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Dra. Diana Ventura

Infectologia

Biografia

Dra. Diana Galvão Ventura é graduada em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e é especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) pelo curso de Residência Médica do Serviço de DIP do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). É mestre em Microbiologia Médica Humana, também pela Uerj. Trabalha como infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, há 12 anos, onde atualmente é a coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Já trabalhou em diversas outras instituições na área de Infectologia, seja no atendimento à pacientes com HIV/AIDS ou na consultoria em controle de infecção hospitalar no Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse), Hospital Escola São Francisco de Assis (UFRJ), Hospital Municipal Raphael de Paula Souza (Curicica), entre outros.

Artigos

11 sintomas de dengue: como tratar e prevenir essa doença

A dengue é uma doença endêmica no Brasil que se apresenta com sintomas que podem ser confundidos com resfriados, em geral bem menos graves, ou gripe. Os sintomas de dengue iniciais costumam ser bem inespecíficos, como febre e uma sensação generalizada de mal estar, mas é importante ficar atento à evolução do quadro para não correr riscos de medicação inadvertida ou agravamento da condição. Sintomas de dengue podem ser graves Um dos principais riscos da dengue é a dificuldade da obtenção de um diagnóstico apenas com base nos sintomas iniciais. “Os primeiros sintomas da dengue são febre, geralmente alta (acima de 38ºC), com ou sem calafrio, mialgia intensa (dor no corpo), dor articular, dor retro-orbitária (atrás dos olhos), cefaléia (dor de cabeça) e prostração, que costuma ser bastante acentuada”, explica Dra. Diana Ventura, especialista em doenças infecto-parasitárias. No entanto, alguns sintomas mais característicos da doença podem auxiliar no diagnóstico. “Podem ocorrer também náuseas, vômitos, diarréia, erupção cutânea (manchas avermelhadas na pele) e sangramentos”, complementa a médica. Os sintomas geralmente começam a se manifestar após 2 a 10 dias da picada. “Habitualmente, os sintomas da dengue surgem a partir do terceiro dia depois da picada do vetor, com uma média de cinco a seis dias”, informa Dra. Diana. “Nesse período de incubação, a pessoa infectada não é capaz de transmitir o vírus, caso seja picada por outro mosquito”. De modo geral, os principais sintomas da dengue são: – Febre alta (acima dos 38 graus), com ou sem calafrios Dor no corpo intensa; Dor nas articulações; Dor atrás dos olhos; Dor de cabeça; Prostração acentuada; Manchas avermelhadas na pele Vômitos constantes; Sangramentos nas mucosas; Hipotensão e choque Em casos mais graves, a doença pode se apresentar com: Dor intensa e persistente no abdômen Existe medicamento para dengue? A dengue, assim como diversas outras infecções, não tem um tratamento medicamentoso específico e boa parte do tratamento se dá de forma paliativa ou na prevenção. A prevenção contra a dengue se dá por meio do uso de roupas que evitam áreas expostas da pele, o uso de repelentes e, muito importante, a manutenção dos espaços na sua própria casa, que não podem conter água parada, o ambiente de reprodução do mosquito Aedes aegypti, o principal vetor da doença no Brasil. Já o tratamento envolve, em primeiro lugar, a hidratação, pois a dengue pode levar à perda excessiva de fluidos e riscos de complicações. “A hidratação (reposição de líquidos) é o componente mais importante do tratamento, pois quando feita de forma correta e precoce previne o choque hipovolêmico da dengue, que é a maior causa de morte por esta doença”, recomenda a Dra. Diana. Em termos de medicação, o foco é no alívio dos sintomas, como antitérmicos ou medicamentos para controlar a náusea. No entanto, como algumas medicações (como aquelas à base de ácido acetilsalicílico, como a aspirina) podem ter interações graves com a doença, por isso, o tratamento medicamentoso só deve ser considerado com acompanhamento médico.

Alergia a picada de mosquito: o que fazer para diminuir a coceira e o inchaço?

