
Dra. Andréa Bauer Bannach
Dermatologia
CRM SP 144.224 e RQE 94.353
Biografia
Dra Andréa Bauer Bannach possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), residência em Dermatologia pelo Hospital Regional de Presidente Prudente (HRPP), título de Especialista em Dermatologia pela AMB/SBD. Ela é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)e Gerente Médica da franquia Dermatologia no Aché Laboratórios. (CRM SP 144.224, RQE 94.353)
Artigos
Como os protetores solares impedem a ação nociva dos raios UV?
A composição dos protetores solares faz com que eles sejam produtos capazes de proteger a pele contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta de duas maneiras: refletindo os raios ou absorvendo-os. Independente da forma, é fundamental sempre usar o fator do filtro adequado à sua pele para que a proteção seja efetiva. Características dos protetores solares Os filtros capazes de refletir os raios são os denominados inorgânicos, enquanto os orgânicos são os que absorvem os raios. Os filtros inorgânicos refletem os raios ao criarem uma camada protetora. Já os filtros orgânicos conseguem, ao absorver os raios, transformá-los em radiações com menor energia, o que faz com que os raios que chegam à pele sejam menos nocivos. “Os protetores solares podem agir de duas maneiras: absorvendo ou refletindo e dispersando parte da radiação UV incidente. Nos filtros orgânicos, os ingredientes ativos podem ser vários, como o octinoxato e a oxibenzona. Por outro lado, substâncias como dióxido de titânio e óxido de zinco são encontrados nos filtros físicos (inorgânicos)”, informa a dermatologista Gabriela Itimura. Perigos dos raios ultravioleta Os raios ultravioleta que entram em contato com a pele são o UVB e o UVA e cada um possui sua especificidade. O UVB, apesar de atingir somente a camada mais externa da pele, é o mais perigoso, pois causa queimaduras e é frequentemente relacionado ao câncer de pele. Já o UVA atinge uma camada mais profunda da pele e causa, em geral, menos danos, mas pode levar ao envelhecimento precoce da pele. Ainda que o UVB seja diretamente relacionado ao desenvolvimento de câncer de pele, é importante destacar que o UVA também é um fator de risco para essa doença. “O efeito danoso do sol pode ser visto em sintomas imediatos, como queimaduras ou acumulativo, como fotoenvelhecimento e câncer de pele”, afirma a dermatologista. Como ambos os raios trazem malefícios para a saúde quando entram em contato direto com a pele, o uso de filtro solar é crucial. Deve ser aplicado todo dia, mesmo quando o tempo está nublado, pois alguns raios conseguem perfurar as nuvens. Foto: Shutterstock
Dezembro laranja: as manchas merecem atenção para o câncer de pele
Fim de ano é época de se preparar para as festas de Natal e Ano Novo e para o verão, mas também é quando acontece a campanha Dezembro Laranja, cujo objetivo é alertar a população brasileira a respeito dos perigos e da necessidade de se prevenir contra o câncer de pele. Este é o tipo de câncer mais comum no país: segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são cerca de 180 mil novos casos a cada ano. Pintas que mudam de cor são sinal de câncer de pele Para detectar o câncer de pele precocemente, é importante ficar de olho em mudanças no próprio corpo. “Prestar atenção nas características das pintas, sendo que alterações como mudança de coloração, bordas irregulares, sangramento e coceira são sinais de alerta”, afirma o dermatologista Bruno Vargas Aniceto. A formação de crostas com vazamento de líquidos também é uma característica da doença. O câncer de pele se manifesta ainda por meio de feridas que não cicatrizam ou de manchas nas cores rosa, preto e castanho e que aumentam de tamanho. De acordo com o especialista, surgem com maior frequência no pescoço, ombros, costas, face, orelhas e couro cabeludo. Na dúvida, não deixe de procurar um médico para uma avaliação. Conheça os tipos de câncer de pele “Existem dois tipos de câncer de pele. O tipo não melanoma, normalmente, não leva ao óbito e é o tipo mais comum. Geralmente, ocorre em áreas expostas e medidas de proteção solar, como o uso de filtro solar, são as mais eficazes na prevenção”, afirma o dermatologista. Além disso, o tratamento costuma ser menos intenso, feito com radioterapia ou cirurgia. Já o tipo melanoma pode levar a morte e o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja eficaz. Este tipo não se desenvolve necessariamente em áreas expostas aos sol e a melhor maneira de se prevenir é fazer o exame periódico das pintas, chamadas na literatura médica de nevos melanocíticos. Foto: Shutterstock
Saiba como identificar e tratar a queda precoce dos cabelos
