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Dr. Rodrigo Athanazio

Pneumologia

Biografia

Dr. Rodrigo Athanazio é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e realizou residência médica em Medicina Interna na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e, em seguida, em Pneumologia na Universidade de São Paulo (USP). Concluiu seu doutorado em Pneumologia pela USP em 2016 e, atualmente, é orientador da pós-graduação no programa de doutorado em Pneumologia na mesma instituição, onde também desempenha atividades assistenciais, de ensino e pesquisa. Entre as áreas de interesse e foco de pesquisa, destacam-se fibrose cística, bronquiectasias e asma grave. Além disso, atua junto às sociedades médicas como diretor científico da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e coordenador da comissão de fibrose cística da SBPT.

Artigos

DPOC: Como funciona o exame de espirometria?

A espirometria, também chamada de prova de função pulmonar, é um exame extremamente importante para o pneumologista por ser capaz de medir a capacidade pulmonar de um paciente. Segundo o Dr. Rodrigo Athanazio, “trata-se de um exame no qual o paciente realiza um sopro forçado por meio de um bocal acoplado em um aparelho que consegue medir o fluxo de ar produzido pela pessoa”. Quem deve fazer a espirometria? O médico afirma que todo paciente com tosse crônica ou falta de ar deve realizar o exame de espirometria. Além disso, mesmo aqueles que não apresentam sintomas, mas que pertencem a um grupo de risco para doenças respiratórias como os tabagistas, devem realizar o exame de forma regular para rastreamento de um possível caso de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O monitoramento preventivo facilita o diagnóstico e o controle dos sintomas da doença.    O exame é essencial para o diagnóstico, o acompanhamento da evolução de uma doença e da resposta terapêutica. “A espirometria ajuda a identificar se o problema da falta de ar ou tosse do paciente é decorrente de problemas nos brônquios ou no tecido de sustentação pulmonar”, explica o pneumologista. Diversas doenças, como asma, enfisema pulmonar, fibrose pulmonar e bronquite crônica podem ser detectadas. Como se preparar para o exame de espirometria? Antes de realizar a espirometria, existem alguns cuidados que o paciente deve tomar. Ele não deve praticar nenhuma atividade física cansativa antes do exame. A alimentação também é importante para que o resultado esteja correto: não fazer refeições volumosas até uma hora antes, não beber café, chá ou refrigerantes com cola até seis horas antes, nem consumir chocolates e bebidas alcoólicas ao longo do dia. Athanazio alerta que pacientes gripados, com febre e tosse devem remarcar a realização da espirometria. E mais, alguns medicamentos precisam ser suspensos para melhorar o rendimento do resultado, mas o médico deve ser sempre consultado antes, já que cada remédio tem um tempo específico de suspensão prévia.   Foto: Shutterstock

Falta de ar: Como os pais podem ajudar os filhos com esse problema?

A falta de ar constante é bastante incômoda e acaba prejudicando diversas atividades no dia a dia. Nas crianças, o mal-estar provocado pelo sintoma atrapalha brincadeiras em casa e na escola e diminui a capacidade de concentração na aula e na hora de fazer deveres. Os pais têm papel fundamental na busca pelo fim desse problema nos filhos. Manter a casa limpa ajuda a evitar falta de ar De acordo com o pneumologista Rodrigo Athanazio, o primeiro passo é procurar assistência médica para diagnosticar e tratar adequadamente a causa da falta de ar. Mas, existem algumas mudanças que podem ser feitas dentro de casa para melhorar a respiração dos filhos: “A casa deve ser limpa com pano úmido, devemos deixar bater sol no quarto e no colchão e evitar tapetes, carpetes, cortinas e bichos de pelúcia que podem acumular poeira”. O especialista afirma que é importante manter o ambiente limpo de poeira e mofo, dois agentes causadores de crises alérgicas respiratórias. Além disso, as crianças devem ser estimuladas pelos pais a aderir ao tratamento e a adotar medidas que ajudam a promover a saúde, como prática regular de atividades físicas e alimentação saudável. Quais problemas de saúde causam falta de ar? Geralmente, a falta de ar é provocada por doenças respiratórias e crises alérgicas causadas por vírus e bactérias. “A asma é a mais comum e está relacionada a uma resposta inflamatória a agentes irritantes. É frequentemente associada à rinite e à sinusite crônica”, explica Athanazio. Já a bronquiolite afeta bastante as crianças pequenas e é potencialmente grave, especialmente até os dois anos de idade. Devem ser mencionadas também a pneumonia e a traqueobronquites, causadas por bactérias. Apesar de as infecções virais serem geralmente quadros autolimitados em que o próprio corpo desenvolve o mecanismo de defesa, o pneumologista acredita que quadros mais graves devem ser tratados até a recuperação do organismo, assim como as infecções bacterianas, que devem ser combatidas com antibióticos. O profissional destaca que a doença pode persistir e causar complicações e, para evitar problemas, os pais devem levar os filhos ao médico diante dos sintomas.   Foto: Shutterstock

