Dra. Cinthya Basaglia
Dermatologia
Biografia
Dra. Cinthya Basaglia é médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Está constantemente atualizando seus conhecimentos com participações ativas em congressos e cursos nacionais e internacionais, proporcionando aos pacientes os tratamentos mais modernos e seguros. Atualmente, atende em diferentes locais na cidade do Rio de Janeiro e é a médica responsável pela área de Dermatologia no Hospital São Lucas, Clínica Rio Arte, Climet, e Clínica Pazos.
Artigos
Em que partes do corpo o herpes pode se manifestar?
Os locais mais conhecidos para a manifestação do herpes são os lábios e a região genital, e isso é verdade para as infecções causadas pelo vírus herpes 1, ou herpes simples. Já o herpes zóster, causado pelo vírus tipo 3, pode surgir em outras partes do corpo e a doença se manifesta de uma forma diferente. Lesões do herpes que surge em qualquer parte do corpo formam uma “faixa” “Os sintomas podem surgir em outros locais do corpo sem ser os lábios e a região genital. As lesões por vezes aparecem na face, tórax e pernas, por exemplo, isso quando se trata do herpes zóster”, informa a dermatologista Cinthya Basaglia. Apesar de poder aparecer em diversos locais do corpo, esse vírus é mais comum no tronco e no rosto. A especialista explica que no caso do herpes zóster, quem causa as lesões é um outro tipo de vírus, o tipo 3, o mesmo da catapora. “Este vírus pode ser reativado devido a fatores como queda de imunidade e estresse, fazendo surgir nos locais acometidos lesões que seguem uma ‘faixa’ no corpo”. Prevenção e tratamento No caso específico do vírus tipo 3, a prevenção pode ser feita por meio da vacinação e o tratamento deve se basear no uso de medicações antivirais, principalmente. Não há cura para a doença, mas com o tratamento adequado o paciente consegue amenizar os sintomas e levar uma vida com boa qualidade. “Já quando o paciente tiver lesão de herpes simples causadas pelo vírus tipo 1 ou 2, seja genital ou labial, o ideal é sempre já iniciar o tratamento oral associado, pois com isso as lesões vão sumir mais rápido e terá um período maior sem sintomas do que só fazendo uso de tópicos”, completa a dermatologista. Os medicamentos ricos em lisina são especialmente interessantes, devido ao efeito deste aminoácido na redução da replicação do vírus. Foto: Shutterstock
A pele sensível precisa de cuidados especiais depois de um procedimento estético?
A pele sensível sofre mais do que o normal quando entra em contato com diversos elementos no dia a dia. Portanto, após a realização de um procedimento estético, por exemplo, muito provavelmente apresentará algum sinal ou sintoma, como vermelhidão, coceira, descamação etc. Para controlar isso, é fundamental tomar alguns cuidados imediatamente. Cuidados necessários para realização de procedimentos estético na pele sensível “Quem tem a pele sensível precisa de cuidados especiais após um procedimento estético. É necessário o uso de produtos específicos, como sabonete, hidratante, protetor solar, para que a pele possa se recuperar rapidamente”, afirma a dermatologista Cinthya Basaglia. Esses produtos específicos são dotados de ativos que ajudam a limpar, hidratar e suavizar o desconforto da pele sensível. Além disso, conseguem restabelecer a barreira de proteção da mesma, o que a torna mais preparada para encarar a ação dos agentes que normalmente provocam irritação e danos. Procedimentos que podem ser feitos em quem tem pele sensível Por mais que a pele sensível reaja aos procedimentos estéticos, isso não significa que você terá que evitar esses procedimentos. Como já dito, com alguns cuidados é possível controlar os sintomas. Mesmo assim, é bom consultar um médico antes de tudo, pois pode haver alguma restrição. O microagulhamento, por exemplo, não costuma ser indicado para quem tem a pele sensível. Por outro lado, peeling (físico e químico), depilação (laser, cera), limpeza de pele profunda, dentre tantos outros procedimentos podem ser feitos. “Como a pele já é sensível, após alguns procedimentos, como laser e peeling, ficará mais ainda. Se não forem usados os produtos indicados é possível que apareçam manchas”, avisa Dra. Cinthya.