Você já foi picado por um mosquito? O desconforto – geralmente caracterizado por coceira, vermelhidão e inchaço – é típico da alergia à picada de mosquito, uma das alergias mais comuns em crianças, mas que também pode afetar jovens e adultos. No entanto, o desconforto não precisa ser permanente: algumas medidas podem auxiliar no alívio dos sintomas e na picada de mosquito inflamada. A dermatologista Gabriella Albuquerque e a infectologista Diana Ventura explicam mais sobre esse assunto. Confira tudo abaixo!     O que é a alergia à picada de mosquito? Como identificar?  A alergia à picada de mosquito é um tipo de urticária – por isso, também é chamada de prurigo estrófulo ou urticária papular. Ela se manifesta quando a pessoa tem hipersensibilidade à saliva do inseto, causando, na maioria das vezes, intensa coceira, assim como o inchaço no local da picada (formando uma espécie de bolha). Isso é chamado de celulite, segundo a especialista. “A celulite é uma reação inflamatória que vai até o subcutâneo e causa dor intensa no local”.    Porém, para os alérgicos de fato, o evento pode ser ainda mais amplo. “Quando o paciente é alérgico à picada de inseto, o quadro passa a ser considerado mais grave. Neste caso, ele reativa mediadores, desencadeando reações de irritação em várias partes do corpo. São essas reações que promovem os sintomas e sinais tradicionais das picadas, como vermelhidão, inchaço e coceira”, diz Gabriella. Por que picada de mosquito coça?  Mas, afinal, por que a picada de mosquito coça tanto? Isso ocorre devido a uma reação química do nosso corpo à saliva do inseto, que tem ação anticoagulante. A resposta do organismo a essa substância é a coceira no local da picada. Como fazer a picada de mosquito parar de coçar?  O ideal para que a picada não fique ainda mais dolorosa é evitar a coceira. Cremes refrescantes podem suavizar o desconforto, bem como a aplicação de compressas geladas na região afetada. Soluções medicamentosas também podem ser muito úteis. “O uso de antialérgicos de forma oral pode aliviar o sintoma da coceira. Pomadas à base de corticoides também estão indicadas para reduzir este sintoma e aliviar o inchaço e vermelhidão”, reforça Gabriella.  Entenda como se prevenir contra a reação alérgica à picada de mosquito  O melhor remédio é a prevenção. Por isso, é fundamental se valer de métodos de barreira, como o uso de roupas mais longas em locais de muita exposição aos insetos. O uso correto do repelente é importante: não só nas áreas expostas do corpo, mas também por cima da roupa. Porém, em crianças é preciso tomar cuidado. “No caso de crianças, não devemos aplicar o produto nas mãos, em função da possibilidade de que levem as mãos à boca e possam sofrer alguma intoxicação”, alerta Diana.  Repelentes de ambiente, como em espirais ou liberados por tomadas, devem ser usados com cautela e nunca por pessoas com problemas respiratórios como a asma. “Recomenda-se que esses dispositivos sejam mantidos a uma distância de pelo menos 2 metros de distância das pessoas”, indica a infectologista.    Vacina para alergia à picada de mosquito pode ser uma solução  Para quem possui reações alérgicas mais intensas, uma solução de tratamento para o problema é a vacina contra a alergia. Produzida com a saliva do mosquito, a imunização consiste na aplicação do alérgeno em doses que aumentam gradativamente conforme a aplicação das vacinas. Isso reduz as chances de crise e aumenta a resistência à hipersensibilidade, que pode ser alcançada de 2 a 3 anos após o início do tratamento. A vacina para alergia à picada de mosquito só está disponível na rede particular e deve ser recomendada pelo alergista/imunologista.  

Qual é a melhor maneira de se proteger dos mosquitos durante a noite?

