
Dra. Bruna Fanton Gallo
Dermatologia
Biografia
Dra. Bruna Fanton Gallo é graduada em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), é especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto e em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay (Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro), é fellow em Tricologia e doenças do couro cabeludo no Ambulatório de Investigação Capilar (AIC) e é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Artigos
A síndrome das unhas frágeis pode ser consequência de outros problemas de saúde? Quais?
A síndrome das unhas frágeis é uma condição que afeta a resistência e a força das unhas, deixando-as mais fracas e fáceis de serem quebradas, especialmente após traumas. Existem vários fatores que são capazes de levar ao desenvolvimento da síndrome, como uma má alimentação. Além disso, vários problemas de saúde podem ser citados. Carências nutricionais são causas da síndrome das unhas frágeis “Distúrbios da tireoide, anemia, deficiências nutricionais, infecções, doenças como a psoríase e os eczemas e outras doenças sistêmicas podem causar a síndrome das unhas frágeis”, explica a dermatologista Bruna Fanton Gallo. A anemia, por exemplo, é uma condição que pode ser provocada pela carência de nutrientes, como as vitaminas do complexo B. Uma das vitaminas que pertence a esse complexo, a biotina, é a responsável pela manutenção da força das unhas. Quando em falta, pode enfraquecer as unhas. Vale ainda mencionar outras causas da síndrome das unhas frágeis destacadas pela especialista, como o envelhecimento, a menopausa, atividades profissionais, uso de certos tipos de medicamentos e o hábito excessivo de manipular as unhas e de lavar as mãos. Causa da síndrome irá determinar a abordagem do tratamento Segundo a dermatologista, para fazer o tratamento das unhas fracas corretamente, é necessário avaliar toda a saúde do paciente: “É importante fazer uma investigação minuciosa sobre possíveis causas, através do exame clínico e laboratorial, além de avaliar possíveis hábitos e ocupações do paciente. Dessa forma, direcionamos o tratamento para a causa”. Fazer o tratamento de acordo com as causas é muito importante, mas a dermatologista afirma que nem sempre é possível defini-las. “De maneira geral, orienta-se manter as unhas curtas, evitar possíveis traumatismos, como o hábito de roer as unhas, e evitar contato com substâncias químicas ou com a água de forma prolongada“, recomenda Bruna. Outra forma de combater a síndrome das unhas frágeis é recorrer aos tratamentos tópicos, que podem ser feitos com o uso de base esmalte, endurecedores e hidratantes, além de tratamentos sistêmicos, como a suplementação de vitaminas, principalmente de biotina. Foto: Shutterstock
Quais são os sinais do envelhecimento da pele do pescoço?
O pescoço é uma área do corpo que está muito sujeita aos efeitos do sol, do frio e de outros fatores que afetam a saúde da pele. Como consequência, é uma das partes que sofrem mais precocemente com o envelhecimento. Conhecer os primeiros sinais da idade avançada que aparecem na pele do pescoço é fundamental para proteger essa região. Veja quais são esses sinais, logo abaixo. Rugas e flacidez indicam envelhecimento da pele do pescoço “Os sinais de envelhecimento do pescoço são as rugas finas (que, posteriormente, tornam-se mais profundas) e também a flacidez”, afirma a dermatologista Bruna Fanton Gallo. Além disso, com o passar dos anos, a pele do pescoço pode perder parte do seu brilho, ganhar manchas e se irritar com mais facilidade. Rugas finas e profundas são dois tipos diferentes de rugas. As rugas finas também são chamadas de rugas estáticas e estão associadas à perda do colágeno, que dá sustentação e elasticidade à pele, e à exposição aos raios solares. As profundas, por sua vez, são causadas tanto por fatores externos quanto pelo envelhecimento natural do corpo e aparecem mesmo quando os músculos da face estão relaxados. Genética e tabagismo influenciam envelhecimento da pele Segundo a especialista, cada pessoa apresenta um processo de envelhecimento individual, que depende de vários fatores, como genética, exposição ao sol e tabagismo. “Mas, em geral, esses sinais se tornam mais comuns a partir dos 35 anos, quando a perda de colágeno da pele começa a se tornar mais evidente”, explica a médica. Para Doutora Bruna, a prevenção do envelhecimento da pele do pescoço segue as mesmas medidas indicadas para o resto do corpo: “Devemos sempre usar filtro solar e hidratante, evitar muita exposição ao sol e o tabagismo, ter uma alimentação equilibrada e dormir bem. Quando os primeiros sinais surgem, podemos lançar mão de procedimentos em consultório”. Foto: Shutterstock
Que hábitos podem favorecer o aparecimento de rugas?
