
Dra. Ana Caroline Barreto
Dermatologia
Biografia
Dra. Ana Caroline Barreto é médica dermatologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Realizou a residência médica em dermatologia pela mesma instituição, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Possui título de especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB). É membro titular da SBD. Realizou, também, Especialização em Dermatologia Estética e Laser no Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Possui trabalhos apresentados em congressos e artigos científicos publicados em revistas científicas. Para se manter atualizada, Dra. Ana Caroline participa frequentemente dos principais congressos da área.
Artigos
Quais são os cuidados no banho para evitar a irritação da pele sensível?
A pele sensível acomete várias idades, desde crianças até idosos. Ela ocorre quando a função de barreira protetora da pele é comprometida, tornando-a suscetível a fatores externos, como partículas que causam alergia, substâncias químicas, bactérias e fungos. Algumas práticas comuns de banho podem prejudicar a pele mais sensível e por isso quem possui esta condição deve tomar alguns cuidados. “Uma pele mais sensível costuma apresentar sintomas como vermelhidão, coceira, ardor, irritação, queimação e até descamação. Pode acometer o couro cabeludo, a face ou o corpo. Tomar banho com maior frequência e usar água muito quente são algumas práticas que normalmente desencadeiam esses sintomas na pele sensível”, informa a dermatologista Ana Caroline Barreto. Cuidados importantes com a pele sensível para evitar a irritação A limpeza da pele através da fricção (uso de buchas) também é algo a ser evitado, pois aumenta o ressecamento, uma vez que ocasiona a perda dos fatores naturais de proteção da pele e diminui a camada de gordura (lipídeos). “O uso de produtos com surfactante (como o sabão), limpa a pele com mais intensidade, mas, por outro lado a deixa mais ressecada”, afirma Ana. É importante que as pessoas com pele sensível escolham produtos de banho que reforcem a função de barreira, protejam contra a perda de umidade e possuam o pH fisiológico. “Os sabonetes neutros são a melhor opção para limpeza da pele sensível. O uso de hidratantes com cheiro ou cor devem ser evitados. Para saber qual produto é ideal para o seu tipo de pele, consulte seu dermatologista”, recomenda. Cuidados com a pele sensível além do banho Além de garantir os cuidados com a pele sensível no banho, deve-se ter atenção nos demais momentos do dia, apostando no uso de hidratantes e calmantes que combatam a irritação e o ressecamento, além do indispensável protetor solar. É recomendado utilizar produtos com pH fisiológico e com propriedades anti-inflamatórias e calmantes. Foto: Shutterstock
Quais são os principais tipos de olheiras? Saiba mais!
As olheiras podem ser classificadas em tipos diferentes, cada um associado a características e causas específicas. Essas manchas escuras embaixo dos olhos podem surgir por fatores distintos, sejam eles genéticos, vasculares ou ligados à melanina da pele. Independentemente do tipo, o tratamento adequado pode ajudar a amenizar ou acabar com as suas olheiras. Tipos de olheiras “Podemos falar primeiro das olheiras acastanhadas, que são decorrentes do maior acúmulo de melanina ou hemossiderina (pigmento gerado a partir das hemácias do sangue). As principais causas desse tipo de olheira são: genética, alergia (como rinite alérgica, pois o ato de coçar gera inflamação da pele com posterior pigmentação da pele no local) e exposição solar”, cita a dermatologista Ana Caroline Barreto. Já as olheiras arroxeadas têm origem na dilatação dos vasos sanguíneos que circulam no local. Como a pele da pálpebra é fina e transparente, se torna possível visualizar esses vasos sanguíneos. “Esse tipo de olheira também tem tendência genética, mas pode ser agravada por privação de sono e situações que promovem retenção de líquido (gravidez, menstruação, ingesta excessiva de álcool)”. Há ainda as olheiras profundas, que são decorrentes da formação de um sulco entre a olheira e o início das bochechas. “Essa depressão gera uma sombra no local, conferindo aspecto de escurecimento. Neste caso, a causa principal é o envelhecimento. Sabendo os fatores que originam as olheiras, podemos buscar evitá-los para que a formação ou piora das olheiras não ocorra”. Sono ruim e estresse influenciam na formação de olheiras As olheiras também podem surgir de experiências e comportamentos da vida, do cotidiano, como por exemplo, estresse, alimentação ruim e noites de sono mal dormidas ou com quantidade de horas insuficiente. Esses fatores interferem na parte vascular, dando à região de baixo dos olhos o aspecto mais escuro típico das olheiras. Foto: Shutterstock
Quanto tempo costuma durar a síndrome das unhas frágeis depois do início do tratamento?
