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Dra. Danielly Andrade

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Assoar o nariz ou fazer lavagem nasal: qual é a melhor forma de eliminar secreção rapidamente?

Assoar o nariz ou fazer lavagem nasal: qual método de higiene do nariz você mais prefere? Há quem tenha medo de fazer a lavagem com seringa e soro e acaba indo para o jeito mais tradicional. Mas sabia que uma dessas práticas é a forma mais eficaz para eliminar secreção rápido? Neste artigo, a equipe do Cuidados Pela Vida contou com a ajuda das médicas Michelle Andreata (Pneumologista) e Danielly Andrade (Otorrinolaringologista) para explorar as diferenças, benefícios e possíveis contra indicações de ambas as técnicas de limpeza do nariz. Elas também ressaltaram a maneira adequada de como fazer lavagem nasal e todos os cuidados que precisam ser tomados durante o ritual. Venha esclarecer as suas dúvidas! Lavagem nasal e assoar o nariz: entenda as diferenças Antes de dizer qual é a forma mais indicada de fazer a higiene do nariz, é fundamental compreender as diferenças entre ambas as abordagens. “Assoar o nariz e fazer lavagem nasal são duas abordagens com propósitos diferentes para aliviar o acúmulo de muco nasal e podem ser eficazes, cada uma da sua forma,” destaca Michelle Andreata, médica pneumologista da empresa especializada em home care da plataforma Saúde no Lar. Já a Dra. Danielly ressalta que lavar o nariz é a forma mais eficaz de umidificá-lo e de limpar as impurezas e fatores nocivos que acabam ficando aderidos às mucosas nasais.  “Sempre oriento meus pacientes a adquirirem esse hábito como uma rotina que só trará benefícios à saúde da via aérea desde que bem realizada e sob orientação. Assoar o nariz ajuda na remoção de secreções, porém sem a limpeza adequada”, garantiu a profissional. Como a lavagem nasal ajuda a eliminar o catarro rapidamente? As médicas concordam que a lavagem nasal feita com soro é a melhor maneira de eliminar secreção rapidamente. “A solução salina utilizada na lavagem ajuda a fluidificar o muco, facilitando sua remoção, inclusive em áreas mais profundas, além de auxiliar na redução da inflamação, aliviar a congestão e manter as mucosas nasais hidratadas, prevenindo o ressecamento”, ressaltou a Dra. Michelle.  Já a otorrinolaringologista, aponta a importância de tornar a higienização um hábito na rotina de todo paciente e revela algumas orientações: “Gosto sempre de orientar individualmente meus pacientes sobre o volume adequado a cada caso, sobre a forma correta de aplicá-lo e sobre os dispositivos disponíveis em consulta. Em geral, sempre prefiro a lavagem com soro fisiológico de alto volume, porém sempre reforçando que não pode ser realizada com pressão”. Como fazer lavagem nasal de forma segura? Fazer lavagem nasal pode até parecer um método complicado, mas a Dra. Michelle Andreata, garante que é bem tranquilo e seguro se for feito da maneira correta. Basta seguir as seguintes recomendações: Use uma solução salina estéril (soro de farmácia) ou faça em casa misturando 250 ml de água potável misturada com uma colher de café de sal. É importante acertar a quantidade de sal para não irritar o nariz. Incline a cabeça para o lado e aplique a solução em uma narina, deixando sair pela outra. Repita do outro lado. Isso garante que a solução vá para os lugares certos. Incline o corpo para frente durante a lavagem. Respirar pela boca evita que a solução vá para a garganta, o que deixa tudo mais tranquilo. Antes de usar, confira se a seringa de bulbo ou o spray nasal estão limpos e secos. Certifique-se de que o soro está em temperatura morna para tornar o processo mais confortável e reduzir a sensação de queimação. Após usar a seringa para lavagem nasal ou a garrafa, é importante lavá-los e secá-los para evitar a contaminação. Existem benefícios em assoar o nariz? Bem diferente da lavagem, assoar o nariz realiza uma limpeza mais superficial da região, conforme explica a Dra. Danielly: “Assoar o nariz ajuda na remoção das secreções, um dos grandes malefícios ocorre quando os pacientes assoam com muita força ou tampando as duas narinas o que faz com que toda pressão seja deslocada para dentro dos ouvidos, levando muitas vezes secreções nasais junto, e gerando otites e até rompimento de membranas timpânicas”, atentou.  Por outro lado, a Dra. Michelle ressalta que existem algumas vantagens na prática de assoar o nariz. “Entre os benefícios estão o alívio imediato ao remover o muco visível das passagens nasais, facilitando a respiração; a desobstrução das vias aéreas superiores, podendo reduzir a sensação de pressão no rosto e melhorar o conforto; bem como ajudar a prevenir infecções secundárias, reduzindo a carga viral ou bacteriana nas passagens nasais”. Quando procurar ajuda médica para tratar o acúmulo de catarro? Embora na maioria das vezes seja possível aliviar o acúmulo de catarro por meio de práticas simples, há momentos em que a intervenção médica torna-se necessária. De acordo com a otorrinolaringologista, o auxílio de um profissional é sempre bem-vindo! “Considero extremamente importante a realização do diagnóstico correto de cada alteração patológica nos pacientes, se há secreções, tosse, espirros, obstrução nasal ou dificuldade respiratória, há alguma alteração de saúde basal que ainda não foi diagnosticada e que merece todo o cuidado e tratamento necessário para que não ocorram alterações mais graves”, pontuou. Michelle ainda acrescenta alguns cenários que são necessários procurar ajuda médica para tratar o aumento do catarro ou problemas respiratórios em várias situações: Se os sintomas, como tosse, congestão nasal, ou acúmulo de catarro, persistirem por mais de 3 semanas sem melhora; caso o paciente tiver dificuldades respiratórias significativas, especialmente se acompanhadas por chiado no peito; se houver febre persistente por vários dias ou se tornar alta; caso haja sangue na expectoração (muco expelido); em caso de perda de peso sem explicação ou alteração da ingestão alimentar; se o paciente tiver doenças respiratórias crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), ou outras condições; episódios de dor; de alterações na cor do muco e histórico de exposição a substâncias irritantes ou nocivas, como fumaça tóxica ou produtos químicos. Fique de olho nesses sintomas e não tenha receio de procurar ajuda quando necessário!

