
Dr. Vinícius Magno
Ortopedia e Traumatologia
Biografia
Dr. Vinícius Magno é graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especializou-se em Cirurgia da Coluna Vertebral no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), onde cursou residências médicas em Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia da Coluna Vertebral. É membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna Vertebral (SBC). Atualmente, coordena o Centro de Doenças da Coluna do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle e o Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde também atua como professor no Departamento de Cirurgia Geral e Especializada (DECIGE) da Faculdade de Medicina. É doutorando e mestre pela UNIRIO, onde possui linhas de pesquisa em deformidades da coluna vertebral, dor lombar, técnicas endoscópicas aplicadas à cirurgia da coluna vertebral, tuberculose vertebral, hemostasia cirúrgica, marcha humana, infecções associadas a implantes cirúrgicos musculoesqueléticos e alterações musculoesqueléticas na AIDS.
Artigos
A musculação em excesso pode desencadear a osteoartrite? Como evitar?
Por mais que a prática de exercícios físicos trabalhe e fortaleça músculos e articulações, o excesso e a sobrecarga podem trazer um efeito negativo ao treino. No caso da musculação, por exemplo, é comum que praticantes desenvolvam lesões e dores locais, além de doenças mais sérias, como a osteoartrite, por colocarem peso demais e executarem os movimentos de maneira errada. “A prática inadvertida da musculação é uma das causas de osteoartrite em adultos jovens. O uso de pesos exageradamente elevados, bem como a execução incorreta de determinados exercícios, sobrecarrega e desgasta a cartilagem articular. É um erro comum entre praticantes inexperientes buscar resultados rápidos focando apenas no aumento de carga dos treinos”, explica o ortopedista Vinícius Magno. Importância da associação de descanso e alimentação adequada à musculação Segundo o médico, o melhor desempenho é alcançado mais seguramente quando uma alimentação direcionada ao ganho de massa muscular se associa a um descanso adequado entre os treinos. “Desta forma, tanto a musculatura quanto as articulações têm condições para se recuperarem devidamente do estímulo a que foram submetidas”. Ainda de acordo com o ortopedista, os indivíduos que reúnem fatores de risco independentes para o desenvolvimento de osteoartrite, como o sobrepeso ou a instabilidade decorrente de uma ruptura ligamentar, por exemplo, têm uma maior chance de desenvolver o problema quando sobrecarregam as articulações em um treino inadequado, sem respeitar também o tempo de descanso ideal. Prevenindo o surgimento da osteoartrite Portanto, o ideal para prevenir a doença é buscar combater o sobrepeso e o sedentarismo com a prática de exercícios físicos, mas sem exagerar na carga e intensidade dos treinos. Deve-se procurar manter uma alimentação equilibrada e saudável, além de períodos de descanso para a recuperação dos músculos e articulações. A alternância de dias com e sem treino pode ser uma boa solução para promover o descanso necessário ao corpo. Foto: Shutterstock
Qual é a importância das atividades físicas para a saúde das articulações?
A prática de atividades físicas é fundamental na rotina de qualquer pessoa, pois garante diversos benefícios à saúde. Corrida e ciclismo, por exemplo, ajudam a combater doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, osteoporose, depressão, dentre outras. No entanto, muitos acreditam que isso possa sobrecarregar as articulações devido ao desgaste das cartilagens causado pelo impacto dos exercícios, especialmente nos membros inferiores. Prática de exercícios físicos em benefício das articulações No entanto, a prática de atividades físicas supervisionadas por um especialista traz benefícios indiscutíveis para a saúde, tanto das articulações quanto em geral. “Estudos recentes têm demonstrado que a grande maioria dos exercícios aeróbicos são seguros para as articulações, tanto em jovens quanto em indivíduos mais velhos, desde que executados corretamente”, explica o ortopedista Dr. Vinícius Magno. O médico não se limita a dizer que problemas articulares como a artrose não são fatores impeditivos para a prática de atividades físicas. Ele vai além ao dizer que o que ocorre é justamente o contrário. “A artrose pode até ser agravada em articulações cuja musculatura atuante é fraca e destreinada, mas de um modo geral o exercício é fundamental para a articulação que sofre com processos degenerativos comuns ao envelhecimento”. Vitamina C e rosa silvestre são recomendados Para evitar o desgaste da cartilagem é recomendado o consumo de vitamina C, pois esta é responsável pela síntese do colágeno, substância que existe não apenas na cartilagem, mas também na pele e nos ossos, e que contribui com o processo de cicatrização de diferentes tecidos. “Níveis normais desta vitamina são fundamentais para a saúde articular, especialmente a daqueles que praticam atividades físicas que sobrecarregam as articulações”. Uma maneira interessante de se obter a vitamina C é através da rosa silvestre, uma planta nativa da Europa cujos frutos concentram grande quantidade do nutriente. “Diversos alimentos industrializados já são encontrados no mercado contento a rosa silvestre, como chás, sopas e geleias. Algumas formulações preparadas com o fruto moído da planta também já estão sendo comercializados em apresentações farmacêuticas de cápsulas e comprimidos”. Foto: Shutterstock
Quais exercícios podem ser realizados para fortalecer as articulações?
