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Dr. Ricardo Torresan

Psiquiatria

Biografia

Dr. Ricardo Torresan é se formou na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), em 2000, onde também fez residência em Psiquiatria e doutorado em Saúde Coletiva. Tem especialização em Dependência Química, em 2004, pela UNIAD da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É voluntário do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.

Artigos

Depressão na terceira idade: como combater a doença neste estágio da vida?

O número de pessoas depressivas vem crescendo em todo o mundo nos últimos anos. Ela atinge as mais diversas faixas etárias, incluindo os idosos. Nesta fase da vida, muitos acreditam que a depressão é algo normal e não levam a sério a importância do diagnóstico e do tratamento adequado. Doença multifatorial O problema psiquiátrico pode ser causado por inúmeros fatores juntos que podem precipitar o surgimento de episódios depressivos, seja o temperamento, acontecimentos do dia a dia, alterações biológicas ou ainda a presença de outros transtornos mentais. “Ao envelhecer, podem surgir fatores desencadeantes que seriam próprios dessa fase, como a doença de Parkinson, problemas tireoidianos e medicamentos clínicos que poderiam contribuir para o surgimento da depressão”, afirma o psiquiatra Ricardo Torresan. Segundo Torresan, quanto mais um indivíduo vive, mais ele está a sujeito à ocorrência de eventos negativos, como a perda de entes queridos, a aposentadoria e limitações físicas, capazes de agir como estressores e propiciar o desenvolvimento de um quadro depressivo. De acordo com o psiquiatra, o combate à depressão na velhice não apresenta diferenças significativas, centrando-se no uso de medicamentos e da psicoterapia. Cuidados especiais Assim como em outros estágios da vida, a atenção da família é importante para vencer a doença. A falta de cuidados e de contato com pessoas é um dos fatores que contribui para o desenvolvimento da depressão e para a piora do quadro. Passeios diários, visitas de familiares e a prática de atividades físicas ajudam a manter a vida ativa e diminuem os riscos.   Há, no entanto, alguns cuidados importantes com relação à medicação devido à idade avançada. O organismo funciona de uma forma diferente, com um metabolismo mais lento, o que acarreta na eliminação medicamentos também mais lenta e uma maior sensibilidade aos efeitos dos remédios. “Opta-se por medicamentos de perfil mais seguro e tolerável, com a condução da dose aplicada também mais cuidadosa e com tempo pouco maior para ajustar as doses”, explica Torresan. De olho nos sintomas A atenção é necessária aos sintomas da depressão, já que ela pode ser confundida com a demência. “A depressão em indivíduos de idade avançada pode se assemelhar a um quadro de demência. É fundamental distinguir essas entidades para que o paciente receba o tratamento mais adequado ao seu problema”, alerta o psiquiatra. Dr. Ricardo Cézar Torresan é psiquiatra, graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415

Qual é a relação do TOC com as chamadas esquinas da vida?

Não é fácil passar por um momento traumático, como ser demitido, mudar de cidade ou país e perder um familiar querido. Esses eventos podem transformar completamente o dia a dia de uma pessoa, além de contribuir para moldar sua personalidade, seu comportamento e a maneira de se relacionar com outros indivíduos. Momentos marcantes podem levar ou agravar o TOC De acordo com o psiquiatra Ricardo Torresan, esses eventos podem impactar a saúde mental e levar ao desenvolvimento de um transtorno psiquiátrico, como o TOC, o transtorno obsessivo compulsivo: “Podem funcionar como um gatilho e o quadro surgir após um momento difícil da vida, assim como agravar o quadro de quem já tem o transtorno manifestado”. No caso do TOC, o evento não determina o tipo de compulsão e de obsessão que serão observados no paciente, mas pode influenciar. “Um indivíduo que tem o pensamento recorrente sobre ter uma doença grave e que tem a compulsão de se autoexaminar buscando sinais da doença, ao conviver com uma situação real de uma pessoa próxima, pode ter mais pensamentos ou passar a se verificar mais”, exemplifica o médico.   Tratamento do TOC deve abordar eventos traumáticos O tratamento do TOC possibilita que o paciente controle os sintomas e possa viver sem interferências. Para que isso aconteça, é preciso abordar os eventos traumáticos que levaram ao transtorno ou agravaram o quadro. “O tratamento deve relembrar esses momentos, principalmente se ainda causam impactos ou sofrimentos para a pessoa. O tratamento com o psiquiatra e a psicoterapia podem auxiliar a ‘digerir’ os problemas que enfrentamos”, afirma Torresan. Entretanto, o profissional diz que essa relação não é exclusiva do TOC. Momentos complicados da vida podem propiciar ou agravar outros distúrbios mentais, como transtornos graves de ansiedade e de humor. Entre eles, estão a síndrome do pânico, a depressão, a esquizofrenia e o transtorno bipolar. Dr. Ricardo Cézar Torresan é graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415 Foto: Shutterstock

A claustrofobia tem relação com a síndrome do pânico?

