
Dra. Cláudia Lobo César
Alergia e Imunologia
Biografia
Dra. Claudia Lobo César é formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com residência em Pediatria, no Hospital Infantil Darcy Vargas. É especializada em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia e tem título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em Alergia e Imunopatologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Artigos
Quais são as atividades físicas mais recomendadas para as crianças?
A prática frequente de atividades físicas é parte fundamental de um estilo de vida saudável, tanto para crianças e adolescentes quanto adultos, além de ser capaz de prevenir diversos tipos de doenças, já que o sedentarismo aumenta consideravelmente o risco de morte. Para os pequenos, existem esportes recomendados especialmente para cada faixa etária. Bebês podem fazer natação a partir dos seis meses de idade “De seis meses a um ano, os mais indicados são brincadeiras de esconde-esconde, brincadeiras com brinquedos que emitem sons e brincadeiras no chão com diversos brinquedos para que a criança se mova em direção a eles”, explica a pediatra Claudia Lobo César. Neste período, os bebês também já podem iniciar a natação. A partir do primeiro ano de vida, as atividades já começam a mudar: dança, teatro, brincadeiras com bonecos e o futebol também podem ser incluídos. “De quatro a oito anos, são indicados jogos ao ar livre, corridas, pular corda e brincar de amarelinha. Até aqui, as brincadeiras devem ser lúdicas e sem competitividade”, aconselha a médica. A partir dos nove anos, atividades competitivas fazem bem para crianças Ao chegar aos nove anos de idade, Claudia afirma que as crianças já podem escolher os esportes e atividades das quais querem participar. Ela diz que, segundo especialistas na área, a competição pode trazer benefícios do ponto de vida educacional e de socialização, ao colocar a criança frente a situações de vitória e derrota. Já quando chegam na puberdade, muitos adolescentes querem iniciar a prática de atividades de musculação. Para a pediatra, este desejo não é um problema: “Os meninos após os 16 anos e as meninas após a primeira menstruação podem começar a musculação, desde que seja com a orientação de especialistas”. Dra. Claudia Lobo César é alergista, imunologista e pediatra, formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atende em Itatiba (SP). CRM-SP: 53881 Foto: Shutterstock
Como substituir alimentos gordurosos na dieta das crianças?
Alimentos repletos de gordura estão entre os preferidos das crianças. É difícil um pequeno resistir ao sabor de um pedaço de pizza ou de um hambúrguer com batata frita. Entretanto, este tipo de refeição não é nem de longe o mais saudável e, claro, nem o mais indicado para a saúde das crianças. Mas, como é possível substituí-los? Não é preciso eliminar alimentos gordurosos da alimentação das crianças O ideal é reduzir as gorduras sem retirar alguns alimentos da dieta dos filhos. Em vez de uma pizza repleta de queijo muçarela, peça de frango, lombo ou atum. Já a carne do hambúrguer pode ser trocada pela carne de frango ou outra mais magra. Não se esqueça de acrescentar tomate e alface. Os salgadinhos fritos, por sua vez, podem ser substituídos pelos assados. E aquela carne repleta de gordura? Invista num peixe para as crianças. Além dos alimentos extremamente gordurosos, existem ainda outros produtos que os pais devem evitar inserir na alimentação dos filhos. “Salgados de pacotes, doces em excesso, bebidas gaseificadas e refrigerantes e biscoitos recheados devem ser evitados pelas crianças”, aconselha a pediatra Claudia Lobo César. O ideal para os doces não é proibi-los por completo, mas sim consumi-los moderadamente, já que fazem parte do convívio social dos pequenos. Na quantidade certa, gorduras podem fazer bem para crianças Antes de fazer qualquer mudança, é preciso saber que as gorduras são fundamentais para o desenvolvimento dos bebês e das crianças, quando fornecidas na proporção certa. “As gorduras poli-insaturadas, ou seja, ômega 3 e ômega 6 são extremamente importantes para a função cerebral, pois são ácidos graxos essenciais e ajudam nas sinapses nervosas”, alerta a médica. A absorção de algumas vitaminas, como A, D e K, também depende do consumo de gorduras. Segundo a especialista, restringir totalmente os alimentos que contêm gordura das dietas das crianças pode causar deficiência de nutrientes e aumentar o risco de retardo do crescimento, além de comprometer a visão, a resistência do sistema imunológico e o desenvolvimento do sistema neurológico. Dra. Claudia Lobo César é alergista, imunologista e pediatra, formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atende em Itatiba (SP). CRM-SP: 53881 Foto: Shutterstock
Quantas vezes é considerado dentro da normalidade ficar doente por ano?