Como o tratamento contra DPOC mudou a vida de uma aposentada de Minas Gerais

O objetivo de um tratamento médico não é apenas curar o paciente de uma doença, mas também restaurar sua qualidade de vida e seu prazer ao realizar as atividades do dia a dia. Os médicos contam com um vasto conhecimento capaz de transformar a rotina das pessoas que recebem em seus consultórios por meio do diagnóstico e da indicação de um tratamento preciso. Esse é o caso de Vera da Silva, uma aposentada de 61 anos moradora de Conselheiro Lafaiete, MG, que mudou sua vida com o tratamento medicamentoso para a DPOC, ou doença pulmonar obstrutiva crônica. O que é a DPOC? A DPOC é um conjunto de doenças que engloba, principalmente, a asma e a bronquite crônica. O problema aumenta a quantidade de muco e inflama os brônquios, canais que transportam o oxigênio, tornando difícil a respiração. A doença pode provocar ainda chiados e apertos no peito, tosse crônica, lábios e unhas azulados e falta de energia, reduzindo drasticamente a qualidade de vida do paciente. Uma das principais causas da DPOC é o tabagismo e a história de Vera não é diferente. “Sou uma ex-fumante, fumei por mais ou menos 30 anos”, explica. “Por isso, tenho esse problema”. “Mais de 80% dos casos são causados pelo cigarro e é por isso que a DPOC é considerada uma doença evitável, se conseguirmos combater adequadamente o tabagismo”, explica o pneumologista Dr. Rodrigo Abensur Athanazio, que também alerta sobre a relação entre a doença e outras condições clínicas. “Pacientes com o problema estão mais propensos a desenvolver insuficiência cardíaca, osteoporose e depressão. Além disso, a dificuldade para respirar torna o indivíduo cada vez mais sedentário, o que colabora para a perda de massa muscular.” Mais disposição, mais vitalidade Como muitos pacientes que sofrem com DPOC, a qualidade de vida de Vera foi negativamente afetada pela doença. “Eu sentia tanta falta de ar e desânimo para fazer as obrigações do dia a dia”, conta a aposentada, que começou o tratamento e já sente a diferença. “Hoje posso dizer que estou ótima. Consigo cumprir a rotina das obrigações com mais leveza, nem parece que tenho que este problema”. Seguindo as recomendações de seu médico, Vera consegue, com mais leveza e qualidade de vida, seguir sua rotina. “Cuido de duas netas, amo estar cuidando de crianças”, conta a aposentada, que utiliza a medicação pela manhã e, em dias de maior cansaço, de manhã e à noite. Foto: Shutterstock

Engasgou? Tapinha nas costas ou beber água, qual é a melhor solução?

Ver alguém engasgado não é nada legal e sempre dá aquela vontade de ajudar, não é mesmo? Dar tapas nas costas, apertar a barriga e beber água são algumas das técnicas utilizadas nesse momento de sufoco e que são passadas de geração em geração. Mas, será que funcionam? Como é possível ajudar um amigo ou parente que está engasgando? Beber água não costuma resolver o problema “O engasgo acontece quando o material deglutido, ao invés de seguir seu caminho natural entrando pela boca, passando pelo esôfago e chegando ao estômago, acaba caindo no trato respiratório e obstrui a passagem de ar”, explica o pneumologista Rodrigo Athanazio. Durante a deglutição, existe um mecanismo que fecha a entrada da traqueia para que o alimento ou líquido não caia no aparelho respiratório. Às vezes, a proteção não funciona e a comida passa para o esôfago, localizado logo atrás da traqueia. De acordo com o profissional, dar tapas nas costas pode ajudar, pois estimula que o material que caiu no sistema respiratório seja expelido. “Entretanto, o mais adequado é a realização de manobras específicas que aumentam a pressão abdominal e ajudam a colocar o material engasgado para fora”, alerta o médico. Para fazer essas manobras, é preciso receber treinamentos em cursos de primeiros socorros. Já beber água não costuma resolver o problema. Um engasgo pode provocar até a morte A tosse surge junto com o engasgo e é uma reação de proteção do organismo ao que está acontecendo. “O trato respiratório é extremamente sensível. Quando um material diferente que o ar entra em contato são ativados receptores da tosse para não deixar que o material vá para o compartimento errado do corpo”, afirma o especialista. Apesar de ser uma situação corriqueira, o engasgo pode se transformar em uma emergência e provocar a morte por asfixia. Caso o material engasgado seja muito grande e não seja possível jogá-lo para fora do corpo, a passagem de ar para a traqueia pode ficar obstruída e o indivíduo não conseguirá respirar. Se o caso for grave, procure atendimento médico imediatamente.

Como funcionam os remédios broncodilatadores?

Algumas doenças respiratórias, como a asma e a bronquite, provocam a inflamação das vias respiratórias e bloqueiam a passagem de ar do nariz para os pulmões. A falta de oxigênio impede o funcionamento adequado do organismo, mas os pacientes podem utilizar um broncodilatador para tratar o problema. O pneumologista Rodrigo Athanazio compara o sistema respiratório humano com um sistema de tubulação formado por anéis musculares: quando expostos a substâncias irritativas, os músculos se contraem e atrapalham a circulação do ar. “Os broncodilatadores são medicamentos que atuam nos brônquios, levando ao seu relaxamento e, consequentemente, ao aumento do calibre das vias aéreas”, explica o médico. Boa parte das doenças que atingem o trato respiratório pode ser tratada com esses remédios, como asma, enfisema, bronquiolite e bronquite crônica. Broncodilatadores podem ser de curta ou longa duração Os medicamentos broncodilatadores são divididos em duas categorias. “Os de curta duração são mais usados para alívio imediato dos sintomas. Costumamos chamar de terapia de resgate, quando o paciente deve usá-los para tratamento de uma piora dos seus sintomas em relação ao que está acostumado a sentir”, afirma o pneumologista. Sua ação tem início rápido e não dura mais que quatro horas. Por outro lado, os broncodilatadores de longa duração têm efeito mais duradouro, em torno de 12 horas, que pode chegar até a 24 horas, como é o caso dos medicamentos desenvolvidos recentemente. Eles devem ser usados como terapia de manutenção, para controle contínuo dos sintomas das doenças respiratórias. Por causa de seu efeito mais lento, que leva alguns minutos para atingir o ápice da ação, eles não são indicados para tratar crises. Foto: Shutterstock

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