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Dra. Ana Helena Figueiredo

Infectologia

Biografia

Dra. Ana Helena Figueiredo é graduada em Medicina pela Universidade Santo Amaro (UNISA), com especialização pela Johns Hopkins Bloomerg School of Public Health. Tendo passagens pelo Hospital São Camilo (SP), pesquisa clínica no Hôpitaux de Paris (França) e pesquisa clínica em Amsterdã (Holanda) no Academic Medical Center, hoje, ela atua como infectologista no corpo médico do grupo de saúde Iron.

Artigos

A enterobíase pode passar de uma pessoa para outra?

A enterobíase, também conhecida como enterobiose ou oxiurose, é uma parasitose intestinal causada por um verme que mede cerca de 1 centímetro chamado de Enterobius vermicularis. Uma de suas características que mais chama atenção é a sua forma de contágio: existe transmissão de uma pessoa para outra. Entenda como funciona a transmissão da enterobíase Como o termo parasitose intestinal já indica, o verme causador da enterobíase se aloja no intestino. Lá também ocorre sua reprodução. “Após o acasalamento dos vermes no intestino, o macho morre e é eliminado pelas fezes. A fêmea grávida permanece no intestino e, durante a noite, se move em direção ao ânus, onde deposita seus ovos”, afirma a infectologista Ana Helena Figueiredo. Ao serem depositados, os ovos se tornam infectantes depois de algumas horas. “Eles sobrevivem até duas ou três semanas em roupas, lençóis, cobertores, objetos e outras superfícies. A contaminação acontece quando esses ovos são ingeridos por indivíduos que encostam nessas superfícies contaminadas ou até pela mesma pessoa, causando reinfecção”, explica a médica. Quais são os principais sintomas da oxiurose? Como a movimentação feita pelo verme do intestino em direção ao ânus é acontece durante a noite, os sintomas também aparecem com maior frequência à noite. Segundo o Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias, elaborado pelo Ministério da Saúde, a coceira anal é o sintoma mais comum da enterobíase e, de acordo com a especialista, pode até mesmo levar a distúrbios do sono em pessoas infectadas. Dor abdominal, enjoos e vômitos também podem ocorrer. É possível se prevenir da enterobíase? Para prevenir essa parasitose intestinal, segundo Dra. Ana Helena, o primeiro passo é fazer o diagnóstico correto e o tratamento adequado de todos os infectados. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica ao notar os sintomas. Além disso, é importante tratar todos os familiares e pessoas que entraram em contato com um indivíduo infectado. Para prevenir infecções recorrentes deve-se: – Lavar as roupas pessoais e roupas de cama em água quente durante o tratamento; – tomar banho ao acordar, para prevenir a contaminação de roupas e objetos com os ovos infectantes; – sempre lavar as mãos após ir ao banheiro; – trocar roupas íntimas e vestimentas diariamente; – trocar roupas de cama frequentemente; – manter as unhas curtas e não roê-las; – evitar coçar a região anal. Dados do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_bolso_4ed.pdf

Prisão de ventre pode ser um sintoma de parasitoses intestinais?

A higienização adequada dos alimentos em casa ou o consumo em restaurantes de procedência confiável é fundamental para evitar a contaminação por organismos que causam as chamadas parasitoses intestinais. Essas infecções, ainda que raramente sejam graves, podem causar bastante desconforto e exigem tratamento especializado assim que forem identificados os sintomas. A prisão de ventre é um deles? Descubra! Prisão de ventre é um dos sintomas das parasitoses intestinais As infecções causadas pelos parasitas intestinais geralmente cursam com sintomas, geralmente relacionados ao sistema digestivo, mas nem sempre. “A prisão de ventre pode ser um sintoma de parasitose intestinal”, confirma a infectologista Dra. Ana Helena Figueiredo. “Algumas parasitoses podem acometer o indivíduo de forma assintomática, mas é mais comum que apresentem algum sintoma como dor abdominal, náuseas, vômitos, fezes amolecidas, flatulência, empachamento, cansaço, perda de peso, aumento do abdômen e machas na pele”. Água e alimentos contaminados são portas de entrada para parasitoses intestinais A prevenção é a melhor forma de combater as parasitoses intestinais, que podem atingir vários órgãos do sistema digestivo. “Esses parasitas podem ser helmintos ou protozoários e acometem tanto o trato gastrointestinal quanto outros órgãos dos indivíduos infectados”, pontua a infectologista. “São infecções muito comuns, principalmente na infância, e sua frequência é associada às condições sanitárias das comunidades”. A prevenção é fundamental para evitar as infecções e, por isso, é importante higienizar bem os alimentos (ou consumir em restaurantes com ingredientes de boa procedência) e tomar cuidado com a qualidade da água ingerida. “A melhor forma de prevenção é o investimento em saneamento básico e higiene da população”, completa Dra. Ana Helena. “Além disso, filtrar ou ferver a água sempre antes de consumir ou preparar alimentos; lavar muito bem frutas, verduras e legumes; não ingerir carne e peixe crus ou mal passados; e lavar muito bem as mãos”. Em alguns casos, a contaminação pode acontecer fora do contexto da alimentação, em locais que contenham os protozoários ou larvas de parasitas. “Algumas parasitoses podem contaminar o solo e a água de lagos e lagoas, então é recomendado evitar entrar em contato com lama, terra, nadar e andar descalços em lugares que tenham risco de contaminação”, conclui a especialista.

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