O ser humano pode aprender muito com o medo, até mesmo a se proteger de situações perigosas. No entanto, quando este sentimento sai do controle e começa a prejudicar a qualidade de vida, atrapalhando atividades do dia a dia e se tornando uma barreira para o bom convívio com outras pessoas, passa a ser algo negativo e deve ser tratado. O que é a claustrofobia? É o caso da claustrofobia. “A claustrofobia é uma fobia específica, é o medo de estar em lugares fechados como um elevador ou uma sala fechada e de fazer um exame de ressonância magnética, por exemplo. A pessoa sente grande desconforto e tende a evitar essas situações”, explica o psiquiatra Ricardo Torresan.   De acordo com o especialista, a claustrofobia e a síndrome do pânico não são o mesmo distúrbio. O médico afirma que pessoas claustrofóbicas podem ter ataques diante da exposição ao estímulo ao qual têm fobia, como ficar preso em um túnel. Já alguém com síndrome do pânico tem ataques de forma espontânea inicialmente e depois passa a ter medo de ter uma nova crise. Claustrofobia é um transtorno de ansiedade Entretanto, os dois problemas compartilham algo em comum: “Ambos são transtornos de ansiedade, mas com sintomas, curso e impactos diferentes, assim como o tratamento para cada caso”. Segundo Torresan, não existe causa específica para o desenvolvimento da claustrofobia e mesmo que nunca teve medo diante de um ambiente fechado pode passar a tê-lo. Para tratar a claustrofobia que não é acompanhada de outros transtornos psiquiátricos, o paciente pode recorrer à psicoterapia comportamental. Nela, o profissional expõe o indivíduo às situações temidas gradualmente e repetidamente. Em alguns casos, como quando há outros distúrbios associados, o uso de medicamentos antidepressivos e calmantes podem ajudar bastante na recuperação. Dr. Ricardo Cézar Torresan é graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415 Foto: Shutterstock

Depressão na terceira idade: como combater a doença neste estágio da vida?

O número de pessoas depressivas vem crescendo em todo o mundo nos últimos anos. Ela atinge as mais diversas faixas etárias, incluindo os idosos. Nesta fase da vida, muitos acreditam que a depressão é algo normal e não levam a sério a importância do diagnóstico e do tratamento adequado. Doença multifatorial O problema psiquiátrico pode ser causado por inúmeros fatores juntos que podem precipitar o surgimento de episódios depressivos, seja o temperamento, acontecimentos do dia a dia, alterações biológicas ou ainda a presença de outros transtornos mentais. “Ao envelhecer, podem surgir fatores desencadeantes que seriam próprios dessa fase, como a doença de Parkinson, problemas tireoidianos e medicamentos clínicos que poderiam contribuir para o surgimento da depressão”, afirma o psiquiatra Ricardo Torresan. Segundo Torresan, quanto mais um indivíduo vive, mais ele está a sujeito à ocorrência de eventos negativos, como a perda de entes queridos, a aposentadoria e limitações físicas, capazes de agir como estressores e propiciar o desenvolvimento de um quadro depressivo. De acordo com o psiquiatra, o combate à depressão na velhice não apresenta diferenças significativas, centrando-se no uso de medicamentos e da psicoterapia. Cuidados especiais Assim como em outros estágios da vida, a atenção da família é importante para vencer a doença. A falta de cuidados e de contato com pessoas é um dos fatores que contribui para o desenvolvimento da depressão e para a piora do quadro. Passeios diários, visitas de familiares e a prática de atividades físicas ajudam a manter a vida ativa e diminuem os riscos. Há, no entanto, alguns cuidados importantes com relação à medicação devido à idade avançada. O organismo funciona de uma forma diferente, com um metabolismo mais lento, o que acarreta na eliminação medicamentos também mais lenta e uma maior sensibilidade aos efeitos dos remédios. “Opta-se por medicamentos de perfil mais seguro e tolerável, com a condução da dose aplicada também mais cuidadosa e com tempo pouco maior para ajustar as doses”, explica Torresan. De olho nos sintomas A atenção é necessária aos sintomas da depressão, já que ela pode ser confundida com a demência. “A depressão em indivíduos de idade avançada pode se assemelhar a um quadro de demência. É fundamental distinguir essas entidades para que o paciente receba o tratamento mais adequado ao seu problema”, alerta o psiquiatra. Dr. Ricardo Cézar Torresan é psiquiatra, graduado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e atua em Botucatu. CRM-SP: 100415

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