O envelhecimento do corpo afeta todas as partes do organismo e a pele não é exceção. Com o passar dos anos, principalmente a partir da faixa dos 40 anos de idade, começam a surgir alguns sinais que indicam que a pele está perdendo sua jovialidade. O aparecimento de rugas, como o bigode chinês e os pés de galinha, é um dos principais exemplos. Confira alguns hábitos que podem facilitar a formação desses sinais na pele e veja como evitá-los. Hábito de fumar pode causar rugas Segundo a dermatologista Bruna Fanton Gallo, existem dois tipos de envelhecimento: o intrínseco e o extrínseco. O extrínseco é o que podemos evitar. “O envelhecimento extrínseco é influenciado pelos nossos hábitos de vida e envolve tudo que causa estresse oxidativo no nosso corpo”, afirma a médica. A especialista cita como exemplos de fatores que podem favorecer o surgimento das rugas na pele envelhecida, a exposição crônica ao sol sem a devida proteção, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, as más noites de sono, a má alimentação e o estresse emocional. Quanto mais esses hábitos e fatores estiverem presentes na rotina, mais facilmente as rugas e os outros sinais da idade irão aparecer. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a redução do fluxo sanguíneo na pele do rosto provocada pelo tabagismo parece aumentar o número de rugas. Outro fator destacado pela SBD é a falta de limpeza da pele, já que o acúmulo de suor e de resíduos de maquiagem e de poluição provoca o surgimento das rugas. É possível evitar as rugas? Com o envelhecimento da pele, é natural que algumas rugas se formem no rosto. O que é possível fazer é retardar seu surgimento. Dra. Bruna cita algumas medidas que podem ajudar: “A gente vai proteger nossa pele do sol, evitando a exposição e, se não for possível, usando um bom protetor solar. Evitar fumar, se alimentar bem, dormir bem, manter a pele hidratada. Temos procedimentos em consultório que ajudam, como a toxina botulínica”. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/envelhecimento/4/
Síndrome das unhas frágeis: Toda a área da unha fica comprometida ou só as pontas?
A síndrome das unhas frágeis é uma condição que altera a estrutura das unhas de cerca de 20% da população. Se antes, elas eram firmes e resistentes, com o desenvolvimento do problema, se tornam moles e frágeis. Mas, será que toda a área da unha fica comprometida ou apenas as pontas são afetadas pela síndrome? Confira! Síndrome das unhas frágeis afeta toda a unha “A síndrome das unhas frágeis acomete toda a placa ungueal”, afirma a dermatologista Bruna Fanton Gallo. As unhas começam a crescer a partir da matriz germinativa, região próxima à base da unha, e são empurradas para as pontas dos dedos. “A matriz produz uma unha mais fina podendo quebrar, partir ou descamar”, complementa a médica. A condição provoca algumas alterações bem visíveis. “A mais comum é a descamação lamelar, chamada de onicosquizia”, informa a profissional. Esse sinal nada mais é que a descamação da ponta das unhas. As bases também são afetadas, mas por estrias paralelas que seguem até as pontas, problema chamado de onicorrexe. Vale citar ainda o descolamento da unha. Como é feito o tratamento da síndrome? Ao notar qualquer um desses sinais, é importante procurar ajuda de um dermatologista para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. “Orienta-se manter as unhas curtas, evitar possíveis traumatismos, como o hábito de roer as unhas, e evitar contato com substâncias químicas ou com a água de forma prolongada”, aconselha Bruna. O tratamento da síndrome das unhas frágeis também envolve o uso de medicação. A principal é a que contêm biotina em sua composição, vitamina fundamental para o fortalecimento das unhas. Além disso, podem ser usados esmaltes e cremes com propriedades hidratantes e fortalecedoras. Foto: Shutterstock
Como professores de natação podem evitar a síndrome das unhas frágeis?