Os mosquitos que mais aparecem à noite pertencem ao gênero Cullex, popularmente conhecido como pernilongo, que é conhecido pelo seu incômodo zumbido e pela irritação local gerada por sua picada. Porém, outros mosquitos também podem aparecer neste período do dia. Para se prevenir das picadas, recomenda-se o uso de repelentes e de barreiras mecânicas, como roupas longas, telas nas janelas e mosquiteiros.    “Podemos lançar mão ainda de ventiladores e ar condicionado, que são bastante eficazes em repelir mosquitos. Repelentes e inseticidas ambientais também podem ser usados, desde que sejam respeitadas as recomendações de segurança. São comprovadamente eficazes, inclusive contra o Aedes aegypti”, informa a infectologista ra.Diana Ventu Cuidados com o uso de repelentes à noite Os repelentes também podem ser usados de noite. Eles devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa, mas não em áreas de pele coberta por roupa. “No caso de crianças, não devemos aplicar o produto nas mãos, em função da possibilidade de que levem as mãos à boca e possam sofrer alguma intoxicação”, recomenda a especialista. Outras opções são os repelentes de tomada e de espirais. Eles não devem ser utilizados em ambientes sem ventilação ou próximos a pessoas asmáticas ou que sofrem de algum tipo de alergia respiratória. “Recomenda-se que esses dispositivos sejam mantidos a uma distância de pelo menos 2 metros de distância das pessoas”, completa Diana. Recomendações para o uso de inseticidas durante a noite Em relação aos inseticidas, especialmente, as recomendações gerais costumam ser: pessoas ou animais domésticos não devem permanecer no local durante a aplicação; após o tempo de ação do produto o ambiente deve ser ventilado antes da entrada de pessoas ou animais. “No caso do aparelho de parede, instalar a pelo menos 2 metros de distância da cabeça das pessoas. Na dúvida, sempre siga as orientações do fabricante”, conclui a especialista. Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças Infecto-parasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, FIOCRUZ-RJ. CRM-RJ: 5272472-6 Foto: Shutterstock

O que são parasitoses intestinais?

As parasitoses intestinais são quadros de infecção do tubo digestivo, geralmente crônica e prolongada. Os responsáveis por esses problemas são os helmintos, frequentemente chamados de vermes, como a lombriga, e os protozoários, microrganismos como as amebas. As infecções mais frequentes são amebíase, giardíase, ascaridíase, estrongiloidíase e ancilostomose. Água e alimentos contaminados são a principais formas de contato com parasitas De acordo com a infectologista Diana Ventura, as parasitoses intestinais são um grave problema de saúde pública. “São causas de desnutrição, baixa estatura, atraso no desenvolvimento, déficits cognitivos e outros agravos à saúde humana, acometendo principalmente crianças e adolescentes”, alerta a profissional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 25% da população mundial é afetada por algum tipo de parasitose. A principal forma de transmissão das parasitoses intestinais é a via oral-fecal, isto é, através da ingestão de ovos e cistos, que são as formas infectantes dos parasitas. A ingestão pode acontecer por meio da água e de alimentos contaminados, o que mostra a importância dos investimentos em saneamento básico e de lavar verduras e legumes antes de prepará-los. Crianças e adolescentes são os mais afetados pelas parasitoses As crianças pequenas de dois a cinco anos representam o grupo mais vulnerável à infestação por parasitas intestinais, pois elas ainda não têm estabelecidos os hábitos de higiene pessoal de forma adequada. No entanto, os adultos também podem ser expostos à água e ao solo contaminado, que são importantes fontes de contaminação, especialmente em regiões de periferia. Sintomas como diarreia e vômito devem chamar atenção para a suspeita de parasitoses intestinais. No entanto, há um exame específico para fechar o diagnóstico. “É o exame parasitológico de fezes, que identifica ovos e cistos no material fecal obtido do paciente”, informa Diana. Um hemograma (exame de sangue) também pode revelar alterações que sugerem a presença de parasitas no corpo. Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças infecto-parasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz-RJ. CRM-RJ: 5272472-6 Foto: Shutterstock

A picada do Aedes aegypti gera alguma reação incomum na pele ou parece uma picada comum de mosquito?

