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Dra. Flávia Bello

Pediatria

Biografia

Dra. Flávia Bello é formada em Medicina pela Universidade de Vassouras, fez especialização em Pediatria Geral pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HSERJ) e complementou sua residência em Infectologia Pediátrica na mesma instituição. Atualmente, trabalha em consultório privado e em sala de parto. Foi co-fundadora de uma rede de atendimento pediátrico domiciliar e de uma consultoria em saúde escolar, onde leciona cursos de formação para pais e professores, como o curso de primeiros socorros SOS Criança.

Artigos

Diarreia: O que é, causas, sintomas e tratamento

O que é a diarreia? A diarreia é caracterizada por evacuações frequentes, muitas vezes acompanhadas de cólicas abdominais, gases e, por vezes, náuseas e vômitos. Embora seja geralmente uma condição temporária e autolimitada, a diarreia pode ser desconfortável e até perigosa se não for tratada adequadamente, especialmente em casos graves ou prolongados. Ela pode ser dividida em: Aguda – menos de 15 dias; Persistente: mais de 15 dias; Crônica: mais de 4 semanas Durante esse quadro, o corpo tende a perder muita água, potássio, sódio e bicarbonato, além de outros eletrólitos”, afirma o gastroenterologista Fábio Luiz Maximiano. Principais causas da diarreia: A causa mais comum da diarreia é a infecção por vírus, bactérias ou outros parasitas que invadem o organismo, comprometendo os órgãos do sistema gastrointestinal. Bem como carência de zinco que pode ocasionar a diarreia. “O zinco é um mineral importante que atua como cofator em diversos metabolismos das proteínas, carboidratos e lipídeos. Dessa forma, ele interfere no funcionamento das células, nos processos cicatriciais e imunológicos”, diz o médico. “Sua deficiência torna frágil todos esses mecanismos, podendo interferir na absorção dos alimentos e de água, levando ao aumento do trânsito intestinal, da produção de muco e, consequentemente, à diarreia”. Contudo, a diarreia também pode ser causada por: Ingestão de alimentos mal higienizados; Ingestão de água contaminada; Estresse e ansiedade; Intoxicação alimentar; Ação de medicamentos; Falta de zinco. A doença pode ser classificada como diarreia aguda ou diarreia crônica, sendo a primeira mais breve, ou seja, se manifesta durante poucos dias, e a segunda, mais longa. “A diarreia aguda, com tempo inferior a 15 dias, tem, em sua grande maioria, causa infecciosa viral ou relacionada a alguma intolerância alimentar aguda”, explica o coloproctologista Leonardo Iezzi. “Já a diarreia crônica, com tempo superior a 15 dias, pode ter causa infecciosa também, mas deve-se investigar ainda doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa ou doença de Crohn), fatores alimentares (intolerâncias à lactose, glúten), fatores nutricionais (deficiências proteicas, de minerais) ou doenças crônicas (cirrose hepática, insuficiência pancreática)”, conclui. Prevenção da diarreia Mão suja é porta de entrada para micro-organismos que causam diarreia. “A principal forma de contágio é através da saliva, seja pelas mãos ou por objetos contaminados pelo germe que causa a diarreia”, afirma a pediatra Flávia Bello. Logo, levar a mão suja à boca significa transportar esses micro-organismos diretamente para dentro do organismo, causando o problema. Em crianças, o cuidado deve ser redobrado! Além de deixar as mãos sempre limpas, há outros cuidados importantes para evitar diarreia nas crianças. “Manter uma limpeza adequada dos brinquedos, cuidar de higiene pessoal e da casa, usar álcool gel quando não for possível lavar as mãos, ensinar as crianças a não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, talheres e escova de dentes, e evitar colocar objetos na boca”, aconselha a profissional.   Tratamento da diarreia Os tratamentos das diarreias de duração breve e prolongada são individualizados, devido às particularidades de cada uma.  Diarreia de curta duração: “deve ser tratada apenas com medidas de suporte (hidratação, dieta e sintomáticos) Diarreias prolongadas: “necessitam de exames complementares em busca da etiologia específica e do  tratamento direcionado”. A suplementação de zinco também pode ser indicada, para ajudar a repor esse mineral importante no organismo. Diarreia crônica: pode indicar males como a síndrome do intestino irritado ou outros mais graves, tais quais a doença de Crohn e colites ulcerosas. Tanto ela quanto a aguda podem ser amenizadas com a adoção de práticas saudáveis.   Alimentação quando se tem diarreia A alimentação é um elemento importante do tratamento da diarreia. De modo geral, recomenda-se evitar alimentos gordurosos, como frituras, e alimentos ou bebidas ricas em açúcar. Também não são recomendados alimentos naturalmente laxativos, como mamão, feijão e lentilha. A recomendação é ingerir alimentos como: Banana; Maçã; Cenoura; Batatas Alimentos ricos em zinco e minerais; Muito líquido para reidratação. Suplementação para evitar diarreia Cuidados com a dieta e suplementação com zinco. “O zinco atua no nosso sistema imunológico e poderá auxiliar na defesa da mucosa do intestino frente aos agentes patogênicos presentes nos alimentos contaminados”, afirma a nutricionista Adriana Ávila. No entanto, a especialista acredita que a eficácia da resposta do nutriente dependerá da quantidade desses agentes invasores no sistema gastrointestinal. O mineral acelera a regeneração das células intestinais, os enterócitos, que conseguirão absorver mais água e sais minerais”, explica a profissional. Com isso, a infecção acaba mais rápido, evitando desidratação e emagrecimento, que são as complicações mais comuns em pacientes com diarreia. O nutriente também dificulta a entrada de organismos invasores   Repouso quando se tem diarreia Além disso, de acordo com a gastroenterologista Amanda Buchmann, o repouso é uma das medidas de recuperação para o quadro de diarreia. “Quando a diarreia faz parte de um quadro viral, ela pode vir acompanhada de febre ou prostração, impossibilitando que o paciente realize suas atividades normais e, consequentemente, fazendo com que necessite de repouso”.

