sessões para solucionar o problema. Para o tratamento das manchas na pele, existem também o peeling químico, crioterapia, microagulhamento e dermocosméticos que atuam de forma anti-inflamatória e que ajudam a clarear a pele. A medida escolhida pelo profissional deverá variar de acordo com o tipo de pele, a cor e o formato da mancha. Foto: Getty Images
A contaminação pelo vírus do herpes acontece pela pele de qualquer área do corpo?
Coceira, ardor e formigamento, seguidos pela formação de pequenas vesículas, bolhas e lesões nos lábios e nas áreas genitais. É dessa forma que a infecção causada pelo vírus do herpes simples se manifesta no corpo. Sabe-se que a transmissão acontece pelo contato direto com as feridas na pele. Mas, será que a contaminação pode ocorrer pelo contato da pele com qualquer área do corpo? Contaminação pelo vírus do herpes pode ocorrer por qualquer parte da pele A dermatologista Giselle Sanches afirma que sim: “O vírus do herpes pode entrar por qualquer ponto da pele em que a barreira cutânea esteja interrompida, não necessariamente com machucados. Pode ser uma escoriação leve e imperceptível ou um ponto de irritação da pele. Qualquer parte do corpo pode ser atingida, desde a pele do rosto até partes como os lábios, as mãos, os pés e a região genital.” Enquanto as lesões de herpes na pele estiverem presentes na pele na forma de vesículas com conteúdo líquido, elas são infectantes. Um simples toque com a área pode transmitir o vírus para outras partes do corpo, inclusive para o corpo de parceiros, caso haja o contato com as vesículas ou com a mucosa do portador. Métodos caseiros não tratam e podem agravar o quadro Durante os períodos de crise, medicamentos antivirais colaboram para impedir a evolução da doença e para frear os sintomas. Muitas pessoas acreditam que métodos caseiros podem ajudar, mas Dra. Giselle alerta para os perigos dessas práticas. “Esses métodos são mitos, não funcionam e podem, na maioria das vezes, piorar o quadro, aumentando o índice de reaparecimento da lesão”, explica. Entre os portadores do vírus é comum que os sintomas não se manifestem até que ele saia do estado de latência, muitas vezes, estimulado por fatores como a queda de imunidade. Em indivíduos com imunidade normal, as infecções geralmente duram entre 7 e 14 dias e a doença costuma desaparecer assim que a imunidade é restabelecida. No entanto, vale lembrar que assim que os sintomas forem notados, é fundamental procurar um médico, que irá indicar a melhor forma de tratamento para cada caso. Foto: Shutterstock