O rapaz mal chegou à idade adulta e já percebe entradas nas testas, fios caindo na escova e soltos no travesseiro, ao acordar. Até que ponto essa queda de cabelo é normal ou precoce demais? A alopecia androgenética – popularmente conhecida como calvície – está relacionada aos hormônios androgenéticos, que começam a ser produzidos na puberdade. Quando ligar o sinal de alerta e procurar tratamento médico? Segundo a Dra Andrea Bauer Bannach, gerente médica da divisão de Dermatologia do Aché Laboratórios, não há uma idade exata que determine quando a queda se apresenta precoce. “O ciclo de crescimento capilar é muito demorado e a quantidade de fios é muito grande. Por isso, a doença leva vários anos para se tornar aparente. Não conseguimos definir um número exato em anos, para determinar essa precocidade”, esclarece. Mas, segundo a dermatologista, é importante observar e procurar acompanhamento médico se a queda ocorrer de maneira mais acentuada na juventude. “Se há forte influência genética, o início tende a acontecer muito cedo. Não há uma idade certa, é uma característica de cada família. Mas, em casos de diagnóstico ainda na puberdade, pode-se observar um início precoce. Há na literatura médica evidências de que esses casos poderiam estar mais relacionados a outras situações, como resistência à insulina, obesidade, doenças cardiovasculares e história familiar desses problemas”, alerta Dra Andrea. A médica ressalta ainda que alguns outros tipos de queda capilar podem acometer jovens homens e mulheres, como a alopecia areata, a tricotilomania e a tinea capitis. Por isso, o diagnóstico é tão importante. “A alopecia areata é uma doença autoimune, em que um processo inflamatório causa a queda de fios em áreas arredondadas, enquanto a Tricotilomania é uma doença psiquiátrica em que a própria pessoa arranca os fios e a Tinea Capitis é uma infecção por fungo, que gera prurido e perda de fios. Cada uma dessas causas tem um tipo de tratamento diferenciado”, diz. No caso da alopecia androgenética, a mais comum entre os homens, a hereditariedade e os hormônios são relevantes. “Os hormônios androgênicos afetam a produção de sebo do couro cabeludo, causando excesso de oleosidade, que pode estar relacionado à dermatite seborreica e piorar a queda. O estilo de vida também pode influenciar o desenvolvimento e progressão de algumas doenças”, explica a dermatologista. Segundo Dra Andrea, se confirmado o diagnóstico de alopecia androgenética de início precoce, a maioria dos profissionais opta por iniciar tratamentos semelhantes ao usados em casos de início tardio. “Dependendo da idade do paciente, pode ser necessário fazer tratamentos off label – quando o uso do medicamento é diferente do preconizado em bula –, pois não há, no Brasil, medicamentos aprovados para calvície em menores de 18 anos. É importante o acompanhamento de um especialista. Em todos os casos, o tratamento é crônico, para o resto da vida. Podem ser empregados medicamentos tópicos (como o Minoxidil e alfa estradiol), orais (como finasterida) e tratamentos injetáveis ou com luzes, feitos em consultório. Casos mais graves podem requerer transplante capilar, que pode ser realizado em qualquer indivíduo com mais de 18 anos”, explica Dra Andrea. A dermatologista finaliza ressaltando a importância de hábitos saudáveis para impedir a agravação de um quadro mais grave. “No caso da alopecia androgenética, pouca coisa pode ser feita para parar a queda, justamente por conta da herança genética. Mas manter um estilo de vida saudável evita outras situações que podem agravar o quadro ou gerar uma queda de cabelo por outros motivos. É importante manter uma alimentação saudável, por exemplo, para evitar falta de nutrientes essenciais, e manter uma boa higiene do couro cabeludo para evitar infecção por fungo”, completa.
Sol e esportes: como proteger a pele durante uma atividade com amigos?
A prática de esportes ao ar livre com amigos é sempre muito prazerosa e empolgante, o que faz com que muitas pessoas saiam de casa apressadas, sem tomar os devidos cuidados que a pele precisa quando fica exposta ao sol. Para ter um dia de diversão perfeito, é deve-se dar essa atenção à saúde da pele, o que pode ser feito com medidas simples. Métodos de proteção da pele para a prática esportiva ao ar livre “Para proteger a pele durante a prática esportiva ao ar livre, recomenda-se utilizar sempre filtro solar com fator no mínimo 30 e, de preferência, com proteção UVB e UVA. Deve-se reaplicar o produto a cada 2 ou 3 horas, ou sempre que suar ou sair da água. Vale também abusar da proteção física, com uso de chapéu, boné, camiseta e óculos. Hoje em dia existem todos esses produtos com proteção UV também”, informa a dermatologista Daniela Aidar. É importante lembrar que o protetor solar precisa ser aplicado de 20 a 30 minutos antes da exposição para que haja tempo de absorção pela pele. Deve-se atentar ainda para a validade do filtro solar, pois quando ele está vencido, além de não proteger corretamente, a pele fica sujeita a irritações. “Para quem pratica esportes ao ar livre, o ideal é utilizar um filtro específico, que não saia tão facilmente com água ou suor. Nenhuma área deve ficar desprotegida, incluindo orelhas e atrás do pescoço”, explica Daniela. Melhores horários para pegar sol e formas de amenizar os efeitos dos raios na pele Os horários ideais para praticar esportes ao ar livre é cedo pela manhã ou no final da tarde, pois durante o dia a intensidade dos raios UVA e UVB é muito intensa. “O UVA é responsável pelo envelhecimento da pele, além de também ser cancerígeno. O UVB é o causador das queimaduras solares e câncer de pele. O pico de radiação UVB ocorre entre 10h-16h. Já o UVA é constante ao longo do dia”, afirma a especialista. Quem já se expôs ao sol demasiadamente e deseja amenizar seus efeitos na pele pode apostar em alguns métodos, como banhos frios, sem bucha e com sabonetes adequados para pele seca e sensível. “Após o banho, vale também abusar de loções hidratantes e loções pós-sol, com ativos calmantes. Beber bastante água é outra recomendação essencial”, conclui a dermatologista. Foto: Shutterstock