O sistema imunológico é a parte do organismo responsável por combater vírus, bactérias e outros micro-organismos capazes de prejudicar a saúde do corpo. Ele cria uma linha de defesa que ataca os invasores ao detectar qualquer perigo. No entanto, nem sempre a resposta é rápida e eficiente a ponto de impedir que uma infecção ou uma doença se instale. Crianças e idosos ficam mais doentes que adultos É normal ficar doente algumas vezes ao ano, mas essa quantidade varia de acordo com a idade, mesmo em organismos imunologicamente competentes. “Uma criança de até dois anos pode apresentar dez processos infecciosos por ano, principalmente se frequenta a creche. Neste caso, é normal ter até 13 episódios infecciosos a cada ano”, explica a imunologista Claudia Lobo César. De acordo com a especialista, as crianças ficam mais doentes do que adultos porque muitas funções do sistema imunológico estarão maduras e mais eficazes apenas a partir da adolescência. Assim como os pequenos, os idosos também costumam apresentar mais quadros infecciosos por causa do envelhecimento gradual do sistema de defesa. Qualidade do sono interfere no sistema imunológico Indivíduos adultos, por outro lado, podem ficar doentes por duas ou três vezes ao ano, em média. No entanto, o número pode variar de acordo com os hábitos do dia a dia. “Os principais fatores que interferem no sistema imunológico, protegendo as pessoas de infecções, são alimentação balanceada, boas noites de sono, atividade física e lazer”, afirma a profissional. Manter o calendário de vacinas em dia tanto nas crianças quanto nos adultos e seguir hábitos de higiene pessoal e ambiental contribuem imensamente para o controle das infecções e para manter a saúde do organismo. Segundo Claudia, o equilíbrio emocional é de extrema importância e, nos bebês, o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida também ajuda a proteger o corpo. Dra. Claudia Lobo César é alergista, imunologista e pediatra e atende em Itatiba (SP). CRM-SP: 53881 Foto: Shutterstock
A baixa imunidade pode facilitar complicações da COVID-19?
O sistema imunológico é o responsável por defender o corpo da ação de micro-organismos causadores de doenças, como vírus, fungos e bactérias. Durante a pandemia do novo coronavírus, além das medidas de higiene pessoal que ajudam a conter o avanço da COVID-19, os órgãos de saúde também recomendam algumas medidas para fortalecer o sistema imune, como a prática de exercícios, especialmente para a imunidade das crianças, já que a falta de atividades físicas durante a quarentena pode afetá-las consideravelmente. A falta de atividades físicas prejudica o desenvolvimento infantil Diferentemente dos adultos, a barreira imunológica das crianças ainda está em desenvolvimento. Portanto, a ausência de atividades físicas pode ter um impacto ainda maior sobre a saúde dos pequenos. Por isso, durante a quarentena, o ideal é que os pais tentem manter as crianças ativas, mesmo dentro de casa. “A falta de rotina e de atividade física podem levar a danos não apenas no sistema imunológico, mas também ao desenvolvimento como um todo, visto que a socialização faz parte do desenvolvimento das crianças. Ajudar nas atividades domésticas é uma boa opção, desde que isso não represente riscos à saúde delas”, recomenda a imunologista Cláudia Lobo Cesar. Para a especialista, é importante realizar as atividades em horários preestabelecidos, dando preferência àquelas que envolvam todos os membros da família, como dançar, pular corda, fazer polichinelo, brincar de esconde-esconde, dança das cadeiras e jogos de tabuleiro. “Vários estudos já comprovaram os benefícios da atividade física no fortalecimento imunológico. Exercícios físicos regulares promovem o aumento de determinadas células que compõem nosso sistema imunológico, como os linfócitos e as células natural killers. Os exercícios também diminuem o estresse, que pode desregular o equilíbrio entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico”, explica Dra. Cláudia. Estresse emocional afeta a imunidade das crianças Segundo a médica, é preciso também prestar atenção na alimentação dos pequenos e na saúde mental, uma vez que a quarentena pode ser um período de grande ansiedade, levando, inclusive, ao aumento do consumo de produtos industrializados. “O isolamento social facilita o estresse tóxico, quando o tempo e a intensidade do estresse se tornam nocivos, levando a distúrbios mentais que podem muitas vezes ser irreversíveis para as crianças. Esse tipo de , assim como o exagero em alimentos extremamente processados, como é o caso dos fast food”, alerta a profissional.
A falta de atividades físicas durante a quarentena pode afetar a imunidade das crianças?
