
Dra. Elizabeth Senra
Dermatologia
Biografia
Dra. Elizabeth Senra é graduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA), fez residência em Clínica Médica pelo Hospital Santo Amaro, onde obteve o título de especialista em Clínica Médica, e pós-graduação em Dermatologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pelo Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). É ainda especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Artigos
Em que casos de calvície o transplante capilar é indicado?
O tratamento indicado para calvície se baseia nas características específicas de cada caso, o que inclui o grau de acometimento. Quando a doença ainda está em estágio inicial, as chances de controle apenas com uso de medicamento são maiores. Por outro lado, quando a calvície já está em nível avançado, nem mesmo o tratamento medicamentoso pode ser suficiente. Neste caso, o paciente pode recorrer ao transplante capilar. Tratamento da calvície em pacientes com transplante capilar “O microtransplante folicular total é indicado em casos de alopecia androgenética (calvície hereditária). Pode ser realizado em homens e mulheres. Mas o que poucas pessoas sabem – e também não é muito divulgado – é que, mesmo fazendo implante capilar, o paciente precisa continuar com a terapia medicamentosa em casa para retardar a progressão da doença”, informa a dermatologista Elizabeth Senra. Ainda segundo a especialista, apesar da tricologia ter evoluído bastante nos últimos dois anos, devido à presença de células tronco no bulge folicular, o tratamento medicamentoso ainda tem limitações. “Este só será ideal quando for iniciado precocemente, evitando o efeito do hormônio sobre a genética. Em alguns casos leves de calvície, conseguimos também postergar a evolução do quadro para uma calvície profunda”, explica a médica. Nos casos em que o tratamento medicamentoso é iniciado no momento adequado, evita-se que o processo de miniaturização dos fios continue (ressaltando que este processo já é geneticamente determinado), o que também é relevante para quem já fez ou pretende fazer transplante capilar. “Além disso, as medicações tópicas que temos disponíveis hoje atuam apenas no couro cabeludo, então o risco de efeito colateral é pequeno, já que não há passagem hepática (corporal)”, acrescenta Senra. Tratamento em clínicas também pode ajudar Além do tratamento medicamentoso, o paciente com transplante capilar também pode se beneficiar dos tratamentos minimamente invasivos realizados em clínica. “Alguns exemplos são: microperfusão de medicação (injeta-se a medicação no folículo piloso, no melhor local para ativá-lo); tratamento com laser, que faz basicamente o mesmo mas sem a necessidade do furo; e fotobioestimulação. Com tais recursos, conseguimos melhorar o resultado do transplante, postergar o mesmo e, por vezes, até evitá-lo”, conclui a profissional. Foto: Shutterstock
Quem tem o cabelo oleoso tem mais chance de desenvolver caspa?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a caspa é um dos principais sintomas da dermatite seborreica, doença que afeta as áreas do corpo em que há maior concentração de glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de óleo. Como exemplos, podem ser citados as orelhas, o nariz, as sobrancelhas e o couro cabeludo. Logo, quem tem cabelo oleoso tem mais chance de ter caspa. Qualidade do óleo no cabelo favorece surgimento da caspa Segundo a dermatologista Elizabeth Senra, a oleosidade é o fator predisponente para a existência da caspa no couro cabeludo. No entanto, a médica faz uma ressalva: “A caspa não está necessariamente associada a uma maior produção de sebo, mas sim a uma maior presença de glândulas sebáceas e a uma qualidade diferente de sebo, com mais ésteres de colesterol, triglicerídeos e parafinas”. A médica defende o controle da oleosidade do cabelo, já que diminuindo essa oleosidade, a prevenção à caspa fica mais fácil. “Devemos lembrar que tudo que estimula esse aumento de função da glândula sebácea deve ser evitado, como a água quente ao lavar os cabelos e dormir com cabelos molhados, o que aumenta a proliferação de fungos”, afirma a especialista. Veja como é o tratamento da caspa e do cabelo oleoso Para quem sofre com a oleosidade no cabelo e já tem caspa, existem outras medidas que podem ajudar, como cita Dra. Elizabeth: “Para aquelas pessoas que já têm cabelo oleoso, deve-se evitar pomadas capilares, cremes sem-enxágue e géis, justamente para não reter mais sebo e suor no local e não agravar ainda mais o quadro”. Além disso, o tratamento da caspa envolve o uso de shampoos e loções com substâncias que controlam o sebo e que atuam contra fungos. Há ainda a recomendação de diminuir a ingestão de carboidratos com alto índice glicêmico, ou seja, aqueles que estimulam o pâncreas a produzir insulina em excesso e também IGF-1, que afetam a atuação das glândulas sebáceas. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-seborreica/3/ Foto: Shutterstock
A caspa, se não tratada, pode piorar?
