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Dra. Cristiane Lopes

Psiquiatria

Biografia

Dra. Cristiane Lopes é graduada em Medicina pela Universidade Gama Filho, especializada em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/IPUB) e em Dependência Química pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP/UNIAD). É mestranda da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ) e tem experiência na área de Psiquiatria, com ênfase em Psiquiatria Clínica, atuando principalmente na área de Dependência Química.

Artigos

Esquizofrenia e autismo: os sintomas podem ser confundidos?

Esquizofrenia e autismo são dois transtornos psiquiátricos que apresentam poucas características em comum, mas que podem ser confundidas em alguns casos. “A semelhança entre os dois transtornos pode ocorrer no início do quadro, no período da investigação, já que comportamentos bizarros e a dificuldade de interação social podem estar presentes nas duas condições”, afirma a psiquiatra Cristiane Lopes. Isolamento do paciente pode confundir em estágios iniciais No entanto, esquizofrenia e autismo são dois transtornos diferentes. A esquizofrenia se caracteriza, principalmente, pela alteração da percepção do ambiente ao redor do indivíduo, por meio de alucinações e delírios. “Já o autismo é um transtorno de desenvolvimento caracterizado pelo comprometimento da interação e da comunicação e pela presença de padrões repetitivos de comportamentos”, explica a médica. A idade de início e a procura por tratamento se dão em idades diferentes nos dois transtornos. O autismo pode ser diagnosticado ainda na chamada primeira infância, mas os primeiros sinais da esquizofrenia, na maior parte das vezes, somente aparecem a partir da adolescência. Além disso, o histórico familiar é mais definido e o funcionamento intelectual é menos comprometido na esquizofrenia, se comparada ao autismo. Como a esquizofrenia e o autismo são tratados Com uma investigação mais profunda, o psiquiatra pode identificar os sintomas de cada transtorno, fornecer um diagnóstico preciso e indicar as medidas necessárias para o tratamento. Para controlar a esquizofrenia, são utilizados medicações antipsicóticas e tratamentos psicossociais, com o objetivo de promover autonomia dos pacientes, melhorar a aderência ao tratamento e devolver a capacidade de se relacionar adequadamente. O tratamento do autismo visa promover as habilidades sociais, comunicativas e adaptativas, e reduzir a frequência e a intensidade de alguns comportamentos. Para isso, são feitas intervenções educativas e comportamentais associadas à psicofarmacologia, com o uso coadjuvante de antipsicóticos para aliviar a agitação e a agressividade. Foto: Shutterstock

A esquizofrenia pode causar outras doenças psicológicas?

A esquizofrenia, uma doença com diferentes manifestações, é um problema psiquiátrico caracterizado por alucinações e delírios, desorganização do comportamento e, em alguns casos, agitação psicomotora que pode ser acompanhada de agressividade física. De acordo com a psiquiatra Cristiane Lopes, a esquizofrenia só pode ser diagnosticada por exclusão, ou seja, só é possível identificar a doença depois de descartar outros transtornos psiquiátricos. Esquizofrenia pode gerar sintomas do transtorno de ansiedade No entanto, o agravamento da condição do paciente pode propiciar o desenvolvimento de outros problemas. Um paciente com esquizofrenia pode apresentar deterioração da função psicossocial, assim como o comprometimento da função cognitiva. Na ausência de tratamento, a piora e a dificuldade de estabilização do quadro podem ser cada vez maiores. “A vulnerabilidade psíquica de um paciente esquizofrênico e a cronicidade da doença, ou seja, o longo tempo de doença, são alguns dos fatores que propiciam o aparecimento de sintomas de outros transtornos psiquiátricos”, alerta a especialista. Entre eles estão o humor deprimido, o aumento da ansiedade e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e substâncias ilícitas. O caráter degenerativo e o comprometimento da função cognitiva levam à falta de cuidados com a higiene e com a saúde de uma forma geral. O uso de diferentes tipos de medicamentos, comum em pacientes diagnosticados com esquizofrenia, além de hábitos prejudiciais à saúde, como o tabagismo, também são fatores de risco para o desenvolvimento de outras doenças. Como funciona o tratamento de duas doenças psiquiátricas? Quando um paciente é portador de mais de uma doença, o tratamento é feito de acordo com os sinais e sintomas de cada uma, segundo Cristiane. É preciso tratar todos os problemas por meio de diferentes abordagens, como medicação e terapia, sempre respeitando as interações medicamentosas para proporcionar a melhor resposta com o menor número de efeitos colaterais possível. Dra. Cristiane Lopes é psiquiatra pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52775070 – Site oficial Foto: Shutterstock

Quais são os tipos de surto da esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico caracterizado por uma desconexão do paciente com a realidade. A doença deve ser acompanhada e tratada rapidamente porque pode provocar crises psicóticas. “Os surtos mais comuns dos pacientes com esquizofrenia são caracterizados por agitação psicomotora, comportamento desorganizado e alterações de sensopercepção, como alucinações e delírios”, afirma a psiquiatra Cristiane Lopes. Familiares e amigos devem chamar ajuda médica durante surto Durante um surto psicótico, o auxílio de familiares, amigos e colegas é importante. Caso o paciente já realize tratamento psiquiátrico e tenha um médico assistente, o primeiro passo é entrar em contato com o médico e seguir suas orientações. “Se o paciente não tiver um médico assistente, ou se este for o primeiro surto psicótico, o ideal é levá-lo a uma unidade de emergência psiquiátrica”, explica a profissional. Durante um surto, quem está junto ao paciente não deve confrontá-lo, nem mesmo duvidar dos delírios e alucinações. É fundamental transmitir calma ao esquizofrênico e afastá-lo de objetos perigosos, como facas, enquanto aguarda ajuda. A médica diz ainda que, em alguns casos, podem ocorrer episódios de agressividade a outras pessoas. Não é possível estimar a frequência dos surtos esquizofrênicos Segundo Cristiane, não é possível precisar a frequência dos surtos causados pela esquizofrenia. A periodicidade depende de diversos fatores, como suporte familiar, gravidade da doença e histórico familiar para esquizofrenia. A aderência ao tratamento e consultas frequentes com um médico são necessárias para prevenir as crises da doença. O tratamento da esquizofrenia é baseado no uso de medicações antipsicóticas, que reduzem e controlam os sintomas, permitindo que o paciente siga sua rotina e procure outros tipos de auxílio, também importantes para o combate à doença, especialmente nos casos de isolamento social e prejuízo das habilidades motoras e da fala. Dra. Cristiane Lopes é psiquiatra pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52775070 – www.dracristianelopes.com.br Foto: Shutterstock

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