Quais vitaminas mais influenciam na imunidade das crianças?

O sistema imunológico está a todo momento se defendendo dos ataques de micro-organismos causadores de doenças, como bactérias, vírus e fungos. Neste sentido, ter uma alimentação equilibrada e saudável é essencial porque fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento das células que compõem a barreira imunológica do corpo. Descubra quais são as vitaminas e outros nutrientes que mais influenciam a imunidade das crianças. Vitamina D, ferro e zinco são fundamentais para a imunidade das crianças “Os nutrientes que mais influenciam a imunidade das crianças são a vitamina D, o ferro e o zinco”, afirma a pediatra Flávia Bello. Como o organismo dos pequenos ainda está se desenvolvendo, a deficiência desses nutrientes pode causar sérios problemas. Além de equilibrar as defesas do corpo, a vitamina D inibe processos inflamatórios, muito frequente em casos de infecções, controla a pressão arterial, diminui o risco de diabetes e doenças metabólicas e ajuda no desenvolvimento dos ossos.  De acordo com o Ministério da Saúde, a exposição solar pode oferecer até 80% da quantidade de vitamina D que o corpo precisa diariamente, enquanto os outros 20% podem ser obtidos por meio da alimentação. “A vitamina D pode ser obtida a partir de fontes alimentares, por exemplo, óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos, como o salmão, o atum e a cavala, gema de ovo e cogumelos”, cita a nutróloga Paula Whyte. Crianças são grupo de risco para a deficiência de zinco e ferro Segundo Dra. Paula, os baixos níveis de zinco também atrapalham o funcionamento do sistema imune, afetando principalmente os linfócitos, células responsáveis pela defesa do corpo. Aproximadamente 25% da população mundial é deficiente em zinco e as crianças compõem, junto com idosos e pessoas com dietas restritivas, o principal grupo de risco.  ”A deficiência de zinco está relacionada com a linfocitopenia, queda da quantidade de células de defesa. A modificação nas proporções de linfócitos pode contribuir para o desequilíbrio do sistema imunológico, afetando sua resposta e sua regulação”, explica a especialista. O zinco pode ser encontrado em alimentos como grãos integrais, aveia, castanhas, nozes e amêndoas. Da mesma forma, a deficiência de ferro também afeta o sistema imunológico, aumentando as chances de as crianças desenvolverem um quadro de anemia ferropriva. O nível insuficiente de ferro também contribui para surgimento de doenças infecciosas. Este nutriente pode ser encontrado em alimentos como feijão, couve, espinafre e agrião. Dados do Ministério da Saúde: http://www.blog.saude.gov.br/geral/34330-vitamina-d

É normal uma criança ter várias crises de sinusite por ano?