A síndrome das unhas frágeis é uma condição relativamente comum e afeta cerca de 20% da população, a maioria mulheres. Depois que o tratamento adequado é definido e iniciado, a recuperação das unhas costuma levar entre 6 e 9 meses para ocorrer. A velocidade de crescimento da unha de cada indivíduo será determinante para estabelecer com exatidão este período de tempo. “A recuperação total das unhas depende do fator desencadeante. No caso dos fatores ambientais, desde que estes sejam adequadamente controlados, é possível a recuperação total, com o tratamento adequado. No caso das doenças sistêmicas e afecções dermatológicas, é necessário o tratamento da doença de base”, explica a dermatologista Ana Caroline Barreto. Fatores que colaboram para o surgimento da síndrome das unhas frágeis As causas mais comuns da síndrome das unhas frágeis são benignas e facilmente tratáveis. Dentre elas, pode-se citar a exposição a agentes químicos (solventes, sais), cosméticos (como o formaldeído presente em alguns esmaltes), água (quando em excesso), traumas repetitivos, infecções (como as micoses de unha), dentre outros fatores externos. Fatores internos, como doenças sistêmicas e afecções dermatológicas, também podem ocasionar a síndrome das unhas frágeis. Hipotireoidismo, diabetes, anorexia, alterações circulatórias e anemia são alguns exemplos. “Há ainda os fatores que podem atuar de maneira cumulativa, determinando maiores alterações nas unhas ao longo do tempo. Uma das causas mais frequentes, e alguma vezes negligenciadas, é o uso excessivo de removedores de esmalte, que promovem ressecamento excessivo da unha”, diz Ana Caroline. Tratamento para a síndrome das unhas frágeis O tratamento contra síndrome das unhas frágeis deve ser sempre baseado no fator desencadeante, mas algumas medidas auxiliam de uma forma mais geral. Por exemplo, deve-se evitar a desidratação e a umidificação excessivas das unhas, assim como traumas e substâncias irritativas. “Nos casos de exposição excessiva à água, o uso de luvas de proteção é recomendável. Em todas as formas de síndrome de unhas frágeis, a aplicação de hidratantes nas unhas é válida. Agentes fortalecedores ungueais também podem ser úteis, assim como suplementação oral de vitamina, como a biotina, de acordo com cada caso”, completa a dermatologista. Foto: Shutterstock
Novo coronavírus: Pacientes com asma, bronquite crônica e enfisema | DPOC têm maior risco de contrair a doença?
O novo coronavírus | COVID-19 é uma realidade no Brasil. Para controlar sua dispersão, é importante ficar atento aos fatores de risco, sintomas e formas de prevenção. Alguns grupos precisam de uma atenção especial, como os idosos, pacientes com diabetes e problemas cardiovasculares e pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite crônica e enfisema pulmonar | DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Quem tem uma das doenças que afeta a saúde do sistema respiratório tem o mesmo risco que a população em geral de contrair a infecção causada pelo novo coronavírus. No entanto, diferentemente da maioria das pessoas, esse grupo tem maior chance de desenvolver uma forma mais grave da doença. Em alguns casos, o paciente poderá precisar de internação para receber os cuidados necessários. Portanto, é muito importante seguir o tratamento recomendado pelo seu médico visando manter a sua doença crônica bem controlada para reduzir os riscos de complicações. Quais são os sintomas do novo coronavírus? Os principais sintomas do COVID-19 são: febre, cansaço, falta de ar e tosse seca. Alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão, coriza, dor de garganta e diarreia. Esses sintomas geralmente são leves e aparecem gradualmente. Entretanto, existe um grupo de pessoas que são infectadas pelo novo coronavírus, mas que não apresentam qualquer sintoma e não se sentem mal. Segundo a Organização Mundial da Saúde | OMS, embora uma a cada seis pessoas possa apresentar dificuldade para respirar, cerca de 80% dos pacientes se recuperam da doença sem precisar de tratamentos especiais. Ao notar algum desses sintomas, é importante saber como agir. O ideal é não sair correndo para uma unidade de pronto-atendimento, já que outras infecções respiratórias também causam esses sintomas e você pode estar se