
Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna
Psiquiatria
Biografia
Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no Rio de Janeiro.
Artigos
Férias escolares: como não desregular o sono durante o descanso?
É comum que nos períodos de aulas e de trabalho as pessoas acabem dormindo menos do que deveriam. Em geral, elas se deitam mais tarde e acordam mais cedo do que gostariam. Durante as férias, com a redução dos compromissos e do controle de horários, a tendência do corpo é tentar compensar as horas de sono perdidas ao longo dos últimos meses. Como? Dormindo mais e bem. Dormir algumas horas a mais pode fazer bem Mas, será que essas horas a mais e cochilos em horários diferentes não acabam desregulando o sono? “Essa situação pode ser positiva, desde que a pessoa mantenha horários regulares, de acordo com as características de seu corpo, e preserve a quantidade necessária de sono“, explica a psiquiatra Camilla Pinna, especialista em Medicina do Sono. Quando a hora de dormir e acordar variam muito de uma noite para a outra e a pessoa dorme em horários que não são adequados às características do seu corpo, os ritmos biológicos ficarão desajustados. As consequências podem variar desde mudanças na secreção de alguns hormônios até alterações no humor e no sistema imunológico. O problema pode ser ainda maior se o corpo não tiver o tempo de descanso necessário. Mantenha horários mais ou menos fixos para dormir e acordar Quem não mantiver horários regulares ao longo das férias pode ter problemas quando o período das aulas retornar. “Quanto mais diferente for a rotina de acordar e dormir durante as férias, mais difícil será a readaptação”, alerta a médica. As consequências serão logo sentidas pelo organismo. Nos primeiros dias, é comum que essas pessoas tenham dificuldade para se levantar pela manhã e se sintam sonolentas e com menos energia durante o dia. Já à noite, muitos terão dificuldade para pegar no sono. De acordo com Camilla, medidas como evitar cochilos durante o dia, retomar a prática de exercícios físicos e realizar atividades mais tranquilas e relaxantes no fim da noite podem ajudar o indivíduo a se readequar à rotina mais facilmente. O ideal é que, nos últimos dias de férias, os horários retornem ao normal, se aproximando da hora rotineira de deitar e de levantar. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Medicina do Sono e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8 Foto: Shutterstock
Higiene do sono: especialista fala sobre a área da medicina voltada a dormir bem
Uma boa noite de sono é fundamental para a recuperação do corpo depois de gastar energia ao longo do dia e, consequentemente, para a manutenção de uma boa qualidade de vida. O sono é tão importante para a saúde que existe uma área médica voltada ao seu estudo. É a chamada Medicina do Sono. Camilla Pinna, psiquiatra e especialista na área, acredita que é necessário incentivar certas atitudes no dia a dia, com o objetivo de dormir bem. “Devemos sempre orientar os indivíduos quanto à importância de adotar hábitos saudáveis em relação ao sono, como a redução do consumo excessivo de cafeína e tabaco”, afirma a profissional. Conforto para dormir É preciso prestar atenção ao local de dormir, já que alguns fatores externos são capazes de interferir no sono, causando problemas para dormir ou interrompendo o sono no meio da noite. “Um local inadequado para dormir, com cama desconfortável, temperatura elevada ou baixa demais, ruídos e luminosidade excessivos, podem atrapalhar a noite de sono”, destaca Camilla. O uso de aparelhos eletrônicos perto da hora de adormecer é desaconselhado pela psiquiatra, por mais tentador que seja. Eles se tornam uma distração para o cérebro, impedindo que ele relaxe e inicie o ciclo do sono. Por outro lado, a prática regular de atividades físicas e o estabelecimento de horários para dormir e acordar são recomendados. Cuidar do corpo significa dormir bem A saúde do corpo também influencia na qualidade do sono. Dores, depressão, ansiedade, doenças respiratórias e endócrinas, além de distúrbios específicos do sono, levam a prejuízos durante o dia porque podem reduzir a duração do sono e impedir que o organismo descanse de maneira adequada. As consequências da privação do sono são as mais variadas. “Uma noite mal dormida afeta o bem-estar físico e pode causar fadiga e dores no corpo e na cabeça, interferindo no humor e levando à irritabilidade e impaciência”, aponta a psiquiatra. Ainda segundo Camilla, a capacidade de raciocínio e atenção também é afetada, o que aumenta o risco de acidentes no trânsito e no trabalho. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8
A ansiedade pode atrapalhar a boa qualidade do sono?
