
Dra. Christiane Jaccoud
Dermatologia
Biografia
Dra. Christiane Jaccoud é formada em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e fez especialização em Dermatologia e Cirurgia Dermatológica pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e em Medicina Estética pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Medicina Estética.
Artigos
Que hábitos e fatores podem atrapalhar o sucesso do tratamento da calvície?
A alopecia androgenética é o principal tipo de calvície. A condição acomete o couro cabeludo e frequentemente afeta a autoestima de quem convive com ela. A boa notícia para quem tem calvície é que o problema tem tratamento e os resultados são muito eficazes. Porém, alguns hábitos ou fatores podem interferir na ação do remédio para queda de cabelo e atrapalhar o sucesso do tratamento. Confira alguns exemplos! Suplementação hormonal pode prejudicar o tratamento de calvície A dermatologista Christiane Jaccoud explica que a alopecia androgenética se caracteriza por uma resposta dos folículos capilares a hormônios masculinos e que, por isso, os níveis desses hormônios devem estar em equilíbrio: “Devemos evitar suplementações que aumentem esse hormônio (andro) no sangue, como forma de evitar a progressão da calvície. Pode-se utilizar bloqueadores desse hormônio no tratamento juntamente com medicamentos que estimulem o crescimento de pelos”. Uma dieta pobre em nutrientes importantes também pode prejudicar o tratamento. É importante consumir diariamente proteínas e minerais, como ferro, zinco, cálcio e magnésio, e vitaminas A, C e do complexo B, principalmente a vitamina B3. Cosméticos capilares com ingredientes como o silicone ou remédios caseiros também podem aumentar ainda mais a queda de cabelo em alguns tipos de couro cabeludo. É importante consultar o dermatologista sobre os produtos usados e tirar dúvidas sobre quais devem ser evitados. O que é calvície? Saiba mais sobre o problema Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética é uma doença que se caracteriza pela perda dos fios e se desenvolve progressivamente desde a adolescência. “A calvície tem sua causa em uma alteração genética e, por isso, não há cura definitiva”, esclarece Dra. Christiane. Porém, a especialista lembra que é possível controlar a queda de cabelo excessiva por meio do uso de medicamentos orais e tópicos. Segundo a médica, o tratamento varia de acordo com a intensidade da calvície: “Em casos leves, podemos utilizar somente medicamentos tópicos, enquanto casos avançados podem se beneficiar com implantes capilares. Nos casos intermediários e moderados, também utilizamos medicamentos orais e aplicações de ativos e lasers no couro cabeludo”. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgenetica/25/ Foto: Shutterstock
Dormir com os cabelos molhados pode agravar um quadro de calvície?
A calvície (ou alopecia androgenética) é um problema caracterizado pela queda intensa de cabelo, podendo levar até mesmo à perda total dos fios. Trata-se de uma condição determinada geneticamente e que está associada à produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona. Apesar disso, é comum que algumas pessoas associem alguns hábitos, como dormir com os cabelos molhados, à calvície. Será que essa relação existe? Descubra! Dormir com os cabelos molhados aumenta a queda capilar Segundo a dermatologista Christiane Jaccoud, não há uma relação causal entre dormir com os cabelos molhados e um quadro de alopecia androgenética. Entretanto, a queda de cabelo pode piorar. “O hábito de dormir com cabelos molhados, assim como o uso de boné ou toucas, que abafam o local, pode favorecer o surgimento de dermatite seborreica, conhecida como caspa, e também de outros fungos que pioram a queda capilar, mas não necessariamente pioram o quadro de calvície”, explica a especialista. De acordo com a Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC), a queda dos fios em pacientes com calvície está relacionada a um processo chamado de miniaturização e, por isso, fatores como dormir de cabelo molhado ou usar bonés não influenciariam o problema. A calvície, na verdade, afeta o ciclo de crescimento capilar, tornando os fios mais curtos e frágeis. No entanto, certos fatores externos, como o estresse, o uso de medicamentos, algumas doenças e o excesso de oleosidade, também podem ser responsáveis pela perda acentuada dos fios. Descubra como é feito o tratamento da calvície O tratamento contra a calvície é feito com medicamentos prescritos por um médico, mas algumas medidas podem ser adotadas para evitar que o problema se agrave. É recomendado que o paciente evite dormir ou usar bonés e chapéus com os cabelos molhados, mantenha o couro cabeludo limpo e livre de caspa e tenha uma alimentação rica em vitaminas e minerais (como a biotina), nutrientes que fortalecem os fios. Dados da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC): https://www.abcrc.com.br/calvicie-o-que-e-e-suas-causas/
Quais são os primeiros sinais da calvície em homens?
