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Dra. Célia Mendes

Psiquiatria

Biografia

Dra. Célia Mendes é formada em Medicina pela Universidade Iguaçu (UNIG), fez residência médica em Psiquiatria na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e é membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Atua em Florianópolis (SC).

Artigos

Qual é a melhor forma de ajudar uma pessoa que sofre com TOC?

O transtorno obsessivo-compulsivo, conhecido pela sigla TOC, é um distúrbio mental que provoca pensamentos que não saem da cabeça e a criação de rituais e comportamentos repetitivos. Para controlar o problema e seus sintomas é preciso fazer o tratamento corretamente. A ajuda da família e de amigos próximos pode ser fundamental ao longo desse processo. Família deve incentivar paciente com TOC a fazer o tratamento “O apoio da família é muito importante, mas deve ser orientado pelo médico psiquiatra e pelo psicólogo para a condução de cada caso em particular. O tratamento em saúde mental é sempre único e baseado no estudo de cada paciente. Não existe a doença e sim o doente”, afirma a psiquiatra e psicoterapeuta Célia Mendes. A principal forma de ajudar um familiar com TOC é incentivá-lo a tomar as medicações prescritas pelo médico de forma correta e participar das terapias indicadas. Não incentivar as compulsões como forma de aliviar as obsessões é outra atitude importante e que merece atenção. Caso contrário, os parentes precisarão da psicoterapia familiar para descobrir como lidar de uma maneira melhor com os sintomas do transtorno, sem prejudicar o tratamento. Rituais e obsessões podem afastar paciente com TOC da família É comum os pacientes evitarem encontros com a família e atividades profissionais por causa de suas compulsões. O TOC faz com que o portador repita determinados rituais e comportamentos diversas vezes e, em alguns casos, por várias horas. Checar se a porta está trancada, lavar as mãos e organizar objetos são alguns exemplos e podem atrapalhar as relações sociais. Apesar de ser um trabalho árduo, a família não deve desistir de prestar auxílio ao paciente. “Portadores do TOC costumam depender muito da ajuda dos seus familiares. Há uma exigência de cuidados e atenção muito grande da parte deles por causa de seus sintomas obsessivo-compulsivos. Muitos familiares modificam suas rotinas pessoais e da casa em função do TOC, para atender as demandas do portador”, afirma a psicóloga Lilian Boarati.   Foto: Shutterstock

O transtorno bipolar tem cura? Quais são os sintomas?

O transtorno bipolar não tem cura, ou seja, não há nenhum método que elimine completamente os sintomas do quadro com a garantia de que eles não voltarão. Apesar disso, há tratamento para que a doença seja controlada e o paciente consiga ter uma vida normal. “Na verdade, o transtorno bipolar pode ser controlado com a adoção do tratamento adequado, o que possibilita ao paciente retomar suas atividades diárias. Fazer o acompanhamento psiquiátrico e usar o estabilizador de humor indicado são medidas essenciais”, afirma a psiquiatra Célia Mendes. Sintomas do transtorno bipolar O indivíduo com transtorno bipolar apresenta alterações de humor abruptas, ou seja, de repente. Ele é visto normalmente como uma pessoa instável, que apresenta períodos de humor eufórico e outros períodos de depressão. Essa dinâmica pode durar meses. Por isso que os estabilizadores de humor são necessários para o tratamento. “Algumas pessoas apresentam alterações de humor muito rápidas, que podem acontecer dentro de um mesmo dia. As mudanças também podem estar associadas ao uso prévio de antidepressivos. Além disso, em alguns momentos, o paciente pode apresentar humor estável, onde não se percebe nem depressão, nem euforia”, explica Dra. Célia. Como deve ser o tratamento do transtorno bipolar? Os estabilizadores de humor são as principais opções para o tratamento medicamentoso do transtorno bipolar, mas não as únicas. Os antipsicóticos também podem ser prescritos. Além destes tipos de remédios, é essencial que o paciente faça, paralelamente, acompanhamento psicoterápico, para aprender a lidar e controlar melhor os fatores que atuam para ativar os sintomas do transtorno. Dra. Célia Mendes é psiquiatra e psicoterapeuta, graduada pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ) e atua em Florianópolis (SC). CRM-SC: 14814 Foto: Shutterstock

Quais são as diferenças entre alterações no humor normais e transtorno bipolar?

Alterações de humor são comuns em todas as pessoas, sendo muitas vezes motivadas por fatores externos, como situações boas, neutras ou ruins do dia a dia. No caso do transtorno bipolar, a flutuação do humor ocorre de repente, indo de um extremo ao outro, sem necessariamente ter influência dos eventos ocorridos na rotina. Características do transtorno bipolar “Nosso estado de humor oscila dentro da normalidade entre a tristeza e a alegria, a raiva e o amor, dentre outros sentimentos. No transtorno bipolar, por sua vez, acontece uma exacerbação desse humor, que pode ser de grande angústia e sofrimento, nada positivo, e também o oposto, com extrema alegria, paixão pela vida e felicidade exagerada”, explica a psiquiatra Célia Mendes. Na fase de mania (a segunda explicada, em que tudo é excessivamente empolgante) é possível que o paciente tenha uma identificação positiva com tudo e com todos, a ponto de não conseguir decidir o que é mais importante no momento, pois tudo parece relevante. “Ele pode comprar três carros novos e se sentir rico e poderoso mesmo sem ter nenhum dinheiro no bolso”, exemplifica a médica. Riscos de fazer o diagnóstico errado do transtorno bipolar Não saber a diferença de uma alteração de humor normal daquela que indica um quadro de transtorno bipolar, naturalmente, acarreta riscos. “O perigo de não fazer um bom diagnóstico é acabar tratando o transtorno bipolar com antidepressivos, o que pode fazer com que o indivíduo faça uma ‘virada’ maníaca e se coloque em situações comprometedoras”, alerta Dra. Célia. Portanto, a avaliação do quadro deve ser feita sempre por profissional da área, ou seja, um psiquiatra. Além da diferenciação entre situações comuns de alternância de humor e um quadro de transtorno bipolar, é necessário ainda descartar doenças orgânicas que também podem provocar alterações de humor. “Dentre essas doenças, podemos citar o tumor cerebral, intoxicações, hipotireoidismo, diabetes etc”, lembra a especialista. Dra. Célia Mendes é psiquiatra e psicoterapeuta, graduada pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ) e atua em Florianópolis (SC). CRM-SC: 14814 Foto: Shutterstock

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