Coceira na garganta e muitos espirros podem ser sintomas de rinite alérgica. Veja como lidar com essa condição!

Coceira na garganta e espirros frequentes são incômodos que muitas pessoas enfrentam, principalmente em certas estações do ano como na primavera. Esses sintomas podem ser muito mais do que um incômodo passageiro. Na verdade, eles são possíveis indicativos de um quadro de rinite alérgica, uma condição comum que, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), afeta 30% da população brasileira. Para obter uma compreensão mais profunda dessa condição, recorremos à Dra. Danielly Andrade, otorrinolaringologista especializada em Rinologia, que compartilhou informações valiosas sobre a rinite alérgica com a gente. Veja só! Rinite alérgica: o que é e quais são seus sintomas? A rinite alérgica é uma condição crônica que afeta as vias respiratórias superiores, causando uma série de sintomas que incomodam bastante. Entre os indícios mais comuns estão a coceira na garganta, espirros frequentes, nariz escorrendo e olhos lacrimejantes. Essas manifestações podem variar de leves a graves, dependendo da sensibilidade de cada paciente e dos alérgenos que eles estão expostos. A Dra. Danielly Andrade também acrescenta: “Não há diferença entre sintomas comuns dessas doenças, porém, após um diagnóstico específico, determinamos se os sintomas são crônicos ou não, se há sinais infecciosos ou não, se o fator alérgeno pode ser determinado, se as manifestações da rinite se repetem e com qual frequência. Desta forma, através de um diagnóstico médico de um otorrinolaringologista especializado em Rinologia podemos tratar corretamente”.  Coceira na garganta: saiba mais sobre esse sintoma da rinite alérgica A coceira na garganta é um dos sintomas mais incômodos da rinite alérgica. Ela ocorre devido à inflamação das vias aéreas superiores, causada pela reação alérgica a partículas no ar, como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo. A coceira na garganta pode ser acompanhada de dor e irritação, tornando as atividades diárias, como comer e falar, desconfortáveis. Espirrando muito: veja porque isso acontece numa crise de rinite alérgica Os espirros frequentes são outra característica marcante da rinite alérgica. Quando o nariz e a garganta detectam um agente alérgico, o corpo reage espirrando para expulsá-lo. Isso pode levar a uma série de espirros consecutivos, prejudicando a qualidade de vida e interferindo nas atividades cotidianas. Nariz escorrendo e olhos lacrimejantes são outros sintomas da rinite Além da coceira na garganta e dos espirros, a rinite alérgica muitas vezes causa o nariz escorrendo, conhecido tecnicamente como coriza, e olhos lacrimejantes. A coriza é resultado do aumento da produção de muco nasal, uma resposta à presença de alérgenos. Os olhos lacrimejantes, por outro lado, ocorrem devido à inflamação das membranas mucosas oculares.  Como lidar com a rinite alérgica? Veja as formas de tratamento Embora a rinite alérgica possa ser desafiadora, existem várias maneiras de lidar com essa condição e aliviar seus sintomas. É o que explica a Dra. Danielly Andrade: “O primeiro passo é o controle do ambiente, dos fatores desencadeantes e a lavagem nasal. O paciente precisa entender que os cuidados devem ser diários e rotineiros. O segundo passo será um tratamento específico para a rinite de cada paciente, alguns necessitarão de antialérgicos, alguns de imunoterapia, outros de tratamentos tópicos nasais.” Além disso, lavar o nariz diariamente com soro fisiológico ou solução salina indicada pelo seu otorrinolaringologista e manter os ambientes sempre limpos e secos são medidas importantes. Evitar tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, que podem ser fatores alérgenos identificados durante a consulta médica, também é fundamental. Além desses, Dra. Danielly ressalta outros cuidados para aliviar as crises de rinite: “O alergista é um grande aliado ao tratamento das rinites, sempre recomendo um acompanhamento conjunto, principalmente nos casos refratários (quando o paciente não apresenta uma melhora significativa). Mas é sempre importante passar por uma avaliação com o otorrino logo no início, pois, além do tratamento clínico, iremos avaliar a anatomia do nariz do paciente, se há desvio de septo, rinossinusites crônicas e aumento de cornetos”, apontou. Todas essas alterações pioram muito as crises de rinite por serem obstrutivas e podem atrapalhar o sucesso dos tratamentos clínicos.

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