expondo a riscos desnecessários. Procure o médico se estiver com febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar), além de histórico de viagem internacional ou contato próximo de casos suspeitos ou confirmados para o COVID-19. Como se dá a transmissão do COVID-19? A transmissão do novo coronavírus é feita de uma pessoa infectada para uma pessoa não infectada. A doença pode se espalhar por meio de pequenas gotículas que saem do nariz e da boca quando uma pessoa com o COVID-19 tosse ou espirra, por exemplo. Essas gotículas pousam em objetos e superfícies, como celulares, talheres, copos, corrimões e carrinhos de supermercados, e depois são levadas para dentro do corpo quando as mãos tocam os olhos, o nariz ou a boca. É importante destacar que pessoas infectadas que ainda não apresentaram os sintomas também podem transmitir o vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação, que é o tempo que leva para os primeiros sintomas aparecerem desde a infecção pelo novo coronavírus, pode ser de 2 a 14 dias. É possível se prevenir do COVID-19? Ainda não existe vacina e nem um tratamento específico para o novo coronavírus, mas sim contra os sintomas. Portanto, as medidas de prevenção são muito importantes, especialmente para idosos e pacientes com doenças pulmonares e outras doenças crônicas. O Ministério da Saúde orienta ter cuidados básicos com a higiene para reduzir o risco de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão: – Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos segundos. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as maõs à base de álcool; – evitar tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos não lavadas; – evitar contato próximo com pessoas doentes; – ficar em casa quando estiver doente; – cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogá-lo no lixo; – limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência. Outras dicas são se alimentar e dormir bem, evitar o estresse, manter a casa bem ventilada e evitar locais com aglomeração de pessoas. Os profissionais da área da saúde, por sua vez, independentemente de pertencerem a alguma categoria de risco, devem utilizar medidas padrões de precaução, como uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção. Isolamento diminui a transmissão do novo coronavírus? Outra medida para evitar a transmissão do vírus é o isolamento. Como parte das pessoas não manifestam sintomas e devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, o Ministério da Saúde e vários governos estaduais têm pedido para que a população permaneça em casa, evitando ir ao cinema, à praia e a locais com aglomerações, e evite também beijos, abraços e apertos de mão, a fim de diminuir o ritmo de propagação do COVID-19. Para ajudar a população a se informar melhor e combater a propagação de notícias falsas sobre o COVID-19, o Ministério da Saúde desenvolveu um aplicativo sobre o vírus. No aplicativo Coronavírus SUS, é possível encontrar uma grande variedade de informações sobre sintomas, prevenção, transmissão, mapa das unidades de saúde e até uma lista de notícias falsas divulgadas sobre o assunto. A ferramenta é de fácil acesso e está disponível para download nas lojas virtuais dos sistemas de celulares iOS e Android de forma gratuita. O momento requer atenção especial de todos os agentes da sociedade. Não é fácil alterar a rotina e mudar os hábitos diários, mas esses cuidados extras são fundamentais para a superação da crise causada pela pandemia do novo coronavírus e, assim, retomar a vida normal em breve. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses Dados do Ministério da Saúde: https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 Dados do Ministério da Saúde: https://coronavirus.saude.gov.br Aplicativo Coronavírus – SUS para iOS: https://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382 Aplicativo Coronavírus – SUS para Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes&hl=pt_BR Este comunicado é parte das ações de proteção frente ao combate ao novo coronavírus. Fique atento às demais informações nos canais oficiais do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos órgãos do seu estado e também por aqui.
Quem tem fios muito finos tem maiores chances de desenvolver calvície?