Fios de cabelo mais finos, diminuição do volume capilar, aparecimento de entradas na parte superior da cabeça e couro cabeludo ficando progressivamente mais aberto. Esses são os primeiros sinais da calvície, também conhecida como alopecia androgenética. Nas mulheres, a queda de cabelo também pode estar associada à irregularidade menstrual, à acne e ao aumento de peso. Primeiros sinais da calvície podem aparecer na adolescência Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética é uma condição determinada geneticamente e frequente na população. Os primeiros sinais podem aparecer já na adolescência, mas o problema só fica mais evidente por volta dos 40 ou 50 anos. A dermatologista Christiane Jaccoud afirma que a rapidez no diagnóstico e no tratamento, começando logo nas primeiras fases, é fundamental para os melhores resultados no combate a calvície. “A calvície provoca uma mudança na textura dos fios, eles ficam mais finos. Por isso, o tratamento deve ser iniciado sempre nos primeiros sinais ou até antes, naqueles casos que existe história familiar”, recomenda a especialista. O tratamento contra a calvície pode reverter o quadro? Dra. Christiane esclarece que, uma vez que o folículo capilar se miniaturiza (processo de afinamento dos fios), é difícil reverter a calvície, mas o tratamento pode frear a progressão do quadro. “Existem tratamentos tópicos, sistêmicos e aplicações no couro cabeludo com os quais conseguimos bloquear a progressão da alopecia androgenética e melhorar a qualidade do fio, ganhando espessura”, explica a profissional. Além do tratamento com medicações orais e tópicos, outros métodos podem auxiliar a recuperação de fios. “Hoje temos dispositivos com laser diodo e LED que aumentam a oxigenação do folículo e, assim, os ativos são melhor aproveitados. Ainda dispomos de aplicações como mesoterapia capilar e MMP (microinfusão de medicamentos na pele), que auxiliam o tratamento com resultados fantásticos”, cita a médica. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-androgenetica/25/
Quem tem pele oleosa necessariamente desenvolve acne?
A acne é um dos maiores pesadelos dos adolescentes, mas também pode ser vista na pele de adultos. Existem vários fatores associados ao seu surgimento e um dos mais conhecidos é o excesso de oleosidade na pele. No entanto, isso não significa que toda pele oleosa necessariamente terá espinhas. Confira a explicação da dermatologista Christiane Jaccoud. “Pele oleosa não é sinônimo de pele acneica. A oleosidade pode sim ser um dos fatores que predispõem a acne. Mas, dependemos também de outros fatores, como processo inflamatório e presença de bactéria”, afirma a médica. No entanto, vale destacar que boa parte das pessoas com problemas de acne tem excesso de oleosidade na pele. Manter a pele limpa ajuda a evitar surgimento de acne Quem tem a pele oleosa deve redobrar os cuidados para evitar o desenvolvimento de acnes, adotando medidas para se prevenir ou controlar esses três fatores. Segundo a especialista, manter uma higiene adequada, por exemplo, é fundamental. A pele deve ser limpa pela manhã e à noite com sabonetes e outros produtos indicados para a pele com oleosidade, ajudando a remover impurezas e a maquiagem. Outra atitude importante para evitar o desenvolvimento da acne é o uso do protetor solar livre de óleos. Este produto deve ser aplicado diariamente, mesmo nos dias nublados, e reaplicado com o passar das horas. Além disso, a pele oleosa deve também estar sempre hidratada, o que ajuda a controlar a produção de sebo. Alimentação pode facilitar espinhas na pele oleosa Quem já tem a pele oleosa deve prestar atenção a outros fatores capazes de favorecer o aparecimento de espinhas. “A alimentação pode influenciar no surgimento da acne, por meio de dietas ricas em carboidratos e açúcares e do consumo exagerado de leite e derivados”, explica Christiane. A médica também alerta para o uso de suplementos com proteínas do leite em sua composição e alguns tipos de medicações, como anabolizantes e corticosteroides. Foto: Shutterstock
O frio do inverno pode prejudicar quem tem a pele sensível?