O sistema imunológico é o responsável por defender o corpo da ação de micro-organismos causadores de doenças, como vírus, fungos e bactérias. Durante a pandemia do novo coronavírus, além das medidas de higiene pessoal que ajudam a conter o avanço da COVID-19, os órgãos de saúde também recomendam algumas medidas para fortalecer o sistema imune, como a prática de exercícios, especialmente para a imunidade das crianças, já que a falta de atividades físicas durante a quarentena pode afetá-las consideravelmente. A falta de atividades físicas prejudica o desenvolvimento infantil Diferentemente dos adultos, a barreira imunológica das crianças ainda está em desenvolvimento. Portanto, a ausência de atividades físicas pode ter um impacto ainda maior sobre a saúde dos pequenos. Por isso, durante a quarentena, o ideal é que os pais tentem manter as crianças ativas, mesmo dentro de casa. “A falta de rotina e de atividade física podem levar a danos não apenas no sistema imunológico, mas também ao desenvolvimento como um todo, visto que a socialização faz parte do desenvolvimento das crianças. Ajudar nas atividades domésticas é uma boa opção, desde que isso não represente riscos à saúde delas”, recomenda a imunologista Cláudia Lobo Cesar. Para a especialista, é importante realizar as atividades em horários preestabelecidos, dando preferência àquelas que envolvam todos os membros da família, como dançar, pular corda, fazer polichinelo, brincar de esconde-esconde, dança das cadeiras e jogos de tabuleiro. “Vários estudos já comprovaram os benefícios da atividade física no fortalecimento imunológico. Exercícios físicos regulares promovem o aumento de determinadas células que compõem nosso sistema imunológico, como os linfócitos e as células natural killers. Os exercícios também diminuem o estresse, que pode desregular o equilíbrio entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico”, explica Dra. Cláudia. Estresse emocional afeta a imunidade das crianças Segundo a médica, é preciso também prestar atenção na alimentação dos pequenos e na saúde mental, uma vez que a quarentena pode ser um período de grande ansiedade, levando, inclusive, ao aumento do consumo de produtos industrializados. “O isolamento social facilita o estresse tóxico, quando o tempo e a intensidade do estresse se tornam nocivos, levando a distúrbios mentais que podem muitas vezes ser irreversíveis para as crianças. Esse tipo de estresse também pode afetar bastante o sistema imunológico, assim como o exagero em alimentos extremamente processados, como é o caso dos fast food”, alerta a profissional.
Qual é a importância de cortar as unhas de pés e mãos?
As preocupações do dia a dia são tantas que por vezes as pessoas acabam esquecendo de cuidar de pequenos detalhes relacionados à própria saúde e higiene pessoal. O desleixo com as unhas dos pés e das mãos é um bom exemplo, já que, mal cuidadas, podem auxiliar na transmissão de diversas doenças. Unhas grandes geram mau odor, micose e ficam mais propensas a encravar De acordo com a imunologista Claudia Lobo César, as unhas alojam grande número de vírus e bactérias e, quanto maior o seu tamanho, mais facilidade os germes têm para se instalarem no local. “Com isso, aumenta o risco de infecções, principalmente se a pessoa tem o costume de roer as unhas, pois assim aumentam as chances de ingerir os germes que ali estão”, diz. A médica afirma também que, se não higienizadas corretamente, as unhas podem causar problemas ainda mais sérios. “Quando passamos da hora de cortar as unhas, elas podem encravar, gerar mau odor por acúmulo de resíduos, umidade e também ocasionar micose. As unhas devem ser cortadas, no mínimo, a cada 15 dias”, conclui. Mãos e pés devem ser sempre bem higienizados por conta da presença de germes Contudo, esta atenção não deve ser dada apenas às unhas. Mãos e pés também alojam grande quantidade de germes, então devem ser sempre bem higienizados também. “Quando encostamos em objetos, bactérias e vírus que estão neles ficam em nossa pele e, com isso, são transportados para outros lugares. É por isso que as mãos são agentes transmissores de doenças em potencial”. Para evitar esta contaminação, deve-se lavar as mãos frequentemente ao longo do dia com água e sabão, ou álcool em gel, caso não seja possível a limpeza do modo tradicional. “Os pés também não podem ser esquecidos, já que bactérias e fungos alojam-se entre os dedos e as unhas, onde células mortas se decompõem causando mau cheiro e também causando as micoses”, conclui a médica. Dra. Claudia Lobo César é alergista, imunologista e pediatra, formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atende em Itatiba/SP. CRM-SP: 53881 Foto: Shutterstock