A sinusite, segundo o Ministério da Saúde, é caracterizada por um processo inflamatório que atinge a região do nariz, dos olhos e da maçã do rosto. O problema é bastante frequente entre as crianças, principalmente por causa do sistema imunológico ainda em amadurecimento. Você sabia que uma criança pode ter várias crises de sinusite por ano? Confira a explicação de uma especialista no assunto.  Crianças podem ter até 10 crises de sinusite por ano “Pode acontecer de uma criança ter várias crises de sinusite por ano, principalmente se tiver alguma alergia respiratória. Normalmente, isso acontece por predisposição da própria criança, devido à genética familiar”, afirma a pediatra Flávia Bello. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), crianças menores de 7 anos podem ter até 10 crises ao longo do ano.  A especialista lembra ainda de outros fatores que podem fazer com que uma criança sofra com diversas crises de sinusite, como a falta de limpeza da casa, a presença de mofo, poeira e pelos de animais no chão, nas paredes e nos móveis dos cômodos e até mesmo o fato de frequentar uma creche ou escola.  Crianças que estão sempre em ambientes com o ar-condicionado ligado também costumam apresentar um número maior de crises de sinusite. Isso acontece porque, muitas vezes, o filtro deste aparelho não é limpo corretamente, acumulando fungos e bactérias que podem levar à sinusite. Mantê-los limpos pode ajudar a diminuir as crises.  Boa imunidade pode evitar casos de sinusite? Outra medida fundamental e que ajuda a saúde de todo o organismo é melhorar a imunidade da criança. Isso pode ser feito por meio da alimentação, que deve ser rica em ferro e vitaminas e pobre em gorduras, da vacinação correta, do consumo adequado de água e da prática regular de exercícios físicos.  Dados do Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/235_sinusite.html Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/rinossinusite-na-infancia/

Por que é recomendada uma alimentação leve após um quadro de diarreia?

A diarreia é um problema de saúde bastante comum entre as crianças e pode ser provocada pela entrada de vírus, bactérias e parasitas no organismo ou até por alguns tipos de comidas. A recuperação do quadro de diarreia, o que inclui a adoção de uma alimentação adequada à idade dos pequenos, é de extrema importância porque ajuda a prevenir a desidratação. O que não pode comer depois da diarreia “A atual recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é manter a dieta convencional da criança, para manter o suporte ideal de calorias e evitar que o menor evolua para uma constipação intestinal grave”, informa a pediatra Flávia Bello. Entretanto, a manutenção da dieta deve ser feita desde que a alimentação da criança não tenha nenhum erro. “É senso comum evitar alimentos gordurosos, ricos em açúcares e lactose, além de alimentos considerados laxativos, como mamão, feijão e lentilha. Porém, essa não é a diretriz do tratamento da diarreia aguda”, afirma a especialista. Entre os alimentos e bebidas que devem ser evitados estão aqueles que já não devem estar presente na dieta das crianças cotidianamente. É o caso de balas, bolos, frituras, salgadinhos, biscoitos e chocolates. Água e alimentos ricos em zinco ajudam na recuperação após a diarreia De acordo com a médica, alimentos como banana, maçã, caju, goiaba, batata, cenoura, frango e arroz, além daqueles ricos em zinco, podem ajudar a criança a se recuperar mais rápido. Já o consumo de soro caseiro e o aumento da ingestão de líquidos devem ser sempre lembrados durante o tratamento da diarreia para ajudar o corpo a se recuperar. Para as crianças que ainda mamam, o aleitamento materno deve ser mantido. A desidratação é a principal complicação de um quadro de diarreia e costuma ser ainda pior para as crianças. O problema torna o xixi mais escuro, deixa os olhos mais fundos e a criança fica com uma aparência mais cansada. Ao notar esses sinais, especialmente em associação à diarreia, é importante levar o filho a um médico para receber o diagnóstico e iniciar o tratamento rapidamente. Dra. Flávia Bello é pediatra, graduada em Medicina pela Universidade Severino Sombra (USS) e com residência em Pediatria e Infectologia Pediátrica no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE). CRM-RJ: 52-85057-8 Foto: Shutterstock

Por que a maior parte de infecções em crianças é causada por vírus?

