
Dra. Bianca Venturini
Dermatologia
Biografia
Dra Bianca Venturini é graduada em Medicina pela Universidade Severino Sombra, é especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pós-graduada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Artigos
Que cuidados devem ser adotados na hora de aplicar o medicamento contra calvície?
A calvície é uma doença crônica, evolutiva e geneticamente determinada, que afeta uma parcela considerável da população. Além dos fatores genéticos, a queda excessiva de cabelos pode ainda ter relação com o excesso de oleosidade do couro cabeludo, com distúrbios da tireoide, aplicação de certos produtos químicos, alimentação carente de vitaminas e estresse. Os primeiros sintomas costumam aparecer entre os 17 e 23 anos e o tratamento pode ser feito com medicamento contra calvície, ajudando a retardar o avanço da queda de cabelo. É importante seguir as orientações médicas de aplicação do produto Segundo a dermatologista Bianca Venturini, para usufruir ao máximo os efeitos do medicamento tópico contra calvície, é fundamental que a solução seja utilizada conforme a orientação do médico. “É importante que o tratamento não seja interrompido e que o produto seja aplicado na região seguido de uma massagem para estimular a sua absorção”, afirma a médica. Dra. Bianca recomenda que o produto seja aplicado de acordo com o seguinte passo a passo: Aplicar uma pequena quantidade de produto na área calva ou na região que tem menos cabelo; evitar deixar o produto escorrer pela testa (principalmente as mulheres) para não estimular o crescimento de fios na região temporal; é importante que os cabelos estejam secos no momento da aplicação e massagear a região com as pontas dos dedos, espalhando o produto uniformemente; lavar as mãos depois da aplicação; deixar o produto atuar por pelo menos 4 horas antes de lavar o cabelo. Desrespeitar a prescrição do medicamento contra calvície pode gerar problemas Vale lembrar que é preciso respeitar a prescrição do remédio, já que usar o produto em excesso pode trazer complicações. “Alguns pacientes podem ter reações devido à maior sensibilidade ao medicamento ou por excesso de produto utilizado. Os efeitos colaterais mais comuns são irritação local e aumento dos pelos em locais indesejados, como a face e as mãos”, explica a especialista. Outro possível efeito é a descamação do couro cabeludo. Por ser uma condição que também afeta a estética, é comum que os pacientes busquem resultados imediatos, o que não acontece. O tratamento deve ser feito precocemente, mantido por tempo prolongado e é imprescindível não interrompê-lo, já que o pico de ação ocorre, em média, após 16 semanas de uso. Foto: Shutterstock
Quais são os tipos de micose que existem?
Os diferentes tipos de micose são resultado de infecções causadas por fungos. Estes seres vivos estão entre os mais antigos do planeta e vivem em quase todos os ambientes, incluindo o corpo humano. Ao encontrar condições propícias ao seu desenvolvimento, como umidade e calor, esses fungos começam a se reproduzir com mais velocidade. Nos humanos, podem gerar as micoses, vistas nas unhas, na pele, no cabelo e nas regiões de mucosa e que se apresentam em diferentes tipos, com diversas características. Dermatofitose: o mais comum entre os diferentes tipos de micose Entre os diversos tipos de micose, o mais comum, segundo a dermatologista Bianca Venturini, é a dermatofitose, também chamada de tinea ou tinha. “Manifestam-se como manchas ou placas avermelhadas na pele, que causam descamação e coceira. As áreas mais comumente atingidas são pés ou virilha”, afirma a profissional. As dermatofitoses também podem causar lesões nas unhas, problema conhecido como onicomicose, que forma um resíduo esbranquiçado e provoca o descolamento da unha. Já no couro cabeludo, este tipo de micose pode causar descamação e alguns pacientes podem apresentar fratura dos cabelos em áreas arredondadas. Neste caso, é mais comum em crianças em idade escolar, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Candidíase é comum em pessoas que trabalham em contato com água Outros tipos de micose são a pitiríase versicolor, mais conhecida como pano branco, e a candidíase. ” O pano branco provoca manchas brancas, castanhas ou róseas no tronco e que podem descamar (escama bem fina, às vezes não percebida), mas não é transmitido para outras pessoas“, explica a especialista. As manchas são vistas isoladas ou agrupadas. Já a candidíase é resultado da presença dos fungos do gênero Candida e atinge regiões de mucosa, pele e unhas. “Na pele, aparece em áreas de dobra como lesões avermelhadas com coceira ou ardência. É mais comum em trabalhadores que tenham hábito de manusear água, pois o excesso de umidade favorece o crescimento do fungo na região”, alerta Bianca. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/dermatofitose/91/ Foto: Shutterstock
O que é micose? Como ela é transmitida para as pessoas?
As micoses, também chamadas de dermatomicoses, são infecções causadas por fungos e que podem surgir na pele, nos pelos, nas áreas de mucosas, nas unhas e nas regiões ao seu redor. Esse problema de saúde é causado por diferentes tipos de fungos e que apresentam diversas formas de manifestação, de acordo com a dermatologista Bianca Venturini. Pés, unhas, mucosas e virilha são áreas mais atingidas pelas micoses A especialista explica que entre os tipos de micose, o mais comum são as dermatofitoses, cujos responsáveis são os fungos dermatófitos: “Os principais sintomas são manchas ou placas avermelhadas na pele, que causam descamação e coceira. As áreas mais frequentemente atingidas são os pés e virilha”. A dermatofitose pode acometer também o couro cabeludo e as unhas, podendo apresentar descamação e descolamento, respectivamente. Já a pitiríase versicolor, chamada popularmente de pano branco, provoca manchas brancas, castanhas ou rosadas no tronco, que podem descamar, mas não causam outros sintomas e nem são transmitidas a outras pessoas. Existe ainda a candidíase, que atinge a pele, a mucosa e as unhas. “Na pele, aparece em áreas de dobras como lesões avermelhadas com coceira ou ardência. É mais comum em trabalhadores que manuseiam água”, explica Bianca. Algumas micoses podem ser transmitidas entre pessoas O modo de transmissão das micoses também é bastante variado. As dermatofitoses são transmitidas por meio do contato direto da pele com áreas contaminadas. É importante evitar o contato com animais infectados, andar calçado em locais de uso comum, como chuveiros, piscinas, saunas, terra e areia da praia. Compartilhar roupas, calçados, toalhas, lixas e alicates de unhas não esterilizados também são atitudes que devem ser evitadas, já que apresentam riscos de transmissão de uma pessoa para a outra. O oposto acontece com a candidíase e a pitiríase versicolor. Os fungos causadores dessas micoses são encontrados naturalmente na pele e se desenvolvem em situações especiais, como quando há excesso de umidade ou quando um indivíduo sofre uma baixa na imunidade. É preciso, portanto, evitar permanecer com roupas molhadas ou suadas durante longos períodos, andar descalço em pisos úmidos e evitar vestir roupas muito apertadas. Foto: Shutterstock