Conhecido por ser o mosquito transmissor de doenças como a dengue e febre amarela, o Aedes aegypti não provoca nenhuma lesão ou irritação na pele com a sua picada, a qual costuma passar despercebida, sem causar coceira ou dor. Mais do que isso, o mosquito não dá nem sinal de que está por perto, já que é discreto e ágil.   Picada do Aedes aegypti é feita somente pela fêmea “Apenas a fêmea do Aedes aegypti pica, pois precisa do sangue humano para colocar seus ovos. Em sua saliva há substâncias anestésicas e anticoagulantes. Dessa forma, ela suga o sangue humano à vontade, sem que ocorra coagulação e sem provocar nenhum incômodo”, explica a infectologista Diana Ventura. O A. aegypti tem hábitos diurnos, se alimenta preferencialmente nas primeiras horas da manhã ou antes do pôr-do-sol. Como costuma voar baixo, os locais do corpo mais atacados são as pernas e os pés. “Seu criadouro típico são áreas com acúmulo de água preferencialmente limpa, como caixas-d’água destampadas, pneus velhos e garrafas em áreas desprotegidas que acumulam água da chuva”, afirma Diana.   Formas de evitar as picadas do Aedes aegypti e suas consequências Por outro lado, o pernilongo (espécies do gênero Culex) é mais facilmente percebido na hora de se alimentar, pois, além dos zumbidos gerados pelo seu vôo, sua picada gera incômodo local, habitualmente produzindo irritação cutânea e bastante coceira. As semelhanças entre os dois mosquitos se resumem no local de atuação e na busca por sangue. “Ambos são insetos urbanos e domiciliados que precisam do sangue humano para a postura dos ovos”, explica a infectologista.   Já que a picada do Aedes aegypti não apresenta sinais na pele e sua presença quase não é percebida, isso reforça a necessidade de seguir à risca todas as recomendações para evitar a proliferação desse mosquito em locais próximos à sua residência. Deve-se, portanto, adotar alguns cuidados básicos de nível domiciliar, como evitar água parada (seja em vasos de plantas, calhas e caixas d’água) e utilizar telas de proteção, repelentes e mosquiteiros.       Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças Infecto-parasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, FIOCRUZ-RJ. CRM-RJ: 5272472-6 Foto: Shutterstock

Quais são os sintomas de uma gastroenterite viral?

A gastroenterite viral é uma infecção causada por vírus específicos, como enterovírus, norovírus, rotavírus e adenovírus, e pode ser transmitida facilmente por meio de saliva, objetos, água e alimentos contaminados. Como o próprio nome indica, o problema afeta os órgãos do sistema gastrointestinal, como intestino e estômago, e causa sintomas bastante incômodos.   Gastroenterite viral pode causar tontura e vômitos “A gastroenterite viral se caracteriza por diarreia de início agudo, de duração menor que 2 semanas e com pelo menos 3 ou mais evacuações diárias (ou com volume de fezes superior a 200g/dia), podendo ser acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, febre e/ou dor abdominal”, afirma a infectologista Diana Ventura. Alguns pacientes também se queixam de flatulência excessiva, tontura, calafrio, dor de cabeça e perda do apetite. Segundo a médica, sintomas respiratórios podem estar presentes em 10% dos casos. Os principais exemplos são tosse, coriza e dor de garganta. Em alguns casos, a gastroenterite também pode causar desidratação, perda de peso e fadiga. Gastroenterites virais não costumam gerar complicações As gastroenterites virais raramente geram complicações. No entanto, crianças pequenas, idosos, gestantes, pessoas com imunodeficiências ou com doenças crônicas graves são mais vulneráveis à desidratação, que é a principal complicação na fase aguda do quadro. Nestes grupos, é importante monitorar o quadro e ficar atento à ingestão de líquidos. Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças Infecto-parasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz-RJ. CRM-RJ: 5272472-6 Foto: Shutterstock

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