
Dr. Roberto Ranzini
Ortopedia e Traumatologia
Biografia
Dr. Roberto Ranzini é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e fez residência em Ortopedia e Traumatologia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Fez pós-graduação em Medicina Esportiva pela Universidade de São Paulo e estágio em Cirurgia Artroscópica de Joelho e Ombro na Southern California Orthopaedic Institute (SCOI), nos Estados Unidos. Possui título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e em Terapia por Ondas de Choque pela Sociedade Brasileira de Terapia por Ondas de Choque (SBTOC). É membro titular da SBOT da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS).
Artigos
Artrose: quais são os exercícios mais indicados para o verão?
Os dias ensolarados do verão são verdadeiros convites para se exercitar ao ar livre. Praticar atividades físicas traz benefícios tanto para a mente quanto para o físico. Diminuem o estresse, o cansaço e a ansiedade, ajudam a combater a depressão e a prevenir contra doenças cardiovasculares. Os exercícios também promovem melhorias no quadro clínico de quem é afetado pela artrose. Pacientes com artrose podem praticar atividades físicas A artrose também é conhecida como osteoartrite e osteoartrose. É uma doença caracterizada pela degeneração progressiva da cartilagem, a estrutura responsável pela proteção das articulações. O problema gera dores, inchaço e limita os movimentos da região afetada. Segundo o ortopedista Roberto Ranzini, “todos os exercícios de fortalecimento muscular ou de resistência promovem estabilização e, consequentemente, uma diminuição do progresso do desgaste articular”. O primeiro grupo de exercícios promove o ganho de massa muscular, enquanto o segundo trabalha com um maior número de séries e repetições. Hidroginástica é indicada para o tratamento da artrose Para o verão, duas excelentes opções de atividades físicas voltadas para o combate da artrose são a hidroginástica e a natação. São exercícios que ajudam a relaxar e a aliviar o calor, fortalecem a musculatura e protegem as articulações. Elas também mantêm a flexibilidade do corpo, atacando uma das principais consequências da doença. Entretanto, algumas atividades devem ser evitadas por piorarem o desgaste das articulações. É o caso de exercícios que provocam impacto no esqueleto, como a corrida. Ranzini aconselha a escolher com cuidado: “Como os exercícios aeróbicos são muito importantes para a saúde do corpo, devemos praticar aqueles que causam menos impacto, como a bicicleta.”
Osteoporose: por que fraturas no colo do fêmur podem ser letais?
Ao caminhar na rua, ao subir uma escada e ao se agachar, idosos e pessoas a partir dos 50 anos devem estar sempre atentos para evitar tropeços e tombos. A partir dessa fase da vida, a ocorrência de osteoporose aumenta consideravelmente e, junto com ela, surgem maiores chances de fraturas nos ossos, enfraquecidos por causa da doença. “A maior incidência de fraturas por osteoporose ocorre no fêmur, no rádio e no úmero. Nessas localizações, a osteoporose é mais intensa e o risco de impactos causados por quedas é maior”, explica o ortopedista Roberto Ranzini. O rádio é um osso do antebraço, o úmero fica no braço, enquanto o fêmur se localiza na coxa. Fraturas no fêmur podem matar As fraturas no fêmur requerem cuidados mais que especiais por parte do paciente e do médico em razão das possíveis complicações do problema. “Não há dúvidas de que as fraturas no fêmur podem matar. Algumas complicações desse tipo de fratura, como as que surgem pela falta de mobilidade, podem ser letais, principalmente nos idosos”, alerta o médico. Existem diversos tipos de complicações causadas pelas fraturas. O tromboembolismo, por exemplo, ocorre por causa do inchaço do membro, que diminui a velocidade da circulação sanguínea, facilita a coagulação do sangue e a formação de um trombo. Além disso, a falta de circulação na região afetada também impede a consolidação da fratura. Como é o tratamento de fraturas no fêmur? O tratamento das fraturas de fêmur é quase sempre cirúrgico e tem como objetivo a estabilização da fratura. A cirurgia possibilita que o paciente saia da cama, permaneça sentado sem muita dor e até pratique exercícios físicos mais simples, o que é importante para evitar complicações circulatórias e respiratórias.
