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Dra Aline Saramago

Nutrição

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Vitamina C baixa: sintomas, o que causa e qual o nível ideal

Se você observou que está com vitamina C baixa no exame de sangue, é provável estar se perguntando quais são os sintomas e o que causa esse problema. De fato, esse nutriente é importante para manter a saúde e o bem-estar, já que tem propriedades importantes no reparo da pele, cartilagem, ossos e dentes, além de propriedades antioxidantes. Na prática, a função antioxidante consiste no combate a substâncias que podem causar desequilíbrio no metabolismo, por exemplo. Mas será que a vitamina C pode ser grave? Qual o nível ideal no sangue? Já adiantamos que depende se você tem alguma condição de saúde específica, mas a nutricionista Aline Saramago nos contou outras informações importantes sobre o assunto. Leia a seguir. Sintomas de vitamina C baixa incluem cansaço e fraqueza, mas esses são comuns a outras condições Os sintomas de vitamina C baixa são pouco específicos. Ou seja, são comuns a outras infecções e deficiências de vitaminas. Mas, entre eles, podemos citar cansaço, fraqueza, problemas de cicatrização e de pele, além de cabelos quebradiços e unhas fracas. Se você tem algum desses sintomas, o ideal é fazer um check-up, segundo a nutricionista com quem conversamos. Afinal, muitas condições de saúde têm sintomas parecidos. “Os exames de sangue sinalizam muitas questões, não apenas como estão os níveis de vitamina C, mas outras condições que podem indicar necessidade de mudanças no estilo de vida (que incluem alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e melhoria no sono)”, aponta. Causa de vitamina C baixa está geralmente ligada à falta de frutas e verduras na alimentação Com base na sua experiência clínica, a nutricionista menciona que a principal causa de vitamina C baixa é a falta de frutas e verduras na alimentação; seja por falta de informação sobre a importância desse mineral para a saúde, ou outros fatores que dificultam a ingestão ou a absorção. Opções de alimentos ricos em vitamina C são: Frutas: acerola, limão, laranja, limão, tangerina, caju, morango, kiwi, laranja, abacaxi, mamão, entre outras; Legumes e verduras: batata-doce, brócolis, espinafre, couve, couve-flor, repolho, tomate, etc. É importante destacar também que a vitamina C é sensível ao calor, então cozinhar alimentos em altas temperaturas pode causar a sua decomposição. Além disso, priorizar a ingestão de frutas e vegetais frescos ao invés de alimentos congelados e enlatados é recomendado, já que esses têm maior teor de vitamina C. Nível ideal de vitamina C no sangue varia de acordo com sexo biológico, faixa etária e condições de saúde Segundo a nutricionista Aline Saramago, cada faixa etária e sexo biológico tem seus níveis ideais de vitamina C no sangue, que variam inclusive de acordo com os avanços das pesquisas científicas. Ou seja, é preciso que o profissional de saúde avalie, caso a caso, se a taxa de vitamina C do paciente está adequada. Até mesmo porque algumas condições de saúde e fases da vida requerem maior atenção às taxas de vitamina C, como a anemia e a gravidez. A especialista afirma que costuma recomendar a ingestão da vitamina nesses casos, porque ela ajuda na absorção de ferro, essencial para a anemia, e no metabolismo do ácido fólico, importante para o desenvolvimento do feto na gravidez. Perguntada se existem grupos de risco para vitamina C baixa, Aline explica o seguinte: “há controvérsias tanto entre os especialistas [em nutrição] quanto na literatura quanto a isso. Um grupo de risco são os fumantes, por exemplo, que precisam de mais quantidade de vitamina C.” Essa informação vai ao encontro do que indica um artigo publicado na National Library of Medicine: o fumo reduz os níveis desse nutriente no sangue, o que torna recomendado um consumo adicional de 35 mg/d por dia. De qualquer forma, “a quantidade recomendada é complicada de se dizer, já que existem indivíduos metabolicamente sensíveis cuja recomendação poderia ser prejudicial”, argumenta Aline. Por isso, ela sempre prefere incentivar o consumo de vitamina C por meio da alimentação, embora em alguns casos a suplementação faça sentido. Em geral, a necessidade de consumo de vitamina C na dieta é relativamente baixa A vitamina C baixa pode assustar, mas as complicações só aparecem quando os níveis desse nutriente no sangue são críticos. Nesses casos, pode resultar em escorbuto, uma doença rara. No entanto, a especialista em nutrição conclui o seguinte: “penso que a população não precisa se alarmar quanto a isso, pois as vitaminas são micronutrientes, o que significa que a necessidade de ingestão é bem pequena, diferentemente dos carboidratos, proteínas e lipídios. Por isso, consumir pelo menos uma fonte de vitamina C ao dia, seja um tomate na salada ou um suco de limão no almoço, por exemplo, geralmente é suficiente”. Em síntese, o ideal é que haja uma análise individualizada dos níveis de vitamina C no sangue por um nutricionista ou médico. Afinal, não existe um nível ideal que se aplique para todas as pessoas. Tudo depende de fatores de risco para a deficiência desse mineral, faixa etária, fase da vida, entre outros. Inclusive, é importante ressaltar que a suplementação de vitamina C costuma ser recomendada em casos específicos, e que deve ser feita com orientação profissional.

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