Cada estação do ano provoca efeitos diferentes na pele sensível. Durante o inverno, por exemplo, o frio intenso aumenta o uso de aquecedores dentro de casa e do carro, o que acaba reduzindo a umidade do ar nesses ambientes e ressecando a pele. Confira outras consequências do inverno para a pele sensível e alguns cuidados importantes para esta época do ano. Pele sensível pode ficar ressecada durante o inverno “O vento forte do inverno pode irritar a pele sensível, diminuindo sua barreira de defesa, que é uma camada de oleosidade natural, e causando ressecamento, repuxamento e irritações”, afirma a dermatologista Christiane Jaccoud. A queda nas temperaturas acontece ao mesmo tempo em que a umidade relativa do ar também despenca. “Nossa pele pode perder até 25% de sua hidratação. Isto pode causar rachaduras, aumentando seu ressecamento e sensibilidade”, alerta a médica. Com suas defesas naturais prejudicadas, a pele sensível fica mais sujeita a problemas mais graves. “Produtos de limpeza, perfumes, tecidos de linha acrílica, todos os produtos químicos com os quais temos contato podem penetrar e causar dermatites“, explica a especialista. Já se houver contato com vírus, bactérias e fungos, a pele pode desenvolver infecções. Manter a pele hidratada é importante para evitar problemas Para evitar que a pele sensível sofra com as baixas temperaturas do inverno e suas consequências, é importante manter alguns cuidados diários. Tomar banhos rápidos nos dias frios, usar água morna em vez de água quente e evitar esfregar a pele com buchas – elas removem a oleosidade natural da pele – são alguns exemplos. Outras medidas indicadas pela Doutora Christiane são “usar sabonetes com ação hidratante ou loções de limpeza que não removem a oleosidade natural da pele e que limpam sem agredi-la, hidratá-la após a limpeza com substâncias que repõem a barreira cutânea, evitar se expor ao vento, evitar aquecedores no ambiente sempre que possível, e manter uma hidratação oral adequada”. Foto: Shutterstock
H. pylori: como reduzir as chances de infecção por essa bactéria?
Caspa é o nome que se dá para a descamação do couro cabeludo. Essa descamação costuma se apresentar como casquinhas brancas que podem provocar coceira, irritação e deixar feridas. O termo médico adequado para essa condição é dermatite seborreica, uma doença não contagiosa que também pode afetar o nariz, as orelhas e a sobrancelha. Confira as principais causas da caspa. Sujeira é uma das causas da caspa De acordo com a dermatologista Christiane Jaccoud, a falta de limpeza adequada no couro cabeludo e, como resultado, a proliferação de micro-organismos nessa região do corpo é uma das principais causas da caspa. “O estresse e a genética também estão associadas ao surgimento da caspa no couro cabeludo”, completa a médica. Vale lembrar ainda que, apesar de ser importante tratar o cabelo, deve-se prestar atenção aos tipos de produtos utilizados. “O uso de alguns cremes, como leave-in e cremes sem enxágue, pode causar caspa”, alerta a especialista. Outras causas são o uso de água quente ao lavar o couro cabeludo, oleosidade excessiva e uso frequente de chapéus, bonés e toucas. Veja como é o tratamento e a prevenção da caspa Para se prevenir da caspa, a dermatologista recomenda manter o couro cabeludo higienizado, lavando-o pelo menos três vezes na semana e com produtos adequados ao tipo de cabelo. Além disso, é importante evitar água quente e não deixar condicionadores e máscaras na raiz, apenas no comprimento dos fios. A médica aconselha ainda a e ansiedade e não usar bonés e toucas de forma excessiva. Já o tratamento deve ser orientado por um profissional habilitado, que irá propor as melhores medidas de acordo com a gravidade do quadro. “Casos mais leves têm boas respostas com xampus com ativos ou soluções capilares tópicas, enquanto casos mais severos ou com infecções secundárias, além do tratamento tópico, podem precisar de medicações orais”, informa Dra. Christiane. Foto: Shutterstock