Por que a dor nas costas é uma queixa comum de jogadores de tênis?
Consultórios médicos ao redor do mundo estão repletos de pessoas com reclamações de dores nas costas. O sintoma pode ser leve e passageiro, mas também pode ser tão intenso que impossibilita a movimentação do corpo. Há vários motivos para o surgimento, mas algumas profissões e práticas esportivas facilitam o surgimento do problema. Movimentos repetitivos do tênis podem causar dores nas costas “A dor lombar é um dos problemas mais frequentes na população geral, mas no caso dos tenistas, a dor nas costas, geralmente lombar, ocorre pelos movimentos repetitivos de rotação do tronco”, afirma o ortopedista e especialista em Medicina Esportiva Roberto Ranzini. Os jogadores de tênis não são estão sozinhos, já que qualquer exercício praticado da maneira errada pode gerar o incômodo. Na maioria dos casos, a dor é leve e tende a sumir em alguns dias ou semanas. O ideal é que os esportistas diminuam o ritmo de treinamento até que o sintoma desapareça. Mas, diante de dores fortes, capazes de causar fraqueza nas pernas e impedir movimentos simples do corpo, como levantar da cama, é preciso interromper momentaneamente a prática esportiva e procurar um ortopedista. Exercícios de fortalecimento dos músculos diminuem dor nas costas Segundo o médico, existem medidas e tratamentos que podem ajudar a diminuir e eliminar a dor nos jogadores: “É possível por meio de exercícios específicos de fortalecimento e alongamento de toda a musculatura do tronco. Além destes, alguns exercícios funcionais melhoram o gesto esportivo e, consequentemente, diminuem os problemas causados pelo tênis”. Em alguns casos, um especialista pode prescrever o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para aliviar a dor, que pode evoluir para um problema mais sério se não for cuidada. “Os problemas de coluna lombar podem piorar se não tratados adequadamente, levando a ocorrência de hérnias discais, protrusões e osteoartrose”, alerta Ranzini. Foto: Shutterstock
O que é cotovelo de tenista? Ortopedista explica o problema!
Você já ouviu falar em cotovelo de tenista? Trata-se de uma condição, chamada de epicondilite lateral, que provoca a inflamação dos tendões do cotovelo. É um dos problemas mais comuns na região e atinge especialmente adultos a partir da meia-idade. O cotovelo de tenista pode provocar sintomas, como fraqueza, rigidez e dor, que pode piorar progressivamente e afetar até o braço e a mão. Movimentos repetitivos do tênis podem lesionar o cotovelo A complicação surge por diversos motivos. “As causas mais comuns são traumatismo direto ou, no caso dos tenistas, a mudança de qualquer parâmetro da raquete ou técnica de jogo”, explica o ortopedista, traumatologista e especialista em Medicina Esportiva Roberto Ranzini. Durante os movimentos, a contração repetida dos músculos do braço e do antebraço sobrecarrega os tendões do cotovelo e provocam lesões. Apesar do nome, os jogadores de tênis não são os únicos capazes de sofrer com o problema. “Toda atividade profissional ou esportiva que realize movimentos repetitivos dos músculos extensores do punho e dedos pode levar ao desenvolvimento da epicondilite lateral”, alerta o médico. Jogadores de golfe, tênis de mesa, badminton e profissionais que utilizam o computador durante muitas horas também podem desenvolver a condição. Tratamento para cotovelo de tenista passa pelo repouso O tratamento para a epicondilite lateral passa pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios e tiras de velcro no início, além de repouso, bolsas de gelo e analgésicos para aliviar a dor. Injeções de corticosteroides e sessões de fisioterapia também são indicados. Caso pratique tênis ou outro esporte, é importante avaliar os movimentos que estão sendo realizados durante a prática para reduzir a sobrecarga no cotovelo. Para os jogadores de tênis, o tratamento também tem como objetivo a redução dos treinos. “Normalmente, é preciso diminuir a prática para que o tratamento fisioterápico produza resultados rápidos. Quando o tratamento é instituído logo após o início dos sintomas, é até possível continuar treinando”, afirma Ranzini. Mas, para casos mais crônicos, é necessário suspender a prática esportiva. Foto: Shutterstock
Preparação para os exercícios: o alongamento pode ser usado como uma prevenção do desgaste nas articulações?