Cerca de 20% da população brasileira tem o que os médicos chamam de síndrome das unhas frágeis, uma condição que deixa a unha fraca, mole e até quebradiça. O problema costuma ser apenas estético, mas existem casos em que há dor e incômodo. Professores de natação formam um dos grupos que mais sofrem com a síndrome, já que o contato repetitivo com a água e com umidade é uma de suas principais causas. Excesso de umidade pode fragilizar as unhas de professores de natação “A flexibilidade e a dureza das unhas são determinadas pelo grau de hidratação da placa ungueal”, afirma a dermatologista Bruna Fanton Gallo. Isso significa que, em exagero, a hidratação torna as unhas mais suscetíveis ao desenvolvimento da síndrome das unhas frágeis. Por outro lado, a falta de hidratação também pode prejudicá-las. Portanto, profissionais que atuam em ambientes úmidos ou com água, como professores de natação e hidroginástica, além de atletas de esportes aquáticos, como polo aquático e nado sincronizado, devem ficar atentos ao problema e criar o hábito de se cuidar diariamente. A regra também vale para quem atua na área da limpeza e que acaba entrando em contato com produtos químicos frequentemente. Veja como se proteger da síndrome das unhas frágeis Entre as medidas indicadas pela especialista para a prevenção da síndrome das unhas frágeis estão “proteger as unhas com uso de luvas ou produtos oclusivos, como as bases esmalte e óleos que evitam a perda de água pela placa ungueal”. Outras formas de se prevenir das unhas fracas são mantê-las sempre curtas, evitar roê-las e evitar outros tipos de traumas. No caso dos trabalhadores que já desenvolveram a síndrome, a médica acredita que o afastamento das atividades profissionais não é necessário. Adotar as medidas de proteção já costuma ser suficiente na maior parte dos quadros. Ainda assim, Bruna defende que cada paciente seja avaliado individualmente por um especialista. Foto: Shutterstock
Quais hábitos devem ser evitados por quem tem a pele sensível?
A pele sensível é um tipo de pele que inspira uma série de cuidados por causa de suas características, que desencadeiam reações que prejudicam sua saúde. Isso acontece, por exemplo, a partir do contato com determinadas substâncias, como fragrâncias e medicamentos, segundo a dermatologista Bruna Fanton Gallo. Alguns hábitos na rotina também podem provocar efeitos negativos e devem ser evitados. Banhos quentes podem agredir a pele Um dos hábitos mais nocivos é tomar sol sem qualquer proteção. Os raios solares podem queimar e manchar qualquer tipo de pele, mas seus efeitos podem ser ainda mais graves na pele sensível. Por isso, é fundamental somente pegar sol antes das 10 horas e depois das 16h, utilizar um filtro solar específico e com fator de proteção (FPS) 30, pelo menos, e reaplicá-lo ao suar e ao ter contato com água. Tomar banho com a água muito quente também é um hábito que deve ser evitado. A temperatura muito alta da água faz com que parte da barreira de proteção da pele seja removida, facilitando seu ressecamento. Pelo mesmo motivo, lavar a pele diversas vezes ao dia é outro fator prejudicial. Faça a limpeza apenas de manhã e antes de dormir. Coçar a pele e usar sabonetes que não respeitam o pH natural do órgão também são atitudes que devem ser evitadas. Além disso, é preciso procurar métodos menos agressivos para se depilar, como é o caso da depilação a laser. Pele sensível pode apresentar vermelhidão e acne Não seguir essas recomendações pode desencadear diversos tipos de agressões na pele sensível. “Isso pode se manifestar, por exemplo, por meio de uma maior propensão à acne, rosácea, alergia ou sensação de pinicação, com ou sem vermelhidão”, afirma a médica. Segundo a especialista, o ponto em comum entre esses problemas é a inflamação. “Como uma variedade muito grande de substâncias e hábitos pode irritar a pele sensível, é importante identificá-los e interrompê-los”, explica Dra. Bruna. No caso de produtos que afetam a pele sensível, é importante pedir ajuda para um dermatologista para substituí-los por outros específicos para esse tipo de pele, que não agridem e não geram inflamação.