A ansiedade é uma resposta normal do organismo que surge diante de situações estressantes ou de possíveis ameaças, uma sensação experimentada por todo mundo ao longo da vida. Em alguns casos, no entanto, essa sensação de apreensão pode surgir sem motivo aparente, em diferentes intensidades, e pode atrapalhar a rotina e prejudicar a qualidade de vida. Por deixar o corpo inquieto e em estado de alerta, a ansiedade pode, entre outras coisas, atrapalhar a qualidade do sono e dificultar o descanso. Ansiedade leve pode fazer indivíduo acordar no meio da noite “Em períodos mais difíceis, podem ocorrer níveis mais leves de ansiedade e é natural que as pessoas observem certa dificuldade para dormir, passem a acordar muitas vezes durante a madrugada ou a despertar cedo demais, sem conseguir voltar a dormir”, afirma a psiquiatra e especialista em Medicina do Sono Camilla Pinna. A médica explica ainda que, em graus leves, a ansiedade pode provocar uma piora da qualidade do sono capaz de tornar as pessoas mais cansadas e sonolentas durante o dia. “Nesses casos mais leves de ansiedade, esses problemas do sono acontecem apenas em algumas noites e melhoram espontaneamente, após alguns dias ou poucas semanas”, destaca a profissional. Ansiedade moderada pode diminuir qualidade do sono e provocar irritação Já em níveis moderados e elevados, a ansiedade passa a interferir na capacidade de enfrentar os eventos difíceis e estressantes do dia a dia de forma adequada. “A dificuldade para pegar no sono ou para manter um sono de qualidade passa a ser mais frequente e intensa, podendo causar irritabilidade, sonolência durante o dia e dificuldade de concentração”, diz Camilla. Nestes casos, a ansiedade passa a ter muitas repercussões negativas na saúde e no bem-estar das pessoas. Outros sintomas frequentes são tensão muscular, dificuldade para relaxar e preocupações muito intensas, duradouras e de difícil controle. A partir daí, é fundamental que o paciente busque o auxílio de profissionais da saúde para tratar o problema. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Medicina do Sono e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8 Foto: Shutterstock
Mexer no celular na hora de dormir pode atrapalhar a qualidade do sono?
Ao deitar para dormir, muitas pessoas aproveitam para dar uma última olhada nas publicações dos amigos nas redes sociais e responder as últimas mensagens da noite. No entanto, muitas delas reclamam que têm dificuldade para pegar no sono, mas não sabem que o próprio hábito de usar o celular na hora de dormir pode estar provocando o problema e atrapalhando a qualidade do sono. Mexer no celular antes de dormir atrasa o sono “Aparelhos eletrônicos, como computadores, tablets e smartphones não devem ser usados pelo menos uma hora antes de dormir. A luminosidade excessiva e a interatividade estimulam o corpo a se manter desperto”, afirma a psiquiatra e especialista em Medicina do Sono Camilla Pinna. O resultado? Menos horas de sono por noite e um cansaço maior no dia seguinte. Para pegar no sono com mais facilidade, a médica recomenda estabelecer um “ritual de relaxamento” antes de deitar. “Faça atividades tranquilas e relaxantes próximo à hora de dormir. Reduza o uso de aparelhos eletrônicos e dedique este a tempo a tomar um banho morno, ouvir música ou praticar meditação”, aconselha a profissional. Luzes e ruídos fortes e temperatura desagradável prejudicam o sono Outra atitude que deve ser evitada para melhorar a qualidade do sono é não se concentrar nos problemas do dia a dia ao ir para a cama. O estresse e a ansiedade só irão atrapalhar. Para evitar que isso aconteça, separe alguns minutos depois do jantar para fazer uma lista de tarefas e compromissos do dia seguinte ou da semana para reduzir as preocupações na hora de dormir. Além disso, Camilla recomenda reduzir a luminosidade do ambiente para ajudar a preparar o organismo para iniciar o ciclo do sono. Apague as luzes, feche a cortina e tente bloquear qualquer entrada de luz forte no quarto. Evite beber muita água para não acordar no meio da madrugada para ir ao banheiro e procure deixar o cômodo em uma temperatura agradável. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Medicina do Sono e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8 Foto: Shutterstock
Preciso dormir e não consigo: o que fazer para tentar pegar no sono?