A infância é um período da vida marcado por frequentes infecções, tendo em vista que o sistema imune das crianças está em desenvolvimento e, portanto, mais vulnerável à ação de vírus, bactérias e demais agentes infecciosos. Dentre estes, os vírus são os que aparecem com maior prevalência, pois são mais resistentes e possuem maior poder de contaminação. Principais infecções virais que afetam as crianças   “Na verdade, tanto em crianças como em adultos a maior parte das infecções é de causa viral. O vírus possuem uma capacidade maior de se espalhar e contaminar as pessoas. Além disso, a maioria deles consegue permanecer viva em superfícies, facilitando o contágio”, explica a pediatra Flávia Bello.   As principais infecções virais na infância são as que acometem as vias aéreas superiores (gripe, resfriado, faringite, algumas amigdalites também são virais) e o trato digestório (gastroenterites). “As crianças também podem ser acometidas por vírus como dengue, zika, chikungunya e, se não estiverem com as vacinas em dia, por varicela (catapora), caxumba, sarampo, rubéola e febre amarela”, afirma a pediatra. Tratamento contra vírus é sintomático   Para a maior parte das infecções virais, não existe um tratamento específico, sendo indicadas abordagens que atuam diretamente nos sintomas. Ou seja, a ideia é aliviar os incômodos provocados pelos quadros e cuidar bastante da saúde para manter a imunidade funcionando bem até que as defesas do organismo consigam eliminar o vírus em questão. “Em geral, tratamos infecções virais somente com sintomáticos. Ou seja, se tem febre, fazemos analgésico. Se tem vômito, fazemos antiemético. Muito líquido e repouso também ajudam o organismo a se recuperar mais rápido”, explica Dra. Flávia. Medicamentos que estimulam a imunidade também são importantes aliados na luta contra os vírus e demais infecções que acometem crianças e adultos. Foto: Shutterstock  

A creche ajuda a fortalecer a imunidade das crianças?

A imunidade das crianças não é igual a dos adultos. Seu sistema imunológico ainda está se desenvolvendo e aprendendo a como reagir diante de ameaças, como vírus e bactérias. Enquanto estão em casa, as crianças estão mais protegidas, mas isso não dura para sempre. Em algum momento, elas começarão a frequentar creches e escolas diariamente. O contato com outras crianças, afinal, é benéfico ou prejudicial? Creche ajuda crianças a produzir anticorpos Quando as crianças passam a frequentar creches, é comum elas ficarem mais doentes. Por outro lado, a creche também pode ajudá-las a fortalecer a imunidade. “É normal acontecer das crianças que frequentam creche adoecerem mais. A creche expõe as crianças a vírus e bactérias diferentes daqueles que circulavam em seu ambiente familiar e, por isso, a criança acaba criando novos anticorpos”, afirma a pediatra Flávia Bello. Os anticorpos são a linha de defesa do organismo contra invasores, produzidos quando o corpo descobre que há uma ameaça e consegue identificá-la. No entanto, muitas vezes, a criança só tem o primeiro contato com os micro-organismos invasores ao começar a ir para a creche. É a partir daí que o corpo começará a produzir anticorpos específicos, que tornarão o organismo menos suscetível a adoecer em um próximo contato. Alimentação e higiene são importantes para a imunidade Quando o assunto é fortalecer a imunidade das crianças e, assim prevenir infecções e doenças, a alimentação exerce um papel fundamental, que pode ser complementado por medicações que estimulam o funcionamento do sistema imunológico. O ideal é reforçar a dieta com alimentos ricos em ferro, vitaminas e ácido fólico e diminuir o consumo de açúcar e gorduras.   Além disso, atitudes simples no dia a dia podem ser adotadas pelos pais e profissionais que trabalham nas creches para proteger as crianças. “Higienizar sempre e corretamente as mãos e os objetos de uso comum, como brinquedos, ferver chupetas, mamadeiras e outros utensílios individuais, mas que esporadicamente são divididos pelas crianças, é bastante importante”, completa Flávia. Dra. Flávia Bello é pediatra, graduada em Medicina pela Universidade Severino Sombra (USS) e com residência em Pediatria e Infectologia Pediátrica no Hospital Federal dos Servidores do Estado. CRM-RJ: 52-85057-8 Foto: Shutterstock

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