A caspa é um dos sintomas da dermatite seborreica, doença inflamatória que quando atinge o couro cabeludo também é chamada de pitiríase esteatoide. Essa condição se desenvolve nas áreas do corpo com maior quantidade de glândulas sebáceas e tem uma discreta predominância no sexo masculino. O problema, se não for tratado, pode piorar. Confira as principais complicações da caspa. Caspa pode facilitar infecções causadas por bactérias “O número de bactérias e de leveduras é bem maior na pele com caspa do que em uma pele considerada normal”, afirma a dermatologista Elizabeth Senra. Essa maior presença de micro-organismos pode facilitar o desenvolvimento de infecções de pele e, segundo a médica, já justificam a importância do tratamento da caspa. “Em alguns pacientes, o problema pode surgir acompanhado de eritema e exsudação”, explica a especialista. Eritema é uma reação inflamatória que deixa a pele avermelhada, enquanto a exsudação consiste na liberação de um líquido, típico dos processos de cicatrização. “Além disso, a caspa ainda pode vir associada à coceira e ao constrangimento social“, completa Dra. Elizabeth. Falta de tratamento pode causar queda de cabelo Além disso, os pacientes com dermatite seborreica também podem apresentar uma queda de cabelo difusa e crônica, quadro que recebe o nome de eflúvio telógeno. “O importante é realmente procurar um dermatologista para fazer o diagnóstico correto, pois nem toda lesão descamativa no couro cabeludo é caspa, podendo ser o início de outras doenças, como psoríase”, alerta a especialista. O tratamento da caspa se baseia em shampoos e loções capilares contendo agentes antifúngicos, como piritionato de zinco, associados ou não a substâncias queratolíticas e que regulam a quantidade de sebo, como o ácido salicílico. Em casos mais graves, medicações orais e fototerapia também podem ser indicadas. Foto: Shutterstock
Queda de cabelo: COVID-19 pode ser a causa?
Você já ouviu falar em dermatite seborreica? Essa doença de pele, também chamada de sebopsoríase, afeta muito mais gente do que se imagina e, não raro, é associada à queda de cabelo excessiva. Mas, afinal, a dermatite seborreica causa queda de cabelo? Convidamos a dermatologista Elizabeth Serra para tirar essa e outras dúvidas sobre o problema. Confira! O que é dermatite seborreica? Quais os sintomas? “A dermatite seborreica é uma doença inflamatória crônica da pele que atinge áreas produtoras de sebo, como o couro cabeludo, produzindo a caspa”, explica Dra. Elizabeth. Além do couro cabeludo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) menciona ainda a dermatite seborreica no rosto, nas sobrancelhas, nos cantos do nariz e nas orelhas. De acordo com a dermatologista, os sintomas da dermatite seborreica no couro cabeludo e na pele costumam ser bem perceptíveis: “Os mais comuns são a oleosidade excessiva da pele ou cabelos, descamação de cor branca, leve vermelhidão na área e coceira no couro cabeludo, que pode resultar em infecção secundária do mesmo pelo ato de cutucar essas escamas”. Segundo a especialista, a condição também causa queda de cabelo: “Como é um processo inflamatório do couro cabeludo, a dermatite seborreica pode cursar com queda de cabelo, mais ou menos intensa diante da gravidade do quadro. Um dos fatores agravantes da queda capilar é o fato da doença estar ”. Dermatite seborreica: tratamento pode ser feito com shampoos específicos Dra. Elizabeth também explica como tratar esse tipo de dermatite. Segundo a dermatologista, por ser uma doença crônica, os períodos de recidiva oscilam, mas o tratamento pode ajudar a diminuir a frequência das crises. “Evitar o uso de boné, pomadas e géis para cabelo, bem como usar shampoos que visam a diminuir a oleosidade excessiva do couro cabeludo e que contenham ativos como ácido salicílico, selênio, antifúngicos e até mesmo corticosteroides” são medidas recomendadas pela médica. “Algumas clínicas oferecem o tratamento do couro cabeludo, realizado por terapeutas capilares, que visa a limpeza com shampoo para dermatite seborreica e que promove o desincruste e que reequilibra o microbiota do local, o tratamento com luzes para desinflamar a pele e os famosos ‘drips’ com vitaminas e aminoácidos injetados de maneira endovenosa para regularizar o organismo de dentro para fora. Quanto mais em equilíbrio o organismo estiver, menores serão as recidivas da dermatite”, finaliza a dermatologista. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-seborreica/3/
Dermatite seborreica causa queda de cabelo? Entenda!