Grande parte das pessoas sabe que manter uma boa alimentação e praticar atividades físicas são atitudes importantes para a saúde do corpo. Entretanto, muitos se esquecem que a qualidade do sono também exerce forte influência no bem-estar físico e mental, ajudando a recuperar as energias e diminuir o estresse e a ansiedade. Mas, e quando você não consegue dormir? O que é possível fazer para tentar pegar no sono? Luz e barulho atrapalham a dormir Uma das dicas mais importantes para conseguir dormir com mais facilidade é estabelecer horários mais ou menos fixos para deitar. “Quando os horários de dormir e acordar variam muito de uma noite para a outra, o ritmo biológico fica desajustado, com alteração da secreção de alguns hormônios, mudanças no humor e no sistema imunológico“, explica a psiquiatra e médica do sono Camilla Pinna. Criar um ambiente confortável para dormir também é fundamental. Quartos muito iluminados, barulhentos e com temperaturas extremas atrapalham qualquer pessoa a dormir e podem até mesmo interromper o sono durante a madrugada. Por isso, não deixe a televisão ligada, feche cortinas e portas por onde a luz possa entrar e não fique mexendo no celular ou computador perto da hora de dormir. Ouvir música na hora de dormir pode ajudar a pegar no sono Ouvir música calma em volume baixo pode ser uma boa ideia para pegar no sono. “Ouvir música calma, chamada música sedativa, diminui a adrenalina e libera ocitocina, nos deixando mais relaxados e esvaziando a mente de pensamentos intrusivos, melhorando a qualidade do sono”, diz Franco Martins, especialista em Medicina do Sono Franco Martins. Além disso, é importante cuidar da alimentação, evitando consumir produtos com cafeína e fazer refeições pesadas à noite. É preciso também investigar, com o auxílio de um especialista, se o paciente tem problemas de saúde que repercutem na qualidade do sono. “Dores, doenças respiratórias, endocrinológicas, depressão e ansiedade, assim como distúrbios relacionados especificamente ao sono, como a insônia e a apneia do sono, podem interferir na qualidade ou na duração do sono”, afirma a médica. Foto: Shutterstock
Por que algumas pessoas têm sono mais pesado do que outras?
Boas noites de sono são fundamentais para o descanso do corpo, para a memorização e aprendizado e também para a manutenção do bem-estar e da qualidade de vida. Muitas pessoas se queixam de ter sono leve e são acordadas pelos mais diversos sons, já outras dizem que nem o mais alto ruído é capaz de acordá-las. Por que a intensidade do sono aparentemente varia tanto de pessoa para pessoa? O ciclo do sono De acordo com Camilla Pinna, psiquiatra e especialista em Medicina do Sono, ela está relacionada ao ciclo do sono: “O sono é dividido em quatro estágios: 1, 2, 3 e REM, progressivamente mais profundos, que se alternam ao longo da noite”, explica. O estágio 1 é o mais leve e funciona como transição. O corpo começa a se relaxar e o indivíduo pode ser facilmente acordado. Já no estágio 2, o relaxamento é maior, chegando ao estágio 3 e ao REM, que conta com um nível mais alto de relaxamento muscular e uma dificuldade maior para que a pessoa desperte. De acordo com Camilla, a distribuição dos estágios de sono apresenta certa variabilidade entre os indivíduos, tanto por questões relacionadas a hábitos, quanto por predisposição genética ou condições de saúde. “Pessoas com insônia podem passar mais tempo no estágio 1 e, muitas vezes, identificam seu próprio sono como leve demais, além de pouco reparador”, explica a psiquiatra. Fatores que interferem no sono Pessoas com sono leve, caso despertem muitas vezes durante a noite, podem ter a qualidade do sono prejudicada, apresentando sintomas como cansaço e sonolência durante o dia, mau humor e desatenção. Certos hábitos e problemas de saúde, como dores, apneia do sono, ambientes com barulho e luminosidade interferem no sono, causando despertares e atrapalhando o aprofundamento do sono. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8