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Dra Daniela Lemes

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Sintomas da herpes zóster: como reconhecer e tratar esse problema

Os sintomas da herpes zóster, uma doença dermatológica mais conhecida como cobreiro, são causados pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zoster. Geralmente, as pessoas que mais sofrem com a manifestação clínica da doença são as que têm mais de 50 anos e/ou têm a imunidade baixa. Isso torna ainda mais importante reconhecer e tratar o problema o quanto antes. Afinal, estamos falando de um grupo que está mais vulnerável às complicações da infecção.   Para nos ajudar a entender, em detalhes, o que é herpes zóster, quais são os sintomas e as formas de tratar esse problema, conversamos com a dermatologista Daniela Lemes. Leia a seguir.   Sintomas da herpes zóster incluem bolhas, coceira e dor localizada                              Antes de mais nada, é importante entender que a herpes zóster afeta pessoas que já tiveram catapora e que têm o vírus alojado no sistema nervoso, na forma inativada e sem manifestar as feridas. Porém, segundo a especialista Daniela Lemes, o avanço da idade e a diminuição do sistema imune influenciam uma nova manifestação do vírus.   A médica também explica que essa carga viral desencadeia os seguintes sintomas no corpo: pequenas bolhas de líquido agrupadas, formigamento, dormência, coceira e dor aguda localizada (que pode, inclusive, aparecer alguns dias antes da lesão). Outras características muito específicas da doença são a distribuição das bolhas em formato linear ou em formato de faixa e a erupção na pele em apenas um lado do corpo. Isto é, no lado esquerdo ou direito.  Também é importante destacar que esses sinais geralmente aparecem no tronco, nos membros e no rosto, e que quando aparecem na face, a urgência médica é ainda maior. Como esclareceu a profissional, ˜sintomas de herpes zoster no rosto são gravíssimos e costumam necessitar de internação. Pacientes que apresentam esse problema precisam de tratamento endovenoso para prevenir complicações como cegueira e meningite.  Quanto tempo duram os sintomas da doença?  O tempo de duração desde o início até o desaparecimento total dos sintomas é, em média, de três a cinco semanas. Porém, a especialista com quem conversamos alertou que a dor pode persistir por um longo período, especialmente se a infecção não for tratada no início. Essa dor que persiste por mais de três meses após o início dos primeiros sintomas é chamada de neuralgia pós-herpética e pode ser considerada a complicação mais comum da doença. Para minimizar o risco, o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais.   Herpes zóster é contagioso?  O herpes zóster em si não é contagioso. No entanto, o vírus que causa a doença pode ser transmitido se houver contato com as lesões durante a fase de bolha, quando o vírus está presente no líquido. Porém, nesse caso a pessoa infectada pegaria catapora, não herpes zóster. Vale ressaltar que a contaminação também pode acontecer por inalação de partículas virais, mas a probabilidade é menor.  Diagnóstico do herpes zóster é feito com base nos sintomas e em exames complementares   Com toda certeza, a avaliação clínica do dermatologista é indispensável para o diagnóstico de herpes zóster. Em outras palavras, o profissional vai observar os sintomas do cobreiro na pele e avaliar se eles têm semelhança com os sinais típicos da infecção. A dermatologista Daniela pontua que “a dor que segue o caminho de um nervo específico associada às lesões cutâneas facilita o diagnóstico”.  Do mesmo modo, exames complementares podem ser feitos para detectar a presença do vírus varicela-zoster. Testes de PCR, exames sorológicos, e amostra do líquido das lesões da pele, por exemplo, podem embasar o diagnóstico e dar suporte para a escolha do melhor tratamento.   Tratamento da herpes zóster pode incluir medicamentos antivirais e anti-inflamatórios  O protocolo de tratamento da herpes zóster depende do quanto a doença está avançada. Afinal, em casos extremos, a herpes-zoster pode provocar sintomas neurológicos, oftalmológicos e neuropáticos (dor relacionada às disfunções nos nervos). Mas, em geral, a terapia pode incluir medicamentos antivirais, anti-inflamatórios e analgésicos. De acordo com a médica dermatologista, os antivirais são indispensáveis para limitar a extensão, gravidade e duração da doença.  Em resumo, apesar do herpes zóster não ter cura, o tratamento médico precoce e bem orientado tem grandes chances de ser bem-sucedido e conter os sintomas. Por isso, é importante ter atenção aos sinais clínicos que mencionamos neste artigo e procurar um especialista caso seja necessário.  

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