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Dra. Ana Paula Bechara

Psiquiatria

165290/SP

Biografia

Dra. Ana Paula Bechara é formada em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora(UFJF). Realizou Residência Médica em Psiquiatria no Hospital das Clínicas da UFU. Possui título de especialista em psiquiatria pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

Artigos

O que é depressão psicótica? Saiba mais sobre sintomas e tratamento!

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais conhecidas e faladas atualmente. É marcada principalmente pelo desânimo, pessimismo e pela sensação de tristeza profunda. No entanto, existe um tipo da doença em que os pacientes não apresentam apenas sintomas depressivos. É a chamada depressão psicótica. Depressão psicótica provoca delírios e alucinações “A depressão psicótica é uma forma grave de depressão e aparece nos transtornos depressivos, tanto no unipolar quanto no bipolar”, afirma a psiquiatra Ana Paula Bechara. O tipo unipolar é o mais clássico e frequente, enquanto a depressão bipolar é uma forma que se desenvolve junto ao transtorno bipolar. “Ela é manifestada por meio dos sintomas depressivos, que são acompanhados dos sintomas psicóticos, como delírios e alucinações“, diz a médica. Quem é diagnosticado com a depressão psicótica pode ouvir vozes e ver pessoas que não existem. Muitos pacientes acreditam estarem sendo ameaçados e perseguidos e é difícil convencê-los do contrário. Medicações e terapia fazem parte do tratamento da depressão psicótica O tratamento da depressão psicótica vai depender do diagnóstico. “Se é uma depressão psicótica ligada ao transtorno afetivo bipolar, geralmente, além do uso de antidepressivo e antipsicótico, é necessário também o estabilizador de humor. Se for ligada à depressão maior, que é a depressão unipolar, trata-se com antidepressivo e antipsicótico”, diz a profissional. Os psiquiatras costumam indicar ainda terapias para o tratamento da depressão psicótica, já que é muito importante tratar a parte psicológica também: “Eu sempre associo terapia para os meus pacientes, exceto nos casos muito graves, em que a gente precisa tirar o depressivo da fase aguda para depois começar a terapia”, relata Ana Paula.   QUANDO PENSAR EM DEPRESSÃO? Tristeza não é sinônimo de depressão. O episódio depressivo se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir, ocorrendo na maior parte do dia, quase todos os dias; obrigatoriamente uma das manifestações deve ser humor deprimido ou perda do prazer em atividades: -Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança; isso pode ser percebido por outras pessoas; -Diminuição ou perda do prazer em atividades: menor interesse em passatempos ou em atividades que anteriormente o indivíduo considerava prazerosas; o individuo muitas vezes fica mais retraído socialmente; -Inquietação ou estar mais lento que seu habitual, e isso é percebido por outras pessoas; -Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer (de forma não intencional) aumento de apetite, aumento de peso, redução de peso, redução de apetite (exemplo: o indivíduo precisa se esforçar para se alimentar); -Alteração do sono: excesso de sono ou insônia; -Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico pode ser relatado pelo indivíduo, bem como dificuldade em realizar tarefas; -Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado; -Dificuldade de se concentrar ou de pensar: os indivíduos podem se queixar de dificuldades de memória; -Pensamentos de morte ou planejamento para cometer suicídio. Tais alterações representam mudança em relação ao funcionamento anterior do indivíduo, e causam sofrimento e/ou prejuízos no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Lembre-se: depressão não é só no setembro amarelo! Se você sentir que está diferente do seu habitual ou notar diferença em alguém com quem convive, procure ou oriente a procura de ajuda médica e psicológica!   Dra. Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla é psiquiatra com residência médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). CRM-SP: 165290 Foto: Shutterstock

A esquizofrenia é uma doença para ser tratada apenas com psiquiatra?