As articulações são conexões estabelecidas entre os ossos e revestidas por cartilagem. São partes fundamentais para o organismo porque possibilitam a movimentação do corpo. Essas estruturas requerem cuidados especiais porque sofrem com um desgaste natural ao longo dos anos, que pode se acentuar durante a velhice e afetar a qualidade de vida. A prática de exercícios físicos é recomendada por todos os médicos para combater diversas doenças e para nutrir a cartilagem que reveste as articulações. Segundo o ortopedista Roberto Ranzini, no entanto, “toda atividade física de impacto provoca um aumento do desgaste das articulações, assim como todo o aparelho locomotor está exposto a lesões por traumas diretos ou indiretos”. Benefícios para os músculos, articulações e cartilagens Os alongamentos podem trazer benefícios indiretos para as articulações, uma vez que previnem contra o encurtamento dos músculos e uma possível pressão na cartilagem exercida pelos exercícios físicos. “O alongamento muscular melhora o fluxo sanguíneo e, consequentemente, o fortalecimento dos músculos, medida mais importante para proteção articular e óssea”, afirma Ranzini. De acordo com o ortopedista, o alongamento ainda mantém a amplitude dos movimentos articulares, que tendem a diminuir com o passar dos anos. Na luta contra o desgaste das articulações e das cartilagens, a alimentação rica em colágeno entra como importante aliada. O colágeno é uma proteína que atua no funcionamento e manutenção da cartilagem e permite que os ossos façam os movimentos corretamente. Sem as cartilagens, a articulação se desgastaria com mais facilidade.
Preparação para os exercícios: o alongamento pode ser usado como uma prevenção do desgaste nas articulações?
As articulações são conexões estabelecidas entre os ossos e revestidas por cartilagem. São partes fundamentais para o organismo porque possibilitam a movimentação do corpo. Essas estruturas requerem cuidados especiais porque sofrem com um desgaste natural ao longo dos anos, que pode se acentuar durante a velhice e afetar a qualidade de vida. A prática de exercícios físicos é recomendada por todos os médicos para combater diversas doenças e para nutrir a cartilagem que reveste as articulações. Segundo o ortopedista Roberto Ranzini, no entanto, “toda atividade física de impacto provoca um aumento do desgaste das articulações, assim como todo o aparelho locomotor está exposto a lesões por traumas diretos ou indiretos”. Benefícios para os músculos, articulações e cartilagens Os alongamentos podem trazer benefícios indiretos para as articulações, uma vez que previnem contra o encurtamento dos músculos e uma possível pressão na cartilagem exercida pelos exercícios físicos. “O alongamento muscular melhora o fluxo sanguíneo e, consequentemente, o fortalecimento dos músculos, medida mais importante para proteção articular e óssea”, afirma Ranzini. De acordo com o ortopedista, o alongamento ainda mantém a amplitude dos movimentos articulares, que tendem a diminuir com o passar dos anos. Na luta contra o desgaste das articulações e das cartilagens, a alimentação rica em colágeno entra como importante aliada. O colágeno é uma proteína que atua no funcionamento e manutenção da cartilagem e permite que os ossos façam os movimentos corretamente. Sem as cartilagens, a articulação se desgastaria com mais facilidade.