Quando o herpes não é tratado, o problema apenas persiste ou os sintomas tendem a piorar?
O herpes é um vírus extremamente comum, tanto que praticamente todas as pessoas já tiveram contato com ele. De acordo com a Sociedade brasileira de Dermatologia, 99% da população adulta já adquiriu imunidade ao herpes simplex na infância e na adolescência, tendo infecção assintomática ou um único episódio, o que lhes garante resistência ao vírus para toda a vida. Mesmo assim, isso não significa que não se deva ter cuidado com a transmissão do vírus, até porque há outros tipos do mesmo que podem provocar sintomas e, consequentemente, desconforto. Uma das formas mais simples de evitar contágio é não compartilhar itens de uso pessoal que possam conter saliva com o agente infeccioso em questão. Transmissão do vírus “A transmissão do herpes labial, causada pelo herpesvírus tipo 1, se dá através da saliva. Sendo assim, o ato de beijar e até mesmo compartilhar itens, como copos e talheres, pode resultar em contaminação”, afirma a dermatologista Cinthya Basaglia. Portanto, sempre use apenas os seus próprios itens, seja em casa ou fora, e não deixe que ninguém mais os use. Segundo a especialista, mesmo que uma pessoa com o vírus não apresente lesões – ou seja, que ainda não – ela pode contaminar os objetos. “Por isso, é importante não compartilhar esses objetos mesmo se não tiver com lesões, para evitar a infecção”, orienta a médica. Tratamento medicamentoso contra o herpes simples Caso o vírus e os sintomas se façam presentes, é importante procurar um especialista o quanto antes para que ele possa indicar o tratamento mais adequado. Os medicamentos ricos em lisina são diferenciais, tendo em vista a importância deste aminoácido para reduzir as infecções de repetição causadas pelo vírus do herpes simples. Quer saber se o herpes tem cura? Confira nossa matéria sobre o assunto! Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/ Foto: Shutterstock
Uma pessoa com herpes desenvolve as feridas sempre no mesmo lugar?
Uma ferida dolorosa, às vezes ardente, com aparência semelhante a uma espinha: você pode estar manifestando o herpes, infecção viral comum em cerca de 90% da população. Quando as crises ocorrem, o local em que as feridas aparecem pode ser uma surpresa. É possível que elas se manifestem em áreas diferentes do corpo? Para esclarecer o assunto, conversamos com a dermatologista clínica Cinthya Basaglia. Crises são desencadeadas em locais específicos Segundo a dermatologista, é difícil que o local de manifestação mude com o passar do tempo: “Geralmente, a pessoa desenvolve herpes em um local específico do corpo e sempre a manifestação será nesse mesmo local”. O vírus costuma provocar sintomas em volta dos lábios, no caso do herpes tipo 1 (HSV-1), e ao redor das genitálias, com o herpes tipo 2 (HSV-2). Como as feridas do herpes podem ser confundidas com outros tipos de lesões, é preciso saber identificá-las para saber se aquele é o local de manifestação da infecção. “Os sintomas começam com uma sensação de ardência, pinicação e coceira, que significam que o vírus está se replicando e caminhando pelo nervo. Algumas horas ou dias depois, surgem vesículas sobre uma base eritematosa”, afirma a médica. Saiba como é feita a prevenção do herpes O herpes é uma infecção muito comum, mas ainda há muitos mitos ao seu redor, especialmente no que diz respeito à transmissão. A prevenção, tanto do herpes labial quanto do herpes genital, é feita evitando o contato direto com as lesões e não compartilhando objetos de uso pessoal e íntimo, como toalhas, escova de dentes e roupas íntimas. O herpes genital também é uma infecção sexualmente transmissível, e por isso, o uso da camisinha é imprescindível. Para quem já tem o vírus, a prevenção das crises precisa de uma atenção especial. Inúmeros fatores podem influenciar o reaparecimento dos sintomas, como o excesso de sol, a baixa imunidade, períodos menstruais e até mesmo a febre. Fatores climáticos também podem afetar a manifestação do vírus. O tratamento pode ser feito, entre outros, com lisina, um aminoácido que ajuda no combate ao vírus.