Algumas articulações do corpo, especialmente na coluna e nos joelhos, atuam como amortecedores do corpo e, por isso, estão sob constante pressão. Algumas condições, como a obesidade, podem sobrecarregar essas articulações, iniciando um processo de desgaste gradual que, com o tempo, se desenvolve em uma osteoartrite, também conhecida como artrose. Para evitar esse problema, é importante fortalecer as articulações, o que pode ser obtido através da prática de exercícios físicos. Contudo, é importante não exagerar na intensidade, pois assim o efeito obtido pode ser o oposto do que se deseja, e procurar a ajuda de um especialista para guiar a rotina de exercícios. “Nosso corpo possui diferentes tipos de articulações, tais como as sinartroses, anfiartroses e diartroses. Estas últimas, cartilaginosas e móveis (exemplificadas por joelho, ombro, cotovelo e punho), são as mais sobrecarregadas ao longo da vida e, por isso, sofrem com o processo de degeneração mais frequentemente. Fortalecer as diartroses com exercícios é fundamental para aumentar sua estabilidade e elasticidade, contribuindo com sua longevidade”, explica o ortopedista Vinícius Magno. Treinos moderados são ideais para fortalecer as articulações sem problemas O médico alerta que treinos intensos buscando resultados “milagrosos” podem favorecer o aparecimento de lesões musculares e/ou cartilaginosas, levando à interrupção do programa de exercícios, adiando o resultado desejado e podendo levar a doenças articulares crônicas de difícil recuperação. Portanto, o recomendado para quem busca fortalecer as articulações é progredir o treino gradualmente e, no caso de lesões, medicações que podem ser consumidas por longos períodos, aliadas à fisioterapia funcional, podem auxiliar na recuperação. “Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário correr como um maratonista, ou nadar como um campeão olímpico para ter uma saúde articular invejável. Certamente, controlar o peso corporal é fundamental para evitar a sobrecarga articular e exercícios moderados podem ajudar nisso, além de fortalecer suficientemente aquelas articulações com maior mobilidade”, explica. Série de exercícios deve ser personalizada e acompanhada por educador físico Quem possui uma lesão articular, ou até mesmo um quadro de osteoartrite já instalado, e deseja fortalecer a musculatura deve ter em mente que cada organismo é um universo particular, portanto, o que funciona para um colega de treinos pode não funcionar para outro. É preciso seguir uma série de exercícios feita de acordo com suas características próprias. “A orientação de um médico e o acompanhamento de um educador físico são fundamentais para a recuperação”, avalia Magno. Foto: Shutterstock
Quanto tempo costuma durar o inchaço após uma cirurgia?
Após a realização de uma cirurgia, o local operado costuma sofrer um inchaço, o que é completamente normal. Conforme explica o ortopedista Guilherme Maretti, o edema pós-operatório acontece porque cirurgia causa um trauma nos tecidos em que ela foi realizada. “Frente a isso, forma-se um processo inflamatório que leva ao inchaço”, completa. Descubra quanto tempo o corpo demora para desinchar após uma cirurgia O tempo de duração do inchaço, um efeito do procedimento cirúrgico, varia em cada caso, mas segundo o também ortopedista Vinícius Magno, o edema geralmente desaparece entre duas a quatro semanas após a cirurgia. “Contudo, há casos em que o inchaço leva até três a seis meses para desaparecer. Obviamente, a duração depende da parte do corpo em que o procedimento é realizado, da idade do paciente e do repouso no pós-operatório”, avalia. Vinícius diz ainda que muitas vezes a própria doença ou condição que motivou a realização do procedimento cirúrgico pode levar à formação de um inchaço mais pronunciado, como os presentes em determinadas fraturas, por exemplo. Ele atenta para a importância de se consultar sempre um profissional de saúde que participe ativamente da adequação do método às características de cada situação em particular para que o tratamento do edema se dê da melhor maneira possível. O que fazer para desinchar após cirurgia? O médico aponta algumas alternativas práticas e fáceis para desinchar após cirurgia, tais como a elevação da região operada, quando possível. “Outras opções possíveis são: utilização de compressas frias, compressão elástica (faixas, luvas ou meias elásticas), ou ainda drenagem manual”, recomenda. Guilherme cita ainda o uso de medicações anti-inflamatórias e realização de fisioterapia como elementos importantes do tratamento. De acordo com Dr. Maretti, os edemas de cirurgias ortopédicas costumam ser acima da média em termos de tamanho, pois este tipo de operação possui porte maior. Ele garante que a evolução de grandes inchaços após uma cirurgia não significa que o procedimento foi mal feito. “Infelizmente, às vezes esses inchaços podem acontecer. Toda cirurgia envolve riscos de complicações indesejadas”, conclui o ortopedista. Aproveite e fique por dentro: Qual a diferença entre as vacinas do coronavírus? A diferença entre as vacinas está relacionada a forma como cada uma é produzida pelo seu laboratório. A CoronaVac produzida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, utiliza uma das metodologias mais tradicionais para produzir a vacina, que é a utilização de um vírus inativado. A vacina de Oxford, da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, utiliza uma plataforma diferente, a do vetor viral, na qual um outro vírus (adenovírus de chimpanzé) é manipulado geneticamente para inserir o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. A vacina da Pfizer tem outro método de produção, no qual os cientistas separam uma parte do código genético viral (RNA), que uma vez injetada em nosso corpo desencadeia o estímulo para que o sistema imune produza os mecanismos de defesa contra o vírus. Todas essas estratégias de vacinas são muito eficazes e nenhuma é capaz de ocasionar a manifestação da doença. Se você tiver dúvidas sobre a vacinação, acesse: https://cuidadospelavida.com.br/especiais/vacinas-pela-vida Foto: Shutterstock