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico marcado pelo desenvolvimento de delírios e alucinações que provocam grave confusão mental nos pacientes. Pensamento desorganizado, agitação física e dificuldades para expressar sentimentos também são sintomas da doença. O primeiro passo para tratá-la é procurar um psiquiatra. Psicólogos e terapeutas podem ajudar pacientes com esquizofrenia “O tratamento farmacológico é um componente muito importante para a esquizofrenia, já que contribui bastante para aliviar os sintomas e para a recuperação psicossocial”, afirma a psiquiatra Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla. Nestes casos, é recomendado o uso de antipsicóticos, classe que impede alterações no comportamento e alivia os sintomas psicóticos. Além do tratamento com remédios, é necessário também realizar intervenções psicossociais com outros profissionais da área da saúde. “É importante que exista um tratamento com um psicólogo, um assistente social e um terapeuta ocupacional para tentar reinserir o indivíduo na sociedade, melhorar seu funcionamento social e profissional, reduzir o risco de recaídas no futuro e promover a adesão ao tratamento”, diz a especialista.   Tratamento para esquizofrenia com terapias e remédios é mais eficaz Os tratamentos que contemplam intervenções multidisciplinares, na maioria dos casos, permitem uma evolução melhor e mais rápida do quadro, proporcionando significativa melhora da qualidade de vida do paciente esquizofrênico. A psicoterapia, a terapia ocupacional, a terapia familiar, o treino de habilidades sociais e a reabilitação cognitiva geram benefícios na área social, cognitiva e afetiva. Outras abordagens capazes de ajudar os pacientes são o emprego assistido com apoio psicoterapêutico, desde que os principais sintomas da doença já estejam controlados, e a prática de atividades físicas. No entanto, o auxílio de todas as técnicas e profissionais somente surtirá o efeito esperado se o paciente aderir ao tratamento e tiver o apoio de seus familiares. Dra. Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla é psiquiatra com residência médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). CRM-SP: 165290 Foto: Shutterstock

Dia do Transtorno Bipolar: Entenda as diferenças entre os tipos 1 e 2 e saiba como identificar a doença

O Dia do Transtorno Bipolar é celebrado em 30 de março. A data tem como objetivo conscientizar essa condição de saúde mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por alterações de humor intensas e extremas, o transtorno pode causar grande sofrimento e prejuízo na vida dos pacientes. Em entrevista para o Cuidados Pela Vida, a médica psiquiatra Ana Paula Bechara tira algumas dúvidas sobre o Transtorno Bipolar e nos ajuda a entender melhor como é a cabeça de uma pessoa com Transtorno Bipolar. Confira! O que é o Transtorno Bipolar? O Transtorno Bipolar é uma condição psiquiátrica que se caracteriza por oscilações extremas de humor, que vão desde episódios de euforia intensa, conhecidos como mania, até períodos de depressão profunda. Essas alterações de humor podem afetar significativamente a qualidade de vida do paciente, interferindo em seu trabalho, relacionamentos e na capacidade de lidar com o dia-a-dia. Além disso, o transtorno bipolar pode se manifestar de diferentes maneiras, apresentando variações nos sintomas, gravidade e frequência dos episódios. Quais são os sintomas de Transtorno Bipolar tipo 1 e 2 Existem dois tipos principais de transtorno bipolar, o tipo 1 e o tipo 2. Basicamente, enquanto os dois tipos são caracterizados por alterações no humor, o que os difere são a frequência e intensidade dos episódios da condição. – Transtorno Bipolar Tipo 1: “O transtorno bipolar tipo um é marcado por fases maníacas mais floridas e um pouco mais longas. O paciente com transtorno bipolar tipo um costuma ser um paciente que já não funciona na sua vida laboral, relacional e social. É bastante impactante”, afirma a doutora Ana Paula. – Transtorno Bipolar Tipo 2: A psiquiatra continua: “O transtorno bipolar tipo dois que é marcado por fases conhecidas como hipomaníacas, que são fases um pouco mais curtas e que não gera uma grande disfuncionalidade no paciente. Embora também seja grave, o paciente ainda pode funcionar de alguma forma.” Ou seja, o Transtorno Bipolar Tipo 1 é o mais agravante quando estamos falando do quanto ele pode influenciar no dia-a-dia de uma pessoa que vive com essa condição. O Transtorno Bipolar tem cura? O transtorno bipolar é uma condição crônica e não possui cura, porém, pode ser controlado através do uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida. É essencial que o tratamento seja adequado e regular, sem interrupções, sempre acompanhado por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra. Tanto o tipo 1 quanto o tipo 2 de transtorno bipolar exigem um tratamento contínuo para manter os sintomas sob controle e prevenir a ocorrência de episódios graves. Dessa forma, é importante que o paciente siga as orientações médicas e não interrompa o tratamento sem o consentimento do profissional de saúde. Quem pode diagnosticar o Transtorno Bipolar? O diagnóstico do transtorno bipolar deve ser realizado exclusivamente por um profissional especializado em saúde mental, ou seja, por um psiquiatra. Os sintomas do transtorno bipolar podem ser bastante variados e podem ser confundidos com outras patologias, o que torna o diagnóstico preciso fundamental para garantir um tratamento adequado.

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