Você já ouviu falar em dermatite seborreica? Essa doença de pele, também chamada de sebopsoríase, afeta muito mais gente do que se imagina e, não raro, é associada à queda de cabelo excessiva. Mas, afinal, a dermatite seborreica causa queda de cabelo? Convidamos a dermatologista Elizabeth Serra para tirar essa e outras dúvidas sobre o problema. Confira! O que é dermatite seborreica? Quais os sintomas? “A dermatite seborreica é uma doença inflamatória crônica da pele que atinge áreas produtoras de sebo, como o couro cabeludo, produzindo a caspa”, explica Dra. Elizabeth. Além do couro cabeludo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) menciona ainda a dermatite seborreica no rosto, nas sobrancelhas, nos cantos do nariz e nas orelhas. De acordo com a dermatologista, os sintomas da dermatite seborreica no couro cabeludo e na pele costumam ser bem perceptíveis: “Os mais comuns são a oleosidade excessiva da pele ou cabelos, descamação de cor branca, leve vermelhidão na área e coceira no couro cabeludo, que pode resultar em infecção secundária do mesmo pelo ato de cutucar essas escamas”. Segundo a especialista, a condição também causa queda de cabelo: “Como é um processo inflamatório do couro cabeludo, a dermatite seborreica pode cursar com queda de cabelo, mais ou menos intensa diante da gravidade do quadro. Um dos fatores agravantes da queda capilar é o fato da doença estar associada ao quadro de ansiedade”. Dermatite seborreica: tratamento pode ser feito com shampoos específicos Dra. Elizabeth também explica como tratar esse tipo de dermatite. Segundo a dermatologista, por ser uma doença crônica, os períodos de recidiva oscilam, mas o tratamento pode ajudar a diminuir a frequência das crises. “Evitar o uso de boné, pomadas e géis para cabelo, bem como usar shampoos que visam a diminuir a oleosidade excessiva do couro cabeludo e que contenham ativos como ácido salicílico, selênio, antifúngicos e até mesmo corticosteroides” são medidas recomendadas pela médica. “Algumas clínicas oferecem o tratamento do couro cabeludo, realizado por terapeutas capilares, que visa a limpeza com shampoo para dermatite seborreica e que promove o desincruste e que reequilibra o microbiota do local, o tratamento com luzes para desinflamar a pele e os famosos ‘drips’ com vitaminas e aminoácidos injetados de maneira endovenosa para regularizar o organismo de dentro para fora. Quanto mais em equilíbrio o organismo estiver, menores serão as recidivas da dermatite”, finaliza a dermatologista. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-seborreica/3/
Alopecia androgenética: este tipo de calvície tem tratamento?
A alopecia androgenética é uma condição com que muitas pessoas convivem, mas poucas sabem de fato que ela tem esse nome. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), sua principal característica é a queda de cabelo excessiva, ocorrida por uma determinação genética e independente de fatores externos. Por ser uma doença crônica, muita gente fica em dúvida sobre como tratar alopecia androgenética. A dermatologista Elizabeth Senra esclareceu tudo sobre esse tipo de calvície e seu tratamento. Confira! O que é alopecia androgenética? Também chamada de calvície androgenética, “é caracterizada pela miniaturização do folículo piloso dependente de androgênicos, com o encurtamento programado do ciclo capilar e transformação do pelo terminal em pêlos vellus”, comenta Dra. Elizabeth. Ou seja, neste tipo de calvície, os fios ficam ralos e começam a surgir falhas e áreas sem cabelo no couro cabeludo. Dados da SBD indicam que esse problema pode iniciar-se na adolescência e só ser notável por volta dos 40 ou 50 anos de idade. Esta condição também tem outro fator curioso: é mais comum em homens. “A alopecia androgenética, como o próprio nome já diz, é uma doença em que observamos uma predisposição genética e um padrão de dependência ao androgênio, principalmente em meninos”. Entretanto, casos de alopecia androgenética feminina existem e também podem ser tratados. Como é o tratamento de alopecia androgenética? “Conseguimos realizar o tratamento com as terapias antiandrogênicas, que podem ser realizadas seguindo todos os cuidados necessários de maneira oral, tópica e, mais atualmente, injetável em microdoses”, esclarece Dra. Elizabeth. “Juntamente com os ‘anti-hormônios’, existem terapêuticas já consagradas e aprovadas para uso clínico, como o minoxidil”, continua a especialista. Alguns hábitos também são muito úteis no tratamento deste tipo de calvície. “Boas práticas de higienização são recomendadas para o couro cabeludo, a fim de diminuir a oleosidade excessiva, e também terapias adjuvantes com lasers e luzes que diminuem a inflamação do folículo piloso”, revela a dermatologista. A médica também ressalta que quanto mais precoce for o tratamento, maior será o êxito. “Os melhores resultados hoje em tratamento são aqueles em que conseguimos interromper a progressão da doença e evitar uma maior queda de cabelo. Geralmente, se os pais têm uma genética para calvície, recomendamos o início imediato do tratamento dos filhos após a puberdade”, aconselha Dra. Elizabeth. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgenetica/25/