Ter um fio de cabelo grosso ou fino é um fator definido geneticamente. Independente da espessura, os fios passam pelas mesmas etapas de crescimento do ciclo capilar, desde que estejam em circunstâncias normais. Devido aos fios mais sensíveis, muitas pessoas acham que quem tem cabelos mais finos tem mais possibilidade de ter calvície. Será que isso é verdade? Fios finos nem sempre indicam calvície Estima-se que uma pessoa pode perder entre 50 a 100 fios de cabelos ao longo de um dia, em um processo totalmente normal e que faz parte do ciclo capilar. A dermatologista Ana Caroline Barreto afirma que, em comparação com outros tipos de cabelo, quem tem fios finos não tem maiores chances de ter queda de cabelo, uma vez descartadas causas patológicas que poderiam gerar essa condição, como por exemplo a calvície. Pessoas com essa condição apresentam cabelos mais finos e ralos, mas isso é um resultado da própria doença. “A calvície, ou alopecia androgenética, é uma situação de queda de cabelo determinada geneticamente e muito frequente na população, tanto em homens como em mulheres. Por um comando genético, o estímulo hormonal da testosterona, que se inicia na adolescência, faz com que os fios venham progressivamente mais finos em cada ciclo do crescimento capilar, este processo é chamado de miniaturização. Tem início em geral na adolescência e, se não tratada, vai se agravando ao longo dos anos”, explica a médica. Como cuidar de cabelos com fios muito finos Não é possível mudar a espessura do cabelo por meio de nenhum tratamento, mas é possível deixar os fios mais fortes e saudáveis adotando algumas medidas simples no dia a dia. É fundamental para aqueles que têm cabelos mais frágeis ter um cuidado redobrado com tinturas e alisamentos, para evitar danos físicos e químicos que podem deixar o fio mais quebradiço. As substâncias químicas muito fortes usadas em alisamentos podem gerar danos à haste capilar, gerando uma maior fragmentação, e as pranchas e secadores podem desnaturar as proteínas, provocando um enfraquecimento capilar. Além disso, é muito importante manter uma alimentação saudável, rica em vitaminas e proteínas e, quando necessário, utilizar reconstruções capilares com aminoácidos e queratina. Vale lembrar que é imprescindível procurar um especialista para avaliar as características de cada tipo de cabelo e indicar os melhores tratamentos para cada caso. Foto: Shutterstock
Como funciona o processo de crescimento do cabelo?
O ciclo capilar pode ser dividido em três fases: anágena, catágena e telógena. Os fios de cabelo crescem a partir do folículo piloso e cada uma dessas etapas representa um estágio de crescimento diferente. Estima-se que durante toda a vida esse processo ocorra entre 20 e 25 vezes em cada folículo, que desenvolve um ciclo de crescimento do cabelo independente dos outros. A fase anágena é a fase de crescimento, varia de 2 a 7 anos, durando em média 4 anos. É nessa fase que a raiz do fio está profunda e as células apresentam uma divisão intensa. A fase catágena é intermediária, tem uma duração de cerca de 3 semanas, a raiz se superficializa e há uma diminuição da divisão celular. O cabelo começa a cair no banho ou ao escovar na fase telógena. Ela leva cerca de 3 meses e é considerada uma fase de repouso, porque as células param de se dividir e o fio fica muito superficial. Após a queda, uma nova fase anágena se inicia. Produtos capilares podem atrapalhar o crescimento do cabelo? A dermatologista Ana Caroline Barreto afirma que produtos para o cabelo não atrapalham esse processo. “Não há evidência científica de que ocorra uma alteração do crescimento capilar levando a queda de cabelo com uso de produtos cosméticos capilares, uma vez que estes produtos atingem somente a parte do fio que fica para fora do couro cabeludo”, explica. Apesar disso, Dra. Ana Caroline atenta para os procedimentos capilares que podem levar a quebra do cabelo, como tinturas, luzes e alisamento. Nesses casos, os fios continuam crescendo, mas como eles tendem a quebrar muito e as pontas ficam danificadas, o indivíduo pode não perceber este crescimento. Como garantir o crescimento saudável dos fios Alguns produtos capilares, por outro lado, contêm substâncias que podem melhorar a circulação do couro cabeludo e favorecer o crescimento dos fios. “Usar produtos apropriados no cuidado da haste capilar mantém os fios com aspecto saudável e previne a quebra do cabelo”, recomenda a médica. Também é essencial a limpeza adequada, com shampoos específicos, para controlar a oleosidade da raiz e contribuir para um cabelo saudável e ter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes como vitaminas e proteínas, fundamentais para a saúde capilar e do corpo. Foto: Shutterstock