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Dra. Carla Dionello

Reumatologia

Biografia

Dra. Carla da Fontoura Dionello é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), fez residência em Medicina Interna no Hospital Universitário da FURG e em Reumatologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), fez mestrado em Medicina Interna pela UFPR e tem o título de Doutora em Medicina (PhD) pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Artigos

Mito ou verdade: O corpo passa a perder colágeno a partir dos 30 anos?

O colágeno corresponde a cerca de um terço das proteínas do corpo humano. Ele pode ser encontrado na pele, ossos, músculos, cartilagens e tem uma importante função estrutural, garantindo a integridade e a sustentação dos tecidos. O desgaste dessa cadeia de aminoácidos afeta diretamente a saúde do organismo, o que preocupa muitas pessoas. Será que é verdade que a partir dos 30 anos de idade o corpo começa a perder o colágeno? “A perda inicia aos 30 anos, mas tem seu processo acelerado após os 50 anos, em função também dos declínios hormonais”, afirma a reumatologista Carla Dionello. Segundo a médica, a síntese do colágeno é afetada não só pelo envelhecimento, mas também pela má alimentação. “Essas alterações não são perceptíveis na infância e adolescência, mas vão ficando evidentes na maturidade, fase na qual a ingestão alimentar pode se modificar e não ser suficiente para se adequar às necessidades recomendadas tanto de energia, quanto de nutrientes necessários”, explica. Entenda os riscos da perda do colágeno A diminuição do colágeno no corpo se inicia nessa idade, mas pode ser intensificada devido a hábitos prejudiciais como sedentarismo, tabagismo e uso de álcool. Um dos efeitos agudos da perda de colágeno ocorre nas articulações, já que a substância é extremamente importante para as cartilagens que amortecem os impactos e impedem o atrito entre os ossos. O desgaste da cartilagem, por sua vez, é uma das principais características observadas em quadros de osteoartrite, que pode causar perda de mobilidade, inchaço e dor nas articulações. Uma alimentação saudável e rica em vitamina C pode ajudar Manter uma alimentação balanceada e diversificada é uma das formas mais recomendadas de evitar a acentuação dessa perda e prevenir doenças osteoarticulares. “O balanço adequado de proteínas e carboidratos se faz necessário. Além disso, a suplementação de colágeno hidrolisado e proteínas pode ajudar a retardar o processo”, diz Dra Carla. Nesses casos, a vitamina C também é importante, porque ela atua na síntese do colágeno, garantindo que suas fibras adquiram estabilidade e firmeza. Essas características são essenciais para manter tendões e ligamentos saudáveis. A vitamina C pode ser encontrada em alimentos como laranja, acerola, limão, morango, abacaxi, entre outros. Foto: Shutterstock

Pilates: Essa modalidade de exercício pode ajudar a fortalecer as articulações?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de exercícios físicos, como o pilates, em todas as fases da vida para manter uma boa saúde e qualidade de vida. Estima-se que o ideal é que sejam praticados pelo menos 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada, cerca de 20 minutos por dia; ou 75 minutos de exercícios de maior intensidade por semana, aproximadamente 10 minutos diários. No entanto, é importante que as práticas sejam orientadas por um profissional e adequadas à faixa etária do indivíduo, com uma análise do ponto de vista osteoarticular, principalmente se houver histórico de doenças, traumas, lesões ou dores articulares. Será que o pilates é uma atividade benéfica para a saúde das articulações? Praticar pilates fortalece as articulações Segundo a reumatologista Carla Dionello, práticas físicas regulares e supervisionadas possibilitam o fortalecimento articular e seu bom funcionamento devido ao que se chama estímulo piezoelétrico, no qual o peso, tração, impacto e a ação da gravidade ajudam a manter a estrutura das articulações adequada, assim como sua lubrificação e flexibilidade. “O pilates combina força, resistência, amplitude de movimento, flexibilidade e também proporciona melhor controle respiratório e da concentração, facilitando o relaxamento e reduzindo as chances de lesões de ligamentos, tendões e músculos”, explica a médica. São necessários a avaliação e o acompanhamento de um especialista Vale lembrar, no entanto, que os profissionais capacitados para avaliar a sua situação são os ortopedistas, reumatologistas, fisioterapeutas e educadores físicos, os dois últimos trabalhando mais no planejamento e orientação dos exercícios nos casos especiais. Essas avaliações permitem entender a condição de cada corpo, orientando os pacientes para que o esforço físico seja progressivo e verificando se há ou não contraindicações em relação a alguma modalidade. Além do pilates, outras atividades podem auxiliar a fortalecer as articulações. Atividades realizadas na água, como natação, hidroginástica, são altamente indicadas, principalmente nos casos de doenças como a osteoartrite, já que a água reduz o impacto do exercício. A musculação também pode trazer resultados favoráveis na prevenção da osteoartrite, já que o fortalecimento dos músculos ajuda na proteção dos ossos e articulações.

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