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Dra. Cynthia Guedes Alvim

Psiquiatria

Biografia

Dra. Cynthia Guedes Alvim é psiquiatra, especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Atua em Belo Horizonte e Santa Luzia/MG.

Artigos

Autismo e escola: Como os pais podem ajudar os filhos diagnosticados com o transtorno?

O autismo é uma condição que compromete, principalmente, a capacidade de comunicação e interação do paciente. Inicia-se sempre na infância, o que exige dos pais comprometimento para que seus filhos possam se tratar adequadamente e viver com o máximo de qualidade e normalidade, dentro do possível. A participação dos responsáveis no ambiente escolar é muito importante para o processo de inclusão e socialização dos filhos autistas. “A ajuda da família é, sem dúvidas, fundamental. Nenhum método de intervenção em autismo será eficaz se não houver uma plena participação dos pais. Estes devem atuar ajudando a individualizar o tratamento para as necessidades da criança, estimulando-a constantemente e auxiliando na sua adaptação escolar e no ambiente familiar”, explica a psiquiatra Cynthia Guedes. Importância do trabalho multidisciplinar Além da participação dos pais, a ajuda de professores, médicos e psicólogos é essencial para que a criança com autismo tenha o suporte ideal. “As intervenções na escola e os tratamentos psicossociais são muito importantes e têm o objetivo de ajudar na aquisição da linguagem, melhorar nas habilidades sociais e de comunicação e reduzir comportamentos inapropriados”. Na opinião da especialista, pais, professores, médicos e psicólogos devem atuar em conjunto para que o processo funcione. “É preciso adequar todo o ambiente para que o indivíduo autista possa desenvolver e para isso toda equipe deve trabalhar em conjunto. Então o trabalho multidisciplinar no diagnóstico e intervenção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e a atuação conjunta da família é o mais importante”.   Medicamentos no tratamento do autismo Em alguns casos são necessários também intervenções farmacológicas, ou seja, uso de medicamentos. Estes são cruciais para melhorar os sintomas que estejam comprometendo o funcionamento da criança, tais como rituais e episódios de agitação. “Os medicamentos visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes com autismo”, pontua a especialista. Foto: Shutterstock

O que é o transtorno afetivo bipolar?

O transtorno afetivo bipolar é uma complicação mental que consiste em oscilações incomuns no humor do paciente. Ele apresenta flutuações entre dois extremos, que são a depressão e a mania. A depressão neste transtorno não difere do que já se conhece. Cursa com tristeza, prostração, isolamento, ausência de prazer etc. Já a mania se caracteriza, principalmente, pela euforia exacerbada.   Principais sintomas do transtorno afetivo bipolar   “O transtorno bipolar geralmente aparece no final da adolescência ou início da vida adulta. A maior parte dos casos se inicia antes dos 25 anos. No entanto, algumas pessoas apresentam seus primeiros sintomas durante a infância e outras só vão manifestar os sintomas posteriormente. Os episódios podem ser mistos (mistura dos sintomas das fases de depressão e de mania), assim como o episódio de mania pode se apresentar de forma mais leve (hipomania)”, informa a psiquiatra Cynthia Guedes. O polo depressivo tem como sintomas a tristeza, falta de prazer nas atividades do dia a dia, dificuldade de concentração, esquecimentos, isolamento social, pessimismo, sentimento de culpa e fracasso, alterações de apetite e de peso, diminuição do desejo sexual, alteração do sono e pensamentos de suicídio. “Já o polo da mania está ligado à euforia ou irritabilidade. O paciente sente mais energia, tem o pensamento acelerado, aumento da auto-estima, fala rápida, impulsividade, comportamento inadequado”, explica Cynthia.   Fatores de risco e tratamento do transtorno bipolar   Atualmente o que se sabe é que não existe uma causa única para o desenvolvimento do transtorno bipolar. Muitos fatores parecem contribuir, como fatores genéticos e ambientais. “Crianças com um dos pais ou irmãos portadores de transtorno bipolar têm mais chance de desenvolver a doença, por exemplo. No entanto, ainda assim é raro que elas venham a desenvolver esse transtorno”, afirma a psiquiatra. O objetivo  principal do tratamento é evitar as recaídas ao longo da vida. Para isso, deve ser feito um trabalho contínuo com o paciente para identificação precoce dos sintomas e intervenção rápida caso seja observado algum indício de novo episódio. “As medicações mais utilizadas são os estabilizadores de humor. Em alguns casos, também são necessários antidepressivos e antipsicóticos”, completa Cynthia. Foto: Shutterstock

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